Cidades inteligentes: entenda como estas podem ajudar a evitar tragédias

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De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2015 a maior parte da população brasileira, 84,72%, vive em áreas urbanas. Em decorrência do aumento exponencial de pessoas nessas áreas, as gestões enfrentam o desafio de buscar alternativas inteligentes para melhorar a qualidade de vida e a convivência dentro das cidades, levando em conta questões cotidianas dos cidadãos.
 

O conceito de cidades inteligentes é baseado em nove pilares estabelecidos pelo IESE Business School, da Espanha. São eles: capital humano, coesão social, economia, governança, meio ambiente, mobilidade e transporte, planejamento urbano, conexões internacionais e tecnologia.
 

Cidades inteligentes na prática: a inovação aplicada à prevenção de tragédias
 

Com a eficiência dos pilares citados, o principal objetivo é auxiliar na conexão entre o poder público e os cidadãos para que tenham melhor qualidade de vida – de curto a longo prazo. Além disso, alguns dos mecanismos das Smart Cities – ou cidades inteligentes – interferem diretamente na integridade da população. À exemplo disso, a startup Ineeds Systems desenvolveu sensores de telemetria que, ao detectarem movimentações de risco, comunicam às autoridades locais para que possam tomar as medidas cabíveis de proteção aos cidadãos.
 

“Um dos aparelhos é o Sensor de Movimentação de Pedras e Encostas que, ao ser instalado em áreas com risco de desabamento, identifica qualquer alteração e comunica a Defesa Civil do município. A implementação desse aparelho já auxiliou na evacuação de áreas de risco em Petrópolis, durante a onda de enchentes”, relata Pedro Curcio Junior, CEO de Ineeds Systems.
 

O outro mecanismo, também baseado na tecnologia de telemetria, usa a tecnologia da internet das coisas (IoT) para monitorar as condições dos bueiros, possibilitando agir preventivamente na limpeza antes das chuvas. “O equipamento consiste em um filtro com um cesto acoplado e encaixado no bueiro, que conta com um sensor volumétrico. Quando o cesto atinge 70% da capacidade, o sensor emite o alerta para as equipes de limpeza”, explica Curcio.
 

Os aparelhos, que coletam e transmitem dados em tempo real, se comunicam com os órgãos do município – que tomam as atitudes necessárias para amparar a população.
 

No cenário das Cidades Inteligentes, os cidadãos passam a ser portadores de informações e, assim, ajudam o poder público a reconhecer os problemas e produzir informações, auxiliando a mapear, discutir e enfrentar essas dificuldades. “É um privilégio poder fazer parte do grupo disposto a pensar novas tecnologias que, integradas ao poder público, contribuam efetivamente para o avanço da sociedade”, finaliza Curcio.