Por Diego Daminelli, do time da aceleradora de Negócios Organica
O termo polarização já está no mainstream, ou seja, no cotidiano dos brasileiros. É mais comum ainda ouvir essa palavra em referência à atual corrida eleitoral. A população, desde os últimos anos, vem se dividindo em diferentes escalas da esquerda e da direita e outras ideologias opostas também separam grupos sociais. E quais são os maiores reflexos dessa situação?
Discussões rasas sem a profundidade necessária para que o tema seja devidamente decupado e também o afastamento pessoal e intelectual das pessoas, cada um correndo para sua bolha, são algumas das consequências dessa divisão social.
Mas será que são apenas estes os casos de polarização que trazem prejuízo? Na verdade, os ambientes corporativos também relatam casos e casos de perda de produtividade por conta destas discussões.
Na Organica, empresa que lidera a aceleração de negócios, conforme passamos mais tempo dentro das empresas que aceleramos, aprofundamos ainda mais os estudos sobre cultura, análise de público-alvo, jornada de clientes, objetivos e priorização de projetos. Podemos perceber que existem pequenas arenas e debates políticos entre a equipe comercial e a de Tecnologia de Informação, marketing versus suporte ou dentro de uma mesma equipe, por exemplo, branding versus performance.
Qual empresa nunca viu uma discussão de um comercial com a “demora” da entrega da equipe de produto? Quem nunca viu uma equipe de performance dizer que branding “fica gastando com besteira, mas quem converte é a gente.”
No curto prazo, esse embate pode parecer positivo. “Tenho uma equipe muito motivada que briga pela empresa”. Não, cada um briga para ter razão, briga por seus objetivos pessoais.
Nestes casos, alavancas de trabalho com foco em cultura e também de gestão costumam amenizar ou resolver grande parte desse problema que se resume em: cada um remando para seu lado ao invés de remarem rápido e juntos o famoso “Andar em Bloco”, quando falamos de cultura ou projetos de gestão em Squads, onde pessoas e áreas diversas se agrupam em projetos, um modelo que ficou muito famoso com a Spotify.
Em outros casos, alinhados com esses trabalhos específicos de Cultura e Gestão, se derrubam os “muros” de algumas áreas criando grandes setores de “Client centric”, ou seja, foco no cliente na abordagem para fazer negócios que se concentra em criar uma experiência positiva para o cliente.
Bill Macaitis, ex CMO da Slack, Zendesk e Ex VP da Sales Force, derrubou esses muros e uniu embaixo de seu guarda-chuva as áreas de Marketing, Vendas e Client Success (suporte). Com isso, ele unificou metas e colocou a satisfação e encantamento do cliente como principal objetivo de todas as áreas, seja em qual momento o cliente tivesse contato com a empresa. Não por coincidência, se tornaram cases de sucesso de gestão e resultados