Fintech conecta PMEs a investidores e facilita a maneira de conseguir empréstimos

No Brasil, os empréstimos para pequenas e médias empresas sempre foi um processo difícil e burocrático. Por outro lado, para quem busca investir, existem poucas opções e a maioria é pouco rentável a curto e médio prazo, como CDB ou Tesouro Direto. Como alternativa aos bancos convencionais, surgiram as fintechs, que inovaram o jeito de oferecer empréstimos.

Um exemplo é Nexoos – fintech que conecta pequenas e médias empresas que necessitam de empréstimos a potenciais investidores – e que consegue oferecer os financiamentos a uma taxa de juros mais baixa, com menos burocracia que os bancos tradicionais. Com dois anos de operação, a startup já financiou mais de R$ 22 milhões em operações de crédito, no modelo peer-to-peer lending (P2P) – empréstimo coletivo –, no qual é pioneira no país.

“Neste modelo, pessoas comuns podem emprestar dinheiro a empresas, na forma de investimentos. Para as empresas, o processo tem menos burocracia e as taxas de juros são bem menores que as vigentes nos bancos tradicionais, podendo ser até 70% menor”, explica Daniel Gomes, CEO da Nexoos.

Como funciona para a empresa

Empresas com faturamento mínimo anual de R$ 250 mil podem solicitar empréstimos à Nexoos. A análise de crédito é digital e 90% automática, com o uso de inteligência artificial. As métricas para aprovação se baseiam em dados que apontam o potencial do negócio, como consultas automatizadas aos bureaus de crédito, pré-análise automática e até avaliações de redes sociais.

Quando aprovada, a empresa é apresentada aos investidores cadastrados na plataforma, durante a Rodada de Investimentos que dura algumas horas, até que o valor solicitado seja arrecadado por meio dos aportes dos investidores e a empresa recebe o valor total do empréstimo em até 7 dias.

Como funciona para o investidor

O investidor se cadastra na plataforma e investe um valor mínimo de R$ 6 mil na primeira Rodada – que pode ser aplicado em até 3 empresas de sua escolha. O investidor na Nexoos tem total liberdade de escolha, desde decidir quando irá entrar na Rodada de Investimentos até optar por qual ou quais PMEs quer investir. Cada investidor pode emprestar até 5% do valor solicitado pela empresa. É uma aposta na empresa, ainda que ele não adquira parte da companhia ou tenha participação nos lucros.

Ainda de acordo com Gomes, o diferencial da plataforma se deve à qualidade das empresas, criteriosamente selecionadas e à transparência nas informações apresentadas aos investidores. “Nossa taxa de inadimplência é relativamente baixa, cerca de 3,5%. Neste modelo o investidor tem liberdade e sabe exatamente aonde está investindo”, finaliza.

A expectativa da startup é fechar o ano de 2017 com mais de R$ 30 milhões financiados para mais de 300 empresas.

StartSe promove terceira edição do Invest Class e reúne os melhores investidores do país

No próximo dia 01 de dezembro, o StartSe, maior plataforma de startups do Brasil, realiza a terceira edição do Invest Class, evento que cria uma oportunidade única para empreendedores e startups que estão em fase de captação de investimento ou que pretendem fazer isso em um curto período de tempo.

Marco Poli, Fábio Póvoa, Edson Rigonatti e Pedro Englert discutem todos os aspectos que os investidores buscam quando decidem investir em uma startup e sobre o que os empreendedores precisam fazer para encantar esses investidores e, consequentemente, alavancar seus negócios.

“É crescente o número de startups dos mais diferentes segmentos no país e, claro, aumenta também a procura por investidores. As duas edições anteriores do Invest Class foram um sucesso justamente por ajudar os empreendedores a encontrar um caminho para encantar os fundos ou investidores anjo no Brasil. Temos grandes expectativas para essa edição”, explica Pedro Englert, CEO do StartSe.

Além do conteúdo ministrado por esses investidores, as startups participantes terão, como bônus, a oportunidade de apresentar um pitch para uma plateia de dez investidores convidados, no final do dia. O encontro acontece em São Paulo, das 9h às 18h, na sede da Microsoft, que apoia o evento. As inscrições podem ser feitas no site do encontro: eventos.startse.com.br/investclass.

