Capgemini registra resultados muito bons no primeiro semestre de 2016 e aumenta a meta de margem para o ano

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O Conselho de Administração da Cap Gemini S.A., presidido por Paul Hermelin, reuniu-se em Paris no dia 26 de julho de 2016 para revisar e autorizar a publicação das contas[1] do Grupo Capgemini para o primeiro semestre de 2016.

Para Paul Hermelin, presidente e chairman do Grupo Capgemini, “Com um início de ano muito bom, o Grupo obteve um excelente primeiro semestre. Nossa receita cresceu 14,4%, com câmbio constante, e nossa margem operacional aumentou consideravelmente (+1,5 ponto), para 10,2% da receita, com melhoria da margem em cada uma das regiões do Grupo.

Continuamos expandindo em segmentos de mercado impulsionados pela inovação. A demanda por serviços digitais e na nuvem (Digital & Cloud) continua sólida, com uma evolução de 32% da receita. Nossa divisão de consultoria também se beneficiou com o seu posicionamento em transformação digital, registrando crescimento de 8,1%.

Expandimos nosso portfólio de serviços inovadores com uma oferta de manufatura digital (Digital Manufacturing) tendo como alvo a indústria, e lançamos a nova linha de serviços Automation Drive, reunindo a tecnologia e conhecimento especializado do Grupo em automação.

O primeiro semestre também confirmou o sucesso da integração da IGATE, que atua com a marca Capgemini desde janeiro: as sinergias foram obtidas antes do planejado e as vendas têm sido excelentes, conforme comprovado pelo crescimento sustentável nas contas-chave.

Por fim, nossa rede global de centros de entrega conta hoje com mais de 100 mil funcionários e representa 55% do número total de funcionários do Grupo. Isso é fundamental para a nossa competitividade, principalmente com a crescente demanda na Europa.

Com base nos resultados do primeiro semestre, estamos aumentando nossa meta de margem operacional para o ano de 2016 para um valor entre 11,3% e 11,5%”.

PRINCIPAIS RESULTADOS DO 1° SEMESTRE DE 2016

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O Grupo gerou receita de € 6.257 bilhões no primeiro semestre de 2016, 11,6% maior do que a receita divulgada no primeiro semestre de 2015, e 14,4% com taxas de câmbio constantes. O crescimento orgânico (excluindo o impacto das moedas do Grupo em relação ao Euro e as mudanças no escopo do Grupo) foi de 3,3% para o primeiro semestre e de 3,8% para segundo trimestre. A área de Digital & Cloud cresceu 32%, com taxas de câmbio constantes, e foi responsável por 28% da receita do primeiro semestre.

As vendas registradas nos primeiros seis meses de 2016 totalizaram € 6.341 bilhões, em comparação com os € 5.309 bilhões registrados no primeiro semestre de 2015.

A margem operacional cresceu 31% em relação ao mesmo período do ano anterior, para € 638 milhões, e representa 10,2% da receita, 150 pontos base a mais ano a ano, com aumento em todas as regiões e segmentos em que o Grupo atua. Além do impacto positivo da integração da IGATE e das respectivas sinergias, esse aumento da lucratividade demonstra o valor criado pela industrialização contínua das operações do Grupo e da contribuição crescente das ofertas de alto valor da área de Digital & Cloud.

Outras receitas e despesas operacionais totalizaram € 128 milhões. Esse aumento se deve, principalmente, aos custos de integração da IGATE e à amortização dos ativos intangíveis relacionados à sua aquisição.

A margem operacional do primeiro semestre de 2016 aumentou para 8,1% da receita, ou € 510 milhões, 14% acima do ano anterior.

As despesas financeiras líquidas foram de € 62 milhões, € 21 milhões a mais do que no primeiro semestre de 2015, principalmente devido ao custo do financiamento da compra da IGATE. As despesas de imposto de renda foram de € 87 milhões, € 40 milhões abaixo do ano anterior, devido ao reconhecimento de € 32 milhões em ativos fiscais deferidos.

O lucro líquido (parcela do Grupo) alcançou € 366 milhões no primeiro semestre, 26% acima do ano anterior. Os ganhos básicos por ação (EPS) foram de € 2,15 no primeiro semestre de 2016 e o ganho normalizado por ação aumentou 31% em relação ao ano anterior, para € 2,52.

O Grupo gerou um fluxo de caixa orgânico livre de € 31 milhões no primeiro semestre de 2016, um aumento de € 117 milhões em relação ao mesmo período do ano passado. O retorno para os acionistas totalizou € 394 milhões no período, por meio do pagamento de dividendos de € 229 milhões e uma operação de recompra de ações de € 165 milhões.

PROJEÇÃO

Para 2016, o Grupo atualizou a previsão da margem operacional para um índice entre 11,3% e 11,5% (contra 11,1% a 11,3% no ano anterior). O Grupo também confirma sua meta de aumento da receita de 7,5% para 9,5%, com taxas de câmbio constantes, em 2016, e um fluxo de caixa orgânico livre de € 850 milhões.

O Grupo prevê um impacto negativo de – 2% decorrente das flutuações cambiais na receita, principalmente devido à valorização do Euro frente à Libra Esterlina e ao Real.

