A nova regulação sobre dados na Europa, o escândalo da Cambridge Analytica e a invasão do Banco Inter trouxeram à tona um assunto cada vez mais relevante: o controle sobre os dados coletados por empresas e startups.
Em um mundo cada vez mais digital, a cada minuto são coletados 2,5 quintilhões (são 19 casas decimais) de gigabytes, com dados sendo coletados de praticamente todo cidadão do planeta.
Com a monetização do big data, toda empresa busca coletar dados para que possa usar no futuro. Mas o quão protegida está essa informação?
“Isso se torna cada vez mais relevante, pois a valoração dos dados atrai hackers e outros criminosos cibernéticos que se aproveitam de vulnerabilidades para roubar e comercializar esses dados”, explica João Kepler, partner da BNI.
Pensando nisso, a Bossa Nova Investimentos, maior fundo de investimento em startups do país, vem fomentando startups que atuam com segurança de dados.
“No portfólio da Bossa Nova existem empresas que ajudam a proteger desde a infraestrutura de negócios online até a educar os funcionários das empresas que lidam com dados sensíveis”, revela Pierre Schurmann, partner da BNI.
Uma delas é a CleanCloud, que monitora diariamente o ambiente em nuvem de seus clientes, identifica problemas e gera recomendações de redução de custo e melhoria de segurança. Fundada em 2016, atende diversas outras startups e grandes clientes como Globo e B2W.
“A nuvem é segura, tão ou mais do que ter seus próprios servidores. Mas segurança deve continuar sendo uma preocupação ativa e constante. Vemos que muitas empresas, grandes e pequenas, não tomam alguns cuidados que podem evitar ataques, ou ao menos diminuir seu impacto”, afirma Henrique Vaz, CEO da Cleancloud.
Também atuando na proteção de sistemas online, porém no nível de aplicação, temos a GoCache, empresa nacional que oferece soluções de última geração em CDN, SSL, WAF e Firewall no formato SaaS. A GoCache tem foco no mercado brasileiro e diversos pontos de presença distribuídos geograficamente no Brasil, uma de suas principais vantagens perante os grandes players internacionais deste mercado.
“Nossa oferta tem como foco a simplicidade e rapidez na configuração, permitindo aos nossos clientes que acelerem e protejam seus sistemas online em menos de 15 minutos”, afirma Guilherme Eberhart, CEO da GoCache.
Segundo previsão do instituto Gartner, até 2020, 95% das falhas de segurança ocorridas em cloud serão causadas unicamente por falhas humanas e não da infraestrutura.
Já a PhishX, startup de cybersecurity global, líder na América Latina e países emergentes, com foco de atuação através da sua plataforma de segurança digital centrada em pessoas, mercado conhecido, globalmente, por PCS (People-Centric Security).
Atualmente, mais de 150 empresas utilizam a plataforma de mudança comportamental da PhishX, para estabelecer o hábito de segurança digital ao dia-a-dia de todos os colaboradores, fornecedores, parceiros e clientes, com a finalidade de reduzir a incidência de fraudes digitais que acometem as pessoas que interagem de alguma forma com os sistemas computacionais destas companhias.
“No mundo dos negócios ou na vida pessoal, a tecnologia está onipresente, mas o comportamento adequado frente ao uso destas tecnologias e o desconhecimento sobre os riscos a que elas estão sujeitas, ainda é o principal e maior desafio. Por isso que se observa o crescimento acentuado da demanda por plataformas e serviços on-line focados, escaláveis, acessíveis e que possuem como propósito, levar o conhecimento sobre cybersecurity para todas as pessoas, em qualquer lugar, momento e dispositivo”, afirma Pedro Ivo, CEO e cofundador da PhishX.