No último ano, cerca de 78% dos brasileiros e brasileiras fizeram compras online no período que antecedeu a pesquisa contrataram serviços de entrega de itens de supermercado e farmácia ao menos uma vez ao mês. Quase 90% afirmaram ter feito mais compras online nesses estabelecimentos do que antes de a pandemia começar. É o que aponta a pesquisa Consumo Online no Brasil*, realizada pelo PayPal, líder global em pagamentos eletrônicos.
Segundo o estudo, a maioria das compras online mudou de mensal para semanal ou quinzenal durante a pandemia. E, segundo os respondentes, quando a crise sanitária acabar, esse método de aquisição se manterá em níveis mais altos do que há dois anos.
A pesquisa descobriu também que os consumidores gostam da experiência de fazer suas compras cotidianas online, e consideram essa tarefa fácil e prática. Além disso, eles mantêm um registro de seus pagamentos online para despesas diárias e declaram que suas compras são planejadas, não ocorrem por impulso.
Os consumidores online se preocupam com a segurança de suas compras de supermercado e farmácia online, independentemente do serviço, produto ou canal onde compram. Nesse contexto, a segurança e as garantias contra fraudes aparecem como principais vantagens do uso de carteiras digitais.
Desde o começo da pandemia, o faturamento online passou de 10% (de tudo o que é vendido no varejo brasileiro) para mais de 21%, segundo a FGV. Por causa do coronavírus, claro, mas também porque o processo é mais fácil, rápido e seguro – como a pesquisa “Consumo Online no Brasil” demonstra.
A seguir, os destaques do estudo, na vertical de supermercados e farmácias.
Tempo e dinheiro.
- De acordo com a pesquisa, 90% dos entrevistados afirmam que suas compras online ou via aplicativos em farmácias e supermercados aumentaram durante a pandemia.
- Antes de a crise sanitária começar, em março de 2020, cerca de 36% dos brasileiros compravam mantimentos ou remédios de forma online diariamente ou semanalmente; já durante os 20 meses de pandemia que se seguiram, esse índice ultrapassou os 55%. E os entrevistados pelo estudo do PayPal acreditam que esse cenário não deve sofrer alterações no pós-pandemia.
- 89,8% dos brasileiros e brasileiras admitem gostar de comprar mantimentos e produtos farmacêuticos online ou por meio de aplicativos porque economizam tempo; e 89,5% o fazem porque economizam dinheiro – compram apenas o que precisam.
- 88,6% dos respondentes dizem conseguir acompanhar melhor suas despesas de farmácia e supermercado quando pagam online ou via apps.
Meios de pagamento.
- Os cartões de crédito são o principal meio de pagamento online em farmácias e supermercados (76,2%), seja entre homens e mulheres seja por faixa etária. Em seguida vêm os cartões de débito (62,2%), o Pix (42,8%), as carteiras digitais (29,3%), o dinheiro em espécie (11,1%) e a transferência bancária (5,2%).
- Segundo o estudo, quem usa carteiras digitais para fazer compras em farmácias e supermercados tende a fazer isso com mais frequência (82% dos casos). Nesta vertical, a porcentagem de homens e mulheres que fazem compras com carteira digital sempre ou quase sempre é praticamente a mesma (em torno de 80%).
- 83,1% dizem que as compras online de supermercado e farmácia já fazem parte do dia a dia.
Preocupação com saúde e segurança.
- 78,1% dos entrevistados disseram fazer compras de mantimentos ou produtos farmacêuticos online ou por meio de aplicativos por motivos de saúde ou para evitar o contágio.
- 61,8% estão preocupados com a segurança dos pagamentos online/via aplicativo ao comprar mantimentos e produtos farmacêuticos – índice que cai para menos de 40% quando a compra é realizada via carteira digital.
Boa experiência e futuro.
- 92,1% gostam da experiência de fazer compras online de supermercado e farmácia.
- 93% pretendem continuar a fazer compras online de supermercado e farmácia quando a pandemia acabar. Diferentemente do que se pode imaginar, a maioria dos pesquisados afirma que esse tipo de pagamento facilita o controle das despesas.
- A pesquisa destaca também que brasileiros e brasileiras têm a intenção de incluir, nos próximos cinco anos, ainda mais produtos e serviços em seu cotidiano de compras online ou via app – como água e luz, entretenimento e educação. Entre as tecnologias mais citadas neste futuro próximo estão as carteiras digitais e os QR Codes.
Alguns dados globais da pesquisa “Consumo Online no Brasil”
(que compreendem os dados de todas as verticais pesquisadas)
Antes de a crise sanitária começar, em março de 2020, cerca de 35% dos brasileiros faziam compras online diariamente ou semanalmente; já durante os 20 meses de pandemia, esse índice bateu em 57%; e os entrevistados pelo estudo acreditam que esse cenário não deve sofrer alterações no pós-pandemia. Cerca de 55% dos brasileiros dizem que continuarão comprando online quando a vida voltar ao normal – isso significa que passaremos a viver um “normal” diferente do “normal” que conhecíamos.
Os achados revelam ainda que a maioria dos brasileiros e das brasileiras compra e paga online sempre que pode (84,5%), considera essa forma de pagamento fácil (98,3%), gosta da experiência (98,8%), acha que ela permite um maior controle de despesas (89,9%), se considera especialista na arte de comprar via internet (68,2%) e costuma planejar suas compras online (87,6%).
A pesquisa foi dividida em verticais, para melhor entender o cotidiano de compras online dos brasileiros. Em primeiro lugar na lista ficou “Alimentos e restaurantes”, com 87,9% dos entrevistados afirmando fazer compras online desse tipo; “Supermercados e farmácias” aparecem em segundo, com 72% de aderência; seguidos por “Entretenimento” (64,6%); “Transporte e mobilidade urbana”, com 56,2%; “Combustível” (34,3%); e “Games online”, com 31,4%.
O dados iniciais da pesquisa “Consumo Online no Brasil” foram divulgados em novembro e estão disponíveis aqui. E os dados da vertical de delivery de comida (publicada em dezembro) podem ser conferidos aqui. E os dados da vertical de mobilidade urbana (publicada em janeiro) podem ser vistos aqui.
(*) a pesquisa “Consumo Online no Brasil ouviu 1.000 pessoas (todas compradoras online) entre 18 e 55 anos em todas as regiões do País e de todas as classes sociais