BNDES reorganiza diretoria para ampliar sua efetividade e atender melhor o país

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A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passará por uma reorganização, após dois anos de relevantes entregas à sociedade da atual administração. Nesse período, foi estabelecido um Banco de Serviços robusto, o desinvestimento foi acelerado e o foco na sustentabilidade reforçado. O objetivo da mudança é evoluir para atender às novas demandas de desestatizações e infraestrutura, bem como oferecer mais apoio a modelos inovadores de financiamento e ações socioambientais.

Nesse período, desde julho de 2019, o Banco avançou, de maneira significativa, nas cinco metas propostas pelo presidente Gustavo Montezano, quando da sua posse: (1) a consolidação da transparência perante à sociedade, como o BNDES Aberto e sua prestação de informações tempestiva e ativa; (2) a aceleração da venda de participações acionárias especulativas do Banco, que ora totalizam R$ 66 bilhões, em diversos modelos de operações, liberando recursos para novos investimentos; (3) a devolução de aportes extraordinários do Tesouro Nacional, que já totalizou R$ 138 bilhões na atual gestão; (4) o Plano Trienal com metas claras e de impacto para sociedade, que vem avançando, apesar dos efeitos da pandemia; (5) a transformação do BNDES em uma Fábrica de Projetos para governos, o que aconteceu de forma acelerada e reconhecida. O BNDES tem hoje em curso 120 projetos, que proporcionarão mais de R$ 240 bilhões em recursos ao país, bem como já realizou leilões marcantes, como o saneamento básico do Rio de Janeiro.

Com a estratégia amadurecida, o BNDES, agora, ajudará ainda mais o Brasil nos novos desafios da retomada econômica sustentável pós-pandemia. Para tanto, primeiramente promoveu a integração da gestão da Fábrica de Projetos, reunindo a diretoria de Privatizações e a diretoria de Infraestrutura, PPPs e Concessões, na nova diretoria de Concessões e Privatizações, sob o comando de Fabio Abrahão. A reorganização ocorre de maneira concomitante ao pedido de saída do então diretor de Privatizações, Leonardo Cabral, que decidiu se afastar do serviço público, no qual havia ingressado em 2016.

Essa reorganização se adequa à maturação dos projetos de desestatização em curso pelo BNDES, mantendo a rota inicial traçada pela administração desde a posse de Montezano, explicou Abrahão. “Vamos avançar no excelente trabalho executado até aqui pelo Cabral. A agenda de privatizações foi destravada, seja no plano federal, seja no estadual.  Foram obtidos excelentes resultados como com os leilões da CEEE-D e da CEB. Projetos muito importantes, como Eletrobras e Correios, estão em velocidade de cruzeiro e muito bem organizados.”

Cabral avalia que cumpriu com êxito seu ciclo profissional no setor público – antes do BNDES, ele atuou na Petrobras. O diretor cumprirá um período de quarentena a ser decidido pela Comissão de Ética Pública, que poderá durar até seis meses. “Foram quase dois anos como diretor do BNDES, um período de muita dedicação e de entregas com as quais encerro mais um ciclo profissional em um sentimento gratificante de ter contribuído para o desenvolvimento do nosso país.” Para ele, nunca é tarde para dedicar um período da carreira à gestão pública.

Enquanto o avanço das concessões e privatizações no Brasil leva a gestão da Fábrica de Projetos a um formato integrado, a necessidade de financiamento desses projetos que avançaram exigiu que o BNDES redimensionasse a sua atuação com créditos e garantias, para fazer frente a essas necessidades do país. Assim, a atual diretoria de Crédito e Garantias será substituída por duas novas, cada uma com atuações mais específicas.

A Diretoria de Crédito a Infraestrutura, sob gestão de Petrônio Cançado, terá como missão atender à demanda crescente por financiamentos de longo prazo dos projetos de infraestrutura, em decorrência do avanço das concessões federais e estaduais nos últimos meses. Caberá a Cançado e sua equipe o desafio de estruturar esse mercado de crédito de forma mais inovadora, com sindicalização e títulos negociáveis, por exemplo. Também será necessário ampliar as garantias com maior assunção de risco tanto do setor público quanto do privado para incentivar ainda mais grandes projetos nos segmentos como energia, saneamento, transporte e mobilidade urbana.

“Com o rápido desenvolvimento de projetos de concessões e a aceleração dos leilões de desestatização, teremos uma grande demanda por crédito no país. Estamos ampliando as ferramentas de crédito e garantias e trabalhando com o setor privado para o desenvolvimento da indústria de project finance e da sindicalização, de forma a assegurar financiamento para todos os projetos que o Banco vem desenvolvendo junto aos governos, além dos grandes projetos da iniciativa privada”, afirma Cançado.

Já a Diretoria de Crédito Produtivo e Socioambiental será chefiada por Bruno Aranha, funcionário de carreira do Banco que ocupava o cargo de chefe de gabinete da Presidência desde o início da gestão de Montezano. Ele será responsável pelos financiamentos a indústrias, comércio e serviços, bem como o apoio ao comércio exterior, além de liderar a área de gestão pública e socioambiental, uma das mais relevantes para os esforços do banco na agenda ambiental, social e de governança (ASG).

“A retomada econômica pós-pandemia gera oportunidades para acelerar a indústria 4.0, a transformação digital, as exportações e a migração para economia de baixo carbono. Além disso, hoje a sociedade como um todo está engajada na agenda ASG, com o BNDES se propondo a contribuir, em diferentes iniciativas público-privadas, para o atingimento de metas socioambientais relevantes para o Brasil e o mundo. Sempre em linha com nossa visão de futuro de ser o Banco do Desenvolvimento Sustentável Brasileiro. ”

Como chefe de gabinete, assume Alice Lopes, funcionária de carreira do Banco há mais de 15 anos, que já atuava no Gabinete da Presidência como assessora.

A formalização dessa reorganização ainda será efetivada nos próximos dias, respeitando os prazos e normativos internos do BNDES.

A nova organização da diretoria do BNDES manterá o foco de atuação do Banco na ponta, mudando para melhor a vida de gerações de brasileiros, principalmente onde eles mais precisam. Segundo o presidente Gustavo Montezano, “como uma empresa sadia e adaptável ao tempo, o BNDES está sempre se reciclando e readaptando para atender às necessidades da população brasileira, como o banco de desenvolvimento do país”. 

Fonte: Agência BNDES de Notícias