O Distrito realiza um levantamento que analisa o perfil e o volume da indústria em geral no mercado brasileiro. O estudo apresenta o setor em diversas classificações, como segmento de atuação, público-alvo, categorias que receberam mais investimentos e aquelas que se mostraram mais inovadoras, entre outros aspectos.
Entre os destaques do relatório, está a divisão da indústria por nichos de atuação. De acordo com a base de dados do Distrito, atualmente, o setor químico lidera como o mais inovador entre as indústrias brasileiras, com uma taxa de inovação de 87,0%. Ele é seguido pelos segmentos de equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos, com 86,5%, e veículos automotores, com 84,7%.
O estudo também revelou que a busca pela melhoria operacional por meio da transformação digital ou da adoção de princípios da Indústria 4.0 está em alta, e as empresas estão dedicando-se intensamente a esse processo.
Antes de 2014, o termo “Indústria 4.0” era praticamente inexistente nas pesquisas do Google. No entanto, em 2019, uma pesquisa global realizada pela McKinsey revelou que 68% dos entrevistados consideravam a Indústria 4.0 uma prioridade estratégica, enquanto 70% afirmaram que suas empresas já estavam testando e implementando novas tecnologias. Com a crescente importância de temas como inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT) e a tecnologia 5G, a digitalização da indústria está ganhando mais força no mercado de inovação, revolucionando a maneira como as empresas produzem, desenvolvem e distribuem seus produtos.
Além disso, o levantamento mostrou que as exportações no setor cresceram a uma média anual de 1,4% nos últimos cinco anos. Em 2020, o Brasil exportou produtos no valor de US$ 235 bilhões. As principais exportações de bens do país estão concentradas em produtos de baixa complexidade, como agricultura e minerais.
Dentre os investimentos, as empresas com tecnologias aplicadas à indústria alcançaram seu pico de investimento em 2021, assim como o mercado de tecnologia como um todo, registrando um volume de investimento cerca de três vezes maior do que em 2020. Apesar da queda nos investimentos no mercado de tecnologia em 2022, o setor manteve níveis superiores de volume e número de acordos (deals) em comparação com 2020.