Micro e pequenas empresas fecham 2017 no azul após 3 anos de quedas seguidas no faturamento

Depois de três anos seguidos no vermelho, as micro e pequenas empresas (MPEs) do Estado de São Paulo conseguiram encerrar 2017 com resultado positivo ao registrar aumento de 5,1% no faturamento real (já descontada a inflação) sobre 2016. A receita total das MPEs em 2017 foi de R$ 635,9 bilhões, o que representa R$ 30,9 bilhões a mais do que no acumulado do ano anterior. Os dados são da pesquisa Indicadores, realizada pelo Sebrae-SP.

Ao considerar apenas dezembro de 2017, as MPEs paulistas apresentaram variação de +0,4% na receita em relação ao mesmo mês do ano anterior. Apesar de ser uma alta relativamente pequena, foi o décimo mês consecutivo de crescimento real no faturamento, quando comparado com igual período do ano anterior.

“São dez meses ininterruptos de crescimento do faturamento dos pequenos negócios, um claro sinal que a retomada da economia está mais consistente, puxada pela queda da inflação, redução da taxa de juros, reformas estruturais e retomada o poder de compra das famílias”, explica o presidente do Sebrae-SP, Paulo Skaf. “Agora é acelerar as reformas e crescer”.

Em 2017, o faturamento das MPEs foi puxado pelo comércio e pelos serviços, que registraram aumento de 5,6% e 6,4% na receita real, respectivamente, ante o acumulado de 2016. As MPEs da indústria, porém, chegaram ao fim do ano passado com variação de -0,7% no faturamento. Este setor foi o último a apontar recuperação no seu desempenho, ocorrida principalmente no segundo semestre.

Por regiões, o melhor desempenho foi das MPEs do município de São Paulo, com aumento de 7% no faturamento em 2017 no confronto com 2016. Em seguida, aparecem os pequenos negócios do interior, com crescimento de 5,1% da receita. Na região metropolitana de São Paulo, a elevação no indicador de evolução da receita foi de 5%. Já as MPEs do Grande ABC apresentaram retração de 7,7% no faturamento acumulado de 2017 ante 2016.

“A explicação para as MPEs do Grande ABC destoarem negativamente está no fato de a região concentrar empresas da indústria, cuja recuperação demorou mais do que a de outros setores. Especificamente para as MPEs da região do ABC, a retomada começou apenas em outubro; é possível que nos próximos meses já apareçam resultados melhores”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano.

Em 2017, houve redução de 0,9% no pessoal ocupado nas MPEs do Estado na comparação com o ano anterior. Contudo, o rendimento dos empregados nessas empresas subiu 4,4% e a folha de salários aumentou 1,5% no mesmo período.

Microempreendedor Individual

O Microempreendedor Individual (MEI) também encerrou 2017 com ganhos: o faturamento da categoria cresceu 3,7% sobre 2016. A receita total em 2017 foi de R$ 47,7 bilhões. O desempenho dos MEIs de serviços foi o melhor entre os setores: alta de 3,9% na mesma comparação. O comércio apresentou crescimento de 3,6% e a indústria teve expansão de 3,2% no faturamento real.

Quando analisado apenas o resultado de dezembro, houve crescimento de 15,7% ante dezembro do ano anterior. Foi o sexto mês consecutivo de alta do indicador de evolução da receita, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Os MEIs da região metropolitana de São Paulo viram sua receita aumentar 3,3% no ano passado em relação a 2016. Já os do interior registraram um desempenho ainda mais animador: evolução de 4,2% no faturamento.

Expectativas

Para os próximos seis meses, 46% dos donos de MPEs de São Paulo projetaram, em janeiro, manutenção na receita do negócio (eram 47% em janeiro de 2017) e outros 34% acreditam em aumento ante 35% de um ano antes. Assim, a avaliação quanto à evolução do faturamento das MPEs mostra uma certa estabilidade nas expectativas.

