Avanço da agenda ESG reforça necessidade de novas políticas voltadas à eficiência energética

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Fomento à Eficiência Energética garante o uso racional de energia, gerando aumento de competitividade e aderência às melhores práticas de sustentabilidade e descarbonização

Até 2025, os ativos globais da agenda ESG (Environmental, Social and Corporate Governance) devem ultrapassar US$ 53 trilhões, segundo estudo feito pela Bloomberg. O Brasil tem a ambição de ser zero líquido e neutro em carbono até 2050. Com sua matriz energética e mirando no exemplo de países mais avançados, pode abrir vantagem competitiva na corrida por práticas de ESG, descarbonização e energia renovável.

Segundo especialistas, a realidade brasileira pode ser potencializada caso o país consiga seguir uma legislação ampla sobre a negociação de créditos em carbono, entre outras medidas. Outra forma de introduzir ou aprimorar as ações é fomentar uma política de Eficiência Energética, promovendo o uso racional de energia, o que gera aumento de competitividade e aderência às melhores práticas de sustentabilidade e descarbonização.

“O avanço da agenda ESG só reforça a necessidade de implementação e expansão das iniciativas de Eficiência Energética (EE) em todos os setores da sociedade. É preciso conscientizar e adotar ações para modernizar os equipamentos na indústria e comércio, por exemplo, permitindo um melhor uso da energia”, reforça Bruno Herbert, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO).

Os objetivos da chamada Eficiência Energética são: gerar a mesma quantidade de energia consumindo menos recursos naturais, e obter o mesmo desempenho de um aparelho (seja residencial ou industrial) com um menor gasto de energia. Assim, pode-se definir Eficiência Energética como o uso racional e inteligente de energia, com o objetivo de realizar os mesmos processos, utilizando menos recursos.

“Não existe progresso, desenvolvimento e conforto para a sociedade sem a utilização de energia elétrica, e este consumo precisa ser racional e eficiente, alinhado com os princípios da sustentabilidade. A Eficiência Energética, além de poupar os recursos naturais, evita que sejam necessários investimentos bilionários na geração e distribuição e que haja uma tarifa cada vez mais cara para o consumidor”, explica o presidente da ABESCO.