TENDÊNCIAS POR NEGÓCIO

A divisão de Serviços de Consultoria (4% da receita do Grupo), colhendo os benefícios de seu reposicionamento em transformação digital, registrou aumento de 8,1% na receita, com câmbio constante, com forte crescimento no Reino Unido. A margem operacional cresceu 230 pontos base em relação ao ano anterior, para 10,4%.

A divisão de Serviços de Tecnologia & Engenharia (15% da receita do Grupo, anteriormente conhecida como Serviços Profissionais Locais) registrou crescimento de 13,1%, com câmbio constante, nos primeiros seis meses. O crescimento foi impulsionado pela América do Norte e Resto da Europa, além da contribuição da IGATE. A margem operacional cresceu 260 pontos base em comparação ao ano anterior, para 11,3%, no primeiro semestre.

A divisão de Serviços de Aplicações (60% da receita do Grupo) registrou aumento da receita na ordem de 17,2%, com câmbio constante, no primeiro semestre. Além da contribuição da IGATE, o crescimento foi gerado, principalmente, por uma aceleração na Europa. A margem operacional cresceu de 10% em 2015 para 11,4%.

A receita da divisão de Outros Serviços Gerenciados (21% da receita do Grupo) registrou crescimento de 9,3%, com câmbio constante, graças ao impacto da aquisição da IGATE e apesar da forte queda das atividades no Reino Unido. A margem operacional foi de 9,2%, 100 pontos base acima da margem registrada no primeiro semestre de 2015.

TENDÊNCIAS POR REGIÃO

A América do Norte (30% da receita do Grupo) registrou crescimento de 36,2%, com câmbio constante, já incluindo a integração da IGATE, em relação ao ano anterior, impulsionado pelos setores de serviços financeiros, bens de consumo e varejo e manufatura. Exceto no setor de energia e serviços públicos (Energy & Utilities), no qual a desaceleração se manteve no segundo trimestre, o crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior foi de 5%. A margem operacional cresceu 180 pontos base, para 15,1%.

No Reino Unido e na Irlanda (17% da receita do Grupo), a receita cresceu 8,6% com câmbio constante. O bom desempenho local foi possível devido a vários contratos fechados no setor privado, que hoje representa mais do que a metade da receita e registrou crescimento orgânico de dois dígitos, enquanto o setor público se retraiu, conforme previsto. A margem operacional cresceu 180 pontos base em relação ao mesmo período do ano anterior, para 14,5%.

No primeiro semestre de 2016, a França (20% da receita do Grupo) reportou aumento de 4,8% na receita, graças ao forte desempenho dos serviços de aplicações. Os setores de serviço financeiros e de bens de consumo e varejo foram os mais dinâmicos durante o período. A margem operacional cresceu 40 pontos base em relação ao ano anterior, para 6,6%.
No Resto da Europa (que agora inclui Benelux e representa 26% da receita do Grupo), apresentou aumento de 6,9% na receita, com câmbio constante, sendo que todas as regiões e setores contribuíram para esse resultado. A margem operacional cresceu 110 pontos base no primeiro semestre, para 8,9%.

A receita da região da Ásia Pacífico e América Latina (7% da receita do Grupo) cresceu 10,3% com câmbio constante. O crescimento permaneceu dinâmico na região da Ásia Pacífico, impulsionado pelos setores de serviços financeiros, bens de consumo e varejo. O ambiente econômico no Brasil continua enfraquecido, mas seu impacto negativo sobre o Grupo está diminuindo. A margem operacional, tradicionalmente baixa no primeiro semestre, cresceu 60 pontos base, para 3,8%.

NÚMEROS DO SEGUNDO TRIMESTRE

O crescimento da receita no segundo trimestre foi de 15,0%, com câmbio constante. 1,1 ponto maior do que no primeiro trimestre. No segundo trimestre, após ajustes pelo impacto do câmbio e alterações no escopo do Grupo, a região da Europa Continental acelerou, o crescimento na América do Norte alcançou seu ponto mais baixo no ano e o Brasil apresentou sinais de melhora. No nível do Grupo, o crescimento orgânico foi de 3,8% no segundo trimestre, comparado com 2,9% no primeiro trimestre.

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS

Em 30 de junho de 2016, o número de funcionários do Grupo era 184.899, se comparado com 180.639 no final de 2015. Nossos centros de entrega global empregam 101.546 pessoas (inclusive 90.539 na Índia), representando 55% do número total de funcionários do Grupo, em comparação com 48% em 30 de junho de 2015.

BALANÇO PATRIMONIAL

Em 30 de junho de 2016, o Grupo registrava € 1.487 bilhão em caixa e equivalentes de caixa (líquido do limite de saques a descoberto). Após computar empréstimos de € 3.867 bilhões, relacionados, principalmente, à aquisição da IGATE em 2015, os ativos utilizados para gestão do caixa e os instrumentos derivativos, a dívida líquida* do Grupo totalizou € 2.278 bilhões no final do primeiro semestre de 2016. O aumento da dívida líquida no primeiro semestre foi principalmente devido ao pagamento dos dividendos e ao programa de recompra de ações.