Em relação à economia, 44% esperam manutenção do panorama atual ante 42% de um ano atrás. Já 34% falam em melhora, parcela menor do que os 40% que pensavam assim em janeiro de 2017. Os números mostram empresários mais cautelosos quanto à atividade econômica.

Entre os MEIs, em janeiro, 46% têm perspectiva de melhora no faturamento, ante 48% um ano antes. Para 39% haverá estabilidade (35% em janeiro de 2017). Sobre a economia, 42% falam em estabilidade, praticamente igual aos 41% de um ano atrás, e 46% acreditam em melhora, assim como em janeiro de 2017.

A pesquisa

A pesquisa Indicadores Sebrae-SP foi realizada com apoio da Fundação Seade. Foram entrevistados 1,7 mil proprietários de MPEs e 1 mil MEIs do Estado de São Paulo durante o mês de referência. No levantamento, as MPEs são definidas como empresas de comércio e serviços com até 49 empregados e empresas da indústria de transformação com até 99 empregados, com faturamento bruto anual até R$ 3,6 milhões. Os MEIs são definidos como os empreendedores registrados sob essa figura jurídica, conforme atividades permitidas pela Lei 128/2008. Os dados reais apresentados foram deflacionados pelo INPC-IBGE.

Fiesp: BC reduz a Selic, mas precisa atacar os juros para o tomador final

Nesta quarta-feira, 7 de fevereiro, o Banco Central definiu o novo valor da taxa Selic em 6,75% ao ano, redução de 0,25 ponto percentual.

Este é o menor valor da taxa Selic em toda sua história, mas isso adianta muito pouco, porque os juros para o tomador final no Brasil ainda estão entre os maiores do mundo. As altas taxas para o tomador final retiram poder de compra das famílias, inibem o investimento e a geração de emprego por parte das empresas e dificultam a retomada do crescimento.

O Banco Central precisa deixar de só fazer ameaças ao sistema bancário. Tem que tomar ações incisivas para reduzir a taxa de juros ao tomador final.

Paulo Skaf

Presidente da Fiesp e do Ciesp

Startups industriais movimentam Expomafe

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As startups AutomatSmart, Birmind Automação Industrial, ForSee, IndWise, Peerdustry, VirtualCAE e Virturian tiveram impacto expressivo na EXPOMAFE 2017 – Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial. O evento foi uma iniciativa da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), com organização e promoção da Informa Exhibitions. As startups realizaram cerca de 600 contatos com tomadores de decisão representativos de grande parte do parque industrial brasileiro, criando as bases para escalar suas soluções de Manufatura Avançada.

No terceiro dia de feira, 11 de maio, elas atraíram a atenção do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que dedicou uma hora de sua agenda para conhecer os projetos que estavam em exposição. Também esteve presente o economista Ricardo Amorim, que apresentou uma palestra sobre o cenário econômico brasileiro na cerimônia de lançamento da Feimec 2018 (Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos). Em sua palestra, Ricardo Amorim afirmou que acredita que a recuperação da economia em 2017 e 2018 será ainda mais robusta do que indicam as previsões. Para ele, não será surpresa se o Produto Interno Bruto brasileiro registrar alta de 5% a 6% no próximo ano, muito acima dos 2,5% previstos. “Houve uma virada na confiança. Confiança gera expectativa, que historicamente é sempre superada pelos resultados reais”, afirmou.

As startups fizeram parte da linha conceito da Demonstração da Manufatura Avançada, uma iniciativa em parceria com Abimaq, SENAI São Paulo, ABDI, empresas, instituições de ensino e agências de fomento. O objetivo foi mostrar na prática como transformar uma fábrica tradicional em fábrica inteligente, capaz de utilizar a tecnologia para aumentar a produtividade, a eficiência, o poder de customização e gerar retornos crescentes em escala e melhoria de processos em diversos setores do segmento industrial, além de reduzir o prazo para lançamento de novos produtos no mercado.

