Pacientes que convivem com o diabetes passam a contar com uma opção inovadora e segura para melhorar o controle glicêmico, já disponível no Brasil, que oferece menor risco de hipoglicemias aos usuários. A insulina inalável Afrezza® chega ao mercado pela Biomm, empresa brasileira de biotecnologia, em uma parceria com a MannKind Corporation, biofarmacêutica norte-americana.
O Brasil é o segundo país a disponibilizar a medicação, depois dos Estados Unidos. Aprovado pela Anvisa em 2019, o medicamento será comercializado em três dosagens (4, 8 e 12 unidades internacionais de insulina), em embalagens com 90 e 180 refis, e dois inaladores por caixa. A dosagem recomendada deve ser indicada pelo médico.
A insulina inalável tem ação ultrarrápida e é mais parecida com o hormônio produzido naturalmente pelo organismo em indivíduos saudáveis³. Afrezza® se dissolve pelo pulmão após a inalação e atinge imediatamente a corrente sanguínea ⁴, por isso os níveis máximos da medicação são alcançados entre 12 a 15 minutos após a administração, que deve ser realizada antes das refeições. A terapia é indicada para pacientes adultos.
O diabetes mellitus é caracterizado pela incapacidade do organismo de controlar adequadamente os níveis de glicose no sangue. A insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, normalmente regula os níveis de glicose do corpo, mas em pessoas com a doença são produzidos níveis insuficientes de insulina. O organismo também não responde adequadamente à pouca insulina que produz.
Atualmente, a doença atinge 425 milhões de pessoas no mundo, segundo a Federação Internacional de Diabetes (2017), sendo o Brasil a quarta maior população afetada. São 16,8 milhões convivendo com o diabetes e cerca de 500 novos casos diagnosticados por dia.
Os números preocupam, uma vez que 40 milhões de brasileiros estão pré-diabéticos e 25% devem desenvolvê-lo, nos próximos cinco anos, como aponta a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). “Com Afrezza, buscamos trazer maior conveniência e qualidade de vida aos pacientes, por meio de um medicamento comprovadamente seguro e eficaz”, afirma Heraldo Marchezini, CEO da Biomm.
Para facilitar o início de tratamento e aumentar à adesão dos pacientes, a Biomm oferece o programa Mais Saúde BIOMM. Após se cadastrar (pelo site http://www.maissaudebiomm.com ou telefone 0800-057-2467), o paciente poderá adquirir o medicamento em redes de farmácia associadas com desconto de 20% a 35% (de acordo com a apresentação), além de contar com informações educacionais e orientações de uma equipe qualificada.
Por meio deste programa, a insulina inalável custará a partir de R﹩ 1.900,00 (caixa com 90 refis de 8 UI cada). O valor comercial de Afrezza® foi definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), liberando-o para comercialização.
A aderência ao tratamento costuma ser uma barreira apontada pelos especialistas, uma vez que o portador de diabetes precisa controlar a glicemia com periodicidade e ter disciplina para melhorar o estilo de vida.
De acordo com o Dr. Márcio Krakauer, endocrinologista do núcleo de tecnologia da Sociedade Brasileira de Diabetes, existem hábitos e facilidades que podem ajudar no tratamento. “O monitoramento frequente da glicemia pode facilitar no controle do diabetes, assim como medicamentos cada vez mais adequados para atender as necessidades dos pacientes. Outras facilidades que ajudam na rotina dos portadores da doença são insulinas com menor risco de hipoglicemias e mais fáceis de administrar”, explica o médico.
Referências bibliográficas:
1- Bode BW et al. Diabetes Care. 2015;38;2274-2281 e Blonde L et al. Total and Severe Hyppoglycemia is Reduced Wityh Use of Inhaled Technosphere Insuin (TI, Afrezza)
2- Federação Internacional de Diabetes (2017)
3- Bula do produto
4- Heinemann L et al. J Diabetes Sci Technol 2017; 11:148-156
2018 foi um ano interessante para o setor de saúde e, 2019 prepara-se para ser tão bom quanto. Há um enorme mercado que precisa ser explorado devido ao envelhecimento da população mundial e o anseio de que os idosos vivam sozinhos pelo maior tempo possível. Permitir esse desejo tem sido o foco de reguladores, fabricantes e investidores.
De acordo com dados da Conta-Satélite de Saúde Brasil 2010/2015, divulgados pelo IBGE no fim de 2017, o consumo final de bens e serviços de saúde no Brasil cresceu, atingindo R$ 546 bilhões, valor equivalente a 9,1% do PIB. Deste total, R$ 231 bi (3,9% do PIB) corresponderam a despesas de consumo do governo e R$ 315 bi (5,2% do PIB) a despesas de famílias e instituições sem fins lucrativos.
O novo ano deve ver o impacto contínuo desses fatores, juntamente com o surgimento de novas tendências para apoiar o crescimento e o desejo de reduzir os custos. Três áreas terão grande impacto no mercado da saúde em 2019. Vamos explorar algumas tendências que devem se destacar nos serviços de healthcare este ano:
Internet das Coisas
A Internet das Coisas (IoT) desempenhou um papel proeminente em 2018 e continuará a evoluir em 2019. O principal destaque da IoT e dos dispositivos conectados é a significativa economia de custos na prestação de cuidados. De fato, o atendimento remoto via IoT pode reduzir os custos de assistência médica dos EUA, por exemplo, em até US$ 6 bilhões por ano, de acordo com a consultoria de saúde Willis Towers Watson. Esses dispositivos conectados, incluindo sensores internos e os dados coletados, permitem que os indivíduos mantenham suas vidas independentes com um risco muito menor.
Uma infinidade de dispositivos já utiliza a Internet das Coisas para manter os pacientes conectados remotamente aos provedores e serviços de saúde. As empresas também passaram a usar os dispositivos conectados para rastrear sinais vitais do paciente e vários indicadores de status de saúde. Isso tem melhorado os resultados dos pacientes, permitindo que os provedores realizem mais atendimento, diminuam as visitas hospitalares e reduzam os custos gerais com a saúde.
Outro ponto ainda mais relevante é que esses sensores e dispositivos possibilitam que os idosos tenham uma vida normal em casa. Discretamente, os dispositivos coletam e compartilham leituras com segurança, de modo que qualquer sinal de alerta possa ser descoberto, e qualquer lembrete diário de medicação é enviado proativamente aos pacientes. Por isso, espera-se que tanto o atendimento domiciliar quanto o setor de saúde fiquem cada vez “mais inteligentes”.
Fusões e aquisições
Reguladores, hospitais e seguradoras também já perceberam os benefícios de prestar cuidados remotamente. No entanto, dada a dificuldade do emprego, um mercado de trabalho restrito e uma força de trabalho que se aposenta, a contratação tem sido mais difícil. O mercado de saúde também tem sido tradicionalmente apoiado por um grande número de organizações menores que se concentram em determinadas geografias ou especialidades. No entanto, devido a essa oportunidade de mercado, os investidores têm sido muito ativos com diversos negócios de fusões e aquisições em larga escala para ajudar a construir organizações maiores com mais alcance e escala geográficos. Por exemplo, a ação da M&A no terceiro tri de 2018 registrou o terceiro trimestre consecutivo com mais de 20 aquisições, de acordo com dados da empresa de inteligência de mercado Irving Levin & Associates. No geral, 2018 viu um volume trimestral “muito mais alto” em relação à 2017.
