Conheça três histórias de empreendedorismo feminino que são inspiradoras
Segundo estudo recente da Rede Mulher Empreendedora (RME), entidade de apoio ao empreendedorismo feminino, a cada 100 empresas abertas no Brasil, 52 são lideradas por mulheres. A pesquisa, realizada em agosto e setembro de 2017, indica que 79% delas possuem nível superior ou mais, 55% têm filhos, 44% são chefes de família, 61% são casadas e a idade média ao empreender era 38,7 anos.
Conheça três histórias de empresárias de sucesso.
De faxineira a empresária
Ana Graziele Paranhos, a franqueada MEI da Limpeza com Zelo. Com 23 anos, mãe de uma menina, durante anos fez bicos e de vez em quando fazia faxina. Tinha dificuldades de arrumar emprego por nunca ter sido registrada, além do agravante de morar na casa de uma amiga, o que dificultava a referência na hora de ser contratada. Enviou muito currículos, inclusive para a Limpeza com Zelo. Um belo dia a empresa ligou pra ela e a convidaram para conhecer o projeto social “Levanta e Sacode a Poeira”, que oferece oportunidade para domésticas se tornarem empreendedoras. Ela ficou encantada e teve a certeza que era um presente dos céus, já que sempre sonhou em ter o próprio negócio. Sem pestanejar aceitou a proposta. Em um ano como MEI chegou a faturar R$ 2.500 mil fazendo faxina de segunda a sexta.
Ela atua na região da Zona Norte de São Paulo e diz que se sente aliviada de ter a chancela de uma empresa para trabalhar, traz segurança e credibilidade.
Ex-professora de matemática aposenta a calculadora e investe em betoneiras
Wilce Maciel é uma mulher de 67 anos e que aos 58 já estava aposentada. Curtindo os dias merecidos de descanso, após uma vida de trabalho como professora de matemática, viu o seu dia a dia mudar da água para o vinho com um investimento que não estava nos seus planos profissionais. Seu marido, Francisco Maciel, na época economista, já pensava em também se aposentar. Um dia, seu marido chegou em casa com a proposta de investir no próprio negócio e já tinha ótimas referências de uma rede de franquia do segmento da construção civil. Wilce, por sua vez achou a ideia interessante, mas pensou “como ajudá-lo em um segmento em que eu não tenho a menor intimidade? ” No dia de conhecer a franqueadora, Wilce acompanhou o seu marido e lá seria ministrado um curso para franqueados e ela, como uma boa professora, logo se interessou em conhecer melhor a rotina de quem já tinha investido na marca “Entrei de forma muito tímida em uma sala que só tinha homens. Após 30 minutos de curso eu já estava perguntando tudo sobre as operações, novidades do setor e com uma única certeza: eu queria aquele negócio desesperadamente. Saí do curso dizendo ao meu marido que ele seria o meu funcionário”, explica. Após 9 anos como franqueada da Casa do Construtor da unidade de Santana, Zona Norte de São Paulo, Wilce investiu em mais 2 unidades em Santo André, região do grande ABC e comenta que hoje entende de betoneiras tão bem quando de matemática”
Após descobrir um câncer, empreendedora realiza sonho e abre o próprio negócio
Lucila Mara da Silva, de 67 anos, que decidiu abrir o próprio negócio. “Aos 60 anos fui diagnosticada com câncer de mama. Foi uma surpresa muito grande, pois fazia exame regularmente, mas já tive que fazer a cirurgia de retirada de mama assim que o médico fez o diagnóstico do nódulo, e em seguida, a quimioterapia, que na minha opinião foi o pior. Nesse período, achei que melhor saída era trabalhar, ter o meu próprio negócio”, recorda. Ao fazer uma pesquisa de mercado para empreender, ela que sempre trabalhou como professora de costura descobriu que a Sigbol Fashion – especializada em cursos profissionalizantes da área de moda – era também, uma rede de franquia. “Sempre tive vontade de ter um negócio próprio e era uma área que eu já conhecia. Comecei a pensar em tudo ainda durante o tratamento. Isso me ajudou a esquecer a doença”, lembra Lucila, que continua fazendo exames regularmente e batalhando pela vida e pelo sucesso de sua franquia.