5 setores nos quais IoT deve crescer em 2018 no Brasil

Fotos Editadas. Escritório.

Por Werter Padilha

Início de ano é época de identificar tendências, setores com maiores perspectivas de crescimento e de investimentos, seja por parte de empresas, governos e consumidores. Para essas análises, contamos com informações fornecidas por diferentes e conceituadas consultorias. Segundo dados da IDC, o gasto mundial com Internet das Coisas (IoT) deverá chegar a US$ 772,5 bilhões em 2018, um aumento de 14,6% em relação aos US$ 674 bilhões gastos até o fim de 2017.

As taxas de crescimento continuarão altas nos próximos anos, pois as tecnologias de IoT podem ser exploradas em incontáveis setores e, em princípio, não existem fronteiras para elas – da casa inteligente à indústria 4.0. Entretanto, é preciso analisar também a dinâmica desses mercados para identificar quais desses setores estão mais maduros para adoção de IoT em larga escala, dispostos a investir nessa transformação digital e a explorar os dados produzidos pelos dispositivos – um caminho em direção ao futuro que precisa ter início e continuidade.

IoT demanda análise, planejamento, estratégia, investimento e retorno sobre os recursos aportados, pois não basta conectar dispositivos ou pessoas por meio de uma rede, seja pública ou privada. O fluxo contínuo de informações gerado pelos dispositivos e tecnologias de IoT deve auxiliar as pessoas, organizações e governos a alcançarem seus objetivos, seja a redução de desperdícios e de custos operacionais, o aumento das vendas, oferta de novas experiências ao cliente, mais qualidade de vida, mais eficiência na gestão, a melhora na competitividade ou qualquer outro objetivo específico.

Tendo em vista essa necessidade de analisar a maturidade dos setores e as tendências, relaciono abaixo 5 setores nos quais a adoção de IoT deverá crescer em 2018 no Brasil, explorando o potencial das novas tecnologias, a evolução das plataformas de IoT, a ampliação de cloud, o uso crescente dos softwares de analytics e business intelligence e as boas perspectivas abertas pela divulgação do Plano Nacional de IoT e de outros projetos e políticas já em andamento no país. São eles:

1. Indústria de hardware e software para IoT

De acordo com o IDC, o hardware vai atrair um volume significativo de investimentos, considerando a necessidade de construção da infraestrutura de IoT, com a aquisição e instalação de sensores, beacons, tags de RFID, gateways e soluções, entre outros equipamentos e programas, que proporcionam inteligência, identificação e rastreabilidade às coisas. São os investimentos para criação da infraestrutura capaz de gerar e suportar o tráfego de dados, conforme a base instalada de dispositivos conectados se expande exponencialmente.

2. Indústria – manufaturas em geral e de base

Na modernização dos processos na manufatura, a IoT é parte fundamental na evolução da automação industrial para o conceito de Indústria 4.0 e o Brasil está em busca de recuperar o atraso e a perda de competitividade internacional. A conectividade passa a contribuir para a criação de processos de produção mais flexíveis e traz impactos que vão muito além da redução das falhas no chão de fábrica. A escolha da indústria como uma das verticais prioritárias do Plano Nacional de IoT, o programa da FIESP e ABDI em andamento, chamado “Rumo à Indústria 4.0”, entre outras iniciativas para difusão de conhecimento sobre tecnologias digitais que devem ser incorporadas à produção, indicam que trata-se de um tema prioritário e estratégico para o Brasil, como já acontece na Alemanha, China e Coreia do Sul.

3. Agronegócio

Pesquisa realizada por uma empresa global de serviços e soluções de tecnologia da informação e comunicação, aponta que o agronegócio é um dos setores mais avançados no Brasil na adoção de IoT, ou seja, já está sintonizado com o uso de tecnologias para melhorar a eficiência tanto da produção, quanto de transporte, logística e armazenamento. O agronegócio é um dos setores nacionais mais competitivos internacionalmente e para manter esta posição, os empresários e o governo estão dispostos a ampliar os investimentos na adoção de novas tecnologias para gestão de frota, para coleta de dados dos equipamentos agrícolas, monitoramento de dados de clima e solo, entre outras informações, para fazer com que o país avance no ranking de produção mundial de alimentos.

4. Saúde e gestão hospitalar

Saúde é outro setor priorizado pelo Plano Nacional de IoT e que tem iniciativas em andamento em consultórios médicos, centros de diagnóstico e hospitais públicos e privados. Hoje em dia, as tecnologias digitais na saúde têm contribuído tanto para o diagnóstico e tratamento de pacientes quanto na administração hospitalar e gestão de ativos. Uma das apostas é a telemedicina, conceito que envolve o armazenamento e monitoramento remoto de sinais vitais de pacientes por meios de dispositivos. Podemos considerar ainda a popularização dos wearables (como relógios, pulseiras e tênis), que monitoram a frequência cardíaca, tempo de sono e outros sinais vitais.

5. Mobilidade urbana e trânsito

Dentro das diferentes áreas trabalhadas pelo conceito de Cidades Inteligentes, a IoT pode ser vista como chave para a melhoria do trânsito e da mobilidade urbana nas médias e grandes cidades, ajudando a mensurar o tamanho do problema, quantificar o número de automóveis em uma rua, propor rotas e priorizar investimentos. O Brasil já tem um Projeto do MCTIC, que pretende integrar sistemas de monitoramento ao Plano Nacional de IoT, que visa criar soluções em áreas como mobilidade urbana, segurança e transporte de cargas. Vários estados da federação estão investindo em semáforos inteligentes e transporte público conectado.

Acreditamos que empresas, governo, instituições de pesquisa e consumidores vão se manter mobilizados na adoção e disseminação do uso de equipamentos conectados à internet, pois a sinergia permitirá a criação de um ambiente no Brasil capaz de alavancar o investimento em IoT nos 5 setores citados – indústria de hardware e software, agronegócio, saúde, indústria e mobilidade urbana – e em outras áreas atrativas, como varejo e logística.