Lisa Phillips, editora do The HealthCare M&A Report, que publicou os dados acima, afirmou: “a consolidação está impulsionando a atividade recente neste mercado, apesar do reembolso e dos obstáculos regulatórios. Como os sistemas de saúde buscam reduzir os custos, esperamos que mais se voltem para as agências de cuidados domiciliares em contextos tradicionais pós-agudos, como instalações de enfermagem especializadas ou instalações de cuidados agudos de longo prazo”.
Como não há líder em participação de mercado e a necessidade de reduzir custos é eminente, espera-se que 2019 seja um ano ativo para os investidores, à medida que as empresas de saúde planejam expandir e ganhar cada vez mais participação no mercado.
Adoção de Tecnologia
Historicamente, o back-office do atendimento ao paciente é arcaico e manual, com o uso do Excel, por exemplo, para agendamento e produção das planilhas de horas. No entanto, por conta de tendências como o aumento da demanda, escassez de talentos para atender o crescente número de pacientes, mudanças na regulamentação e a necessidade de reduzir custos, os provedores de assistência médica domiciliar precisarão apostar em novas tecnologias. Isso inclui o Customer Relationship Management (CRM) para gerenciar vendas e informações de clientes, e o Human Capital Management (HCM) para treinamento e recrutamento de profissionais.
A tecnologia de gerenciamento de serviço em campo também deve ser considerada para ajudar os provedores domésticos a fornecer melhores cuidados, aumentar a participação de mercado e melhorar as operações. À medida que mais recursos e empregados são adicionados ao cronograma, torna-se quase impossível para um humano considerar todos os fatores inerentes à criação do cronograma otimizado. Aqui estão alguns exemplos sobre como a escala aumenta a complexidade:
– Com três funcionários móveis e três empregos, existem seis maneiras possíveis de agendar o trabalho
– Existem 720 maneiras diferentes de despachar seis funcionários para fazer seis trabalhos
– Existem 1.307.674.368.000 maneiras diferentes de despachar 15 funcionários para fazer 15 trabalhos
Como resultado, é quase impossível agendar e monitorar manualmente os profissionais ou usar um software de agendamento que não seja construído especificamente para lidar com esse nível de complexidade – pelo menos sem sacrificar a eficiência e a produtividade. A sofisticação envolvida nesses cenários exige uma tecnologia direcionada para conseguir auxiliar de fato as inúmeras organizações a fornecer melhor atendimento ao paciente, aprimorar operações e reduzir custos.
Barrett Coakley, Gerente de Marketing de Produtos da ClickSoftware
Muitos idosos manifestam interesse em permanecer em suas casas pelo maior tempo possível à medida que envelhecem. Como resultado, o mercado de assistência médica domiciliar (home healthcare) teve um enorme crescimento, com muitas empresas tentando aproveitar essa nova demanda. Atualmente existem mais de 300 mil aplicativos no mercado de “health tech”. Tendências tecnológicas como Internet das Coisas (IoT), videoconferência e dispositivos vestíveis (wearables) estão sendo introduzidos para tornar o desejo de ficar em casa mais real.
De acordo com a Gartner o mercado de wearables tem um crescimento anual estimado de 16,7% e pode atingir US$ 34 bilhões em 2020. No Brasil a tendência se confirma, mas ainda a passos lentos. Segundo um recente estudo do Grupo Technos, o consumo anual de relógios inteligentes do brasileiro ainda é quatro vezes menor do que a média mundial de consumo. Por outro lado, a aquisição de smartphones no Brasil é uma dos maiores do mundo e o país representa 4,4% de todo mercado global. Isso mostra uma aderência a tecnologias móveis, mas por enquanto restritas aos telefones inteligentes.
O papel dos dispositivos conectados foi novamente evidenciado com o lançamento do novo relógio inteligente da Apple. A versão mais recente do Apple Watch inclui novos recursos de saúde, como um acelerômetro e um giroscópio, que podem detectar quedas bruscas, e um sensor de frequência cardíaca que pode fazer um eletrocardiograma usando um novo aplicativo de ECG. Jeff Williams, diretor de operações da Apple, chamou o relógio de “um guardião inteligente para sua saúde”.
Usando eletrodos e um sensor elétrico de frequência cardíaca, o Apple Watch Serie 4 permite que os usuários façam uma leitura de ECG diretamente de seus pulsos através do aplicativo de ECG. O aplicativo pode classificar se o coração está batendo em um padrão normal ou se há sinais de fibrilação atrial. Todas as gravações são armazenadas no aplicativo Health em um arquivo que pode ser compartilhado com os médicos.
O recurso de detecção de queda usa um acelerômetro e um giroscópio, que mede até 32g de força, junto com alguns algoritmos personalizados, para identificar quando ocorre uma queda brusca. “Ao analisar a trajetória do pulso e a aceleração do impacto, o relógio inteligente envia ao usuário um alerta após uma queda, que pode ser dispensado ou usado para iniciar uma chamada para o serviço de emergência”, segundo a empresa. “Se o Apple Watch sentir imobilidade por 60 segundos após a notificação, ele automaticamente chama o serviço de emergência e envia uma mensagem com a localização do usuário.”
Reduzir quedas e re-hospitalizações são o grande foco das empresas de saúde. Calcula-se que os gastos decorrentes de quedas e lesões relacionadas a quedas custem bilhões de dólares todos os anos e podem crescer para quase US$ 60 bilhões até 2020, de acordo com o HUD.
Este não é o primeiro produto da Apple para o mercado de saúde. Em 2016 a empresa lançou a CareKit, uma rede de software que permitiu o monitoramento de condições médicas em casa com um iPhone. Muitas outras grandes empresas também estão entrando nesse mercado. Por exemplo, a varejista de produtos eletrônicos Best Buy adquiriu a GreatCall, uma empresa que desenvolve e vende smartphones, smartwatches, dispositivos de alerta médico e outras tecnologias de alto nível para apoiar e ampliar a independência de idosos. A Amazon também está explorando aplicativos nesse mercado por meio de seu dispositivo Alexa. A companhia criou uma equipe dentro de sua divisão de assistente de voz Alexa chamada “saúde e bem-estar”, que inclui mais de uma dúzia de pessoas.
Esses dispositivos conectados, sensores internos e os dados coletados permitem que os indivíduos mantenham suas vidas independentes com um risco muito menor. Hospitais, profissionais e fabricantes de dispositivos para saúde utilizam a IoT para manter os pacientes conectados remotamente aos provedores e serviços de saúde. Ao rastrear os sinais vitais do paciente e os indicadores de seu estado de saúde através de dispositivos de saúde, é possível melhorar os resultados, permitindo que os prestadores atendam a mais pacientes, reduzam as visitas hospitalares e diminuam os custos gerais com a saúde.