Apex-Brasil realiza semana sobre Corporate Venture e investimentos em São Paulo

A cidade de São Paulo receberá, a partir do dia 24 de outubro, a Brasil Week: uma semana de atividades focadas no ecossistema de investimentos do país. A iniciativa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com a Associação Brasileira de Venture Capital e Private Equity (ABVCAP), é composta por diversos eventos idealizados para fornecer aos potenciais parceiros e investidores locais e estrangeiros informações estratégicas e atualizadas sobre o ambiente de investimentos em venture capital no Brasil. A intenção é alcançar diversos públicos, como gestores de fundos de venture capital, investidores anjo, aceleradoras, startups, investidores e corporações.

O carro-chefe da programação da Brasil Week São Paulo é o Corporate Venture In Brasil 2016: um fórum de dois dias que busca conectar corporações e investidores brasileiros e estrangeiros para compartilhar melhores práticas de empreendedorismo corporativo no contexto do ambiente de investimentos e inovação do Brasil. O evento é espelhado na experiência obtida na edição 2015 da iniciativa, quando o foco era mostrar aos investidores estrangeiros o ambiente nacional para o Corporate Venture. De lá para cá o cenário brasileiro evoluiu, mesmo em meio à crise: a Apex-Brasil manteve contato com cerca de 30 corporações estrangeiras de setores distintos, como indústria química, agronegócios, máquinas, automação, materiais avançados, TI, meditech e cleantech.

CENÁRIO

“Buscamos sempre identificar o grau de interesse dos programas de inovação externa e empreendedorismo corporativo com relação ao Brasil e a partir daí, facilitar contato com empresas, startups e fundos de venture capital brasileiros”, explica a Gerente de Investimentos da Apex-Brasil, Maria Luisa Cravo Wittenberg. A partir de reuniões privadas, rodadas de investimentos (tais como a primeira edição do Corporate Venture in Brasil 2015 e o encontro anual de Venture Capitalists no Vale do Silício em parceria com a ABVCAP), a Agência propiciou oportunidades diretas para pelo menos 20 empresas e startups.

“Observamos até agora que pelos menos três negociações seguem em andamento e dois investimentos ocorreram: tomada de decisão de uma corporação em investir em um fundo nacional de capital empreendedor com foco no agronegócio; e outro em uma startup de biotecnologia. Para 2017, já esperamos mais um anúncio de abertura de fundo de uma grande corporação no Brasil”, completa Maria Luisa. Na sequência do Corporate Venture in Brasil, acontece na quarta-feira, dia 26, o Corporate Venture in Brasil – Edição Automotiva, um evento que acontece durante o Congresso da Sociedade de Engenheiros Automotivos – SAE Brasil 2016 e tem foco em corporações e investidores interessados em inovações na indústria automotiva. A programação inclui apresentações de empresas, startups e especialistas sobre inovação, tendências, dados e soluções para esse setor. O Congresso SAE Brasil é o maior e mais completo evento de Mobilidade e Engenharia na América Latina.

O dia 26 de outubro reserva ainda espaço para outra atividade da Brasil Week: rodadas de negócios e reuniões privadas entre corporações internacionais e nacionais e gestores de fundos de investimentos e empresas brasileiras. O objetivo dessa ação é estimular oportunidades de parcerias e compartilhar mais sobre o ambiente de investimentos no Brasil. A ação é organizada pela Associação Brasileira de Venture Capital e Private Equity (ABVCAP) em parceria com a Apex-Brasil.

APOSTA

A Brasil Week termina no dia 27 de outubro com outras duas atividades vinculadas ao ambiente brasileiro de investimentos: a III Conferência Brasileira de Venture Capital e o V Fórum Export Venture. A III Conferência de Venture Capital reunirá os mais experientes e ativos executivos que atuam na indústria de venture capital no Brasil e na América Latina, além de contar com a presença de investidores internacionais, enriquecendo as discussões e apresentando as últimas novidades, tendências e desafios que a indústria deste segmento espera para o futuro próximo. Já o V Fórum Export busca apresentar empresas com alto grau de inovação em seus produtos e serviços e que desejam estabelecer potenciais parcerias com investidores estratégicos para alcançar mercados internacionais. Estas empresas atuam nos mais diferentes segmentos, como saúde, educação, agronegócios e varejo.

“Um resultado indireto de todo o debate e promoção do empreendedorismo corporativo que apoiamos até aqui tem sido auxiliar as corporações nacionais a acessarem melhores práticas, informações globais sobre o tema e abertura para parcerias que fortaleçam o desenvolvimento de seus projetos de inovação externa rumo a uma atuação de investimento em participações. Ainda em 2016 esperamos destacar, diretamente, pelos menos outras 20 empresas e fundos locais ao mercado e convidados internacionais durante a Brasil Week”, aposta a Gerente de Investimentos da Apex-Brasil, Maria Luisa Cravo Wittenberg.

