De cão-guia robótico a biodigestor: confira projetos escolhidos para residência hacker em SP

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Cinco projetos de tecnologia focados em impacto social foram selecionados para a nova edição da residência hacker do Red Bull Basement. De julho a setembro, os novos residentes terão acesso um espaço maker com máquinas e ferramentas, além de mentoria com especialistas para o desenvolvimento de suas ideias.

Entre os selecionados, há projetos que usam a tecnologia para a solução de questões sociais, como meio ambiente e acessibilidade, um dos focos do projeto. Diego Renan, do interior de São Paulo, desenvolve um cão-guia robótico para auxiliar deficientes visuais a caminhar com segurança pelas cidades e foi um dos escolhidos para a imersão na residência deste ano. Julia Ries, outro exemplo, desenvolve uma composteira elétrica para residências de baixo custo a fim de dar novos usos ao lixo que produzimos em casa.

Essa á a quinta edição da residência do Red Bull Basement, que será finalizada com um festival, onde os residentes terão a oportunidade de mostrar o avanço de seus projetos para público e parceiros, proporcionando a ampliação de suas redes de contatos.

Conheça mais sobre cada um dos selecionados:

Cão-guia robótico | Diego Renan (Catanduva – SP) – Desenvolvimento de um cão-guia robótico para auxiliar deficientes visuais na locomoção em ambientes urbanos. Um sistema de baixo custo e que seja possível guiar um deficiente com cegueira total, ou parcial, até seu ponto de destino. Tudo isso deve ser feito via comando de voz, para que seja possível detectar o lugar de destino e planejar uma rota via GPS. O objetivo na residência é melhorar o robô/design de produto.

Compost.ela | Julia Ries (Rio de Janeiro – RJ) – Composteira residencial elétrica para resíduo orgânico. É feita de material reciclado e com sistema elétrico que otimiza o processo de compostagem. O objetivo na residência é desenvolver a parte mecânica da composteira e mantê-la com baixo custo.

ComuRede | Filipe Rimes (Niterói – RJ) – Dispositivo que avisa sobre o abastecimento de água. Um serviço de IoT que pretende solucionar ou mitigar o problema do abastecimento hídrico irregular e escasso em comunidades, especialmente de periferia. São sensores de baixo custo, conectados por meio de uma rede mesh comunitária – ligada a internet ou não – que informa moradores por SMS quando está caindo água e registra um histórico da disponibilidade do abastecimento. O objetivo durante a residência é focar no desenvolvimento de disparo de anúncios do dispositivo.

Organic Life | Cleiton Emboava e Juliana Silva (São Paulo – SP) – Biodigestor que utiliza resíduos orgânicos para produzir biogás, adubo e fertilizante, com a possibilidade de transformá-los em energia elétrica. Na residência, o objetivo é automatizar o ambiente de proliferação das bactérias.

Plantrix | Vitor Barão (São Paulo – SP) – Estufa automatizada que usa software e hardware livres para reaproximar as pessoas das plantas. Com os dados obtidos por sensores, lidos por um Arduíno, um RaspberryPI toma decisões modulando a ativação de atuadores de temperatura, umidade, luz, pH, concentração de nutrientes e CO2, ventilação, etc. O objetivo na residência é melhorar o funcionamento da estufa e definir melhor o produto/público.