A ideia é simplificar a gestão de saúde para que o usuário possa continuar vivendo uma vida normal em casa. Em segundo plano, os dispositivos compartilham as leituras com segurança, de modo que qualquer sinal de alerta possa ser captado e qualquer lembrete diário de medicação possa ser enviado proativamente aos pacientes. A tecnologia possibilita não só esse monitoramento como ajudar o usuário a ter uma vida mais saudável, aumentando a expectativa de vida da população.
Barrett Coakley, Gerente de Marketing de Produtos da ClickSoftware, líder no fornecimento de soluções para a gestão automatizada e otimização da força de trabalho e serviços em campo.
quarta edição do Prêmio de Inovação do Grupo Fleury (PIF) abre inscrições até 20 de outubro para pesquisadores da área de medicina e saúde. Neste ano, o PIF destaca artigos científicos e patentes depositadas com uso das plataformas de Bioinformática e/ou Inteligência Artificial em genômica, proteômica, metabolômica e radiômica. Os trabalhos vencedores receberão o prêmio de R$ 5 mil.
Com o objetivo de reconhecer trabalhos científicos inovadores, o PIF incentiva a pesquisa estreitando o relacionamento com a comunidade científica e instituições acadêmicas. Esta quarta edição do PIF conta com o apoio da ANPEI (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras).
O objetivo é fomentar a pesquisa translacional – que começa na ciência básica e resulta na aplicação prática do conhecimento. Serão premiados dois trabalhos, sendo um por categoria (artigo e patente), que receberão o prêmio de R$ 5.000 em vale-presente, como incentivo ao desenvolvimento educacional. Haverá, ainda, o reconhecimento de um trabalho escolhido por votação popular, a ser realizada durante o evento, que será premiado com um troféu.
Acelerada pela InovAtiva Brasil em 2016, a medRoom, startup que utiliza a realidade virtual e a gamificação para melhorar o treinamento de estudantes e profissionais de saúde, foi a vencedora do Global Impact Challenge Brasil 2018 (GIC), competição de startups da área de educação. A seleção, que aconteceu nas cidades de São Paulo, Recife e Porto Alegre, contou com a participação de diversas empresas do setor, entre elas a Schoolastic, que está no programa InovAtiva Brasil 2018.
Como prêmio, dois representantes da medRoom terão a oportunidade de participar de uma imersão no SU Ventures Incubator Program, treinamento de liderança aos fundadores dos negócios, entre 3 de setembro e 19 de outubro, no Vale do Silício, nos Estados Unidos. A bolsa também inclui hospedagem e alimentação.
Desenvolvido pela Singularity University, em parceria com a escola Concept, o SU Ventures tem como objetivo orientar e capacitar os participantes, para que eles possam validar suas ideias, construir uma equipe capacitada, experimentar e prototipar suas criações, contribuindo assim para a geração de um projeto impactante para o mercado.
Acelerada pela InovAtiva Brasil em 2016, a medRoom, startup que utiliza a realidade virtual e a gamificação para melhorar o treinamento de estudantes e profissionais de saúde, foi a vencedora do Global Impact Challenge Brasil 2018 (GIC), competição de startups da área de educação. A seleção, que aconteceu nas cidades de São Paulo, Recife e Porto Alegre, nos dias 26, 27 e 28 de junho, contou com a participação de diversas empresas do setor, entre elas a Schoolastic, que está no programa InovAtiva Brasil 2018.
Como prêmio, dois representantes da medRoom terão a oportunidade de participar de uma imersão no SU Ventures Incubator Program, treinamento de liderança aos fundadores dos negócios, entre 3 de setembro e 19 de outubro, no Vale do Silício, nos Estados Unidos. A bolsa também inclui hospedagem e alimentação.
Desenvolvido pela Singularity University, em parceria com a escola Concept, o SU Ventures tem como objetivo orientar e capacitar os participantes, para que eles possam validar suas ideias, construir uma equipe capacitada, experimentar e prototipar suas criações, contribuindo assim para a geração de um projeto impactante para o mercado.
A Memed, empresa de tecnologia em saúde, pioneira em plataforma para prescrição digital no país, acaba de nomear Fabio Lia como diretor de alianças estratégicas. Com sua experiência consistente no mercado de saúde em grandes companhias internacionais, Lia chega para impulsionar a estratégias de consolidação da Memed como a referência em tecnologia para prescrição médica, disseminando sua plataforma inteligente entre as lideranças de grandes hospitais, operadoras de saúde e fornecedores de prontuários eletrônicos do paciente (PEP).
“A experiência de Fábio Lia nos apoiará muito nesta nova fase em que queremos mostrar ao mercado que a nossa plataforma digital é a mais completa para prescrição de diversos itens, como medicamentos e exames, que conecta todo o ecossistema de saúde desde o momento da consulta até a adesão ao tratamento,” afirma Ricardo Moraes, CEO da Memed
Lia tem uma carreira sólida, passou por grandes multinacionais da área de saúde, como GE Healthcare, Edwards Lifesciences e Cerner Corporation. Mais recentemente, integrou a equipe da Wolters Kluwer Health, maior empresa de conteúdo médico no mundo, como diretor de alianças estratégicas da companhia na América Latina.
Segundo Lia, sua principal motivação para juntar-se à equipe da Memed foi a visão abrangente que a empresa possui em relação ao cuidado integral. “Aparentemente a solução parece focada apenas na prescrição, porém ela está baseada em um conceito muito mais amplo. A plataforma suporta o médico com informações atualizadas sobre medicamentos, dá segurança e facilita, de verdade, a rotina desse profissional. Além disso, ela é incrivelmente inovadora no pós consulta, trazendo tecnologia acessível e segura para os pacientes, que recebem sua receita médica no celular, pesquisam preços dos itens prescritos, agendam exames, educam-se e aderem mais facilmente ao tratamento. Estou empolgado com esse desafio”, ressalta o novo diretor de alianças estratégicas.
A plataforma Memed
A Memed nasceu totalmente focada na experiência do médico e dos pacientes e conta hoje com mais 50 mil médicos usuários em todos os estados do Brasil, além de 40 prontuários eletrônicos integrados. Somente em 2017, foram realizadas mais de 30 milhões de buscas por informações de medicamentos na plataforma e mais R$ 500 milhões em medicamentos foram prescritos via Memed.
O propósito desta solução é tornar a área da saúde mais eficiente e humana por meio da tecnologia, contribuindo inclusive com a redução dos erros de prescrição médica no país, algo que preocupa a comunidade de saúde em âmbito global. De acordo com dados da Anvisa e da OMS (Organização Mundial da Saúde), 75% das prescrições médicas possuem chances de erro e 30% das internações por intoxicação no Brasil tem como origem o uso incorreto de remédios.