Werter Padilha, CEO da Taggen Soluções de IoT, coordenador do Comitê de IoT da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software, e membro do comitê do Plano Nacional de Internet das Coisas, projeto desenvolvido pelo BNDES e o Ministério das Ciências, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC).

Cinco tecnologias que vão impactar o trânsito nas grandes cidades

unnamed (48) Diariamente em uma cidade como São Paulo, por exemplo, perde-se em média, 2h58 minutos no trânsito. A pesquisa, feita pelo Ibope Inteligência entre agosto e setembro do ano passado, mostrou que 52% dos entrevistados gastam pelo menos 2 horas por dia em seus deslocamentos na maior cidade do país. Esse tempo parado provoca impacto na qualidade de vida das pessoas, no nível de poluição e na dinâmica da economia. Em muitas cidades, a demanda por soluções de mobilidade urbana é urgente, e já existem algumas tecnologias inovadoras que prometem tornar mais inteligente a gestão desse trânsito.

A tecnologia pode ser a principal aliada dos governantes. Paulo Santos, gerente de soluções para o setor Enterprise da fabricante sueca Axis Communications, lista as principais apostas do mundo da tecnologia para a melhoria do trânsito nos próximos anos.

Leitura de placas – A leitura ou reconhecimento de placas é uma ferramenta capaz de identificar veículos que não atendam a uma exigência, como carros não-inspecionados que podem quebrar com mais frequência ou poluir o ambiente em níveis fora do padrão. Também é possível criar um cinturão em áreas específicas, como o centro de uma cidade, para que somente os carros de moradores possam circular ali em determinados dias.

Controle de Semáforos – Em um cruzamento, os semáforos podem operar para que o trânsito flua de maneira mais inteligente. Câmeras de videomonitoramento podem, além de registrar a via para fins de segurança, estar conectadas aos semáforos e atuar como sensores que detectam a presença de veículos e controlam o semáforo de acordo com o volume de veículos. Se não há mais carros passando, o sinal fecha nessa via e abre na outra, onde já se acumulam alguns veículos.

Estudos de Tráfego – Qual o fluxo de veículos numa determinada avenida? Passam ali muitos ônibus e caminhões? Haveria melhora se o sentido fosse invertido? Qual o melhor horário para realizar obras numa rua específica? Essas e outras questões dependem do conhecimento sobre o fluxo na região, e esse conhecimento pode ser embasado em dados concretos. As ruas mais estratégicas podem contar com estatísticas detalhadas do número de veículos a cada minuto para ações de curto prazo ou para um planejamento mais estratégico.

Faixas exclusivas – Em algumas avenidas, faz sentido criar faixas dedicadas exclusivamente a ônibus e taxis, ou deixar os caminhões circularem somente nas faixas da direita, ou ainda criar faixas para motos e bicicletas. Toda essa organização pode ser verificada pelas câmeras, em horários determinados pelos gestores de trânsito. A regra, por exemplo, pode ser válida apenas para determinados horários.

Monitoramento remoto – Muitas prefeituras que já possuem câmeras IP de alta resolução para apoiar a segurança estão usando os mesmos equipamentos para verificar o cumprimento de regras de trânsito, como o uso de cinto de segurança ou o uso de vagas para idosos, mesmo sem um agente de trânsito por perto. Caso um veículo estacione em local proibido, como numa rua movimentada atrapalhando o trânsito, o agente na central de controle pode dar zoom, verificar a placa e emitir uma multa. Além disso, as câmeras podem detectar automaticamente a ocorrência de um acidente, e dar um alerta imediato aos gestores. Isso reduz o tempo de interrupção da via.

Trânsito de São Paulo: aplicativo de estacionamento e lava-rápido encontra vagas próximas

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Quem encara diariamente o trânsito caótico da maior cidade do Brasil sabe que é praticamente impossível encontrar vagas gratuitas para estacionar o carro. Quase todas as ruas das regiões mais movimentadas são sinalizadas como áreas de zona azul e a solução que logo vem à mente é procurar por estacionamentos particulares. Segundo pesquisa realizada pela EY Consultoria em 2014, o paulistano passa mais tempo na média anual procurando por vaga de estacionamento do que no trânsito em si, isso porque não há vagas suficientes. Em Perdizes, por exemplo, a oferta de vagas disponíveis corresponde a somente 37% do ideal.

Estes dados são comprovados pelo Sindicato das Empresas de Garagens e Estacionamentos do Estado de São Paulo, Sindepark, que estima em meio milhão de vagas distribuídas em pouco mais de 5.300 estacionamentos regularizados. E o número de veículos já é superior a 6 milhões. Porém, mesmo com números expressivos, encontrar vagas de estacionamento é um desafio e tanto. “Poucas situações são tão incômodas quanto ficar no meio do trânsito, correndo contra o tempo, somente para encontrar uma vaga para estacionar o carro. Aliás, foi justamente em um momento assim que tive a ideia de criar o app”, afirma Rogério Kurtiss, fundador do Carro 66, aplicativo que encontra vagas em estacionamentos e lava-rápidos.

O aplicativo trabalha com tecnologia de geolocalização, informa o endereço exato do estacionamento / lava-rápido mais próximo de onde o usuário está e permite o pagamento online da vaga ou serviço de lavagem. Basta abrir o app e realizar a busca para conferir os estabelecimentos e as distâncias. “Já contamos com centenas de locais cadastrados em todo o Brasil e a plataforma é aberta para que outros proprietários de estabelecimentos que ainda não estão no app possam enviar os dados do seu estacionamento e lava-rápido, para cadastrar e aparecer na busca. A procura é grande e todos os dias eu falo com pessoas interessadas”, complementa Rogério.

Serviço de leva e traz em lava-rápidos próximos

Além dos estacionamentos, o aplicativo Carro 66 também tem cadastrado lava-rápidos que oferecem o serviço de leva e traz de veículos. “Soube do app por uma amiga e fiz o download para conferir. Quando encontrei um lava-rápido próximo ao meu trabalho, com o serviço de leva e traz, decidi testar e o resultado foi bem positivo. Como não tenho tempo para esperar a lavagem, fiquei bem satisfeita” relata Amanda Rita, publicitária.

