NaPorta e Amitis foram premiadas com R$ 30 mil e R$ 20 mil nos estágios Tração e Criação do programa BNDES Garagem – Negócios de Impacto, que é realizado em parceria com o Consórcio AWL
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) definiu nesta quarta-feira, 29, as duas startups vencedoras de seu programa de aceleração, o BNDES Garagem – Negócios de Impacto. As startups NaPorta e Amitis foram premiadas, respectivamente, nos estágios Tração (voltado a negócios em fase de crescimento) e Criação (para negócios em fase inicial) do programa. A premiação foi anunciada no Impact Day 2023, em que as 12 startups finalistas do programa apresentaram suas soluções a potenciais investidores e atores do ecossistema de negócios de impacto.
O BNDES Garagem, executada em parceria com o Consórcio AWL (Artemísia, Wayra e Liga Ventures), três organizações referência no ecossistema de inovação, é voltado ao fomento do empreendedorismo no Brasil por meio do apoio a startups de impacto que contribuam para a solução de problemas sociais e/ou ambientais. Na edição deste ano, que contou com participação de 45 startups, o Banco buscou estimular a equidade de gênero, atribuindo pontuação extra a negócios liderados por mulheres ou com soluções voltadas ao público feminino.
A paulista NaPorta foi a vencedora no estágio de Tração, destinado a negócios em fase de crescimento, e recebeu prêmio de R$ 30 mil. A startup oferece uma solução que visa desenvolver, capacitar e empregar moradores de periferias como entregadores, proporcionando dignidade e senso de pertencimento através de serviços como entrega no último quilômetro, logística reversa, entre outros. Oferecem ainda um CEP Digital para que os moradores tenham acesso a todos os serviços disponíveis nas áreas urbanas, sem custos adicionais.
Já no estágio de Criação, que tem como foco negócios em fase inicial, a campeã foi a alagoana Amitis, que recebeu R$ 20 mil. A startup criou uma cadeia de produção de alimentos através de hortas hidropônicas feitas com materiais sustentáveis, com o objetivo de melhorar problemas relacionados à fome na sociedade. Para isso, ela vende para empresas com responsabilidade social, que financiam as aplicações para comunidades vulneráveis, gerando impactos como geração de renda, promoção e distribuição de alimentos nutritivos e educação ambiental e alimentar.
Para Felipe Alves, head do Consórcio AWL, esta edição do programa foi marcada pela ampliação da diversidade. “Além de gênero e raça, tivemos mais de 40% das startups selecionadas representando as regiões Norte e Nordeste. Conseguimos retratar mais a sociedade brasileira no programa, o que é um avanço no ambiente de startups, ainda tão concentrado no eixo Rio-São Paulo”, afirmou.
Para Katrine Scomparin, co-founder da NaPorta, participar do programa representou um importante avanço para o negócio. “Foram diversos benefícios com o BNDES Garagem, a começar pela revisão de documentos estratégicos e as agendas de internacionalização e conexão com o setor B2G (vendas para governo)”, afirma.
Liliane Vicente, CEO da Amitis, fala sobre o quanto o programa ajudou a startup a rever seu modelo de negócio. “No nosso processo de pivotagem, o programa ajudou a gente nos conectando com mentores, o que nos possibilitou enxergar melhor o mercado, entender melhor o nosso cliente, que é algo que antes não conseguíamos fazer bem. Com isso, conseguimos fechar contratos. Saímos de um ano em que vendemos um produto, para três meses em que vendemos mais de dez. Isso, para a gente, é muito significativo”, afirma.