A plataforma inteligente da Memed dispõe de um banco proprietário, com mais de 60 mil itens prescritíveis, incluindo medicamentos e exames, além de suportar o médico na decisão clínica. A solução oferece segurança com diversas inteligências, como alertas de alergias, interações entre medicamentos e mais. Outra inovação é a conexão da prescrição digital com o paciente, facilitando a comparação de preços dos itens prescritos e a compra dos medicamentos para receber em casa. Dessa forma, a Memed contribui para a adesão ao tratamento, melhorando o desfecho clínico e otimizando a saúde no país.
A Dandelin, startup que conecta pacientes a médicos, facilitando o agendamento de consultas e socializando os custos reais entre todos os membros de sua comunidade, estará presente no Health Innovation Summit. O evento reunirá profissionais de inovação e tecnologia focado no ecossistema de saúde do Brasil e do mundo no dia 8 de agosto, das 9h às 17h30, em São Paulo.
O CEO da Dandelin, Felipe Burattini, participará de painéis de discussão que incluem experiências de startups emergentes de saúde e modelos inovadores de gestão e operacionalização, sempre com o intuito de encontrar soluções úteis e sustentáveis que mudem o sistema de saúde e gerem um novo modo de se relacionar com clientes e pacientes.
“Precisamos pensar em novas propostas para o defasado sistema de saúde brasileiro, por isso é muito importante que eventos como esse aconteçam”, destaca o CEO e fundador da Dandelin, que explica a proposta da startup: “Criamos a Dandelin com a missão de oferecer acesso simples, justo e humano aos serviços médicos. Nós queremos democratizar a saúde no Brasil “.
Com o app Dandelin, os usuários não pagam o preço da consulta, mas uma mensalidade variável, que é dividida igualitariamente entre todos os membros da comunidade e nunca ultrapassará R$ 100. Os usuários ficam livres para marcarem suas consultas médicas com rapidez, sem vínculos com empresas ou custos fixos.
Como são realizadas nos consultórios dos profissionais cadastrados, o paciente pode procurá-los por localização, especialidade, disponibilidade de agenda, sintomas ou pelo nome do médico desejado.
O aplicativo opera de maneira completamente transparente, permitindo que os usuários vejam os demonstrativos financeiros para entender como é composto o custo mensal de cada membro da comunidade.
Health Innovation Summit
Dia 8 de Agosto de 2018, das 9h às 17h30.
Ahoy Berlin – Av. Prof. Manuel José Chaves, 291 – Alto de Pinheiros, São Paulo.
Não é novidade que a inteligência artificial – capacidade de máquinas tomarem decisões e aprenderem padrões – tem impactado o dia a dia de todos e provocado mudanças disruptivas nos mais diversos setores. No setor da saúde não é diferente e a AI (Artificial Intelligence) veio para ficar, graças ao impacto para melhorar os serviços, tanto no atendimento aos pacientes como nos “bastidores” dos hospitais. A ideia não é, obviamente, que ela substitua os profissionais da saúde, mas sim os auxilie nas tomadas de decisão. As tendências e possibilidades são inúmeras e atingem, de maneira geral, a todos os profissionais da saúde. Porém, ao ser integrada aos recursos de apoio à decisão clínica, os resultados são ainda melhores.
Em primeiro lugar, vamos aos exemplos mais gerais. No caso do time de enfermagem, a inteligência artificial colabora para detectar os primeiros sinais de possíveis doenças, riscos de infecções, antes que seja tarde demais. Tudo isso monitorando e descobrindo padrões inerentes às centenas de casos que os enfermeiros acompanham. Esse gerenciamento da saúde pode ser feito também à distância, quando os pacientes estão já se recuperando em casa. A equipe que presta esse serviço consegue personalizar as chamadas, direcionando a conversa com até um milhão de possíveis variações. Esses algoritmos ajudam a identificar de maneira inteligente respostas de alto risco, sinalizando inclusive as situações que requerem rápida intervenção. Sem falar que a AI também permite usar a linguagem natural para processar anotações médicas e histórico dos pacientes e ainda combinar todos esses dados não estruturados das anotações no prontuário eletrônico do paciente (PEP) e nos históricos de pacientes mais antigos. Enfim, inúmeras aplicações.
É importante também ter clara a ideia de que a combinação da AI com a expertise e conhecimento médicos pode reduzir drasticamente as taxas de erro (em até 85%). Por isso, essa tecnologia tem sido incorporada aos prontuários eletrônicos e também aos recursos de suporte à decisão clínica, aliando informações baseadas em evidências, com experiência clínica e especificidades de cada paciente. Isso eleva a ferramenta a outro patamar: passando de um conteúdo mais consultivo para um recurso de apoio com base em contexto. Avançados guias interativos, já disponíveis no mercado, permitem inserir informações sobre o paciente (como idade, sintomas, exames já realizados e resultados) e, com base em algoritmos dinâmicos, traçar o melhor caminho a ser seguido no diagnóstico e tratamento.
Esse tipo de proposição é extremamente importante na medida em que conhecer outros casos semelhantes ajuda a criar, manter e garantir a adoção de padrões para o tratamento de doenças que apresentam maior variabilidade nos cuidados. Ademais, de certo modo, esclarece pontos de dúvidas dos médicos e faz com que eles, além de aprenderem no momento do atendimento, possam automatizar esse conhecimento, que é o que a inteligência artificial e a aprendizagem por máquinas preconizam.
A variabilidade é um problema recorrente, associado à ausência de padrão nos protocolos clínicos e que não só onera os recursos e ocasiona uma série de desperdícios, como é também uma das principais causas de erros médicos evitáveis. Por isso, ao diminui-la, as organizações de saúde têm a oportunidade de melhorar os resultados a custos mais baixos. E é nesse sentido que a inteligência artificial e os recursos de apoio à decisão clínica atuam juntos. Além de ajudarem os profissionais da saúde a entregarem cuidados consistentes, de alta qualidade e efetivos, também trazem maior segurança para o paciente e ajudam a reduzir a variabilidade.
Em suma, a adoção desse tipo de solução não só simplifica o processo de atendimento, como ajuda os médicos a estabelecerem um fluxo de tomada de decisão mais interativo e chegarem a decisões mais assertivas sobre os seus pacientes, inclusive do ponto de vista de diagnósticos laboratoriais e também aprenderem com isso. Existem objetivos e, para atingi-los, temos que confiar no que a tecnologia pode nos oferecer. Acho que há uma visão de longo prazo em que precisamos nos concentrar, mas que o futuro já hoje é promissor, isso é.
Diana Nole, CEO da Wolters Kluwer Health, líder mundial em fornecimento de informações para profissionais e estudantes da área da saúde
Estão abertas até o próximo dia 30 as inscrições para empresas interessadas em testar e/ou investir em tecnologias focadas em IoT, Saúde, Energia e Mobilidade que serão implementadas no âmbito do programa nacional de inovação aberta TechD.