Assim como ocorre com os estacionamentos, os endereços dos lava-rápidos também são informados por geolocalização e há sinalização de quais são os estabelecimentos que oferecem o serviço.
O aplicativo Carro 66 foi desenvolvido pela Megaleios, empresa localizada na Avenida Paulista e que tem um vasto portfólio de aplicativos de sucesso já desenvolvidos. O app está disponível para download dentro dos sistemas operacionais iOS e Android.

Uber é o aplicativo de transporte de passageiro mais usado no Brasil

“Vou de Uber!”. Essa frase já se tornou comum em algumas cidades brasileiras, e isso tem um motivo. Pesquisa do CONECTA revela que o Uber é usado por 54% dos internautas brasileiros, o que o torna o app mais utilizado no país. Esse é o resultado do CONECTAí Express, pesquisa online nacional, multiclientes.

Confira quais são os apps mais utilizados

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O Uber é usado sobretudo por homens, jovens entre 25 e 34 anos, moradores do Nordeste e internautas das classes A e B. Por sua vez, os internautas que mais usam o 99Taxis estão no Sudeste e pertencem a classe A. O estudo mostra também que 43% dos usuários de internet não têm app de transporte de passageiro.

Mapas

O CONECTA também perguntou aos internautas qual aplicativo de mapas/GPS usam. O Google Maps é o mais citado, com 85% das menções.

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A pesquisa aponta que o Waze é usado, principalmente, por internautas com mais de 55 anos, da classe A e moradores do Sudeste.

Transporte público

Já em relação ao transporte público há ainda muito espaço para crescimento dos aplicativos, já que 76% dos internautas dizem que não têm um app desse serviço. O mais citado é o Moovit, mas apenas por 9% dos entrevistados.

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Sobre a pesquisa
A pesquisa foi realizada com 2.000 internautas em junho de 2017 por meio do CONECTAí Express, pesquisa trimestral, online, multiclientes, com cobertura nacional, que permite responder a qualquer tipo de pergunta de forma exclusiva, rápida e econômica.

HERE Technologies ajuda Porsche a entender hábitos dos motoristas e evitar acidentes de trânsito

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A HERE Technologies, por meio de sua parceria com a empresa croata Amodo, está auxiliando montadoras de automóveis, companhias de seguro e telecomunicações a compreender os hábitos dos seus clientes ao volante, de modo a desenvolver produtos e serviços mais personalizados e fomentar uma condução mais segura.

O serviço é disponibilizado por meio de sua plataforma usada por um aplicativo gratuito da Amodo, que usa a base de dados da HERE. No caso da Porsche, o aplicativo “smartdriver” permite ao motorista avaliar em tempo real, por meio de dados telemáticos, sua conduta ao volante. Na avaliação são considerados inúmeros fatores, entre eles velocidade, frenagem, aceleração, tipo de via, horário do dia e condições climáticas.

Segundo o chefe de marketing da Amodo, Mirko Markov, a montadora está interessada em saber como seus carros estão sendo usados no pós-venda pelos clientes, fornecendo assim uma melhor oferta de serviços e pacotes de manutenção. A plataforma também ajuda os motoristas a mudarem seu comportamento ao volante, de modo a dirigir de maneira mais segura e com menor risco de acidentes.

“Notamos uma redução permanente na condução perigosa em relação aos clientes que usam o sistema por mais de um ano. Houve uma queda significativa nas reclamações – em alguns casos, maior do que 60%. O pré-requisito para isso é que o usuário seja ativo no sistema e aberto a mudar sua conduta ao volante. Se acharmos o que funciona e o que chega ao cliente, sabemos que é possível reduzir ao mínimo a conduta de risco”.

Em relação às seguradoras, a plataforma atua no mesmo sentido de ajudar as companhias a entender o contexto por trás das decisões dos motoristas.

“Nosso objetivo é criar uma plataforma em que as seguradoras entendam melhor a exposição ao risco dos seus clientes, os quais podem usá-la também como canal de comunicação para interagir com a empresa. Assim, elas podem adaptar seus produtos e respectivos preços de acordo com as especificações de cada cliente” comenta Markov.

“Buscamos incentivar as pessoas a usarem o aplicativo e compartilhar seus dados de navegação. Estes são direcionados à nossa plataforma equipada com uma base de dados da HERE Technologies, que concentra dados da via como limites de velocidade e histórico de acidentes em pontos específicos de tráfego intenso. Esse sistema integrado elabora uma pontuação que representa o nível de segurança do cliente”, diz Marlov.

A HERE foi escolhida pela Amodo por três razões, diz o gerente de marketing: excelência em pesquisa global, qualidade da base de dados e o seu algoritmo de correspondência de estrada.

“Apesar de sermos uma empresa de pequeno porte baseada na Croácia, todos os nossos clientes e negócios estão no exterior: Cingapura, Hong Kong, Brasil, África do Sul, Áustria e Alemanha. Trabalhar com uma companhia global como a HERE significa uma integração maior dos nossos sistemas e dispositivos. “A HERE fornece parâmetros que ainda nem usamos, mas usaremos quando estivermos prontos. Nós sabemos que muitas de nossas demandas podem ser resolvidas pela plataforma da HERE”.

Como o mix de transportes na capital paulista pode tornar a locomoção mais eficiente? – Por Felipe Barroso

Com a popularização dos automóveis próprios no Brasil na década de 1980 e o boom de crédito nos anos 2000, o que resultou em diversos recordes na venda de carros no país, a questão do transporte urbano mudou, e muito. Hoje, a locomoção do ponto “A” ao “B” se tornou muito mais complexa: não apenas o número de usuários – motoristas, motociclistas e passageiros de ônibus, táxis, metrô e trem – aumentou de maneira assustadora, mas o caminho percorrido se tornou maior. Segundo a Confederação Nacional de Transportes (CNT), os automóveis – apesar de transportarem cerca de 20% dos passageiros – ocupam 60% das vias públicas, enquanto os ônibus – que transportam 70% dos passageiros – ocupam 25% do espaço nas grandes cidades brasileiras.

