Estimativas da OECD (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) indicam que, na última década, metade do crescimento econômico nos países desenvolvidos foi devido a habilidades em educação melhoradas.
Segundo a Diretoria de Políticas de Formação, Materiais Didáticos e de Tecnologias para a Educação Básica do MEC, para melhorar as habilidades em educação é indiscutível a importância do experimento na fixação dos conteúdos e o valor do laboratório como fonte essencial do desenvolvimento pedagógico do educando faz parte de um desafio para as políticas públicas. O órgão destaca ainda que em grande parte das escolas brasileiras, os laboratórios estão sucateados, dada a falta de investimentos dos entes públicos, que não oferecem as condições mínimas necessárias à sua modernização ou até mesmo à reposição dos equipamentos que os compõem. (Fonte: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=607-laboratorio&Itemid=30192)
O laboratório didático ajuda na interdisciplinaridade e na transdisciplinaridade, já que permite desenvolver vários campos, testar e comprovar diversos conceitos, favorecendo a capacidade de abstração do aluno. Além disso, auxilia na resolução de situações-problema do cotidiano, permite a construção de conhecimentos e a reflexão sobre diversos aspectos, levando-o a fazer interrelações. Isso o capacita a desenvolver as competências, as atitudes e os valores que proporcionam maior conhecimento e destaque no cenário sociocultural.
Assim, a necessidade de inserir novas tecnologias, mostrar a importância da alfabetização científica e tecnológica no processo de formação dos indivíduos, destacar a associação entre as diferentes teorias e o ensino experimental tornam fundamental o uso de laboratórios nas escolas na era moderna.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), no seu Artigo 35, Inciso IV, diz: “É essencial a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina”. Mostra, pois, que as escolas de ensino médio devem proporcionar ao aluno oportunidades de união entre a teoria e a prática em cada disciplina.
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Anísio Teixeira (Inep), menos de 11% das escolas brasileira possuem laboratório de ciências, e das que possuem, menos de 2% são utilizados por falta de insumos, recursos humanos e segurança.
Além da falta de investimentos em infraestrutura e a precariedade daquelas existentes, temos ainda um grande desafio para educação em nossa Era: Segundo o estudo “O que pensam os jovens de baixa renda sobre a escola” elaborado pela Fundação Victor Civita, Fundação Itaú Social, Fundação Telefonica e publicado pelo CEBRAP em 2013, o grande problema na educação brasileira é que “a Escola perdeu o papel de referência na vida dos jovens”. O que se reflete nos índices alarmantes, que colocam nosso país nas piores posições do ranking mundial da educação, dentre estes, um índice é estarrecedor e revela a má qualidade de nossa educação: “74% da população brasileira não consegue entender um texto simples”.
(Fonte: http://www.fvc.org.br/estudos-e-pesquisas/2012/pdf/relatorio_jovens_pensam_escola.pdf)
A boa notícia é que uma startup brasileira, a Beenoculus, sensível a este grande problema nacional, pesquisa e vem investindo em inovações que acredita, podem melhorar a educação brasileira. Com uma proposta de implementar laboratórios de realidade virtual para simular laboratórios reais, a empresa desenvolveu de forma pioneira em todo o mundo uma inovadora metodologia que permite utilizar a realidade virtual como uma nova linguagem de comunicação com os jovens e não apenas como mais uma ferramenta tecnológica.
Com apenas 1 ano de vida, a Beenoculus ganhou em 2015 diversos prêmios importantes em desafios de startups pelo país, e agora é finalista do movimento 100OpenStartups que identifica as 100 startups mais atraentes do mercado para as grandes empresas. Esse reconhecimento é fruto do trabalho duro e inovador de seus 5 sócios e do apoio que receberam através de mentorias para desenvolvimento de suas estratégias no Programa Promessas Endeavor, no Programa Braskem Labs e como integrante do CUBO Coworking considerado um dos espaços de inovação mais promissores em todo o mundo.
Ainda colhendo os frutos desse trabalho e parcerias, a Beenoculus inicia o ano com investimentos superiores a R$ 1 milhão já assegurados com investidores que chegaram a um Valuation da empresa entre R$ 15 e R$ 20 milhões, recursos suficientes para desenvolver seu planejamento estratégico até o fim de 2016.
Caso raro no mercado, a empresa navega contra a corrente pessimista que assola a economia brasileira, contando com um acordo de cooperação assinado com a Universidade Estácio e outros projetos já contratados, a Beenoculus pretende avançar a passos largos com seus projetos na área de educação, projetando um faturamento superior a 10X o de seu primeiro ano. Com a Estácio a Beenoculus irá desenvolver em coprodução atividades educacionais em realidade virtual e aumentada para as principais disciplinas de ensino superior, atendendo a cursos de educação à distância e presenciais. Áreas como medicina, direito, engenharia, física, química, entre outras, se beneficiarão com as diversas experiências em realidade virtual que serão desenvolvidas através de uma inovadora metodologia criada pela Beenoculus e denominada: “Metodologia de Educação Imersiva em Primeira Pessoa – MEIP”.
