Robotização desenvolvida pela Dalca Brasil para o parque fabril da voestalpine Meincol promoveu melhora ergonômica e ganho de produtividade, com linha 20% mais veloz em relação ao processo anterior
A automação potencializa resultados positivos nos mais diversos segmentos industriais. No ramo de metais, essa constatação pode ser vista na prática a partir da célula robótica desenvolvida pela Dalca Brasil para a voestalpine Meincol. A empresa, referência por seu mix completo de produtos em aço, buscou na expertise da Dalca uma solução para o processo de empacotamento de produtos. E encontrou: a robotização permitiu ganho de produtividade, melhora ergonômica dos colaboradores e redução dos custos operacionais.
Controlada pelo grupo austríaco voestalpine, por meio da Divisão Metal Forming, uma das maiores empresas europeias no setor de tubos e perfis especiais, a Meincol instalou em seu parque fabril, localizado em Caxias do Sul, um sistema robotizado que passou a permitir o empacotamento dos produtos que antes era feito de forma manual por dois operadores. “Devido à ergonomia, muitas vezes a velocidade da linha não era otimizada, pois o ritmo do empacotamento na maioria dos casos restringia a operação. Com o novo sistema, o ganho médio de velocidade da linha ficou acima de 20%. Após a instalação, também não tivemos mais registros de acidentes nessa operação e reduzimos a necessidade de dois operadores por turno para apenas um”, detalha o Diretor Industrial, Antonio Cali.
Desde 2008, a voestalpine Meincol tem suas operações no Brasil e na América do Sul, com foco em produtos em aço, tais como tubos e perfis, feitos a partir de aços laminados a quente, a frio e galvanizados, além de desenvolvimento de produtos especiais e processos agregados. Essa demanda exigia, portanto, um investimento assertivo em automação industrial. “Em função da necessidade de reduzir riscos de acidentes e problemas ergonômicos, ganhar produtividade e diminuir os problemas de turnover, em operação de baixa atratividade, optamos pelo investimento’, aponta Cali.
Um dos principais desafios enfrentados pela empresa, portanto, era justamente essa complexidade na manipulação e paletização das peças – perfis de aço que chegavam a medir até 14 metros, com mais de 100 kg. “O ganho que a automação proporcionou ao parque fabril da Meincol certamente se deu, de forma primordial, em questões ergonômicas, pois manipular e paletizar esses itens de forma manual era complexo. Desenvolvemos a célula robótica justamente para sanar esse gargalo produtivo, além de pensar nos consequentes ganhos de produtividade”, destaca o gerente comercial da Dalca, Matheus Ziglioli.
O processo de packaging robotizado desenvolvido pela Dalca assume um papel central no final de linhas industriais para garantir uma produção contínua e segura. Além disso, contribui para a fluidez do processo fabril e minimiza trabalhos repetitivos. A célula robótica pode ser flexível para manipular dimensões diferentes, trocando automaticamente os programas por meio de leituras de código de barras ou sistemas de visão, e pode ser destinada tanto para manipulação de peças pequenas quanto de grandes dimensões. “A automação de processos influencia na competitividade de uma indústria, pois reduz os custos operacionais. Estamos dando sequência na automação em outras linhas de produção com situação similar para obter resultados ainda melhores”, reforça o Diretor Industrial da Meincol.