Além disso, muitos problemas de ordem social e de infraestrutura atrapalham a movimentação rápida e confortável dos usuário, embora diversas opções de mobilidade urbana tenham despontado no mercado nos últimos anos.

Diante desse cenário catastrófico, parece impossível reverter essa situação. O segredo para melhorar a mobilidade urbana em grandes cidades, como São Paulo, é simples: adotar o uso inteligente de todas as opções disponíveis no mercado.

Antes de sair de casa, é importante que o usuário tenha em mente quais os trajetos que serão feitos no dia e como são as características do entorno do local. Não adianta excluir opções: ônibus, metrô, trólebus, trem, táxi, aluguel de veículos e carro próprio são todos bem-vindos e se apresentam como soluções ideais para mobilidade em casos específicos.

Está saindo do ABC Paulista em horário de pico para a zona sul de São Paulo onde é difícil encontrar vagas na rua e o estacionamento é muito caro? Utilizar o trólebus pode ser ideal: além de não ter que se preocupar com o carro, os corredores de ônibus garantem uma deslocamento mais rápido. Na volta, é possível pedir um táxi depois do happy hour, sem maiores preocupações.

Precisa fazer compras, ir em alguma reunião, ou realizar alguma tarefa pontual? O carsharing, que é sucesso em algumas cidades europeias e já existe no Brasil, é perfeito. Além de conferir privacidade e o conforto de um carro próprio, o serviço de um carro particular é ideal para quem precisa de um veículo por apenas algumas horas.

Existem muitas ciclovias e ciclofaixas no entorno do seu local? Então tire a magrela da garagem e coloque-a para rodar.

Seja por necessidade ou consideração ao meio ambiente, é visível que a população está utilizando diferentes meios de locomoção. O metrô, por exemplo, um dos transportes mais utilizados na capital paulista, mostra essa mudança de comportamento. De 2015 para 2016, o sistema de metrô perdeu 300 mil passageiros diários, uma queda de 6,3%.

Em outras palavras, a ordem é combinar todas as opções para que você possa usufruir da cidade em que vive da melhor maneira possível, sem a necessidade de ficar preso a apenas um modelo de transporte. Esse movimento já acontece e caminha a passos lentos, mas sem dúvida é uma mentalidade que veio para ficar.

Melhor do que beneficiar apenas uma pessoa, o uso coletivo de vários meios de transporte é positivo para todos e pode até incentivar a diminuição do tempo gasto na locomoção, assim como um menor número de veículos na rua, contribuindo para o meio ambiente.

Felipe Barroso, fundador e CEO da Zazcar, primeira empresa de carsharing da América Latina.

App Filho sem Fila reduz problemas ocasionados na hora de saída de escolas

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Faltam apenas duas semanas para o início de mais um ano letivo das escolas. Com ele, vem o aumento do trânsito – que segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego – CET – fica em torno de 50%; crescem as oportunidades para atos de violência – a exemplo de sequestros e assaltos (sobretudo nas cidades mais populosas); e possíveis acidentes de trânsito, geralmente ocasionados pela euforia dos alunos na hora da saída. E, ao analisar a situação de forma mais generalizada, ocorrem as infrações de trânsito, trazendo prejuízos aos bolsos dos pais.

Percebendo este cenário, diversas escolas já entenderam a necessidade de oferecer recursos que tragam comodidade e agilidade aos pais. E a solução mais inovadora para isso, foi a utilização de aplicativos que gerenciam informações e põe fim às filas de espera de carros. O app Filho sem Fila foi pioneiro neste serviço e hoje é uma das principais ferramentas utilizadas no mercado, que reduz o tempo de espera em 75%, oferecendo segurança, bem como, economia de combustível.

Um único toque: antes de sair de casa ou trabalho para buscar os filhos, os pais ou responsáveis avisam a escola com um único toque no aplicativo. Ao se aproximar do colégio, um aviso é enviado automaticamente para o mesmo, que inicia a preparação do aluno para a saída, deixando-o pronto para o embarque. Desta forma, basta encostar o carro na porta da escola e pegar a criança/adolescente, sem que seja necessário procurar por uma vaga na rua e estacionar.

O Filho sem Fila transformou-se em um forte aliado das escolas na hora de conquistar ou reforçar a credibilidade da instituição frente a seus clientes. De acordo com o sócio-diretor do aplicativo Leo Gmeiner, hoje em dia é fundamental oferecer recursos que tragam mais segurança aos pais e alunos enquanto estão sob a responsabilidade do colégio. “De forma rápida e fácil, o Filho sem Fila amplia a segurança das crianças, pois entrega dados das pessoas autorizadas pelos pais a retirar os alunos, ao mesmo tempo em que diminui o trânsito, a formação de filas duplas e a exposição dos pais à violência urbana”, declarou Gmeiner.

Atualmente, mais de 100 colégios utilizam o Filho sem Filho em todo o País, entre eles estão o Colégio São Luis (São Paulo, SP), São José (Pouso Alegre, MG), CEI (Natal, RN), Liceu Jardim (Santo André, SP), entre outros. Mais de 30 mil alunos são beneficiados e 50 mil pais e responsáveis utilizam a plataforma gratuitamente. “Esse cuidado com alunos e pais é oferecido pelas escolas, que procuram sempre fazer o melhor para aqueles que depositam a confiança da educação de seus filhos nelas”, disse Gmeiner.

SulAmérica firma parceria com Waze e fornece alertas e dicas de segurança aos motoristas

A SulAmérica, maior seguradora independente do Brasil, acaba de firmar parceria inédita com o Waze para que a seguradora forneça novos serviços aos usuários do aplicativo, por meio de pop ups e banners. A iniciativa tem o objetivo de tornar a plataforma ainda mais proveitosa, passando a ser um canal de informações diferenciadas ao motorista, além das funções usuais de cálculo de rota de acordo com o trânsito. A parceria está em linha com a estratégia de prestação de serviços da seguradora.

Entre as dicas exclusivas fornecidas pela SulAmérica estão o aviso para o acendimento do farol em estradas durante o dia, sinalização de locais com velocidade reduzida, indicação de cruzamentos com alto índice de acidentes e avisos sobre áreas escolares ou que contenham ciclistas. Também estão dentro do pacote de prestação de serviço informações relativas à previsão do tempo, incluindo temperatura no local de destino.