Sob a gestão da Softex, o TechD foi lançado no último dia 29 em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) com recursos da ordem de R$ 18 milhões e a missão de unir startups, empresas, centros de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I), e universidades para o desenvolvimento conjunto de projetos de alto impacto tecnológico.
O programa prevê a concessão de recursos de até R$ 500 mil de subversões por projeto de tecnologia selecionado. Para empresas com interesse em investir nas tecnologias que serão testadas, o edital possibilita que ofertem contrapartida financeira por projeto de interesse, que será somado ao valor do subsídio concedido. O programa também permite que as empresas sejam sócias ou obtenham exclusividade no uso das soluções que serão implementadas. A relação das empresas selecionadas será divulgada a partir do dia 10 de agosto.
Trata-se da segunda fase do TechD que procura subsidiar empresas que tenham interesse em desenvolver tecnologias através de processos de inovação aberta, permitindo seu acesso a soluções dedicadas exclusivamente aos seus interesses e necessidades e a uma rede qualificada de centros tecnológicos de excelência habilitados na fase 1 do programa. Com isso, é possível impactar de forma positiva na melhora da competitividade e eficiência do setor produtivo no Brasil. A terceira fase, prevista para meados de agosto, envolverá a chamada pública para que startups ou pesquisadores proponham projetos que apresentem soluções tecnológicas a serem validadas junto às empresas selecionadas pela fase 2 e ampliando seu mercado potencial tanto no Brasil como no exterior. A meta do TechD é apoiar no mínimo 30 projetos.
Para fortalecer a inovação em saúde no Brasil, dois dos maiores players de medicina diagnóstica do País, Grupo Fleury e Grupo Sabin, iniciaram uma cooperação técnico-científica internacional. As duas empresas investirão de forma conjunta na Qure – venture capital e incubadora de startups na área de saúde. A empresa faz parte do fundo de investimento israelense Ourcrowd.
A cooperação tem o objetivo de trazer inovações disruptivas de centros de referência ao setor de saúde brasileiro. Tradicionalmente, tanto Grupo Fleury como Grupo Sabin são modelos de excelência em serviço de saúde e já possuem uma trajetória de pesquisas, programas e iniciativas técnico-científicas e em inovação. As duas empresas atuam em diferentes regiões do país, oferecendo o contexto de robustez e velocidade para a implantação de novas tecnologias e métodos que irão gerar valor para a cadeia produtiva de medicina diagnóstica. O foco da parceria será o desenvolvimento de novos modelos de negócios nas áreas de inteligência artificial, diagnóstico remoto, segurança de dados, biologia molecular e monitoramento glicêmico.
O Grupo Sabin possui histórico de investimentos em pesquisas com o objetivo de estimular e desenvolver iniciativas para oferta de serviços diferenciados à população em todas as regiões do País. Segundo a presidente executiva do Grupo Sabin, Lídia Abdalla, “a inovação está no DNA da empresa. A aceleração das startups da Qure permitirá o acesso a tecnologias disruptivas em um dos maiores centros de referência em saúde digital, dedicado a soluções para a medicina de precisão e que tragam mais eficiência ao setor de saúde. Essa cooperação possibilitará o compartilhamento de conhecimento, mais agilidade ao ciclo de ampliação do portfólio de serviços de excelência e avanço científico”, explica a presidente.
Na avaliação do presidente do Grupo Fleury, Carlos Marinelli, as duas empresas têm atuação geográfica complementar, e essa cooperação técnico-científica confere maior atratividade e escalabilidade para introduzir no País potenciais soluções como as que são desenvolvidas pelas startups incubadas na Qure. “Estamos atentos às mudanças no ecossistema de inovação. Além da forte aproximação que sempre mantivemos com a universidade para a produção de conhecimento e desenvolvimento de novas soluções na medicina, temos incorporado de forma crescente modelos de parceria com empresas de tecnologia, startups e outras empresas estabelecidas no segmento”, afirma o executivo.
Inovação é alavanca estratégica nas duas empresas
O Grupo Sabin possui três décadas de atuação em medicina diagnóstica e uma trajetória de investimento em inovação e em pesquisas técnico- científicas. Desde 2001, mantém o Núcleo de Pesquisa que apoia universidades e instituições acadêmicas no desenvolvimento de conhecimento e projetos de pesquisa. Com o objetivo de estimular a inovação no setor, o Grupo também aposta em startups brasileiras – já patrocinou por dois anos a primeira aceleradora de startup em saúde da América Latina, a Berrini Ventures. Em 2017, abriu edital próprio para aceleração de startups, o Inova Sabin, que integra parte do programa de corporate venture da operação. Este ano, por meio do Sabin Ventures, braço de investimentos em inovação do grupo, a empresa realiza a incubação da Pickcells, startup focada na automatização de exames parasitológicos e que, posteriormente, ampliará o uso da técnica para o desenvolvimento de exames em outras áreas.
A inovação é um dos atributos que caracterizam mais fortemente a história de mais de 90 anos do Grupo Fleury. Entre as iniciativas de inovação em parceria com startups mais recentes, destaca-se o lançamento do Teste de Origem Tumoral (TOT) – realizado em parceria com a startup Onkos, Hospital de Câncer de Barretos e Universidade do Maranhão. O Grupo Fleury também organiza chamadas públicas de pesquisa e anualmente o Prêmio de Inovação Fleury, em sua quarta edição, com o objetivo de reconhecer projetos inovadores em saúde e trazendo pesquisas da academia para os negócios. Recentemente, firmou parceria técnica com o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para capacitação de médicos especializados em diagnóstico por imagem.
A Wolters Kluwer Health, líder mundial em fornecimento de informações para profissionais e estudantes da área da saúde, subiu duas posições e está classificada em 21º lugar na lista da The Healthcare Informatics 2018, que avaliou as empresas de tecnologia com base em sua atuação no setor de saúde em 2017, nos EUA. Este é o terceiro ano consecutivo que o fornecedor global de tecnologia clínica e soluções baseadas em evidências subiu no ranking, sendo sua sétima aparição consecutiva na lista.
“O Healthcare Informatics é amplamente reconhecido como o resumo oficial das principais empresas de tecnologia que atuam no setor de saúde. É uma honra estar entre os 25 melhores e validar o comprometimento da Wolters Kluwer em equipar os clínicos, pesquisadores, estudantes e outros profissionais da saúde com as ferramentas que eles precisam para tratar os problemas mais urgentes da área da saúde”, ressalta Diana Nole, CEO da Wolters Kluwer Health. “Ao entregar tecnologia clínica avançada, inovações de inteligência artificial e soluções baseadas em evidências, a Wolters Kluwer conduz a decisões de cuidados mais informadas e agiliza os fluxos de trabalho, ajudando a eliminar a variabilidade do cuidado, melhorar a qualidade e os resultados, além de reduzir custos para organizações da saúde e pacientes.”
