20% das pessoas impactadas aproveitaram alguma promoção em meio à crise, diz pesquisa

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Roupas, calçados, móveis, cursos online, games… Na crise, muitos segmentos baixaram os preços de seus produtos para não quebrarem suas empresas. Agora, uma pesquisa do Instituto QualiBest mostra que a estratégia não tem sido totalmente em vão: 71% dos brasileiros já receberam alguma promoção delas desde que a pandemia começou.

Dentre eles, 20% aproveitaram para comprar algum produto ou serviço.

Entre os entrevistados, o segmento mais citado é o de vestuário (roupas e calçados), mas há também promoções sendo aproveitadas para compras de alimentos (como cápsulas de café e comida delivery), mobiliário, estética (perfumes e maquiagens) e livros.

“Uma solução que muitas empresas encontraram é criar promoções variadas e com prazos estabelecidos – o que tem dado retorno porque muita gente consegue ser alcançada. É um sinal de que ao menos a comunicação está sendo efetiva”, explica Daniela Malouf, diretora geral do QualiBest.

Os preços mais baixos também são notados pelos consumidores: para um quarto da população (25%), os cursos online estão com preços mais atrativos do que antes da crise. Em seguida vem justamente o vestuário, citado por 14% da população. Ainda há 8% que citam produtos para casa (móveis, acessórios de decoração).

A pesquisa mostra ainda que muita gente percebeu uma queda nos preços de outras categorias de produtos de casa, como eletroeletrônicos (11%), eletrodomésticos (10%) e serviços de streaming (10%).

Por outro lado, a população acusou preços mais altos para categoria de alimentos básicos, como feijão e arroz – apontada por 59% das pessoas, e de produtos de higiene e cuidados pessoais (52%). Além disso, 28% também apontou aumento de preços remédios.

O QualiBest entrevistou 1009 brasileiros de todas as faixas etárias, regiões do país e classes socioeconômicas entre os dias 10 e 13 de abril. Eles fazem parte de uma base de 250 mil painelistas do instituto – pessoas que se inscrevem para participarem de estudos e ganharem pontos que podem trocar por produtos diversos. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.