Veja abaixo como cada startup transforma a manufatura que conhecemos em algo completamente novo:

AUTOMATSMART TECH: sua Plataforma MTQuest monitora produtividade industrial com Mobilidade, Cloud e Inteligência Artificial, fornece índices de manutenção e integra os dados com fornecedores de solução;

BirminD Otimização Industrial: empresa de otimização industrial, utiliza soluções integradas para mapear processos, adequá-los a padrões e normas internacionais, melhorar performance e elevar a cybersegurança da operação;

ForSee: completa plataforma que transforma qualquer empresa numa indústria 4.0, usando dispositivos IoT e inteligência artificial que operam como um consultor em tempo real, analisando os dados da empresa e sugerindo ações de melhoria que já aumentaram a produtividade em até 900% e cortaram custos em até 88%.

IndWise: plataforma de gestão da produtividade de linhas produtivas, que coleta dados diretamente de máquinas e gera análises em tempo real para minimizar paradas e desperdícios produtivos;

Peerdustry: primeira plataforma de economia compartilhada para máquinas industriais do mundo;

VirtualCAE: Sistemas de engenharia de produto em ambiente virtual que analisam componentes e proporcionam otimização de material e design, objetivando a redução de custo e a melhoria do desempenho estrutural;

Virturian: solução digital de monitoramento e análise preditiva da condição de equipamentos industriais a partir da análise dos dados de operação dos motores elétricos, reduzindo número de paradas de produção e o custo de manutenção em até 30%.

Fiesp defende o fim da contribuição sindical

Em uma reunião histórica, a Fiesp decidiu apoiar o fim da contribuição sindical, mais conhecida como imposto sindical. A Diretoria e os presidentes e delegados de sindicatos que compõem a Fiesp aprovaram por unanimidade que as entidades abram mão dessa receita em nome da crença em um país mais eficiente e moderno.

Ao tomar essa decisão, a Fiesp se mostra coerente com sua luta contra tantos impostos, burocracia, paternalismo e Estado cartorial. O Brasil vive um momento que pede mudanças, para a construção de instituições e relações mais modernas.

A hora é de meritocracia. A Fiesp mantém a coerência mesmo quando isso significa a redução de sua própria arrecadação.

Paulo Skaf
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp

Fiesp: Selic precisa cair mais e é fundamental reduzir os spreads bancários

O Banco Central definiu nesta quarta-feira (12/4) o novo valor da Selic em 11,25% ao ano, queda de 1 ponto percentual.

“O Banco Central está fazendo seu papel ao aumentar o corte dos juros. No entanto, o Brasil tem pressa e há espaço para recuos ainda maiores da Selic”, afirma Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp.

“A taxa Selic vem caindo, mas os juros para o tomador final vêm aumentando. O Brasil não pode mais esperar, precisamos retomar o crescimento econômico e gerar empregos. Para isso a redução dos spreads bancários e o destravamento do crédito são fundamentais”, diz Skaf.

Entidades que representam milhares de empresas e milhões de trabalhadores definem na Fiesp apoio ao Impeachment Já!

Reunidas na sede da Fiesp, cerca de 300 federações, associações e outras entidades que representam milhares de empresas e milhões de trabalhadores decidiram por unanimidade encampar a bandeira do Impeachment Já!

Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp, explicou em entrevista coletiva depois da reunião que a presidente Dilma Rousseff não parece inclinada à renúncia, que seria a forma mais rápida de resolver a questão política que trava a economia. Por isso o impeachment passou a ser a opção prioritária, disse, lembrando que horas antes havia sido instalada a comissão que vai analisar o processo.

“A bandeira de todos nós, ontem, era renúncia já”, disse Skaf, “mas a presidente não renunciou e não sinaliza vontade de renunciar. Hoje é Impeachment Já!”

Skaf anunciou também que todos concordaram em atuar junto às bancadas de deputados federais e senadores e aos governadores de seus respectivos Estados, para dar celeridade ao processo de impeachment. “Todos aqui irão se concentrar em conscientizar os parlamentares que a sociedade quer uma mudança, quer o impedimento da senhora presidente da República”, disse Skaf. Para ele, O governo brasileiro não está trabalhando para a Nação, “está trabalhando para se sustentar, para se segurar no poder”.

