Aumento de 150% no imposto sobre faturamento é um retrocesso inaceitável, diz Skaf

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Câmara aprova proposta do governo, que ainda vai à votação no Senado

Lamentavelmente, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (25) a proposta do governo que eleva em até 150% o imposto sobre a receita bruta das indústrias. “É um retrocesso inaceitável”, afirma Paulo Skaf, presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).

O governo não quer cortar suas despesas e apela, mais uma vez, ao aumento de imposto para cobrir o rombo nas suas contas. “E, mais uma vez, quem paga o pato é quem produz”, diz Skaf.

Não faz o menor sentido, neste momento de desemprego em alta e de consumo em baixa, aumentar os impostos sobre as empresas. O governo fala em fim de renúncia fiscal, como se tivesse dado alguma coisa quando permitiu a troca do imposto sobre a folha de pagamento pelo imposto sobre a receita bruta. Esta opção, conhecida como desoneração da folha, foi criada para aumentar a competitividade da indústria. Teve bom resultado, ajudou a evitar demissões e precisa ser mantida. A esperança é que o Senado reverta a decisão da Câmara de onerar as empresas. “Temos que mostrar aos senadores o dano que vai ser para o Brasil”, afirma.