Brasil inicia 2024 com alta de 6,6% no consumo de energia, diz CCEE

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Todos os estados, exceto o Rio Grande do Sul, registraram demanda maior

Os consumidores brasileiros demandaram 71.200 megawatts médios em janeiro, um aumento de 6,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo prévia do Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.

Quase todos os estados registraram alta, influenciados por temperaturas acima da média, que impulsionam o uso de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado, e pela boa performance de alguns ramos de atividade econômica, que produziram mais e consequentemente usaram mais eletricidade.

Do total consumido, 45.458 MW médios foram fornecidos ao mercado regulado, que abastece as residências e pequenas empresas, um crescimento de 7,5% no comparativo anual. O restante, 25.742 MW médios, foi utilizado pela indústria e grandes empresas que compram sua energia no mercado livre, alta de 5,0%.

Consumo por ramo de atividade econômica

Entre os 15 setores com consumo monitorado pela CCEE no mercado livre, em janeiro e na comparação com o mesmo período do ano passado, as maiores taxas de crescimento foram observadas nos ramos de Madeira, Papel e Celulose (10,8%), Bebidas (10,2%), Serviços (9,8%) e Comércio (9,4%). Especificamente em Serviços e Comércio, a CCEE destaca a entrada de novos consumidores no ambiente livre e o uso mais intenso de equipamentos de refrigeração, especialmente nos segmentos de hotelaria, shoppings e hiper e supermercados, que têm maior peso nesses dois setores e registram sazonalmente maior movimentação nos meses de verão.

Apenas três ramos tiveram declínio na demanda por energia: Telecomunicações (-1,9%), a indústria têxtil (-2,7%) e o setor de fabricação de veículos (-3,9%).

Consumo por região

Quase todos os estados conectados ao Sistema Interligado Nacional – SIN tiveram um consumo maior por energia elétrica nos primeiros 31 dias deste ano. Na comparação anual, as maiores taxas foram registradas pela CCEE no Amazonas (25%), Maranhão (21%) e Mato Grosso (16,9%), conforme gráfico abaixo. Apenas o Rio Grande do Sul teve queda, de 7,1%, puxada por temperaturas mais amenas e um volume maior de chuva ante ao ano anterior.