“Todas as entidades, todas as assembleias sindicais que aqui estão, todos os movimentos de rua, todas as entidades da agricultura, do serviço, do comércio, da indústria, as associações, as federações, os sindicatos, todos que estão aqui envolvidos, muitos que não estão aqui presencialmente, mas estão conosco, estarão se concentrando no Congresso Nacional nos próximos dias para conscientizar os deputados”, disse Skaf.

O presidente da Fiesp e do Ciesp lembrou que os deputados precisam representar o povo que os elegeu. “Como os senadores, que da mesma forma tiveram um voto de confiança da sociedade, do povo brasileiro” disse Skaf, os deputados devem fazer com que “o mais rapidamente possível haja o impeachment da presidente, para que a gente possa ter um novo cenário, uma oxigenação”.

“Pelo conjunto de fatos ocorridos ao longo desses meses – quase todos os dias fatos acontecem -, a gente já teria o suficiente para uma mudança no governo”, avaliou.

“O fundamental é que a sociedade está unida agora no objetivo do impeachment, estará junta em seguida no momento da mudança para discutir um plano para ajudar o governo que virá, para que a gente saia rapidamente desta crise econômica, para que rapidamente a gente possa voltar aos investimentos, à geração de empregos, ao empreendedorismo, ao fortalecimento das empresas, de todos os setores brasileiros, dos serviços.”

“Em vez de equilibrar o orçamento, governo anuncia déficit de até R$ 60 bilhões”, afirma Skaf

Presidente da Fiesp e do Ciesp critica crescimento dos gastos do Governo em relação a 2015

Nesta sexta (19/2), os ministros da Fazenda e Planejamento convocaram a imprensa para anunciar contingenciamento de R$ 23,4 bilhões dos gastos públicos para o ano de 2016.

“Na realidade, mesmo com a revisão do orçamento, os gastos totais apresentam um crescimento de 4,8% em relação aos gastos realizados no ano de 2015”, afirma Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp.

Além disso, o contingenciamento não passou de cortina de fumaça para o anúncio da chamada banda fiscal, ou seja, um mecanismo que deixa explícito que a equipe econômica trabalha com a perspectiva de um déficit de até R$ 60,2 bilhões para 2016.

“É crucial recuperar a credibilidade da política econômica. Porém, ao anunciar um déficit de até R$ 60,2 bilhões, o governo assume a falta de comprometimento em atingir a meta de resultado primário estabelecida, o que aumenta as desconfianças e piora ainda mais sua credibilidade”, diz Skaf.

O governo também anunciou um teto teórico para o gasto público, que ainda terá que ser transformado em projeto de lei, para depois ser aprovado pelo Congresso Nacional.

“A gestão séria do orçamento demanda corte e controle de gastos imediatos, e não mecanismos teóricos mirabolantes que, na realidade, nada mais representam do que a consolidação de sucessivos déficits públicos”, conclui Skaf.

Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp

Centro das Indústrias do Estado de São Paulo – Ciesp

Fonte: Fiesp

Fiesp e Ciesp definem apoio a processo de impeachment

Foto: Ayrton Vignola/Fiesp
Foto: Ayrton Vignola/Fiesp

Agência Indusnet Fiesp

Em reunião conjunta de suas diretorias, realizada nesta segunda-feira (14/12), a Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp) decidiram apoiar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Esse posicionamento reflete o desejo dos industriais paulistas, demonstrado em levantamento feito pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon).

A maciça maioria (91,9%) dos entrevistados respondeu que a Fiesp deveria se posicionar a respeito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Essa pesquisa foi endossada por todos os fóruns da Casa”, disse Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp. Ele explicou que a decisão foi tomada “devido à situação política e econômica do Brasil, devido ao momento a que nós chegamos”.

