A INFO de novembro traz teste feito em Nova York com o sistema de pagamento móvel Apple Pay, a última inovação da Apple, que estreou em 20 de outubro e já contava com 1 milhão de usuários nas primeiras 72 horas após o lançamento. Isso apesar grandes redes, como Walmart e CVS, não terem aderido, já que planejam lançar um sistema de pagamento móvel concorrente.
Na experiência, o colaborador de INFO Rodrigo Brancatelli fez compras usando um iPhone 6 — ao lado do iPhone 6 Plus, os únicos modelos habilitados para este novo método de pagamento. Basta apontá-lo para uma máquina compatível com a tecnologia sem fio NFC (Near Field Communication) e se autenticar com o leitor biométrico do smartphone — dispensando assinaturas, tarjas magnéticas, leituras de chip ou códigos de segurança.
O funcionamento do Apple Pay é simples: primeiro, é preciso cadastrar o cartão de crédito no sistema. Após instalar a atualização do iOS 8, os usuários de iPhone 6 contam com o aplicativo Passbook, que permite cadastrar cartões das bandeiras MasterCard, Visa, Discover ou American Express apontando a câmera do smartphone para o cartão: automaticamente os dados são repassados para o celular, que ainda faz uma verificação com o banco por meio de uma ligação ou uma mensagem de texto. Esse processo foi cronometrado pelo repórter e não passou de 40 segundos.
No momento da compra, o cliente seleciona na tela do celular o cartão que deseja usar e posiciona o dedo sobre o botão Home do smartphone. O leitor biométrico TouchID reconhece a impressão digital e faz a autenticação do pagamento.
A reportagem constata que o pagamento é rápido, eficiente e elogiado pelos próprios lojistas. No entanto, pelo número ainda restrito de estabelecimentos que trabalham com o Apple Pay, como a rede McDonald’s, o futuro a curto e médio prazo não deve tornar a carteira um item obsoleto. Nos Estados Unidos, porém, deve se considerar que o mercado potencial do Apple Pay são os 40 milhões de usuários de iPhone 6.
No Brasil, o uso de dispositivos móveis como meio de efetuar uma compra continua crescendo. A expectativa é que, até o final do ano, até 10% de todas as compras feitas em lojas online sejam realizadas por meio de smartphones — no primeiro semestre, o e-commerce registrou 48 milhões de vendas, sendo 7% praticado pelo m-commerce, o comércio móvel. Grandes varejistas como Casas Bahia, Extra e Ponto Frio apontaram que as vendas pelo canal mobile cresceram 19 vezes entre 2012 e 2013.