“Mais do que apenas uma lista, a Healthcare Informatics é um indicador absoluto de quais empresas estão resolvendo problemas na indústria de saúde dos EUA – e fazendo isso em escala”, explica Rich Tomko, vice-presidente e diretor administrativo da Healthcare Informatics. “A parte mais interessante dessa lista é entender exatamente quais problemas eles estão resolvendo e como.”
O Healthcare Informatics é uma das premiações mais importantes recebidas pela Wolters Kluwer no 1º semestre de em 2018, entre outras recebidas pela companhia estão:
– Omega NorthFace ScoreBoard, por satisfação e excelência em atendimento ao cliente – 34 prêmios da American Society of Healthcare Publications Editor (ASHPE), incluindo a Publicação do Ano – Finalista do Prêmio SIIA CODiE de 2018
A IFC, membro do Grupo Banco Mundial, está unindo empresas inovadoras de tecnologia em saúde de todo o mundo ao sistema de saúde brasileiro por meio de um programa para estimular novas parcerias que possam melhorar a prestação de serviço e os resultados para os pacientes. No âmbito do programa, acontece o TechEmerge Health Innovation Summit, em São Paulo, nos dias 28 e 29 de junho, cuja implementação no Brasil tem a parceria da Bionexo, empresa brasileira de soluções digitais para compras, vendas e gestão de processos de saúde.
Durante o evento, empresas globais de tecnologia pré-selecionadas terão a oportunidade de apresentar suas soluções para algumas das principais instituições de saúde do país, como Hospital Israelita Albert Einstein, Grupo Fleury, Rede D’Or, Hospital Sírio-Libanês, Alliar, Grupo Dasa, dr. Consulta, entre outros. Como parte do programa TechEmerge, US$ 1 milhão estará disponível para o financiamento de projetos-piloto localmente.
O TechEmerge foi realizado pela primeira vez com sucesso na Índia, em 2016; a IFC organiza agora a edição brasileira do programa em parceria com a Bionexo. O programa brasileiro recebeu mais de 295 inscrições de empresas de mais de 34 países. Por meio de um processo de seleção competitivo, 42 empresas de tecnologia em saúde, em 9 países, foram convidadas a participar do Health Innovation Summit em São Paulo (SP) – a lista completa das empresas selecionadas pode ser encontrada no link: http://techemergebrazil.org/techemerge-brazil/tech-companies-selected-tech-emerge-health-innovation-summit.
Aproximadamente 200 convidados devem participar do evento exclusivo, incluindo altos executivos de 25 das maiores instituições de saúde do Brasil, que atendem mais de 19 milhões de pacientes anualmente, executivos C-Level das 42 empresas de tecnologia selecionadas no Brasil e internacionalmente, além de investidores e parceiros estratégicos para o mercado de saúde nacional e latino-americano.
“Estamos muito entusiasmados com o programa TechEmerge Brazil, pois é uma oportunidade única de apoiar a inovação no ecossistema de saúde em todo o país, permitindo que o acesso a ele seja melhor e mais eficiente. O número significativo de inovadores globais que se inscreveram no programa e o número de instituições de saúde brasileiras que manifestaram interesse em utilizar essas soluções mostram que há demanda por serviços inovadores em saúde no Brasil”, disse Nikunj Jinsi, executivo responsável globalmente pela área de Venture Capital da IFC.
“Estamos orgulhosos de participar da organização do TechEmerge Health Brazil e acreditamos que temos muito a contribuir para o sucesso do evento, selecionando empresas que atenderão às exigências do setor e inovarão no setor de saúde brasileiro”, afirmou Rafael Barbosa, diretor de Marketing e Produto da Bionexo e responsável pela coordenação do programa no Brasil.
No dia 28 de junho, o primeiro dia do Innovation Summit, será realizada uma sessão plenária com palestras de líderes da área de saúde e demonstrações de empresas de tecnologia selecionadas. As empresas também terão estandes onde poderão apresentar suas tecnologias inovadoras para todos os convidados. À tarde, elas participam de reuniões fechadas agendadas com os provedores de saúde que participam do programa e estão interessados em discutir possíveis projetos pilotos. As reuniões continuarão no dia 29.
A internet é considerada a principal fonte de informações dos brasileiros. Nela, são publicadas notícias com rapidez e dinamicidade, aumentando o poder de pesquisa dos usuários. Na área de saúde, não poderia ser diferente – a rede mundial é mais consultada do que os próprios médicos. É o que indicam os resultados da pesquisa Health Report, realizada pelo portal Minha Vida, maior site sobre saúde e bem-estar do país. O estudo aponta que nove em cada dez mulheres de classe C, com idade entre 25 e 59 anos, buscam informações de saúde na internet antes ou após a consulta médica. Esse dado é extremamente relevante, já que essas mulheres são as responsáveis pelas decisões de compra nos lares brasileiros.
Uma das tendências apresentadas pela pesquisa é a preocupação com o envelhecimento mais saudável e a mudança de hábitos para manter o corpo em forma e mais disposto. Durante as buscas pelo tema na internet, as mulheres costumam navegar por sites especializados (67,1%), blogs sobre saúde (53,6%), Facebook (46,0%) e buscadores on-line (43,9%). O coordenador das pesquisas Life Insights do Minha Vida, Rafael Duarte, ressalta o crescimento do uso das redes sociais: “O Facebook é a preferência das mulheres de todas as idades e, em segundo lugar, o YouTube. A diferença entre as duas redes sociais é bem pequena entre os mais jovens. Elas são fontes de informações sobre todos os temas, inclusive saúde e bem-estar. A pesquisa aponta que elas estão sendo mais utilizadas do que os buscadores”.
O Brasil está no quarto lugar do ranking mundial de número de usuários por país, com cerca de 120 milhões de pessoas conectadas, segundo relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD)1. Na área de saúde, os itens mais pesquisados são alimentação (69,3%), sintomas (68,2%) e doenças (64,9%). Os dados do Minha Vida mostram que 82,8% das entrevistadas buscam informações no momento da consulta médica, sendo que 59,6% delas pesquisam antes e depois de conversar com o especialista. “A jornada digital do paciente é uma etapa importante do processo de conscientização sobre uma condição de saúde e é essencial que os profissionais da área levem isso em consideração, principalmente atuando para reforçar os perigos do autodiagnóstico, caso a pessoa dispense a ajuda médica”, pontua Rafael Duarte.
Apesar de recorrerem aos sites, as mulheres não colocam as informações da internet acima da opinião médica. Os resultados apontam que 86% das mulheres não confiam em qualquer notícia encontrada na rede e dão preferência aos sites especializados em bem-estar e saúde. O coordenador do Minha Vida explica que “a partir do estudo, podemos interpretar que a busca nas redes é uma forma de trazer dúvidas ao consultório e, também, entender melhor o diagnóstico após a visita ao médico”. Outro insight apresentado pelo coordenador é a diferença entre as mulheres e os homens entrevistados: elas costumam pesquisar os sintomas, tendo um perfil preventivo; e eles buscam as doenças, provavelmente após ter o diagnóstico.
