Maior plataforma independente de inovação aberta do Brasil, o Distrito chegou a 500 startups residentes em 21 estados, conforme mostra o Comunidade Distrito Report. Ao todo, essas empresas levantaram US$ 28 milhões nos últimos anos e juntas empregam mais de 4.000 pessoas. Os números mostram a importância de uma comunidade de inovação para a geração de empregos, conexões e transformação de grandes corporações.São Paulo, abril de 2021 –
Segundo o relatório, a maior parte das startups residentes do Distrito são heathtechs, fintechs e martechs. Entre as residentes está, por exemplo, a Moodar, que oferece atendimento psicológico a preços acessíveis. Em 2020, o modelo da Moodar foi posto à prova com a pandemia e a transferências de diversos serviços para o ambiente online. Com intermédio do Distrito, a startup realizou importantes parcerias com a Johnson & Johnson Brasil e com a Vitalk para oferecer apoio emocional aos profissionais da linha de frente.
“Comunidade é um grupo de pessoas com o mesmo propósito e que se relacionam em um lugar, que pode inclusive ser virtual. Nós estamos criando uma comunidade que, à distância, mas conectada, segue o propósito de transformar indivíduos, empresas e a sociedade por meio da inovação aberta”, diz Lilian Natal, head de Startups & Community no Distrito.
Além de um time e de uma plataforma digital que permite a conexão de qualquer startup à sua rede, independentemente da localização, o Distrito mantém hoje quatro hubs físicos – três em São Paulo e um em Curitiba. Em algumas destas unidades, funcionam ainda laboratórios que também estarão acessíveis pela plataforma digital, como o Microsoft Reactor São Paulo e o Conectory, mantido em parceria com a Bosch na capital paranaense. Tais projetos são reconhecidos como hubs globais de inovação e permitem uma conexão direta com o que há de mais moderno em torno de tecnologias como inteligência artificial (AI) e internet das coisas (IoT).
Ainda de acordo com o levantamento, mais de 72% das startups residentes foram fundadas entre 2016 e 2020, ante 47% delas a nível nacional, o que denota um ecossistema mais jovem que o quadro geral. Há, também, um número considerável de empresas em fase de ideação — elas representam 20% de todas as residentes.
“Ao tomarem parte de uma comunidade de inovação aberta, os fundadores dessas startups podem buscar validação para suas ideias, aprimorar suas habilidades, fazer contatos valiosos e, assim, colocar suas soluções no mercado”, comenta Gustavo Araújo, CEO do Distrito.
O fato de startups jovens predominarem é refletido nos investimentos. De acordo com o levantamento, há um alto volume de aportes iniciais nas residentes, como anjo (35,3%), pré-seed (25,5%) e seed (29,4%), estágios em que os valores investidos tendem a ser relativamente baixos. O maior montante, nesse caso, se concentra em cinco rounds Series A, que levantaram um total de US$ 15,5 milhões.
Importante ressaltar que os números de deals dobraram no último ano, saltando de 13 realizados em 2019 para 25 só em 2020, devido ao aumento da quantidade de startups residentes no ecossistema do Distrito. Os resultados também coincidem com o aquecimento do mercado de venture capital nos últimos tempos.
Diversificar e descentralizar
O levantamento constata que há uma concentração das startups residentes em São Paulo. O estado abriga 60% delas, seguido pelo Paraná, lar de 14%. Segundo Araújo, essa diferença se explica pelo fato de os hubs físicos do Distrito se localizarem nas capitais de ambos os estados.
Além disso, o quadro de sócios é predominantemente masculino: 81,3% deles são homens, antes 18,7% de mulheres. A disparidade é maior do que a vista no cenário mais amplo de inovação no país, em que elas representam 29,5% das lideranças em startups, segundo mostrou o Female Founders Report, feito pelo Distrito em parceria com a Endeavor e a B2Mammy.
No entanto, o ano de 2021 começou com uma série de iniciativas do Distrito para ampliar e diversificar a sua base. Entre elas, por exemplo, está o Female Scale, primeiro programa de inovação da plataforma dedicado inteiramente a mulheres de todo o país. As 50 empreendedoras que farão parte da primeira fase do programa já foram anunciadas. Dessas, dez serão selecionadas e passarão por um programa de aceleração ao longo de três meses.
Além disso, sai do papel o Hub2hub, movimento que une hubs de inovação de todo o país para desenvolver ações de impacto para o avanço do ecossistema de startups no Brasil. E nos próximos meses será lançado ainda o Avante, campeonato universitário de inovação, que tem por objetivo fomentar o espírito empreendedor e capacitar jovens universitários, futuros fundadores de startups brasileiras.
Distrito Ventures
O Distrito também possui um braço de venture voltado para startups em estágio inicial de desenvolvimento, tendo realizado investimentos pré-seed, seed e duas participações em series A -nas startups Blu365 e MEI Fácil.
A maior parte delas atuam no setor financeiro, como é o caso da Ali Crédito e do banco digital Neon. Há ainda uma investida em água e energia, na startup Solfácil, primeira plataforma digital para investimentos em energia solar do Brasil.
“Embora essas startups não sejam, em sua maioria, residentes nos hubs do Distrito, ainda assim elas fazem parte da nossa comunidade e muito nos orgulhamos de fazer parte de sua história”, conclui Araújo.
O report completo pode ser visto neste link: http://conteudo.distrito.me/dataminer-distrito-comunidade-report-2021