Por Jandaraci Araújo, conselheira de administração e cofundadora do Conselheira 101
A pauta ESG, como sabemos, está relacionada ao mundo corporativo e nunca esteve tão evidente como agora. A sigla ESG (Environmental, Social and Governance) é uma necessidade para qualquer empresa, independente do tamanho, que se preocupe com o futuro e com a sua perpetuidade no mercado. Muitos negócios já começam colocando entre suas pautas não só o pilar ambiental, mas também o social e a governança. Ser reconhecido por cuidar do meio ambiente, promover impacto social positivo e adotar uma conduta corporativa ética é fundamental para o negócio prosperar. Já é sabido, que a nova versão do capitalismo, o capitalismo de stakeholders, abarca não apenas o “S – Social”,da sigla ESG, como também o “E-Environment” e o “G-Governance”, pois não são temas dissociados, como pode aparentar em princípio.
Para contextualizar, segundo uma pesquisa feita na América Latina pela Sherlock Communications, – que nada mais é que um recado para as empresas -, para as companhias instaladas no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru: 94% dos entrevistados afirmaram que as empresas precisam investir mais em iniciativas sociais e ambientais. Entre as nacionalidades ouvidas, os brasileiros são os que mais se importam com a responsabilidade social corporativa, nove em cada dez pessoas. O que isso comprova? Que consumidores e investidores despertaram e não aceitam mais a justificativa do lucro “a qualquer custo”.
Os benefícios para começar alinhado com os princípios ESG, podem ser inúmeros, principalmente na perspectiva financeira, já que podem atrair mais investidores alinhados com a pauta. Além disso, tem um claro ganho de vantagem competitiva, seja pelos seus consumidores que se tornam embaixadores da marca, seja pela publicidade positiva que eles promovem. Empresas com reconhecidas práticas sociais e critérios de governança elevados tendem a ter uma cultura mais inovadora, colaboradores mais engajados e consequentemente uma baixa rotatividade.
Escolher o ESG como estratégia, mais do que uma moda do mercado, deve nos mover a responder a seguinte pergunta: como meu negócio pode contribuir para um mundo melhor, seja sob a perspectiva ambiental e/ou social, e ainda ter sustentabilidade financeira? A dica é: comece simples, informe-se sobre os benefícios fiscais disponíveis para empresas que possuem práticas sustentáveis. Não há uma fórmula única, um modelo padrão, mas há vários caminhos, simples e fáceis de serem implementados.