Diante do atual cenário econômico com desabastecimento e queda nas vendas provocado pelos efeitos da paralisação dos caminhoneiros, com consequência imediata na saúde financeira das empresas, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) enviou ofícios ao presidente Michel Temer, ao governador Fernando Pimentel e ao prefeito Alexandre Kalil solicitando a prorrogação do prazo de vencimento de todos os tributos federais, estaduais e municipais. “Os efeitos da paralisação dos caminhoneiros colocaram em situação de grave preocupação toda a atividade econômica. Os setores de comércio e serviços sentiram os efeitos com vendas em brusca queda”, disse o presidente da CDL/BH, Bruno Falci. “E para mantermos os empregos e a saúde financeira das empresas, precisamos de fôlego para colocar os compromissos em dia”, completou.
Nos ofícios, a CDL/BH solicitou:
1) a prorrogação do prazo de vencimento de todos os tributos federais, estaduais e municipais;
2) suspensão pelo prazo mínimo de 60 (sessenta) dias do cadastramento de débitos dos contribuintes na dívida ativa e protesto em cartório.
A CDL/BH entende que as medidas solicitadas são necessárias, pois será preciso criar mecanismos que minimizem os impactos decorrentes da paralisação dos caminhoneiros. A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) estima que, de 21 a 28 de maio, os setores de comércio e serviços de todo País tiveram perdas de aproximadamente R$ 27 bilhões.
Mesmo com a retomada gradual das atividades dos caminhoneiros, os setores de comércio e serviços ainda precisarão de um período para se recuperar das perdas e reorganizar suas finanças. Em especial as pequenas empresas, que são as que mais sentem os reflexos gerados pelo alongamento da paralisação, tendo sua capacidade de pagamento diretamente afetada.
A CDL/BH espera que os nossos governantes considerem os interesses da sociedade e tomem medidas que reduzam tantos transtornos que foram causados, a fim de evitar que os prejuízos sejam ainda maiores. Além disso, esperamos que esse grave momento vívido no País nos últimos dias sirva para alertar da necessidade de uma gestão pública mais eficiente, que desenvolva medidas que atendam as demandas da sociedade e fomentem o desenvolvimento da economia.