“Queremos continuar prestando serviços que tragam dinamismo e mobilidade para o dia a dia do motorista. A ideia é que as dicas fornecidas pela SulAmérica contribuam ainda mais para que o motorista esteja bem informado e mais seguro por todo o caminho”, acrescenta o vice-presidente de Auto e Massificados da SuAmérica, Eduardo Dal Ri.

A iniciativa foi executada pela agência Grey Brasil. Além dos serviços lançados em parceria com o aplicativo de trânsito, a SulAmérica oferece, desde 2013, o app SulAmérica Auto, mantendo sua preocupação em promover agilidade, economia e praticidade aos segurados. Disponível na App Store (iOS) e no Google Play (Android), o programa permite funcionalidades como cotação e realização (além do acompanhamento) de pequenos reparos no veículo, visualização em tempo real do socorro mecânico para emergências, além de solicitação de serviços de limpeza e higienização em data e local escolhidos pelo segurado. O app disponibiliza ainda o cartão do segurado, informações sobre a apólice, pagamento, localização dos postos de vistoria e Centros Automotivos SulAmérica (CASA), e canais de atendimento da seguradora.

Cabify concede amanhã FreeDay para novos usuários em São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte

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A Cabify (www.cabify.com), empresa espanhola que oferece soluções inteligentes de mobilidade urbana, promove uma ação de FreeDay, quando as corridas são gratuitas até um determinado valor, para todos os novos usuários ou usuários que nunca inseriram um voucher no aplicativo, no dia 9 de novembro. A campanha marca o início de ativações em algumas das cidades de atuação da plataforma: São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, como meio de incentivar que as pessoas conheçam e adotem uma nova forma de se deslocar nas cidades. Para ter acesso a essa promoção, basta que a pessoa baixe o aplicativo, tanto no Google Play quanto na Apple Store, insira dados de cadastro e pagamento e, na área de promoções, use o código SOUCABIFY, válido das 6h às 22h, com desconto máximo de até R$20, em até 3 viagens. Na quinta-feira, dia 10 de novembro, todos os usuários poderão utilizar o código SOUDESCOBERTA, que oferecerá até cinco viagens com 25% de desconto, até R$20 – válida de 10 a 14 de novembro, às 22h. “Nosso intuito como negócio é incentivar a forma como as pessoas lidam com a mobilidade urbana, fazendo com que elas percebam que o uso combinado de modais, como transporte público, aplicativo de motorista particular, bicicleta, entre outros, é uma forma muito mais efetiva e inteligente de se deslocar pela cidade”, afirma Daniel Bedoya, diretor Geral da Cabify no Brasil.

É a primeira campanha mais robusta do ponto de vista de ações conjuntas, nacionais e por um longo período que tem como objetivo de incentivar as pessoas a experimentarem não só o serviço em si, mas sim a explorarem e conhecerem melhor suas cidades. Com o mote “Somos um canal de descoberta, somos uma fonte de experiências, somos um lugar de novidades… somos parte de sua vida, SOMOS VOCÊ!” a campanha está em consonância com DNA da Cabify no mundo ao incentivar uma nova forma de mobilidade urbana. “Temos grande orgulho do que construímos até agora aqui no Brasil, o mercado com um dos maiores potenciais de crescimento na América Latina, tanto que acreditamos dobrar nossa operação em um mês de ações como estas” completa o executivo.

Mercedes-Benz marca presença em maior Congresso de Engenharia da Mobilidade na América Latina

A Mercedes-Benz do Brasil fez parte do Congresso SAE BRASIL 2016, que teve como tema “A Engenharia criando a mobilidade do futuro” e reuniu diversas empresas e profissionais ligados à engenharia da mobilidade. Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina, também presidiu essa edição do evento, que celebrou os 25 anos da fundação da entidade e ocorreu entre os dias 25 e 27 de outubro, em São Paulo.

A Empresa, que comemora 60 anos de presença no Brasil, apresentou em seu estande o caminhão Actros 2651 Megaspace Segurança, que possui uma série de componentes exclusivos, como o sistema de orientação de faixa de rodagem, controle de proximidade e assistente ativo de frenagem. Outro produto exposto no estande da marca foi o modelo recém-lançado Classe E 250, que chega ao mercado com o que há de mais moderno em termos de sistemas de assistência e segurança. Na entrada da Mostra Tecnológica também estava exposto um modelo Vito Tourer, na versão acessibilidade que facilita notavelmente o acesso de cadeirantes ao interior da van.

“O Grupo Daimler está cada vez mais avançando em conectividade e tecnologia de produtos e serviços e tivemos a oportunidade de demonstrar algumas dessas inovações em nosso estande no Congresso SAE BRASIL. Além disso, como presidente do Congresso, foi possível reforçar o nosso compromisso com o desenvolvimento de produtos no Brasil e da importância de encontros como esse para criarmos ainda mais oportunidades de melhoria na indústria automobilística” afirmou Philipp Schiemer.

Além desses produtos, a Empresa apresentou, por meio de uma Mesa Interativa, as principais novidades internacionais da marca, como a Vision Van, o Urban eTruck e o Future Bus, inovações que foram lançadas pelo Grupo Daimler na 66ª edição do IAA em Hannover, o maior salão de veículos comerciais do mundo.

Os visitantes do estande da Mercedes-Benz também tiveram uma experiência diferente com alguns veículos da marca. Com óculos de realidade virtual, foi possível estar em uma pista a bordo de um automóvel Mercedes-Benz, aprender mais sobre os caminhões a partir da visão de um motorista e presenciar como a van Sprinter pode ser versátil no transporte de passageiros.

O Comitê de Reconhecimento da SAE BRASIL realizou uma pesquisa com os participantes do evento e a Mercedes-Benz do Brasil foi uma das Empresas premiadas como Destaque Tecnológico, por demonstrar produtos com aplicações inovadoras ao mercado brasileiro em seu estande montado para o Congresso.