Skaf citou problemas como o estouro das contas públicas neste ano – e a perspectiva de novo estouro em 2016. Lembrou que o PIB brasileiro vai encolher 3,5% este ano, enquanto o mundo tem crescimento, e que o Brasil vai fechar 1,6 milhão de empregos com carteira assinada. O Governo não tem “nenhuma credibilidade, não há confiança” nem investimentos. “O país está à deriva, e não há atitudes para solucionar os problemas”, disse Skaf.

O presidente da Fiesp e do Ciesp ressaltou que os trâmites legais têm que ser respeitados. “Não estamos condenando a presidente”, lembrou, e sim defendendo o prosseguimento do processo dentro das normas legais. “Há um encaminhamento legal, de acordo com a Constituição, de um pedido de impeachment. Não se pode falar em golpe com tudo feito de maneira correta.”

Na pesquisa, realizada entre os dias 9 e 11 de dezembro de 2015, foram ouvidas 1.113 empresas no Estado de São Paulo. O questionário foi preenchido, preferencialmente, por proprietário, presidente, diretor ou uma pessoa da empresa que tenha uma percepção mais ampla de seus negócios e dos efeitos sobre eles da situação política. Entre os entrevistados, 91% se disseram pessoalmente favoráveis ao processo de impeachment. Entre as empresas, 85,4% são favoráveis.

Ao apresentar a pesquisa, Skaf lembrou a crise na indústria. “Somando a queda do ano passado com a de 2015 e de 2016, a indústria vai encolher quase 20%”, afirmou. “É chegada a hora de ter a visão de onde está o problema. Na minha visão, o problema ficou todo na parte política.”

Setor produtivo se une na campanha contra aumento de impostos “Não Vou Pagar o Pato”

Foto: Ayrton Vignola/Fiesp
Foto: Ayrton Vignola/Fiesp

A calçada do prédio da Fiesp, um dos endereços mais conhecidos de São Paulo, recebeu nesta segunda-feira (21) mais de 100 representantes da indústria, do comércio, dos serviços e da agricultura para o lançamento oficial da campanha contra o aumento de impostos “Não Vou Pagar o Pato”. Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp, explicou durante o evento que a campanha foi criada para conscientizar a sociedade sobre a carga de impostos e evitar novo aumento da carga tributária.

“Estamos mostrando o imposto já está nos preços da geladeira, do smartphone, do material escolar”, afirmou Skaf na entrevista coletiva simultânea ao lançamento da campanha. “Material escolar tem 40% em média de impostos”, lembrou Skaf. Mesmo sem saber, as pessoas pagam impostos. “Naquela geladeira de R$ 1.000 ele colocou R$ 400 de impostos”, exemplificou.

“Não estamos aqui debatendo imposto da indústria, do comércio, de serviços ou de tecnologia, nós estamos, como brasileiros, de forma horizontal debatendo o imposto que está sobre as costas do povo brasileiro, da sociedade brasileira, das empresas, das famílias, que prejudicam tanto a competitividade e o desenvolvimento do Brasil”, disse Skaf. “Não é uma campanha da Fiesp, é uma campanha de todas as entidades que estão aqui”, ressaltou.

“O que nós, entidades do comércio, dos serviços, da agricultura, da indústria, tecnologia, transporte, estamos fazendo é dizendo o seguinte para o governo: corte as suas despesas, acerte as suas contas, faça o ajuste fiscal de maneira que seja saudável para o Brasil”, afirmou Skaf. “E a maneira saudável para o Brasil é o governo eliminar os desserviços, os gastos exagerados”, completou.

CPMF

“Não tenho dúvida que a sociedade fará pressão muito forte junto aos congressistas”, disse Skaf, para evitar aumento de impostos e a recriação da CPMF (o imposto do cheque, extinto em 2007 graças à mobilização popular, com importante papel da Fiesp). “E não tenho dúvida de que os congressistas reagem às pressões da sociedade.”

A campanha já decolou, com 2 novas assinaturas por minuto incluídas no site. A estratégia de divulgação inclui anúncios de página inteira em jornais de grande circulação, como Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo, revistas semanais, como Veja e IstoÉ, spots de rádio e comerciais de TV.

