Black Friday e o e-commerce: como garantir o sucesso das vendas durante o pico de acesso? – Por Fabio Miranda

Em um ano bastante conturbado, em termos de política principalmente, com o aumento do desemprego e o consumidor mais atento e seletivo em suas compras, o Black Friday é uma excelente oportunidade para aproveitar este cenário; seja para o consumidor ou para os lojistas. Um para encontrar melhores promoções e o outro alavancar as vendas e fidelizar novos clientes. A verdade, é que para ter sucesso é fundamental se preparar com antecedência e estar atento a alguns pontos que são críticos durante essas 24h.

O faturamento de um e-commerce depende muito da sazonalidade de algumas datas como o dia das crianças, das mães, dos namorados, natal e Black Friday. Porém, a única data que sofre um grande número de acesso em um período muito pequeno de tempo é o Black Friday, diferente do natal e das demais eventos onde os consumidores começam a acessar e realizar as compras 15 dias antes da data em específico, dividindo assim o pico de acesso e permitindo uma previsibilidade maior por parte do lojista.

Arrisco a dizer que a data proporciona para o comércio eletrônico o maior número de transações em volume, maior número de acesso e maior número de faturamento comparado a qualquer outro dia do ano, exceto o dia 23 de dezembro.

Então, vale ressaltar, que para ser competitivo é necessário ter sucesso nos seguintes pontos:

Performance

Falamos em performance em vários sentidos, um exemplo é o carregamento da página da sua loja, existe um estudo realizado pela Amazon que a cada 100 milissegundos que eles diminuem o tempo de carregamento da página, aumenta em 1% o faturamento da loja, o que afeta diretamente o faturamento anual, portanto o tempo de carregamento de página impacta diretamente a taxa de conversão da sua loja.

Outro ponto muito importante é ter uma estrutura de hosting escalável que suporte os picos de acesso, onde você terá diversas pessoas realizando muitas requisições para uma base de dados muito grande.

O monitoramento é fundamental, pois atrelado a uma estrutura de Cloud (nuvem) vai lhe permitir crescer e diminuir sua estrutura conforme a demanda e de forma rápida, o que é fundamental neste período, afinal, no último Black Friday muitos consumidores se frustraram por não conseguirem finalizar suas compras pelo simples motivo do site ficar fora do ar devido ao grande número de acesso ou requisições.

Inovação

Tudo o que foi falado sobre performance está totalmente ligado a inovação. Para ter uma loja atrativa e diferenciada neste período é necessário realizar alterações frequentes, colocar produtos em destaque, inserir banners chamativos, entregar praticamente uma experiência de navegação diferente/customizada para cada tipo de consumidor/IP que entrar em sua loja o que pode ser um risco perante a estabilidade, a inovação costuma ser inimiga da estabilidade, porém extremamente necessária para se destacar dos concorrentes.

Existe um grande desafio que é como atualizar a plataforma, colocar novas funcionalidades, sem derrubar o que está no ar e manter a escalabilidade, e isso só é possível quando passa a enxergar a sua camada hardware e software como uma coisa só, totalmente interligados, que devem ser tratados como uma única aplicação arquitetada para rodar em nuvem, permitindo trabalhar em escala. Isso serve para seus servidores e até mesmo sua central de atendimento, vide a invasão do “chatbot” para solucionar dúvidas mais frequentes e permitir um atendimento em escala.

Essa é a melhor forma de estar preparado para uma data tão atrativa, mas ao mesmo tempo tão complexa, devemos pensar que se surgir um problema neste período, ele será em escala, portanto a resolução também deverá ser.

Marketing e vendas

As empresas neste período costumam ter um aumento expressivo de vendas, pedidos, conversão, visitas e cadastro de clientes. Porém, existe o desafio de aumentar o ticket médio – que vem diminuindo pela grande oferta da concorrência neste dia. É necessário realmente ter ofertas que fujam do tão comentado “Black Fraude” onde a loja aumenta os preços na véspera para depois diminuir fazendo com que o cliente perca a confiança na loja, é fundamental ter ofertas reais.

Nesta data, muitas lojas reportam que é três vezes maior o número de clientes novos e essa base deve ser trabalhada para de fato gerar uma recompra (fidelização). Já os visitantes que não compraram no dia devem ser trabalhados com uma ação focada no retargeting e recuperação de carrinho.

Fazer um trabalho de análise comportamental do consumidor que já comprou na sua loja no Black Friday passado é interessante para proporcionar uma oferta diferenciada neste dia, pode ser que esse consumidor seja realmente fiel ou que tenha visitado seu site apenas por preço, essa é uma forma bastante rica de gerar um resultado melhor para loja a cada ano e uma experiência melhor para o cliente.

