Bertha Capital aporta R$ 2 milhões no Zemo Bank, fintech voltada para o público B2B

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Com a promessa de facilitar crédito e transações financeiras de alta volumetria, o Zemo Bank superou, no primeiro bimestre deste ano, a barreira de R$ 1 bilhão em Volume Total de Pagamentos

A Bertha Capital realizou um aporte de R$ 2 milhões no Zemo Bank, fintech que oferece uma plataforma digital voltada para empresas, integrando soluções financeiras para otimizar fluxo de caixa e lucratividade através de cashback financeiro. O investimento, que teve sua primeira transação concluída em maio de 2024, acontece em um momento decisivo para o crescimento da startup, fortalecendo a atuação da empresa no mercado de neobancos voltados ao público B2B, e também ampliando sua capacidade tecnológica e de infraestrutura financeira. O aporte teve participação exclusiva da Bertha Capital.

Segundo Matheus Montini, CEO do Zemo Bank, a startup busca “ajudar fornecedores de grandes empresas a terem acesso a crédito rápido e mais barato do que eles têm hoje.” Fornecedores de pequeno porte enfrentam desafios recorrentes, como necessidade de caixa imediato e aprovações constantes de crédito – dores que o Zemo Bank busca resolver com a plataforma Z7F4, que oferece antecipação de recebíveis de forma rápida e sem necessidade de novas aprovações, além de fornecer visibilidade sobre datas de pagamento e notas fiscais pendentes.

Entre os principais serviços do Zemo Bank estão emissão de PIX alta volumetria e boletos, Pagadoria (Split de Comissionamento), pagamentos em lote,  e integração com sistemas ERP. A fintech facilita transações financeiras de alta volumetria entre grandes corporações e seus fornecedores, e tem uma plataforma que permite acompanhar as transações em tempo real, oferecendo notificações instantâneas e antecipações, o que é essencial para melhorar a lucratividade dessas empresas.

Além disso, o Zemo Bank está em processo de obter a licença de Sociedade de Crédito Direto (SCD), que vai permitir à empresa atuar diretamente como banco, com agência, conta própria e participação no sistema PIX, o que reduz expressivamente os custos de transação e posiciona a fintech como um como player consolidado no Sistema Financeiro Nacional. No primeiro semestre deste ano, o Zemo Bank rompeu a barreira de R$ 1 bilhão de TPV (Volume Total de Pagamentos).

“Acreditamos que o Zemo Bank tem potencial de transformar o mercado financeiro digital ao possibilitar transações de alta volumetria com controle em tempo real, algo essencial para corporações que movimentam bilhões de reais anualmente”, comenta Rafael Moreira, CEO da Bertha Capital. “Esse aporte faz parte da nossa visão de longo prazo para o setor de fintechs. Não estamos apenas investindo em empresas, mas em parceiros estratégicos que têm capacidade de escalar e otimizar a cadeia de valor das corporações.”

Rafael destaca também o potencial de mercado do Zemo Bank, que tem as large corporates como público-alvo, e como foco de médio e longo prazo atrair empresas que faturam, de forma somada, mais de R$ 85 bilhões anualmente. “Dentro desse volume, podemos estimar R$ 15 bilhões por ano antecipados com seus fornecedores, e o Zemo Bank pode capturar até 1% desse volume, com potencial de ganho de R$ 153 milhões anuais”, aponta o CEO.

“O aporte da Bertha veio na melhor hora, pois o produto em que mais apostamos tem um ciclo de venda muito longo, mais do que o previsto inicialmente, inclusive; o que compromete o nosso fluxo de caixa”, conta o CEO do Zemo Bank, Matheus Montini. “O aporte também ajuda na consolidação do Zemo no mercado, sem contar a experiência que os sócios fundadores da Bertha agregam à nossa jornada.”

Segundo Matheus, a startup acompanha de perto as fraquezas e diferenciais dos concorrentes, bem como as necessidades do mercado, “para garantir que nosso produto não se torne uma commodity.” O CEO conta ainda que está nos planos do Zemo Bank uma maior automatização da operação, para que a estrutura continue enxuta e a jornada do cliente seja rápida e fluida. A implementação de inteligência artificial para análise de risco também vem sendo estudada pela startup, assim como a criação de um fundo próprio.