No último ano, a Robert Half destacou como a vivência da maternidade permite o desenvolvimento e o aprimoramento de soft skills altamente requisitadas pelo mercado, como inteligência emocional e senso de urgência. No entanto, mesmo assim existem muitas barreiras a serem quebradas quando o assunto é maternidade e carreira, já que as profissionais que são mães ainda lidam diariamente com complexos desafios.
Conforme sondagem realizada pela Robert Half em seu perfil no LinkedIn, que contou com a participação de 708 profissionais, conciliar carreira e família desponta como o principal obstáculo para profissionais que são mães (55%). Empregabilidade (20%), suporte no retorno da licença (17%) e segurança psicológica (8%) vêm em seguida e completam o levantamento.
“As companhias que desejam se manter competitivas no mercado já perceberam que, quando investem em iniciativas que apoiam a maternidade, podem usufruir de diversos benefícios, como aumento da produtividade e redução do turnover. Além disso, ajudam a promover a igualdade de gênero e a equidade no local de trabalho, permitindo que as mulheres tenham as mesmas oportunidades de avanço na carreira que seus colegas do sexo masculin. Isso sem a sensação de culpa e rejeição por conta da maternidade”, destaca Mariana Horno, Diretora de Recrutamento Executivo da Robert Half.
Para garantir que as demandas sejam entregues com excelência, mas de maneira mais empática e inclusiva com a mulher que também é mãe, seguem algumas boas práticas que a Robert Half tem visto no mercado e que podem servir de exemplo:
- Apostar na flexibilidade, tanto em relação à modalidade quanto à rotina de trabalho, com horários flexíveis para a amamentação, por exemplo;
- Contar com licença parental. Nesse caso, a empresa define que a licença é válida tanto para a mãe quanto para o pai, com um prazo entre 4 e 6 meses, independente do gênero;
- Oferecer auxílio-creche e um convênio de saúde com boa cobertura;
- Coaching de carreira ao longo da gestação, ou no período de licença, para auxiliar as profissionais no retorno ao trabalho;
- Investimento financeiro em ações para a promoção da equidade de gênero;
- Promover o treinamento de lideranças a fim de quebrar estereótipos extremamente prejudiciais à ascensão das mulheres e incentivar a capacitação e o reforço da urgência da temática no mercado de trabalho;
“Será que devemos julgar a carreira e potencial de uma profissional por um período de afastamento pontual? Será que os meses de licença têm tanta relevância se considerarmos o tempo e impactos positivos da carreira desta profissional como um todo? É preciso enxergar questões como a maternidade como momentos necessários, e não como uma perda para a companhia, uma vez que o valor agregado de cada profissional é muito superior ao período de 4 ou 6 meses de ausência temporária”, defende Mariana.