Como dica final afirmo que é preciso preparar o terreno para o Black Friday, crie um clima de suspense com seu público, utilize a comunicação com conteúdo de qualidade e estratégico e abuse das redes sociais, elas são de grande importância nesta hora.

Fábio Miranda, especialista em atendimento ao consumidor e head de vendas da Direct Talk

E-commerce: um único clique também faz o consumidor mudar de loja

Prático e responsável por movimentar bilhões de reais na economia brasileira, o comércio eletrônico – ou e-commerce – está cada vez mais presente em nosso cotidiano. Diferentemente de anos atrás, o ato da compra, hoje em dia, está longe de ser associado apenas à vitrine de uma loja ou à ida a um shopping center. O produto ou serviço desejado também está na internet, a um clique de se tornar nosso. Engana-se, no entanto, quem acha desnecessária uma boa preparação para atrair o consumidor “do outro lado da tela”.

Segundo o especialista em vendas e palestrante, Marcelo Ortega, a organização e o detalhamento do procedimento de aquisição do produto são fatores fundamentais em uma página virtual voltada para este serviço. “A loja eletrônica tem por objetivo facilitar a vida do consumidor, e suas vantagens não podem estar relacionadas apenas ao conforto. É fundamental que o passo a passo para a compra esteja bem esmiuçado e claro, a página deve estar organizada de forma atrativa e nenhuma informação sobre o produto ou serviço pode ser omitida”, explica ele.

Dados divulgados recentemente pelo IBOPE Media apontam que o Brasil possui 94,2 milhões de internautas, sendo o quinto país com a maior quantidade. De acordo com o mesmo instituto de pesquisa, ainda assim, apenas 20% dos usuários de internet fazem compras online. O motivo: 69% deles não se sentem seguros, e outros 26% não confiam na qualidade do produto ou serviço. Assim como nas compras presenciais, o consumidor gosta de ser bem tratado no e-commerce. Mais importante que “empurrar” algo a quem está diante do computador, é fidelizá-lo para que ele volte sempre à mesma página na web.

“O vendedor tem de ser responsável e cumprir com o que está sendo prometido na propaganda, seja referente à qualidade do item, aos prazos para entrega ou ao acompanhamento pós-venda”, alerta Ortega. “É importante que isso esteja bem claro na mente de quem utiliza o comércio digital para vender: a mesma facilidade que leva o internauta à compra pode afastá-lo; um único clique também faz com que ele mude de loja quando não está satisfeito”, finaliza.

* Marcelo Ortega – Vendedor, treinador, consultor e palestrante internacional. Autor de livros como o best-seller “Sucesso em Vendas”, lançado pela editora Saraiva, em 2006. Site: www.marceloortega.com.br

As vantagens de um vendedor "sem salário"

Por Marcelo Ortega*

Como manter uma equipe motivada a atingir metas e cumprir com os objetivos traçados? Certamente, esta é uma questão bastante presente no dia a dia do gestor de vendas. Muitas vezes, um vendedor sem incentivos pode, simplesmente, acomodar-se e pouco se importar com o resultado do final do mês. Mas qual a solução para manter todos os membros de um time energizados e focados em concretizar cada negociação?

Com base em mais de 20 anos de experiência no ramo, afirmo que uma das medidas mais vantajosas – e que fique claro que não é a única – para evitar o descompromisso é o pagamento de um salário insatisfatório, suficiente apenas para a manutenção das condições básicas de trabalho e da boa aparência do vendedor. Digo isso, pois a maior parte da renda mensal desses profissionais deve vir de comissões e bonificações por bons resultados.

Embora boa parte das empresas acerte ao adotar esse método, outras ainda cometem o erro de deixar seus colaboradores “acomodados” com o bom rendimento garantido e acabam obtendo um efeito contrário ao esperado: vendedores desmotivados no dia a dia e sem comprometimento com as metas da equipe.

O bom vendedor deve se antecipar às regras estabelecidas pela empresa e determinar suas próprias metas. Ao compreender que é dali que terá seu sustento, ele não ficará disperso durante o período de trabalho e terá seus procedimentos diários controlados passo a passo, sempre pensando à frente para cumprir seu compromisso. Este é o bom profissional de vendas, aquele que faz o “algo mais” para se destacar em uma área tão concorrida.

Porém, conforme citei no início, o salário não é o único fator determinante para a motivação de um grupo. Um líder bem treinado e capaz de repassar seu conhecimento, um bom planejamento para a execução dos processos de Estratégia, Tática e Operações, e o reconhecimento ao trabalho bem realizado também são fundamentais para que o profissional esteja sempre determinado a dar o máximo de sua capacidade.

* Marcelo Ortega – Vendedor, treinador, consultor e palestrante internacional. Autor de diversos livros, entre eles, o best-seller “Sucesso em Vendas”, lançado pela editora Saraiva, em 2006.

Site: www.marceloortega.com.br

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