Apesar de apresentar crescimento menor nos últimos três anos, a Black Friday continua se destacando em relação às demais datas comerciais no Brasil, principalmente no e-commerce. Levantamento do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) mostra que em 2017, a sexta-feira de descontos cresceu 9% em relação à mesma data no ano anterior, taxa superior à registrada no Natal e Dia das Mães, por exemplo, que cresceram, respectivamente, 3% e 2,3% na mesma comparação.
O estudo também mostra que e-commerce é o principal canal de compras durante a Black Friday. Em 2017, considerando o período de quinta a domingo, o crescimento foi de 21% em relação a 2016. Nas lojas físicas, o crescimento foi de 7% na mesma comparação.
Outro dado em destaque é o aumento de varejistas no e-commerce que passaram a participar da Black Friday. Entre 2012 e 2017 esse número cresceu onze vezes. Na média, os lojistas que participaram da data apresentaram uma performance sete vezes maior que uma sexta comum.
A Black Friday é realizada na quarta sexta-feira do mês de novembro. Neste ano, cairá no dia 23. No Brasil, esta será a sétima edição do evento, que contribui para a alavancagem do varejo.
Cresce a relevância do e-commerce no varejo brasileiro
De 2013 para cá, o varejo brasileiro cresceu 7%, enquanto o avanço médio apenas do e-commerce foi de 17% no país. Os setores de maior destaque no e-commerce foram Drogarias e farmácias, Varejo alimentício especializado (lojas de bebidas, lojas de chocolates, entre outros) e Turismo, que aumentaram 38%, 31% e 25% respectivamente.
Se compararmos o primeiro semestre deste ano com o mesmo período de 2016, os consumidores aumentaram em 45% sua frequência de compras e diminuíram o ticket médio, mostrando que o e-commerce também tem sido usado para compras do dia a dia. A frequência de compras online aumentou de 4,4 em 2016 para 6,41 em 2018. Já o ticket médio online caiu para R$ 137 neste ano, 16% menor que o registrado no primeiro semestre de 2016.
SOBRE O ICVA
O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro de acordo com a sua receita de vendas, com base em um grupo de mais de 20 setores mapeados pela Cielo, de pequenos lojistas a grandes varejistas, responsáveis por 1,4 milhão de pontos de vendas ativos credenciados à companhia. O peso de cada setor dentro do resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês.
O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo e tem como proposta oferecer mensalmente uma fotografia do comércio varejista do país a partir de informações reais.
COMO É CALCULADO
A Diretoria de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento, como a variação de market share, bem como isolar os efeitos da substituição de cheque e dinheiro no consumo – dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda.
Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas.