A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil inauguram, nesta quarta-feira (20), o Complexo Datacenter Capital Digital, localizado no Parque Tecnológico Capital Digital, em Brasília (DF). Trata-se da primeira Parceria Público-Privada (PPP) na modalidade de Concessão Administrativa do Governo Federal.
O complexo tem o objetivo de garantir a continuidade e a expansão dos negócios da CAIXA e do BB para os próximos 15 anos, além de reduzir os riscos operacionais e de seguir normativos internacionais que tratam de segurança em TI em bancos.
O investimento para a construção e instalação de todo o complexo foi de R$ 322 milhões. As despesas de co-location – termo que se refere a espaços que abrigam, simultaneamente, computadores e redes de comunicação – para os próximos 15 anos estão estimadas em aproximadamente R$ 900 milhões.
O bloco de produção disponibiliza 5,2 mil m² de piso elevado específico para equipamentos de Tecnologia da Informação (TI). A área total construída do Complexo Datacenter é de 25 mil m². No decorrer dos anos, serão investidos mais de R$ 2 bilhões na aquisição de equipamentos de TI.
Estrutura:
O Datacenter é um conjunto de prédios destinado a abrigar e dar suporte aos equipamentos de TI das duas instituições financeiras proprietárias do complexo.
Os prédios recebem a classificação máxima de segurança para centros de processamentos de dados, o TIER 4. Eles foram construídos sob normas internacionais e com as melhores práticas construtivas e de infraestrutura eletromecânica. A estrutura conta com segurança de acesso e mecanismos de detecção preventiva e combate a situações de risco extremo, como explosões ou até mesmo queda de aviões de pequeno porte sobre ela.
O Complexo Datacenter Capital Digital é um ambiente de altíssima disponibilidade de infraestrutura predial com redundância no fornecimento de energia elétrica e ar-condicionado, estabilização de tensões elétricas, temperatura e umidade, além de contar com geração própria de energia elétrica de contingência com autonomia de 48 horas sem reabastecimento. A estrutura possui também geradores de energia elétrica com potencial para suprir uma cidade de até 60 mil habitantes, utilizando até 20% de biodiesel.
O Datacenter é composto por três edificações: bloco de infraestrutura, que abriga os equipamentos que darão suporte aos equipamentos de TI; bloco de produção, uma construção tipo “bunker” para abrigar os equipamentos de TI – processamento e armazenamento; e bloco de monitoramento conjugado, com o prédio da quarentena dos equipamentos. As obras contam com mais de 100 km de fibras ópticas.
Parceria Público-Privada:
O Datacenter Capital Digital é a primeira PPP federal. Do tipo concessão administrativa, essa PPP não envolve a compra dos equipamentos de TI, e sim dos equipamentos de infraestrutura (geradores, ar-condicionado, no breaks, etc.).
A PPP também garante serviços de datacenter similar a uma co-location por um período de 15 anos, com serviços de infraestrutura predial específicos, energia elétrica, água, sistema de detecção e combate a incêndios e todos os serviços condominiais pertinentes – vigilância, limpeza, portaria, controle de acesso, etc.
Sustentabilidade:
As edificações do Complexo Datacenter foram implantadas com o conceito de construção limpa, com perdas mínimas, baixos resíduos e construção pré-moldada. O complexo foi projetado para maximizar o uso de energia e racionalizar a demanda por refrigeração. O nível de permeabilização do solo é de 65%, 30% superior às exigências legais. Antipoluentes, os geradores de energia possuem silenciador de ruídos e podem ser abastecidos com biodiesel. A cobertura foi projetada para reduzir a carga térmica, reduzindo o consumo de energia. A fachada tem revestimento com laminado estrutural proveniente de manejo florestal.
Centro Tecnológico CAIXA:
Além do complexo Datacenter, a CAIXA está construindo o Centro Tecnológico CAIXA (CTC), no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), em Brasília. Com orçamento de R$ 119 milhões, o prédio será integrado com o datacenter, permitindo a implementação de redundâncias e planos de recuperação de desastres. A conclusão das obras está prevista para o fim deste ano, e as migrações de serviços serão finalizadas até o primeiro trimestre de 2015.