A Assis, assistente virtual para autônomos, acaba de receber um aporte de R$ 27,5 milhões em sua primeira rodada de investimentos. O dinheiro será usado principalmente para contratar profissionais de tecnologia de ponta que ajudarão no desenvolvimento contínuo da plataforma. O investimento inicial foi feito por fundos como Costanoa, MAYA, Canaan, Norte Ventures, Latitud, FJ Labs, K50, 1616, BFF e investidores anjos.
Com lançamento previsto para abril, a Assis atua como assistente virtual para autônomos, ajudando-os a ter mais sucesso, oferecendo experiências diferenciadas para seus clientes. Dados do IBGE mostram que existem cerca de 25,5 milhões de pessoas trabalhando por conta própria no Brasil. Esses empreendedores precisam realizar muitas tarefas além de sua especialização, como marketing, vendas, suporte ao cliente, finanças, jurídico etc. O acúmulo de funções faz com que trabalhem até 56% mais horas semanais do que os funcionários registrados. Segundo um estudo do Sebrae, um empreendedor individual costuma trabalhar em média 9,3 horas por dia, muitas vezes aos finais de semana. Apesar desse desafio, o número de pessoas buscando o sonho do próprio negócio cresceu cerca de 7% nos últimos anos.
Dessa maneira, a Assis chega para ajudar especialmente aqueles que desejam empreender – algo que cerca de 46% da população brasileira sonha alcançar. Como principal aliado dos empreendedores, a Assis auxilia em todo o processo de vendas, desde o primeiro clique até o dinheiro cair na conta. Através do bot integrado com o ChatGPT e o aplicativo, a startup ajuda em toda a jornada do cliente. Isso inclui o primeiro atendimento, lembrá-lo das tarefas, verificar se ficou alguma dúvida, enviar um orçamento, verificar a disponibilidade e realizar as cobranças.
A Assis foi fundada por Raphael Machioni, co-fundador e ex-CEO da Vee Benefícios, que foi vendida para a gigante francesa Swile em 2020; João Bergamo, ex-CFO da Vee Benefícios; e Vagner Dutra, membro do time fundador de tecnologia do PicPay. “Quando se é um empreendedor solo, não basta ser bom apenas em sua função. Você precisa se desdobrar e também fazer a parte de marketing, vendas, administração, jurídico e financeiro, por exemplo. Com isso, a produtividade cai bastante, já que todo o controle ainda é feito manualmente, ou em diversos softwares diferentes” diz Machioni, ao reforçar que a plataforma já roda em caráter de teste para alguns poucos clientes.
“Trabalhei como assistente para os nossos primeiros clientes de teste e percebi que, quando eles começaram a escalar, a primeira contratação era justamente a de um ajudante. É praticamente impossível realizar sozinho todo o trabalho necessário, oferecer um ótimo atendimento, garantir uma experiência incrível e ainda manter uma boa qualidade de vida.”, complementa o executivo. Seu sócio, Vagner Dutra, reforça que foi com essa experiência que o trio de fundadores teve certeza de que não estavam inventando um problema para resolver, “mas resolvendo um problema enorme que já era solucionado com um alto custo, sem tecnologia e design.”
O impacto da Assis na vida dos empreendedores é enorme. O sucesso é ainda mais evidente quando os usuários observam que conseguiram vender mais – cerca de 23% nos clientes iniciais – além de deixá-los mais satisfeitos e terem mais tempo livre no dia a dia.
A Assis conta com duas formas de monetização: uma através de cobranças pela captura dos pagamentos e outra na forma de assinatura SaaS. “Esse modelo me permite atender um autônomo que ainda está no início e não quer investir em uma assinatura de software, mas está disposto a arcar com custos de captura de pagamentos que já teria de qualquer forma. Quando ele crescer um pouco, temos certeza de que migrará para uma assinatura paga com mais recursos.” diz Bergamo
“Já operamos com alguns empreendedores solo, que geraram quase R$1 milhão em cobranças. Começaremos com nossa lista de espera. Em breve, a Assis estará disponível para todos os empreendedores,” finaliza Machioni.