Forte presença

Representantes do Grupo Daimler e da Mercedes-Benz do Brasil também fizeram parte de painéis temáticos ao longo da programação do Congresso. Foram oito participações de executivos que trataram dos mais variados temas, entre eles Educação de Engenharia, Tecnologia da Informação e Caminhões e Ônibus.

O evento reuniu sete mil visitantes e mais de 30 empresas na Mostra Tecnológica. Foram 16 painéis temáticos e mais de 100 trabalhos inéditos de engenharia apresentados nas sessões técnicas do Congresso.

Aplicativo criado por startup brasileira terá expansão no exterior

O aplicativo Filho sem Fila, um serviço que auxilia os pais ao buscarem seus filhos nas saídas das escolas com mais segurança e contribui com a melhoria do trânsito, ganha novos ares e terá expansão na América do Norte, sendo implementado no Canadá e Estados Unidos.

O fundador do Filho sem Fila, Leo Gmeiner, está em Vancouver, participando do LEAP International (Lean Entrepreneur Acceleration Program), programa de aceleração internacional para startups, que tem como objetivo auxiliar empresas brasileiras que buscam expandir seus negócios no exterior, desenvolvido pela Dream2B, junto com a Launch Academy, aceleradora canadense.

Neste programa, com duração de seis semanas, Gmeiner participará de treinamentos, workshops, mentorias com especialistas canadenses, visitas técnicas a outros empreendimentos e encontros com investidores.

Além disso, participou da Vancouver Startup Week, um dos maiores encontros do setor e estará, nessa semana, na National Angel Capital Organization Summit (NACO), que reúne cerca de 400 investidores, tendo sido uma das 10 startups estrangeiras selecionadas para apresentar seu plano negócio para os investidores norte-americanos.

Com o nome Quick Pickup, o projeto tem previsão de lançamento em outubro, no Canadá e, em novembro, nos Estados Unidos. Leo Gmeiner ressalta a importância em participar deste programa no Canadá para, também, entender melhor o cenário nos EUA. “Estar no Canadá nos faz entender melhor o mercado norte-americano: por exemplo, saber quais as diferenças principais desse mercado nos EUA e no Canadá e traçar metas mais realistas e precisas”, explica.

Filho Sem Fila
Desenvolvido em 2013, o Filho sem Fila é um aplicativo pioneiro e inovador que garante mais segurança para os pais buscarem seus filhos nas escolas, por que permite que a equipe da escola tenha acesso, pelo próprio app, a fotos e documentos dos responsáveis pela retirada da criança.

Além disso, contribui na fluidez do trânsito, uma vez que, com antecedência, avisa à escola sobre a chegada dos responsáveis, para que a criança possa ser preparadas para um rápido embarque. Esta ação reduz em cerca de 75% a exposição à violência urbana e o tempo de espera dos pais, reduzindo, consequentemente, o congestionamento no entorno dos colégios.

O Filho sem Fila está presente em mais de 90 escolas por todo o Brasil e atende cerca de 38 mil alunos.

Mais informações: http://www.filhosemfila.com.br/

App de transporte urbano Moov inaugura mais uma linha de operação no Rio de Janeiro

O aplicativo Moov, que permite a compra de passagens antecipadas em ônibus executivos para viagens dentro do Rio de Janeiro, inaugura, no dia 10 de outubro, mais uma linha de operação com o itinerário Candelária – Ribeira, passando pela Av. Presidente Vargas. A plataforma já opera outra linha com o itinerário Recreio-Centro e, até o fim do ano, contemplará mais uma rota – Ilha do Governador-Centro. O valor da passagem da nova linha é de R$ 11, 50

Os passageiros podem comprar o tíquete de viagem antecipadamente, escolher o assento, a forma de pagamento (dinheiro, cartão de crédito ou RioCard), o ponto de embarque e desembarque. Atualmente, a ferramenta conta com 2,5 mil clientes cadastrados e a expectativa é de ampliar a base em 50% ao mês até o fim do ano. “Nossa meta é expandir para outros bairros e rotas, de acordo com o aumento de procura pelo serviço”, explica João Zecchin, sócio da Brave Invest, empresa investidora do aplicativo.

O motorista tem acesso a um tablet, atualizado em tempo real, que informa os pontos de parada para embarque e desembarque. “Isso proporciona economia de 30 a 40 minutos de tempo de viagem em comparação com os ônibus executivos que param de ponto em ponto. Também oferece mais segurança porque todos os usuários são cadastrados”, complementa Zecchin.

Apertem os cintos, o piloto do Uber sumiu – Por Arie Halpern

Depois de sacudir o sistema de transporte urbano e tirar o sono dos taxistas em mais de 70 países com o aplicativo que permite contratar corridas de carros particulares, o Uber está apontando seu chifre de unicórnio para negócios mais ousados. Explique-se que “unicórnio”, no jargão da nova economia, não é um ser imaginário, mas uma empresa que se lançou no mercado como embrião de um grande negócio, cresceu e viu seu valor ultrapassar a barreira do bilhão de dólares. O Uber, avaliado em 63 bilhões de dólares, encabeça o ranking de unicórnios da revista Fortune. Pois bem, esse animal econômico adquiriu, em agosto, a Ottomotto, uma startup dedicada à tecnologia de veículos ditos autônomos, porque dispensam motoristas.

Desde o ano passado, no polo robótico de Pittsburgh, a empresa mantém uma equipe de pesquisadores – mais de quarenta foram “roubados” da Carnegie Mellon University, com quem a empresa tinha um acordo de cooperação – trabalhando sobre o mesmo objeto: carros autônomos. E a empresa já faz testes com a intenção de colocar, em breve, esses veículos acéfalos à disposição de clientes que se disponham a utilizá-los no transporte. Antes disso, ainda, o Uber havia comprado a deCarta, uma empresa de softwares de mapeamento. O que o seu fundador e comandante, Travis Kalanick, está mirando? Bem, ele realmente não economiza nos sonhos e na ambição: ele está de olho num mercado estimado em dez trilhões de dólares.