SERVIÇO

Corporate Venture In Brasil 2016

DATA: 24 e 25 de outubro

HORA: 8h30 a 19h

LOCAL: Hotel Transamérica São Paulo (Av. Nações Unidas, 18591 – Várzea de Baixo)

Corporate Venture in Brasil – Edição Automotiva

DATA: 26 de outubro

HORA: 9h às 12h

LOCAL: Hub Tecnológico do Expo Center Norte, Pavilhão Vermelho (Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme)

Rodadas de Negócios e Reuniões Privadas

DATA: 26 de outubro

HORA: 10h a 18h

LOCAL: Tozzini Advogados (Rua Borges Lagoa 1328, Vila Mariana)

III Conferência Brasileira de Venture Capital

DATA: 27 de outubro

HORA: 8h30 a 19h

LOCAL: Hotel Transamérica São Paulo (Av. Nações Unidas, 18591 – Várzea de Baixo)

V Fórum Export Venture

DATA: 27 de outubro

HORA: 11h a 12h30

LOCAL: Hotel Transamérica São Paulo (Av. Nações Unidas, 18591 – Várzea de Baixo)

Oito dicas para apresentar sua ideia a investidores

Ao iniciar um negócio próprio, uma das principais preocupações dos empreendedores é a de conseguir investimentos para fazer o seu modelo de negócio decolar. Desenvolver um pitch conciso e que consiga convencer de que sua ideia vale a pena é essencial para conquistar um investidor.

Diante disso, oito empreendedores de sucesso levantaram dicas que podem auxiliar outros profissionais na apresentação de seus modelos de negócio.

Conheça o mercado que você busca atuar

De acordo com Rafael Heringer, co-fundador do Jurídico Correspondentes, marketplace para contratação de correspondentes jurídicos, o principal é estudar e conhecer bem o mercado que você irá atuar, para demonstrar o potencial de crescimento de sua startup aos investidores. Dado o tamanho do mercado, o problema que você resolve e como você vai resolvê-lo tem que estar na ponta da língua.

Teste seu produto ou serviço

Segundo Allan Costa, um dos principais palestrantes, empreendedores seriais e investidores-anjo do País, é essencial que os empreendedores desenvolvam o MVP (Produto Mínimo Viável) do negócio antes de realizar o pitch. O processo é fundamental na avaliação da viabilidade da startup, pois os possíveis investidores conseguem verificar o nível de adesão dos clientes em relação à solução proposta. “Quanto mais feedbacks satisfatórios, e de preferência entusiasmados, de seus consumidores durante o período de testes do produto ou serviço, maior será o interesse dos investidores e, consequentemente, mais favorável ficará a negociação do aporte para o empreendedor”, complementa.

Resolva o problema do dia a dia

Para Francisco Forbes, CEO da SEED, para atrair investidores a grande ‘sacada’ é criar um modelo de negócio focado na resolução de problemas, que existem aos montes em nosso dia a dia. Essa é a “grande ideia” que vai atrair investidores para uma empresa. Ser empreendedor não significa montar empresas divertidas. Empreendedorismo é um estado de espirito que pode se expressar mesmo dentro de grande empresas, política, família e vida. Esse sentimento pode ser aplicado em tudo; basta ter uma dose de curiosidade e vontade de resolver problemas. Muito pensam que para empreender o primeiro passo é uma grande ideia diferente, mas montar um negócio tem pouco ou nada a ver com uma atividade criativa artística, é na resolução dos problemas que estão as grande ideias, não na criação de modelos totalmente desruptivos que no extremo podem chegar a ser alienados ou distantes de nossa realidade.

Seja simplista na sua explicação, mas memorável

Para Adriana Barbosa, diretora-geral e fundadora da payleven Brasil, empresa pioneira em solução para pagamentos móveis, é necessário ter foco e conteúdo em cada frase que você diz. É indicado pensar em apresentar, de forma simples, o que é o seu projeto, como você identificou – e testou – que existe demanda, como ele se diferencia de outras soluções e por que é um modelo de negócio a ser investido.

Seja transparente

Antes de mais nada o empreendedor deve lembrar que a ideia para o investidor não vale nada, mas sim a dor que ela resolverá no mercado de atuação e time que fará desta ideia uma empresa rentável e diferenciada. Vale também destacar que a transparência deve ser total, pedir conselhos, mostrar aonde precisa de ajuda, o que acredita para o médio / longo prazo etc. Aqui tem uma frase que ilustra bem isso, “se você pedir dinheiro, recebe conselhos, agora se você procurar conselhos, receberá dinheiro”. Por ultimo, não desistir fácil na procura por investidores mesmo neste mercado adverso e checar se vai ser um bom casamento. Para Lucas Melo, co-fundador do MeSeems, Uma dica interessante aqui é imaginar que o potencial investidor te ligará domingo a noite, se você sentir que será um prazer atendê-lo, indica ser um bom candidato.