A jornada digital do paciente não se limita aos sites especializados e buscadores on-line. A internet pode ser facilitadora durante o diagnóstico e o tratamento de doenças. Ela já é utilizada para agendar consultas com especialistas e pode auxiliar os pacientes a tirarem dúvidas com seus médicos pelos aplicativos de mensagens instantâneas. “A saúde online é um mercado bastante promissor. Segundo o estudo, a inovação mais desejada na área é o acesso ao histórico médico em plataformas online (55,9%). Além disso, observamos um aumento nas compras de medicamentos pela internet, o que é mais rápido e cômodo para os pacientes”, finaliza Rafael.
Início de ano é época de identificar tendências, setores com maiores perspectivas de crescimento e de investimentos, seja por parte de empresas, governos e consumidores. Para essas análises, contamos com informações fornecidas por diferentes e conceituadas consultorias. Segundo dados da IDC, o gasto mundial com Internet das Coisas (IoT) deverá chegar a US$ 772,5 bilhões em 2018, um aumento de 14,6% em relação aos US$ 674 bilhões gastos até o fim de 2017.
As taxas de crescimento continuarão altas nos próximos anos, pois as tecnologias de IoT podem ser exploradas em incontáveis setores e, em princípio, não existem fronteiras para elas – da casa inteligente à indústria 4.0. Entretanto, é preciso analisar também a dinâmica desses mercados para identificar quais desses setores estão mais maduros para adoção de IoT em larga escala, dispostos a investir nessa transformação digital e a explorar os dados produzidos pelos dispositivos – um caminho em direção ao futuro que precisa ter início e continuidade.
IoT demanda análise, planejamento, estratégia, investimento e retorno sobre os recursos aportados, pois não basta conectar dispositivos ou pessoas por meio de uma rede, seja pública ou privada. O fluxo contínuo de informações gerado pelos dispositivos e tecnologias de IoT deve auxiliar as pessoas, organizações e governos a alcançarem seus objetivos, seja a redução de desperdícios e de custos operacionais, o aumento das vendas, oferta de novas experiências ao cliente, mais qualidade de vida, mais eficiência na gestão, a melhora na competitividade ou qualquer outro objetivo específico.
Tendo em vista essa necessidade de analisar a maturidade dos setores e as tendências, relaciono abaixo 5 setores nos quais a adoção de IoT deverá crescer em 2018 no Brasil, explorando o potencial das novas tecnologias, a evolução das plataformas de IoT, a ampliação de cloud, o uso crescente dos softwares de analytics e business intelligence e as boas perspectivas abertas pela divulgação do Plano Nacional de IoT e de outros projetos e políticas já em andamento no país. São eles:
1. Indústria de hardware e software para IoT
De acordo com o IDC, o hardware vai atrair um volume significativo de investimentos, considerando a necessidade de construção da infraestrutura de IoT, com a aquisição e instalação de sensores, beacons, tags de RFID, gateways e soluções, entre outros equipamentos e programas, que proporcionam inteligência, identificação e rastreabilidade às coisas. São os investimentos para criação da infraestrutura capaz de gerar e suportar o tráfego de dados, conforme a base instalada de dispositivos conectados se expande exponencialmente.
2. Indústria – manufaturas em geral e de base
Na modernização dos processos na manufatura, a IoT é parte fundamental na evolução da automação industrial para o conceito de Indústria 4.0 e o Brasil está em busca de recuperar o atraso e a perda de competitividade internacional. A conectividade passa a contribuir para a criação de processos de produção mais flexíveis e traz impactos que vão muito além da redução das falhas no chão de fábrica. A escolha da indústria como uma das verticais prioritárias do Plano Nacional de IoT, o programa da FIESP e ABDI em andamento, chamado “Rumo à Indústria 4.0”, entre outras iniciativas para difusão de conhecimento sobre tecnologias digitais que devem ser incorporadas à produção, indicam que trata-se de um tema prioritário e estratégico para o Brasil, como já acontece na Alemanha, China e Coreia do Sul.
3. Agronegócio
Pesquisa realizada por uma empresa global de serviços e soluções de tecnologia da informação e comunicação, aponta que o agronegócio é um dos setores mais avançados no Brasil na adoção de IoT, ou seja, já está sintonizado com o uso de tecnologias para melhorar a eficiência tanto da produção, quanto de transporte, logística e armazenamento. O agronegócio é um dos setores nacionais mais competitivos internacionalmente e para manter esta posição, os empresários e o governo estão dispostos a ampliar os investimentos na adoção de novas tecnologias para gestão de frota, para coleta de dados dos equipamentos agrícolas, monitoramento de dados de clima e solo, entre outras informações, para fazer com que o país avance no ranking de produção mundial de alimentos.
4. Saúde e gestão hospitalar
Saúde é outro setor priorizado pelo Plano Nacional de IoT e que tem iniciativas em andamento em consultórios médicos, centros de diagnóstico e hospitais públicos e privados. Hoje em dia, as tecnologias digitais na saúde têm contribuído tanto para o diagnóstico e tratamento de pacientes quanto na administração hospitalar e gestão de ativos. Uma das apostas é a telemedicina, conceito que envolve o armazenamento e monitoramento remoto de sinais vitais de pacientes por meios de dispositivos. Podemos considerar ainda a popularização dos wearables (como relógios, pulseiras e tênis), que monitoram a frequência cardíaca, tempo de sono e outros sinais vitais.
5. Mobilidade urbana e trânsito
Dentro das diferentes áreas trabalhadas pelo conceito de Cidades Inteligentes, a IoT pode ser vista como chave para a melhoria do trânsito e da mobilidade urbana nas médias e grandes cidades, ajudando a mensurar o tamanho do problema, quantificar o número de automóveis em uma rua, propor rotas e priorizar investimentos. O Brasil já tem um Projeto do MCTIC, que pretende integrar sistemas de monitoramento ao Plano Nacional de IoT, que visa criar soluções em áreas como mobilidade urbana, segurança e transporte de cargas. Vários estados da federação estão investindo em semáforos inteligentes e transporte público conectado.
Acreditamos que empresas, governo, instituições de pesquisa e consumidores vão se manter mobilizados na adoção e disseminação do uso de equipamentos conectados à internet, pois a sinergia permitirá a criação de um ambiente no Brasil capaz de alavancar o investimento em IoT nos 5 setores citados – indústria de hardware e software, agronegócio, saúde, indústria e mobilidade urbana – e em outras áreas atrativas, como varejo e logística.
Werter Padilha, CEO da Taggen Soluções de IoT, coordenador do Comitê de IoT da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software, e membro do comitê do Plano Nacional de Internet das Coisas, projeto desenvolvido pelo BNDES e o Ministério das Ciências, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC).
A Medical Microinstruments S.r.l. (MMI), desenvolvedora de soluções robóticas inovadoras para necessidades médicas ainda não atendidas, apresentou hoje sua plataforma robótica especificamente projetada para microcirurgia aberta. A plataforma permite que o cirurgião controle dois microinstrumentos articulados minúsculos que simplificam os procedimentos de reconstrução depois de lesões traumáticas e depois da retirada de tumores em tecidos moles e ossos, e oferece a possibilidade de melhores taxas de sucesso cirúrgico e melhores resultados para os pacientes.