Dez trilhões?! Como assim?! Kalanick é uma versão excepcionalmente bem-sucedida do “homem da cobra”. Este era um tipo popular, misto de vendedor e artista de rua. Ele atraia a atenção do público com um saco vazio em que dizia haver uma cobra. Entretinha as pessoas com histórias e vendia remédios para picada de cobra e outros bichos. Kalanick, com seu aplicativo, realiza viagens para mais de 30 milhões de clientes por mês, em quase 500 cidades, sem que para isso tenha sido necessário imobilizar um único centavo em uma frota própria de carros e sem empregar nenhum motorista. Com essa prestidigitação, que recebeu o nome de UberX, ofereceu um solução prática e mais barata que o serviço de táxi. Depois disso, lançou o UberPool que permite ao usuário compartilhar o transporte com outros passageiros e reduz ainda mais os preços. Com esse passo, começou a competir não mais com os táxis, mas com o transporte público. Agora, com os carros autônomos, o objetivo é livrar-se também do motorista, para tornar o transporte ainda mais barato.

Aqui chegamos ao tal mercado de dez trilhões de dólares. Com o serviço atual, o Uber come uma fatia do mercado de táxis cuja receita global é estimada em cem bilhões de dólares. Com o veículo autônomo, segundo Kalanick confessou à The Economist, sua intenção é tornar o Uber tão barato e conveniente que ele se transforme em uma alternativa ao carro particular. Outras grandes corporações do mundo da tecnologia também estão nessa estrada, investindo em projetos de carros autônomos, e são competidores de peso como Google, Apple, Facebook, Tesla. O caminho para realizar esse sonho também é acidentado e bastante policiado pelo Estado regulador, pois o transporte autônomo envolve a segurança das pessoas. A primeira onda de disrupturas provocada pelo Uber mal começou e já estão assistindo à próxima onda se formar. Apertemos os cintos.

Arie Halpern, economista e empreendedor com foco em tecnologias disruptivas e diretor da empresa israelense Gauzy Technologies

Dia Mundial Sem Carro: conheça apps que ajudam na mobilidade urbana

Entre os dias 18 e 25 de setembro, é celebrada a Semana da Mobilidade no Brasil, que visa trazer reflexões sobre a forma como nos deslocamos no país. Ainda na semana, mais precisamente no dia 22, quinta-feira, é o Dia Mundial Sem Carro, maior manifestação no ano da vontade de uma parte da população de estabelecer uma nova ordem de mobilidade urbana. Uma pesquisa divulgada nesta semana pelo Movimento Nossa São Paulo indica que 30% dos paulistanos gastam mais de 2 horas apenas no trajeto de ida e volta do trabalho (7% a mais que em 2015) e que outros 33% levam entre 1 e 2 horas nesse deslocamento.

O mesmo estudo mostrou que mais da metade dos entrevistados responderam “com certeza” quando questionados se deixariam de utilizar o carro pessoal se houvesse uma melhor alternativa. Com tantos indícios favoráveis à necessidade de se buscar um novo modelo de mobilidade urbana nas metrópoles, preparamos uma lista com 3 aplicativos que podem ser aliados nessa verdadeira guerra contra o tempo perdido no trânsito.

TRAFI

Disponível para iOS e Android, o TRAFI carrega o espírito da Semana da Mobilidade porque te faz escolher as rotas mais rápidas para chegar onde deseja utilizando o transporte público. Com ele, você nunca mais precisará passar por aquela angústia de observar todas as linhas de ônibus passando em frente ao ponto que você está parado, sem saber onde está seu ônibus e por que ele não chega. O TRAFI mostra em tempo real onde está passando o ônibus que você espera e até mesmo atrasos de minutos são incorporados pelo moderno sistema de machine learning do aplicativo. Fundado na Lituânia, o TRAFI ganhou fama no Brasil depois de ser escolhido para ajudar a planejar o transporte público da Cidade Olímpica, durante as Olimpíadas do Rio. Pelo app, o usuário busca rotas, recebe tabelas de horários do transporte público e modais, acessa o feed de notícias e reports de outros usuários.

Likeways

Disponível para iOS, o app mostra trajetos mais estimulantes para quem prefere andar a pé e explorar melhor o que a cidade pode oferecer. O aplicativo também pode ajudar turistas, interessados em transformar uma simples caminhada em uma nova forma de conhecer melhor as atrações da região

Strava

Se você prefere curtir a cidade sobre duas rodas, o Strava é o app ideal. Ele mapeia os melhores e mais usados caminhos para ciclistas e traz outras funcionalidades, como conferir distâncias e frequência cardíaca e participar de desafios com seus amigos. Disponível para iOS e Android.

Salesforce promove ação para difundir boas práticas de mobilidade urbana

Como forma de promover a conscientização do uso do espaço público, a Salesforce (NYSE: CRM), líder mundial em soluções de gestão de relacionamento com clientes (CRM), lança o “Pedal Carona”, ação que acontece no mês de maio nas ciclovias da Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini e Avenida Brigadeiro Faria Lima.

A ação chama atenção para a necessidade de criar espaços alternativos de transporte consciente. A ideia é que qualquer cidadão que esteja passando por essas ciclovias pegue carona em uma bicicleta adaptada pela empresa especialmente para essa ocasião.

De acordo com Daniel Hoe, diretor de marketing da Salesforce para América Latina, essa ação faz parte do Salesforce World Tour, evento global que acontece pela primeira vez em São Paulo, no próximo dia 18. “A mobilidade urbana é um dilema enfrentado pelas maiores cidades do mundo e em São Paulo não poderia ser diferente. Queremos chamar atenção para a criação de novos espaços para a circulação de meios de transporte alternativos e sustentáveis”, revela.

A ação acontece nos dias 11,12,13, 16 e 17 de maio, das 10h às 15h.

O trânsito afeta a rotatividade da sua empresa?

Por Jacob Rosenbloom

O trânsito paulistano é uma constante na vida de cada morador da cidade. Usado em muitas desculpas de atraso no expediente, o carregado tráfego da capital paulistana também tem causado impactos negativos nas taxas de empregabilidade de São Paulo, principalmente, na maior faixa da pirâmide do emprego, a dos cargos operacionais, hoje 70% da força de trabalho (70 milhões de pessoas em todo o País).