Ressalte seus diferenciais frente aos concorrentes

O maior desafio ao apresentar seu projeto à investidores é, de acordo com Rodolpho Gurgel, CEO da Bidu Corretora, conseguir se diferenciar não apenas dos concorrentes diretos do próprio mercado, mas também de outros negócios que o potencial investidor esteja avaliando. Nessa hora, é essencial incluir no discurso informações de mercado mais amplas, destacando tamanho e crescimento de mercado e, consequentemente, valor de seu negócio.

Tenha em mente que a conversa com investidores não é um paredão de fuzilamento

Para Tomas O’Farrell, co-fundador da Workana, marketplace para contratação de freelancers com atuação em toda a América Latina, é importante lembrar que investidores também são consultores, e que podem oferecer informações relevantes para o andamento de seu projeto. Dessa forma, leve perguntas que promovam o diálogo com os profissionais. O resultado final será muito melhor.

Forme um time com capacidades complementares

Para Alex Tabor, co-fundador e CEO do Peixe Urbano, maior plataforma de ofertas locais do Brasil, é importante montar um corpo de sócios estratégicos com competências complementares e alinhados com os maiores desafios da empresa. A equipe precisa transmitir confiança e engajamento. Segundo Tabor, “para muitos investidores, a equipe fundadora é mais importante do que o modelo de negócio em si, já que por ela é possível mostrar a capacidade de execução do projeto”.

Startups de Serviços são as que mais atraem investidores

As startups do setor de Serviços são aquelas que mais atraem aporte financeiro dos investidores, principalmente as que atuam nos segmentos de educação, tecnologia e saúde. Essa é uma das informações reveladas por uma pesquisa inédita realizada pelo Sebrae em São Paulo, que desvenda alguns segredos da relação entre esses novos empreendedores e aqueles que investem seus recursos em um negócio de risco, conhecidos como “anjos”.

O estudo, chamado Lado A e Lado B – Startups, mostra que 97% dos investidores buscam startups de Serviços para formar sua carteira de investimentos. Em seguida, os setores mais procurados são Comércio (50%), Indústria (47%) e Agronegócio (23%). Em relação aos segmentos, os preferidos são educação (alvo de 30% dos investidores), tecnologia (30%), saúde (27%), transporte/mobilidade urbana (20%) e serviços financeiros (17%).

A maioria dos investidores (80%) procura startups já em fase de operação, mas 63% também declararam buscar empreendedores na ideação, ou seja, ainda estruturando seu negócio. Sobre o valor dos investimentos, os aportes variam de R$ 50 mil a R$ 3 milhões.

O estudo confirma que existe uma busca mútua no mercado entre empreendedores e investidores, mas a percepção dos pontos fracos no relacionamento muda de acordo com o lado: empreendedores apontam a interferência dos investidores no negócio como a principal queixa; os investidores, por sua vez, citam as dificuldades do dia a dia e a falta de comprometimento dos empreendedores.

“O que os une é a perspectiva de ter retorno financeiro no negócio, mas o investidor quer ver engajamento e proatividade para ter confiança na startup. O empreendedor dessa área deve ser um ‘caçador de respostas’, alguém proativo, que está sempre atrás de soluções”, afirma Renato Fonseca, gerente de Acesso à Informação e Tecnologia do Sebrae em São Paulo.

Perfil

A pesquisa também faz um perfil do ecossistema das startups. Em geral, os empreendedores são jovens (média de 33 anos) e têm alto grau de escolaridade; os investidores não chegam a ser de uma geração distante: a média de idade deles é de 41 anos. Quase metade (48%) dos empreendedores tinha emprego antes de iniciar a startup; depois disso, 73% passaram a dedicar seu tempo integralmente a ela.

Para realizar o estudo Lado A e Lado B – Startups, o Sebrae em São Paulo entrevistou 113 empreendedores de startup, representando o Lado A, e 36 investidores/apoiadores,responsáveis pelo Lado B da relação. Todos atuam no estado de São Paulo e as entrevistas (quantitativas e qualitativas) foram feitas entre setembro e novembro de 2015. A íntegra da pesquisa também identificou pilares do ecossistema e os principais desafios para implementar uma cultura empreendedora entre donos de startups no Brasil.

Veja a versão completa da pesquisa aqui.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias

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