O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento para a exportação de 24 jatos comerciais E175 da Embraer para a SkyWest Airlines, maior empresa de aviação regional do mundo, baseada em Utah, no Estados Unidos. A operação fortalece a produção industrial nacional em um momento em que ela ainda sente os efeitos da pandemia de Covid-19 e ajuda a viabilizar a presença de produtos brasileiros de alta tecnologia no maior e mais competitivo mercado de aviação do mundo. Os aviões estão sendo entregues entre agosto de 2021 e abril de 2022.
O financiamento de mais de US$ 500 milhões (superior a R$ 2,6 bilhões), segue a linha das operações realizadas por agências de crédito à exportação nos países com indústrias aeronáuticas de ponta. Trata-se de um setor considerado estratégico pelas nações devido a aspectos como tecnologia, inovação e alta capacitação de mão de obra. Essas agências atuam de forma complementar ao mercado privado de crédito e com mais intensidade em momentos de crise, o que se evidencia pelo histórico entre BNDES e Embraer.
O diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do BNDES, Bruno Aranha, ressalta a importância da instituição no financiamento a exportações. “O BNDES é um ator histórico relevante no funcionamento do sistema nacional de exportações com atuação anticíclica que confere perenidade às operações dos exportadores nacionais ao longo de mais de 25 anos” declara. “Essa operação é mais um importante passo do BNDES nessa trajetória, apoiando a empresa na retomada do crescimento de suas vendas no contexto do maior desafio já enfrentado na história do setor aeronáutico, garantindo, assim, a manutenção de empregos qualificados no país”, complementa.
Com a diminuição dos voos de longa distância por conta da pandemia, o E175, que transporta até 88 passageiros, foi um dos modelos menos impactados pelos efeitos da Covid-19. Atualmente, há mais de 600 jatos desse modelo em operação no mundo, o que faz dele líder de venda em seu segmento.
Apesar dos efeitos da pandemia, o mercado americano tem se recuperado. Em maio de 2020, a quantidade de voos correspondia a 24% do mesmo mês do ano anterior, índice que se recuperou a 80% em maio de 2021. O BNDES e a Embraer intensificaram suas operações nesse contexto de retomada econômica.
“Como o maior proprietário e operador mundial do jato Embraer 175, a SkyWest está muito satisfeita com o apoio do BNDES como nosso principal parceiro financeiro para este importante avião”, disse Robert Simmons, diretor financeiro da SkyWest. “O BNDES tem sido um grande parceiro ao longo de anos de crescimento em meio a diversos ambientes econômicos”.
“O apoio do BNDES é essencial neste momento de retomada do transporte aéreo nos Estados Unidos, o principal mercado para o nosso jato Embraer 175. A aviação regional tem desempenhado um papel extremamente relevante na recuperação dos voos comerciais em todo o mundo e isso tem beneficiado os jatos da Embraer, que são os mais eficientes da indústria”, disse Antonio Carlos Garcia, vice-presidente executivo Financeiro e de Relações com Investidores da Embraer. “Somos o maior exportador de bens de alto valor agregado do Brasil e temos conseguido implementar e oferecer soluções inteligentes e flexíveis de financiamento para os nossos clientes, em linha com a estratégia de crescimento para os próximos anos”.
O financiamento se dará por meio do BNDES Exim Pós-embarque, com desembolsos realizados em reais no Brasil em favor da exportadora (Embraer). Nesse tipo de operação, a importadora assume o compromisso de pagamento em dólares ao BNDES, atraindo divisas nesta moeda para o Brasil. Está embutido na transação um seguro de crédito com cobertura para riscos comerciais, políticos e extraordinários.
BNDES e Embraer – Iniciado em 1997, o apoio do BNDES às exportações da Embraer é importante para prover condições de competitividade similares às de suas concorrentes internacionais, que também contam com financiamentos dos bancos de desenvolvimento e agências de crédito à exportação dos seus respectivos países. A atuação do Banco contribui para manter o nível de produção e de empregos da empresa, que se destaca no Brasil pelo elevado conteúdo tecnológico e de inovação de seus produtos, bem como de sua cadeira de fornecedores.