E do que se trata esta metodologia? O cofundador e diretor de marketing da Beenoculus Rawlinson Peter Terrabuio explica:
“Com nossa metodologia somos capazes de colocar um sujeito na posição de um outro sujeito que realizou uma determinada ação, este agora passará a enxergar o mundo em 360o através da tecnologia de realidade virtual imersiva, com o mesmo ponto de vista daquele que realizou a ação, quem executa a ação será invariavelmente um profissional, aquele que detém o conhecimento e o domínio do que está realizando, e quem visualiza será o aprendiz.”
Para entender esse conceito peguemos um exemplo de um médico realizando uma cirurgia: A Beenoculus utilizando equipamentos especiais de audiovisual 360o, capta essa ação, edita, acrescenta elementos que auxiliam no entendimento do usuário como: locução, gráficos, animações e outras informações, para então um aprendiz (um aluno ou residente médico) visualizar o procedimento realizado através do ponto de vista do médico com o Beenoculus (um hardware que é a mídia de realidade virtual desenvolvida pela empresa, e tem o mesmo nome). É com essa metodologia que acontece o grande avanço na educação: Para o cérebro do sujeito que visualiza a ação em realidade virtual, é ele próprio quem está executando aquela ação e isso faz com que retenha em sua memória uma experiência próxima a prática, com muito mais qualidade e riqueza de informações do que ao visualizar por exemplo, o mesmo procedimento, em um vídeo na TV ou no computador.
Os potenciais da tecnologia e metodologia, principalmente para um país como o Brasil que tem urgência em avançar na melhoria da qualidade da educação, são gigantescos, isso porque a empresa conseguiu desenvolver uma solução de baixo custo para levar a tecnologia para escolas e universidades, segundo Rawlinson, a infraestrutura de laboratório de realidade virtual da Beenoculus pode ser implantada em uma escola pública ou privada por menos de R$ 80 mil reais, o executivo destaca que não são necessárias obras ou locais específicos para instalação dos laboratórios já que os conjuntos são móveis, ocupam pouco espaço para sua guarda e são utilizados nas próprias salas de aula: “além da realidade virtual transportar os alunos para mundos virtuais simulando as mais variadas situações do cotidiano, agora o aluno não precisa ir até o laboratório, é o laboratório que irá até ele e a qualquer tempo e em qualquer lugar.” complementa Rawlinson.
Grandes empresas mundiais como o Google, a Samsung e o Facebook com a Oculus VR tem suas soluções em realidade virtual, porém a desenvolvida aqui no Brasil pela Beenoculus tem vantagens sobre todas elas: Em relação ao Gear da Samsung a solução da Beenoculus custa 5 vezes menos, comparando com o Oculus Rift essa diferença aumenta para 15 vezes, ao contarmos impostos e custos de importação essa diferença será ainda maior, cerca de 30 vezes o custo do Beenoculus, com diversos recursos como ajuste de foco, ajuste de DIP (distância intrapupilar) permitir assepsia para uso coletivo e se tratar de um bem durável, a solução da Beenoculus está pronta para ser adotada pelas escolas e é muito mais robusta que por exemplo o projeto do Google Cardgoard, um dispositivo descartável feito de papelão.
Mas além de tudo isso, o grande avanço na proposta da Beenoculus é tratar a tecnologia como linguagem de comunicação com os jovens e não como mais uma ferramenta pedagógica.O executivo da Beenoculus destaca que “as atividades educacionais que estão sendo desenvolvidas permitirão aos alunos ter sentimentos e emoções enquanto aprendem, isso é efetivo, aprendendo assim a pessoa retém conhecimento porque vivencia experiências em Realidade Virtual muito próximas a prática”
A Beenoculus está depositando 4 novas patentes de equipamentos de audiovisual 360o para produzir conteúdos para a educação e destaca que está desenvolvendo parcerias com outras empresas e startups que irão fazer uso destas tecnologias para juntos construírem um grande acervo de obras de Realidade Virtual Imersivas para a Educação.
“Nós estamos chamando as empresas para trabalharem com a Beenoculus, empresas de games, de audiovisual, estamos desenvolvendo esse ecossistema, o BEE de nossa marca não é só uma palavra bacana em inglês com sonoridade, trata-se de um símbolo, BEE é Abelha em inglês e representa a cooperação, a colaboração, esse é o nosso DNA, não vamos fazer essa transformação na educação sozinhos, precisamos de Autores, Professores, Criativos, Matemáticos, Físicos, Designers, Programadores, Cineastas, Câmeras, Cientistas, Investidores, entre outros, a Beenoculus traz oportunidades para esses profissionais, para todo o ecossistema, temos um grande problema na Educação em nosso país e é essa enorme carência e necessidade que nos faz usar toda a nossa imaginação e criatividade para desenvolvermos uma inovação mundial que acreditamos irá transformar não só a educação no Brasil, mas em todo o mundo! Quem quiser poderá se unir a Beenoculus para fazer essa transformação.” conclui Rawlinson.