A questão da qualidade de vida, cada vez mais presente no consciente do trabalho e também das áreas de recursos humanos, tem orientado a procura de muitos profissionais, em busca de melhores condições de trabalho. Um dos grandes questionamentos dos gestores dos departamentos de Recursos Humanos é a questão da retenção. Como segurar um profissional na empresa e evitar encargos com sua saída e com a abertura de nova vaga, seleção, nova contratação, capacitação de um novo profissional e integração? Um ciclo cada vez mais oneroso para as companhias.

E o que se pensava que era irrelevante até pouco tempo, tornou-se determinante para quem procura um emprego ou uma recolocação: a localização da empresa. Ao perguntar aos profissionais inscritos no site Emprego Ligado sobre a questão da retenção, muitos disseram ser cada vez mais fundamental ter tempo para a família e para o lazer, ou seja, a questão da qualidade de vida, diretamente ligada à ao tempo gasto no trânsito. O que levaria o profissional a pedir demissão da empresa em menos de um ano? O levantamento apontou que 43,3% das pessoas saem das empresas por não visualizarem um plano de carreira. Já 36,7% deixam o cargo em função da distância da casa ao trabalho. Outros 33,3% disseram levar em conta o ambiente e o clima, enquanto 30% afirmaram que o salário é essencial para retê-lo.
Mais de 80% da base de cadastrados da Emprego Ligado permanece no trabalho mais de seis (6) meses quando a empresa é mais próxima da residência. O profissional quer mais tempo livre. E quando ele precisa pegar mais de duas conduções para o trabalho, ele começa a não ter tanta disposição para cumprir as horas estabelecidas no contrato. E muitas vezes saí antes de completar seis meses, onerando ainda mais o RH

É preciso entender que a logística das grandes cidades é um item da equação de retenção dos funcionários. E os profissionais de RH não podem deixar mais a questão da localização de fora. Não adianta apenas oferecer o benefício do vale transporte. Além da questão da retenção, é preciso levar também em conta a questão do comprometimento e da produtividade. Empregados mais felizes por morarem perto do trabalho são mais comprometidos e mais produtivos. E faltam menos.

Jacob Rosenbloom é CEO da Emprego Ligado.

Congestionamentos no RJ e em SP custam R$ 98,4 bi

O custo dos congestionamentos nas duas principais regiões metropolitanas do país – Rio de Janeiro e São Paulo – ultrapassou R$ 98 bilhões em 2013, valor superior ao PIB de 17 estados, entre eles Espírito Santo, Ceará, Pará e Mato Grosso. O valor equivale a 2% do PIB brasileiro e a 2,3 vezes o investimento previsto na concessão de 7,5 mil quilômetros de rodovias para os próximos 25 anos.

Os dados são do estudo “Os custos da (i)mobilidade nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo”, divulgado pelo Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado Rio de Janeiro). O estudo aponta que os períodos de pico nas duas regiões metropolitanas já atingem 11 horas, sendo que no Rio de Janeiro ocorrem das 5h30 às 11h e das 14h30 às 19h30; e em São Paulo das 5h30 às 8h30, das 10h30 às 14h30 e das 17h30 às 19h.

Na região metropolitana do Rio de Janeiro, o tempo perdido diariamente em congestionamentos de 130 km, em média, trouxe prejuízo econômico de R$ 29 bilhões em 2013, o que equivale a 8,2% do PIB metropolitano. A estimativa é de que em 2022 a extensão dos congestionamentos poderá atingir 182 km e o custo seja de R$ 40 bilhões. A previsão considera a hipótese de que não sejam realizados novos investimentos além dos já previstos relacionados à ampliação da infraestrutura de transportes (especialmente trem, metrô e barcas) e também as projeções de crescimento populacional e de frota de veículos nos próximos anos.

Já nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo, os congestionamentos atingiram, em média, 300 km por dia em 2013 e o custo relacionado foi de R$ 69,4 bilhões. O valor equivale a 7,8% do PIB metropolitano. De acordo com as estimativas da FIRJAN, não havendo intervenções para ampliar significativamente o transporte de massa, os congestionamentos poderão atingir 357 km em 2022, ao custo de R$ 120 bilhões.

Federação aponta a desconcentração de
atividades como caminho para reduzir o problema

De acordo com a FIRJAN, a principal solução para a questão de mobilidade urbana é a realização de um planejamento integrado, que envolva todos os municípios metropolitanos e permita a desconcentração da oferta de atividades – como educação, saúde, comércio e produção industrial – levando infraestrutura e emprego para perto de onde moram as pessoas.

A atual concentração, segundo a Federação, obriga a população a realizar longos deslocamentos diários, em um mesmo sentido e horário. A ampliação da cobertura de transporte de massa, com ramificação para áreas de grande concentração habitacional, evitaria a utilização excessiva do transporte rodoviário, ajudando a melhorar sensivelmente a mobilidade.

O estudo “Os custos da (i)mobilidade nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo” pode ser acessado através do link http://migre.me/kG5bb.

Engenheiro paranaense desenvolve solução para o trânsito

Os carros autônomos que deverão rodar no futuro sem motorista, apenas com passageiros, vão necessitar, além de radares e comandos no próprio carro, de uma série de sistemas nas ruas. Um deles começou a ser desenvolvido em Curitiba, no Paraná, pelo engenheiro eletricista Rafael Miggiorin, do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), em conjunto com professores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Ele desenvolveu um software que simula largadas e frenagens cooperadas, com os veículos conectados 
uns aos outros por 
meio de uma rede sem 
fio chamada de interveiculares ou Vehicle Ad hoc Networks (Vanet). Nessas redes os carros são equipados com um conjunto de sistemas de envio e recepção de sinais. “Isso possibilita a cada veículo conhecer sua posição, a velocidade e a direção de outros carros de um grupo e tomar decisões em conjunto ou individualmente”, explica Miggiorin. “Nesse caso, 
o semáforo seria uma espécie de gerente enviando comandos para os veículos largarem e frearem.”

Fonte: Revista Pesquisa – Fapesp

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