78% dos profissionais de tecnologia consideram trocar de trabalho caso modelo presencial seja obrigatório

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Empresas de várias áreas de atuação já começaram a falar sobre a volta ao trabalho presencial com o avanço da vacinação. Mas, nas carreiras digitais, a maioria dos colaboradores expressa o desejo de permanecer em home office, é o que indica o levantamento da Revelo, startup líder em recrutamento e seleção em tecnologia da América Latina, realizado em setembro deste ano. Cerca de 78% dos respondentes consideram trocar de emprego caso não haja flexibilidade em permanecer trabalhando de casa.

Em relação ao perfil dos profissionais que responderam à pesquisa, 69% são Desenvolvedores de Softwares, 9,5% Designers e 8,1% atuam com Dados. Cerca de 6,4% exercem áreas de Produto, 4% Segurança da Informação e 3,3% Marketing Digital. A faixa etária é de 48,2% entre 25 e 34 anos, 26,6% entre 35 e 44 e 20% entre 19 e 24. A menor presença está entre as idades de 45 e 54 anos, com 4,5% de representatividade, pessoas com 18 anos ou menos são 0,5% dos respondentes e apenas 0,2% têm entre 55 e 64 anos. 

“Hoje, existem duas vagas para cada profissional de tecnologia no mercado. Sendo assim, as companhias estão em uma corrida para conseguir reter o melhor talento e, por isso, a decisão de voltar ao trabalho presencial precisa ser cuidadosa e levar em consideração a preferência dos funcionários. Os benefícios do home office têm um peso importante para os colaboradores, o que pode explicar esse número impressionante de pessoas que cogitaria mudar de emprego caso ele acabe”, destaca o cofundador da Revelo, Lucas Mendes. 

Ainda segundo levantamento da startup, os benefícios trazidos pelo home office podem explicar por que 79% elegem a modalidade remota como a favorita e 19% o modelo híbrido, enquanto apenas 2% escolheram o presencial. Cerca de 71,3% dos profissionais responderam que gostam de não perder tempo no trânsito e 54,2% indicaram que o motivo é poder trabalhar em cidades distantes, já que 47,5% das pessoas não moram no mesmo município da empresa. A flexibilidade é a terceira razão pela preferência, com 46,6% das escolhas.

Mais de 39% dos profissionais concordam que no ambiente presencial a estrutura e os equipamentos são mais adequados, mas 78% indicam que não gostam das muitas interrupções que acontecem in loco e 74,6% elegem os horários inflexíveis como motivo de incômodo.

“Não existe uma receita mágica que indique o melhor formato, isso depende de cada empresa, da sua cultura e dos seus colaboradores com perfis específicos. É importante entender que a realidade nunca mais será igual ao cenário antes da pandemia, mas com diálogo será possível chegar no caminho ideal,  que seja benéfico  para os dois lados”, conclui o executivo.