A TI do futuro, agora – Por Jorge Sellmer*

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O termo TI Bimodal vem ganhando força no mercado. O novo modelo sugere a convivência de dois mundos: o Tradicional, que assegura eficiência na rotina das operações; e o Experimental, que se apresenta como mais dinâmico, rápido e inovador, impulsionando o desenvolvimento de novidades. A TI tradicional é mais focada na operação de processos que precisam ser controladas. No modo Bimodal, o objetivo não está na performance e desempenho e sim, na agilidade e flexibilidade.

Pesquisas indicam que a maioria das empresas internacionais já está conduzindo atividades bimodais, ou planejando adotá-las nos próximos três anos. Na região das Américas, incluindo o Brasil, cerca de 30% das empresas já começaram a transição para este Modelo Bimodal.

O modelo é o caminho para o futuro e aponta tendências importantes para organizações que ainda não adotaram esse novo conceito. Ganhos relevantes de performance podem ser obtidos com a combinação do modelo tradicional com o digital, inclusive inovações para os negócios, que cada vez mais precisam ter um componente de inovação.

O Modelo Bimodal traz para área de TI muito mais do que a simples resolução de problemas tecnológicos e atribui para a área o papel estratégico dentro da companhia. Áreas de TI que adotam esse modelo podem promover grandes mudanças e serem capazes de transformar o futuro de suas empresas ao implementar uma sinergia entre os dois modos: Tradicional e Experimental.

Essa convivência de modelos deve persistir. As atividades do dia-a-dia precisam continuar sendo desenvolvidas e, em paralelo, é importante desenvolver novos sistemas e aplicativos fundamentais para garantir a sobrevivência e o sucesso das organizações. Adotar a TI Bimodal pode ser um diferencial de mercado para posicionar a empresa à frente dos seus concorrentes, inclusive diante de momentos econômicos desafiadores.

O Modo Tradicional mantém a empresa em funcionamento para com o Modelo Bimodal alavancar novas receitas e, com isso, ingressar no mundo dos negócios digitais. Em alguns setores, as empresas que não aderirem à inovação, estão fadadas ao fracasso. Talvez por isso, diversas empresas multinacionais criaram departamentos focados em aplicações digitais e muitas empresas brasileiras já estão apostando no novo modelo digital para conseguir não só inovar, mas sobreviver nos próximos anos.
Os líderes de TI precisam manter as organizações operando, otimizando recursos e cortando despesas, sem deixar de olhar para o futuro e para a valorização da inovação, que será o segredo para a sobrevivência e sucesso. Como sempre digo, a empresa do futuro precisa ser construída a partir de hoje.

*Por Jorge Sellmer, Vice-presidente Resource Digital