A mensagem das peças publicitárias é clara e direta. Os comerciais de TV, em linguagem parecida com os anúncios de grandes lojas de varejo, mostram o preço de produtos como geladeiras e celulares e o valor dos impostos em cada um. Exibidos para os representantes de entidades de diversos setores em reunião realizada também nesta segunda-feira, antes do lançamento oficial da campanha, os comerciais foram muito aplaudidos.

Os comerciais podem ser vistos no site da campanha, que tem disponíveis para download os modelos para a confecção de adesivos, bottoms, camisetas e outros produtos para divulgar a mensagem contra o aumento de impostos.

A campanha “Não Vou Pagar o Pato” é fruto da Frente Nacional contra o Aumento de Impostos, liderada por Skaf e criada em 3 de setembro, com amplo apoio de entidades de diversos setores.

Fonte: Agência Indusnet Fiesp

Aumento de 150% no imposto sobre faturamento é um retrocesso inaceitável, diz Skaf

Câmara aprova proposta do governo, que ainda vai à votação no Senado

Lamentavelmente, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (25) a proposta do governo que eleva em até 150% o imposto sobre a receita bruta das indústrias. “É um retrocesso inaceitável”, afirma Paulo Skaf, presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).

O governo não quer cortar suas despesas e apela, mais uma vez, ao aumento de imposto para cobrir o rombo nas suas contas. “E, mais uma vez, quem paga o pato é quem produz”, diz Skaf.

Não faz o menor sentido, neste momento de desemprego em alta e de consumo em baixa, aumentar os impostos sobre as empresas. O governo fala em fim de renúncia fiscal, como se tivesse dado alguma coisa quando permitiu a troca do imposto sobre a folha de pagamento pelo imposto sobre a receita bruta. Esta opção, conhecida como desoneração da folha, foi criada para aumentar a competitividade da indústria. Teve bom resultado, ajudou a evitar demissões e precisa ser mantida. A esperança é que o Senado reverta a decisão da Câmara de onerar as empresas. “Temos que mostrar aos senadores o dano que vai ser para o Brasil”, afirma.

Fiesp/Ciesp sobre juros: a atividade econômica está esfriando

Nesta quarta-feira (26/02) o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central definiu novo aumento para a taxa Selic, desta vez de 0,25pp. O novo valor da taxa Selic passa a ser de 10,75 % a.a.

Para a Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), não existem fatores que justifiquem mais uma alta dos juros. “A atividade econômica está esfriando e, pelo visto, teremos mais um ano de crescimento abaixo da média mundial. Este novo aumento dos juros, embora menor que os anteriores, dificulta ainda mais a retomada”, afirma Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp.

“Estes meros 0,25pp, que a princípio parecem inofensivos, implicarão em gastos adicionais de juros de mais de R$ 5 bilhões de reais por ano, valor suficiente para construir 500 escolas e 100 hospitais.”

Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp)
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)

Paulo Skaf: "Brasil não precisa de juros maiores"

O presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, classificou como acertada a decisão do Copom de manter a taxa de juros no patamar de 7,25% ao ano, conforme anunciado hoje (6). “O Brasil não precisa de aumento de juros, mas de aumento de produção”, disse. Para ele, é inaceitável elevar os juros no momento em que o país anuncia crescimento de PIB de apenas 0,9%, com a Indústria caindo 2,5%. “Claramente, aqueles que nesse momento e com essa conjuntura econômica ainda defendem aumento na taxa de juros não estão interessados no desenvolvimento do país, mas no ganho fácil que vem do rentismo.”

Para Skaf, o Brasil precisa de mais produção, menos impostos, menos juros, menos burocracia, melhoria de infraestrutura, redução no preço do gás, ampliação do crédito, câmbio mais estável acima de R$ 2,00 e logística eficiente.

“É essencial que o Brasil tenha um processo logístico que não encareça nossos produtos, pois isso destrói a competitividade brasileira. Essa lição de casa tem de ser feita urgentemente e começar pela aprovação da Medida Provisória 595/12, que facilita o acesso, barateia o uso e melhora as condições dos portos brasileiros para escoamento da nossa produção. Como disse na semana passada à presidente Dilma, a Fiesp vai engrossar a batalha pela aprovação dessa MP”.

