As pesquisas pelo termo ESG têm aumentado exponencialmente nos últimos meses, e clientes e colaboradores estão considerando, cada vez mais, a importância das boas práticas corporativas. Uma pesquisa realizada pelo ManpowerGroup, consultoria global especializada em recursos humanos, apontou que um terço das empresas, no Brasil (33%) e no mundo (34%), ainda estão na etapa de planejamento para identificar e desenvolver metas e estratégias de longo prazo para questões ESG, e não de fato desenvolvendo metas ESG com estratégias, relatórios e remuneração vinculada (11% no Brasil e 8% no mundo). Dentro desse total, a maioria das empresas é de grande porte, enquanto 17% das pequenas empresas ainda não sabem como inserir a companhia em uma jornada de sustentabilidade.
Entre as empresas que já realizam práticas ESG, a atuação é principalmente no pilar social, com 42% de empresas nacionais e 37% no mundo. Em seguida, está o pilar do meio ambiente, com atuação de 26% de empresas nacionais e 29% de empresas do exterior, e, por último, o pilar governança corporativa, com 12% e 11%, respectivamente.
Para realizar o mapeamento e compreender o cenário atual de ações ESG, foram ouvidos mais de 40 mil empregadores, em 41 países e territórios — incluindo o Brasil. Como os números mostram, é uma tendência, no Brasil e no mundo, a priorização das ações sociais. Mas, é importante que cada empresa entenda qual é a melhor forma de gerar um impacto positivo, de acordo com suas competências e objetivos.
“Incorporar os eixos de ESG na realização e no encadeamento das companhias impulsiona comportamentos alinhados a essa agenda. Demanda que colaboradores sejam encorajados a adotar uma postura responsável e consciente em suas próprias ações diárias, bem como incentiva que toda a cadeia se movimente para alcançar esse patamar de atuação”, afirma Wilma Dal Col, Diretora de Gestão Estratégica de Pessoas ManpowerGroup e Head de Talent Solutions Right Management.
Contratações e práticas ESG
Quando falamos de contratações de novos colaboradores para implementar as ações ESG, 90% das empresas brasileiras que participaram da pesquisa vão primeiro olhar para o time interno para depois tomar decisões de contratar, ou não, talentos fora da empresa. Dentro do mesmo cenário, 63% dos empregadores têm consciência de que precisam desenvolver e treinar talentos existentes nos pilares ESG.
“A partir da pesquisa, entendemos que as empresas estão construindo suas estratégias considerando seus potenciais internos em primeiro lugar. Esse dado é relevante para destacar a importância de desenvolver talentos e apostar em boas práticas internas”, conclui Wilma.
Vale destacar que, em empresas de qualquer porte ou segmento, um dos primeiros desafios das ações ESG é formar uma equipe multidisciplinar e multifuncional para tirar o planejamento do papel. Até por isso, só 5% das respostas afirmaram que todos os talentos necessários já fazem parte da organização.