Com apenas 3 meses de operação, a BHub acaba de fechar uma rodada pre-seed recorde para empresas SaaS (software as a Service) na América Latina. A empresa recebeu R﹩ 23 milhões de reais num aporte co-liderado pelos dois maiores fundos de venture capital do Brasil, o Monashees e o Valor Capital, além do QED e ClocktowerVC, fundos de VC americanos especializados em investimentos em fintechs; Addition, Picus, NorteVentures, EquitasVC e vários anjos, incluindo fundadores de unicórnios como VTEX, Rappi, iFood e Ualá.
A BHub recebeu ainda investimentos da Latitud, a maior aceleradora de empresas de tecnologia da América Latina. A startup foi aprovada para o programa de aceleração da Latitud, que acabou virando cliente e, depois, parceira, indicando-a para outras startups e realizando o investimento.
O valor da rodada será utilizado para contratações em todas as áreas da empresa, especialmente para desenvolvimento de produto e tecnologia, e para a equipe de finanças e operações a fim de fornecer um atendimento de excelência para as mais de 40 startups que atualmente utilizam a plataforma.
Fundada pelos empresários Jorge Vargas Neto, Fernando Ricco e Marcelio Leal, a BHub surgiu para solucionar uma das maiores dores de cabeça enfrentada por pequenos e médios empreendedores: lidar com a parte administrativa das empresas, que os obriga a desviar o foco dos seus negócios e ainda demanda tempo e recursos. Com um modelo de negócios por assinatura, a BHub oferece serviços de contabilidade, financeiro, fiscal, RH e jurídico.
Também chamado de backoffice as a service, a BHub entrega para startups em estágio inicial e PMEs de diferentes segmentos, um novo conceito: a Gestão por Assinatura (GPA), onde o cliente paga um valor mensal para resolver toda a demanda da área administrativa da sua empresa, monitorando tudo via aplicativo de celular ou desktop. Os preços das assinaturas equivalem ao salário de um estagiário, tornando a oferta bastante atraente.
Dentre os pacotes de serviços, inclui-se o de contabilidade digital especializada em startups e o CFO as a Service, que inclui contabilidade e RH, além de dashboard de KPIs e BPO financeiro, reuniões mensais entre outros.
De acordo com o CEO da BHub Jorge Vargas Neto – empreendedor que fundou a Biva, fintech de crédito vendida para a Pagseguro em 2017, e a ZenFinance, startup de credit as a service acquihired pelo grupo Rappi em 2020 -, muitos donos de empresa não têm tempo, nem dinheiro para gastar com processos burocráticos do seu negócio, por isso precisam ter o apoio de soluções que mantenham tudo no controle. “O empresário precisa se concentrar no seu core business para se manter competitivo. Em um cenário de rápida transformação digital, isso se torna cada vez mais necessário”, afirma.
“O importante, neste momento de adaptações impostas pela pandemia, é ter um bom planejamento de caixa, controlar custos para viabilizar o crescimento e focar recursos e tempo na geração de caixa, bem como estar antenado à forte tendência de digitalização do mercado como um todo”, explica Fernando Ricco, cofundador da BHub. Ele possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro, com passagens pela Adyen, BTG, Deloitte e EY.
“Todo negócio – seja ele novo ou já consolidado – depende de uma boa gestão para sobreviver. No momento em que vivemos, soluções completas e digitais fazem toda a diferença no dia a dia de uma empresa. Por isso, acreditamos muito no potencial da plataforma criada pela BHub e também no background de seus fundadores para fornecer um produto dinâmico e acessível, capaz de contribuir positivamente para o crescimento de startups e PMEs”, declara Michael Nicklas, Managing Partner do Valor Capital Group.
Mais do que ajudar empresas, a BHub tem como objetivo evitar que novos negócios afundem por conta da má gestão. “Chegamos para preencher uma lacuna que existe no mercado de startups e PMEs. Convidamos empreendedores a repensarem seu modelo de gestão, entendendo que não é necessário gastar muito, nem perder tempo com burocracias”, finaliza Neto.