Estatais do setor elétrico estavam cientes sobre fim das concessões, reforça Skaf em entrevista

Em encontro com jornalistas, presidente da Fiesp e do Ciesp lê trechos de relatório anual de 2011 da Cemig em que a estatal alerta seus públicos de interesse sobre a possibilidade de fim das concessões

Não é verdadeiro o argumento de que o mercado foi surpreendido com o fim das concessões das empresas de energia elétrica que vencem a partir do ano de 2015, afirmou, na tarde desta terça-feira (18/12), o presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), Paulo Skaf, em entrevista coletiva na qual fez um balanço do ano de 2012.
“Os contratos vencem em 2015 e quem não quis fazer a adesão [ao plano do governo conforme prevê a Medida Provisória 579], vai ter leilão. Todo mundo sabia desde 1995 que ia haver leilão. Não houve quebra de contrato”, disse Skaf.

Skaf fez questão de ler trechos do relatório anual de 2011 da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), uma das empresas que se recusaram a aderir parcial ou totalmente ao plano do governo federal para reduzir, em média, em torno de 20% o preço da conta de luz.

“Sob o ponto de vista econômico, o risco mais significativo decorre do encerramento das concessões da Cemig, dada a ausência de precedentes de longa data explicitando como o governo federal pretende exercer seu poder discricionário – interpretar e aplicar a lei das concessões. A Cemig não tem como garantir que novas concessões serão mantidas ou que as atuais serão renovadas em termos tão favoráveis quantos aqueles atualmente em vigor, o que poderá afetar adversamente seus negócios, resultados operacionais e situação financeira”, informa trecho da página 22 do relatório 2012 da Cemig .
“Isso é relatório público. Que surpresa? Tem data para vencer [a concessão]”, exclamou Skaf.
“Nós ficamos dois anos cobrando providência ao governo. Que providência cabia ao governo? Chamar leilões ou chamar essas companhias com o objetivo de redução de um preço injusto que está sendo cobrado. Nós geramos energia elétrica no Brasil ao menor custo do mundo e temos o terceiro, quarto preço mais caro do mundo. Eu diria ainda que o governo deu opção. Poderia não ter dado opção nenhuma. Poderia dizer que vai ter leilão e acabou”.

“Isso é um direito da União. Ela que concede”, lembrou Skaf. “Só eles que achavam que a concessão era hereditária, era uma concessão eterna”.

Votação no Congresso
Skaf disse que a esperança de que esta semana a votação da Medida Provisória avance na Câmara e no Congresso Nacional. “Vamos trabalhar fortemente para a aprovação”, informando que estará nesta quarta-feira (20/12) em Brasília (DF) para acompanhar a questão.

O presidente da Fiesp e Ciesp destacou que o atendimento ao pleito da Fiesp, pelo governo, foi a principal conquista da entidade em 2012 e que na campanha por uma energia a preço justo” as entidades mostraram que têm independência e que defende o que interessa à sociedade e ao Brasil.

“Durante dois anos nós pressionamos o governo. Fizemos campanha cobrado o governo. Entramos com uma representação no TCU contra o ministro de Minas e Energia e contra o presidente da Aneel. Fomos em audiências públicas e pressionamos os representantes da geração, transmissão e distribuição porque as desculpas eram mais deslavadas”, relatou Skaf.
O líder das entidades recordou que argumentos contrários foram caindo até que a presidente Dilma Rousseff anunciou a tarifa de energia com percentual próximo ao reivindicado pela Fiesp e Ciesp. “A nossa postura imediata foi de apoio total ao governo. Passamos a defender a posição do governo.”

Posição do governo de São Paulo
Skaf lamentou a posição do governo do Estado de São Paulo depois da recusa da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), que não aderiu ao plano de redução da conta de luz mediante antecipação das renovações de concessão.
“Em São Paulo você tem 22% da população do Brasil. São Paulo tem uma concentração industrial e comercial. Tem 42% da produção industrial. Deveria dar exemplo para o resto do Brasil.”

