
A pandemia evidenciou que a inovação é mais do que necessária para se manter a competitividade. Não à toa, grande parte das empresas menos impactadas pela crise são as de base tecnológica. Muitas delas, inclusive, tiveram seu crescimento acelerado nos últimos meses. Em grandes corporações, entretanto, este movimento para o digital quase nunca é tão simples. E foi justamente para atendê-las que o Distrito concebeu os Digital Hubs, programa de inovação aberta que vai oferecer 16 serviços diferentes com o intuito de conduzir as companhias nesta jornada pela transformação.
“A vantagem competitiva de uma empresa que aplica inovação aberta é brutal em relação à sua concorrência. Enquanto a corporação tradicional cria produtos e serviços utilizando somente recursos internos, aquela que é aberta agrega a capacidade de todo o ecossistema de empreendedores e startups à sua volta à essa equação de geração de novos produtos e modelos de negócio. “, aponta Gustavo Araujo, cofundador e CEO do Distrito, referindo-se não apenas às startups, mas também aos investidores, universidades, incubadoras e aceleradoras que os circundam. “Com os Digital Hubs, colocamos toda essa rede à disposição das corporações, e o melhor, de maneira descentralizada. Ou seja, cada colaborador pode acessar 24 por 7 a plataforma para criar conexões irrestritas e diretas, implementando inovação na sua área ou produto de maneira ágil. Com os Digital Hubs a área de inovação passa a ser uma propulsora da transformação que ocorre em paralelo e de forma descentralizada por toda a organização. “, afirma.
Atualmente, o Distrito possui em seu programa Distrito for Startups mais de 1,8 mil residentes, distribuídos em cerca de 300 startups de diversas regiões do país. Além de um time e de uma plataforma digital que permite a conexão de qualquer startup à sua rede, independentemente da localização, o Distrito mantém hoje quatro hubs físicos – três em São Paulo e um em Curitiba. Em algumas destas unidades, funcionam ainda laboratórios que também estarão acessíveis pela plataforma digital, como o Microsoft Reactor São Paulo e o Conectory, mantido em parceria com a Bosch na capital paranaense. Tais projetos são reconhecidos como hubs globais de inovação e permitem uma conexão direta com o que há de mais moderno em torno de tecnologias como inteligência artificial (AI) e internet das coisas (IoT).
Além do apoio de um profissional dedicado a auxiliar as empresas em sua jornada de inovação junto ao Distrito e toda sua rede, os Digital Hubs possibilitam a cada uma delas contato direto com as startups de sua vertical ou daquelas que forem de seu interesse. Pela plataforma, as empresas poderão, por exemplo, criar desafios corporativos para que as startups se candidatem e as auxiliem a resolver determinada questão que enfrentam na operação; contatar um dos parceiros globais do Distrito diretamente ou, ainda, acessar o Distrito Dataminer, a mais completa plataforma de dados do universo de startups brasileiro com mais de 12 mil delas mapeadas, buscando ali informações sobre as jovens empresas do seu setor.
O programa prevê a distribuição de dezenas de acessos para cada uma das corporações para que estas conexões ocorram nas mais diversas áreas e não fiquem restritas a um time específico de inovação. “Entendemos que a transformação digital só acontece de fato quando há engajamento em todos os níveis e áreas. Queremos ajudar as grandes empresas nesta mudança cultural e também aproximá-las de startups que têm aderência com o seu negócio”, completa Araujo.
Pela plataforma, as companhias poderão ainda apresentar ao Distrito determinado problema, para o qual receberão uma espécie de consultoria para a sua resolução, que pode surgir com a solução oferecida por uma determinada startup ou a criação de algo exclusivo a partir da combinação de algumas delas. O acesso ao Digital Hub se dará pelo pagamento de uma anuidade, cujo valor varia de acordo com o tamanho da empresa, dos serviços contratados e das verticais à disposição. As empresas HDI Seguros, KPMG, AstraZeneca, Unimed, Banco BV, Abbott e Johnson & Johnson são algumas das 25 corporações que já farão uso da plataforma assim que ela estiver no ar.
O primeiro Digital Hub a ser lançado ainda em dezembro será o Fintech. Em janeiro de 2021, o Healthtech já estará disponível para as empresas do setor de saúde. Ao longo do próximo ano, serão estruturados outros hubs: Retailtech (varejo), ESG (Environmental, social and corporate governance), Indústria 4.0, Adtech (marketing e comunicação), Agrotech (agro), Construtech (Construção) e Foodtech (alimentício).