No próximo dia 23 de novembro acontece a Black Friday e para oferece a melhor experiência de compra durante a principal data de vendas promocionais da internet, os e-commerces se preparam durante o ano todo. Responsável por manter o site no ar, a área de infraestrutura da loja é uma das que demandam maior dedicação.
Edson Tavares, CIO da Infracommerce, maior empresa em full service para e-commerce na América Latina, lista os principais pontos de atenção e como evitá-los. “Os mais comuns são a grande quantidade de acessos simultâneos, erros na programação, infra estrutura mal planejada e, inclusive, ataque de hackers”, explica.
Evite o gargalo de acessos
O gargalo de acessos, também conhecido como bottleneck (pescoço da garrafa, em tradução livre), acontece quando os servidores não têm capacidade para suportar um grande volume de dados gerados simultaneamente. “Existem cálculos que devem ser feitos para analisar a capacidade necessária. Esses cálculos são realizados com base em edições anteriores da Black Friday e outras datas em que o tráfego tende a aumentar, além da expectativa de vendas de cada loja. Assim, é possível determinar a quantidade de servidores necessária para processar aquele volume de dados”, esclarece o especialista.
Para atender a essa demanda, a Infracommerce desenhou, implementou e mantém uma arquitetura diferenciada voltada à escalabilidade, que conta com uma estrutura de data center (centro de processamento de dados) física e outra em nuvem. Edson Tavares explica que esse sistema atua de forma autônoma e inteligente, através de modelos preditivos, que identificam as tendências de aumento de volume de acessos, escalando e ampliando a capacidade de atendimento dinamicamente. Através da escalabilidade, mais servidores são adicionados na nuvem para dividir a carga e manter o atendimento, evitando qualquer tipo de gargalo e, por fim, garantindo a venda. Essa estrutura é redundante e balanceada, assim, caso qualquer servidor falhe, os demais redistribuem a carga entre eles imediatamente.
Erros de programação
A preparação para a Black Friday envolve um planejamento que visa o ciclo: implementação, garantia da qualidade e implantação. Além do uso de tecnologia, é importante contar com uma equipe de atendimento exclusiva para acompanhar as transações durante esse período. Com uma análise em tempo real é possível identificar possíveis erros e corrigir imediatamente, evitando que o consumidor desista da compra ou fique sem o produto.
Esse monitoramento permite não somente que as compras realizadas sejam bem-sucedidas, mas também viabiliza um processo de melhoria constante. “O fim de uma Black Friday significa o início da próxima. Todo o desempenho é analisado para que os erros não se repitam e para que, no ano seguinte, a plataforma tenha uma performance ainda melhor”, conta o CIO da Infracommerce.
Proteção contra hackers
Fraudes com cartões falsos ou inserção de códigos maliciosos na programação dos sites são alguns dos golpes mais comuns envolvendo comércio eletrônico e, na Black Friday, eles tendem a aumentar. Apesar disso, Tavares ressalta que a prevenção é bastante simples. “É importante que o código do e-commerce seja seguro e criptografado. Isso protege não só a loja, como também os dados dos clientes”.
Outra técnica utilizada pelos hackers são sistemas robotizados capazes de operar em alta velocidade e que podem, por exemplo, derrubar um site. Para evitar isso, existem softwares que detectam comportamentos atípicos, como muitos acessos de um IP ao mesmo tempo e, ao identificar o ataque, interrompe a conexão.
Todo esse planejamento, estudo e trabalho de prevenção garante que o consumidor realize suas compras online com rapidez, facilidade e segurança.