“Sinto que o governo [estadual] mostrou uma preocupação maior com uma estatal que está cobrando um preço injusto que com a população de São Paulo e do Brasil”.

Fiesp está otimista para 2013, diz Skaf. ‘No ano que vem a palavra será reindustrialização’

Os resultados do ano de 2012 não foram satisfatórios para a indústria e para a economia brasileira, mas a expectativa para o ano de 2013 é positiva assim que surtir efeitos uma série de medidas conduzidas pelo governo federal – entre elas, o corte na taxa de juros, a redução nas tarifas de energia, o câmbio em patamares mais equilbrados e o fim da Guerra dos Portos.

A avaliação é do presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), Paulo Skaf no início da tarde desta terça-feira (18/12), em entrevista coletiva convocada para um balanço do ano de 2012 . “No ano que vem, a palavra vai ser reindustrialização. Esses fatores vão provocar a reindustrialização do Brasil”, disse Skaf. Acompanhe a reportagem completa no site da Fiesp.

Fiesp quer prazo de 60 dias para pagamento de impostos das indústrias

Fiesp lançou esta semana o estudo “Necessidade de Capital de Giro para Recolhimento de Tributos e o seu Custo Financeiro para a Indústria de Transformação”. O levantamento mostra que há um descasamento médio de mais de 50 dias entre o prazo de pagamento dos impostos realizado pelas empresas industriais e o recebimento dos valores provenientes das vendas. A proposta de ampliação dos prazos de recolhimento foi feita pelo presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf ao ministro da Fazenda, Guido Mantega e ao Secretário da Fazenda de São Paulo, Andrea Calabi, durante evento realizado na sede da entidade.

Esse descompasso traz a necessidade de utilização de linhas de crédito de Capital de Giro, com alto custo para as companhias, dinheiro que poderia ser utilizado para investir, gerando emprego, renda, consumo e produção – aumentando a competitividade brasileira. O estudo traz ainda a conclusão de que o descasamento desses prazos também gera despesa adicional de R$ 7,5 bilhões para as empresas industriais, somente com pagamento de juros das operações de Capital de Giro.

Assim, a Fiesp propõe uma ampliação de 60 dias de forma definitiva no prazo vigente de recolhimento, o que liberaria R$ 140 bilhões para investimento. “Essa solução seria eficiente, prática e democrática. Dessa forma, haveria mais liquidez para todas as empresas e isso estimularia a economia como um todo”, avalia o presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf.

O descompasso de prazos é herança dos tempos da hiperinflação, quando os governos federal e estadual antecipavam ao máximo o recebimento dos impostos das empresas para que o dinheiro não perdesse valor. Com a inflação baixa e sob controle, a medida passou a onerar desnecessariamente as empresas, podendo ser revista sem prejuízos aos governos e com grandes benefícios para os setores produtivos.

Comércio Brasil-Argentina: agenda positiva em vez de discutir problemas

Para estimular uma agenda positiva nas relações comerciais entre Brasil e Argentina, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), promove nesta terça-feira (08/05), em sua sede, a Rodada de Negócios Brasil-Argentina. O evento, que prossegue até o final da tarde, reúne representantes de 330 empresas argentinas e 270 indústrias brasileiras.e acordo com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, a realização deste encontro atende a um pedido da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, por meio de representantes dos ministérios de Relações Internacionais, Economia e Indústria Argentina durante uma visita do presidente da Fiesp ao país vizinho, em fevereiro. “Somos vizinhos e sempre seremos vizinhos. Em vez de discutir os problemas, estamos com uma agenda positiva. Nós temos que buscar o maior equilíbrio no comércio e eliminar barreiras. Tem que haver uma relação de amizade e camaradagem. O objetivo de todo este trabalho é o de eliminar os problemas que existem nas relações comerciais Brasil e Argentina”, avaliou Skaf. Leia mais…