Os instrumentos da MMI possuem os menores pulsos articulados, com 3 mm de diâmetro externo e pontas com apenas 150 mícrons de largura. O pulso é decisivo para a realização da microcirurgia robótica em ambientes clínicos reais e permite a fácil manipulação de suturas pequenas, com tamanhos de 9-0 a 12-0.
“Graças ao uso de materiais avançados e de processos inovadores de microfabricação, projetamos o menor pulso articulado para fornecer aos microcirurgiões destreza no uso dos instrumentos e precisão robótica inéditas”, disse Massimiliano Simi, cofundador e vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento.
O cirurgião opera os microinstrumentos sentado no console cirúrgico e fazendo a monitoração através do microscópico cirúrgico. A plataforma robótica da MMI captura os movimentos da mão do cirurgião, e uma imagem reduzida do movimento é imposta sobre os microinstrumentos.
“Desenvolvemos essa tecnologia pioneira junto com microcirurgiões, desde a concepção do produto; o feedback positivo e as respostas que recebemos desde então têm sido realmente impressionantes e nos fazem crer que estamos no caminho certo para desenvolver um robô feito pelos microcirurgiões e para eles”, disse Hannah Teichmann, cofundadora e vice-presidente clínica.
O prof. Marco Innocenti, chefe de microcirurgia reconstrutiva e plástica do Hospital da Universidade Careggi em Florença e consultor clínico da MMI, que apresentou o trabalho pré-clínico com o robô da MMI no 9º Congresso da Sociedade Mundial para Microcirurgia Reconstrutiva em Seul, inclusive anastomose vascular robótica de 0,35 mm, comentou:
“Creio que a plataforma robótica da MMI impulsionará a microcirurgia para além das capacidades da mão humana, permitindo assim que mais cirurgiões executem procedimentos mais complexos e possibilitando também a supermicrocirurgia, como reconstrução linfática, para aqueles mais especializados.”
O presidente e cofundador da MMI, Giuseppe Maria Prisco, estima que o potencial anual de oportunidade de mercado seja de cerca de $ 2,5 bilhões.
As soluções criadas pelas startups surgem a partir de uma lacuna identificada pelo empreendedor na sociedade.
O empresário Alexandre Calaes, 43 anos, percebeu que boa parcela da população tem restrições em atendimento de saúde em diversas áreas – seja por questões financeiras, localização ou outro motivo – e criou a Equipe Apoio, empresa que integra os pacientes aos profissionais de saúde através do atendimento virtual personalizado.
Criada em 2015, a Equipe Apoio cresceu 1100%, superando todas as expectativas.
Através do endereço www.equipeapoio.com.br, pessoas de todas as partes do Brasil e até de outros países encontram atendimento com médicos, nutricionistas, educadores físicos, psicólogos, fisiologistas e farmacêuticos para agilizar os tratamentos e a resolução de dificuldades quando procuram tratamento médico.
Com mais de 40 pessoas na equipe, a empresa continua crescendo. “O segredo é o atendimento customizado, eficaz, pela internet. É agilizar o que a pessoa estava postergando, mas sabe que é necessário”, explica Calaes, economista, advogado, pós graduado em administração empresarial que tem passagens por empresas como AMBEV, Grupo RBS, Bolsa de Valores e CNPQ. Alexandre é carioca e mora desde criança na capital catarinense, para onde seu pai foi transferido no final dos anos 1970.
A Equipe Apoio já almeja o mercado internacional, já que conquistou clientes nos Estados Unidos, África, Ásia e Europa.
A crescente competitividade do mercado brasileiro de saúde e odontologia acrescida às pressões com custos, riscos e efeitos regulatórios, são desafios a serem enfrentados pelos competidores deste setor. Neste contexto, um ponto crítico para o sucesso das empresas é o atendimento ao cliente, fator preponderante na escolha do provedor de serviços. Uma pesquisa recente realizada pela Microsoft revelou que 97% dos consumidores no mundo dizem que o atendimento ao cliente é importante para sua escolha de uma marca ou serviço. Em um ambiente marcado pela transformação digital e com consumidores cada vez mais exigentes em relação à qualidade do serviço prestado, a tecnologia emerge como grande aliada para ajudar a atrair novos consumidores digitais, aprimorar a experiência dos clientes e aumentar a lucratividade.
Por isso, alguns recursos tecnológicos tornaram-se indispensáveis para as empresas e instituições adequarem-se à era digital. A marcação de consulta inteligente, por exemplo, tem por objetivo facilitar a interação entre o prestador de serviço e o paciente beneficiário e seus dependentes quanto à disponibilidade e marcação de uma consulta, independente do tipo de procedimento, sem a necessidade de ligação telefônica ou presença física, por meio de aplicativos nos dispositivos móveis e na internet. Uma solução que garante um serviço de melhor qualidade, além de otimizar processos e ainda reduzir os custos.
Esse tipo de tecnologia direcionada ao paciente contempla funcionalidades para atender diferentes tipos de solicitação de agendamento, como pedido de agendamento ao prestador, marcação em tempo real de uma agenda disponível do prestador e agendamento reverso – quando o cliente envia para vários prestadores o pedido de agendamento, sendo concluído o agendamento no aceite do primeiro prestador a responder. Estes aplicativos inteligentes de marcação de consulta permitem que o paciente não só acompanhe, mas também altere e cancele seu agendamento. Uma ferramenta prática e eficiente, uma vez que promove ao paciente um horário com seu prestador sem que precise perder horas ao telefone em busca de um atendimento próximo e com data disponível.
Ao oferecer maior disponibilidade de agenda e facilitar o processo de marcação de consulta, as instituições de saúde garantem um diferencial e ampliam sua base de pacientes, que são atraídos pelo perfil online da instituição. Além disso, toda a gestão interna e o atendimento tornam-se mais ágeis, simples e precisos, já que as consultas marcadas online já chegam com os dados do paciente, facilitando a elaboração das fichas e desafogando o telefone. O paciente é tratado com mais atenção em todas as etapas de sua jornada de atendimento.
Trata-se de uma quebra de paradigmas para todos os envolvidos. A aplicação da tecnologia a favor dos segurados e dos parceiros de negócios garante melhor qualidade nos serviços prestados. A exemplo de modelos de negócios disruptivos como Uber, as plataformas de agendamento online empoderam o usuário/cliente/paciente, tornando-o um tomador de decisão. Isto tudo, além de elevar a confiança do consumidor/paciente, que passa a sentir-se mais tranquilo em relação ao atendimento, alinha as instituições ao patamar de serviços da era digital, promovendo a almejada experiência única, personalizada e com maior valor agregado.
Wilson Jesus Menezes é Diretor Executivo da Provider IT, uma das consultorias e provedoras de serviços de TI que mais cresce e inova no país.