Em que fase está a Indústria 4.0 no Brasil

Por Helio Hideo Sugimura, Gerente de Marketing da área de Automação Industrial da Mitsubishi Electric

Grande parte das empresas e até mesmo dos educadores, apontam que a Indústria 4.0 está baseada em Inteligência Artificial, Realidade Virtual, Realidade Aumentada e em outros recursos que exigem muito investimento. Com isso, até mesmo grandes empresas têm postergado o início dessa jornada, pois acreditam que é um patamar inatingível, ou muito difícil de se atingir.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que o Brasil melhorou quatro posições no Índice Global de Inovação (IGI), passando da 66ª. posição para 62ª. entre 2019 e 2020. O problema é que esse avanço no ranking, segundo o IGI, foi devido à queda mais acentuada da pontuação de outros países em relação ao Brasil, cuja pontuação também caiu. Esse índice, que avalia 131 países, é divulgado desde 2007 pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual.

Assim, o Brasil não consegue avançar tão rapidamente quanto poderia na jornada rumo à Indústria 4.0, ao passo que, se as empresas modernizarem suas linhas de produção por etapas, com casos de negócio consistentes, o caminho seria muito mais fácil. No país, convivemos com setores que já atingiram um alto nível de inovação e de maturidade digital, como o automobilístico, farmacêutico e o de alimentos e bebidas, e com outros que estão apenas começando essa jornada, mas ambos enfrentam muitos desafios. Esse é o caso do setor de agronegócio, que dispõe de tecnologia, mas muitas vezes não conta com conectividade, que é uma infraestrutura cara, para rodar as aplicações e entregar dados que vão medir a produção e gerar maior eficiência energética, entre outros índices.

Começar pequeno, pensar grande

A ideia de que é obrigatório investir em recursos e em avançadas tecnologias na linha de produção é um mito. O que você precisa é entender o seu desafio e utilizar a tecnologia que de fato vai melhorar a produção e trazer retornos econômicos.

Para otimizar a produção e implementar a Indústria 4.0, devemos primeiro pensar na automação, dividida em quatro camadas: coleta de dados, visualização, análise e otimização. Por isso, é importante ter um chão de fábrica com coleta de dados e conectado e pensar nessa jornada no médio prazo. A partir da coleta de dados será possível entender como está o nível de produtividade atual, o nível de scrap e de perda de produção, por exemplo. A partir dessa análise e da definição de indicadores, será possível identificar se a sua produção está performando mais ou menos em relação ao KPI definido anteriormente. Mas esse processo não acontece do dia para a noite.

Para cada caso, uma solução

Muitas empresas procuram implementar novas tecnologias nas operações no caminho para a Indústria 4.0, com pouco estudo dos benefícios para a produção ou o retorno sobre investimento (ROI).

Na verdade, o caminho deve ser o contrário: partir da coleta de dados, devemos criar um indicador de performance e, então, verificar se ao automatizar uma determinada linha, você terá uma redução de custos ou de tempo de produção, justificando, assim, essa jornada. Muitas vezes a simples implantação de multimedidores para gerenciamento de energia pode gerar muito mais benefícios no curto e médio prazo, representando uma solução prática e viável.

Apesar de não podermos dizer que o Brasil já entrou na fase da Indústria 4.0, o ponto positivo é que esse tema tem atraído muita atenção das indústrias e das instituições de ensino. Então, a maioria das escolas de ensino médio, técnico e superior já oferecem disciplinas ou cursos com matérias voltadas para a manufatura avançada e, também, já temos oferta de cursos de pós-graduação. A parte acadêmica e as indústrias não estão paradas, estão procurando entender e colocando as questões de produtividade, conectividade e visualização da produção no seu radar, não esquecendo que a tecnologia é uma ferramenta e não o objetivo para atingir a Indústria 4.0.

Wi-Fi em planta industrial ajuda Termomecanica a avançar na direção da Indústria 4.0

Em mais uma iniciativa visando alcançar o status de Indústria 4.0 , a Termomecanica está finalizando a fase piloto de implementação de um sistema integrado de comunicação dos seus equipamentos, que permite coletar e analisar dados históricos e em tempo real. O objetivo é antecipar problemas e agir de maneira preditiva, impactando diretamente o aumento de produtividade da fábrica e facilitando a gestão. Programado para ocorrer em duas fases, esta primeira etapa contempla a aplicação de um sistema empregando tecnologia Wi-Fi, que cobrirá inicialmente o setor de fundição, mas especificamente os fornos da linha de chapas, de uma de suas unidades fabris em São Bernardo do Campo. Já na próxima etapa, planejada para começar em 2020, serão incorporados nessa infraestrutura outros equipamentos do setor de fundição utilizados em diferentes processos produtivos. A Termomecanica é líder no setor de transformação de Cobre e suas ligas, em produtos semielaborados e acabados.

“Este projeto está totalmente alinhado à aplicação do conceito Indústria 4.0, hoje uma das prioridades na Termomecanica. É preciso frisar que essa transformação exige foco por igual em pessoas, processos e tecnologia, sem que um ou outro se sobressaia. Entendemos também que inteligência e automação precisam estar embutidas em todos os processos e as decisões baseadas em algoritmos”, ressalta Walter Sanches, superintendente de tecnologia.

O sistema consiste em uma poderosa ferramenta de gestão que tornará possível, em curto prazo, a tomada de decisões e ações em tempo hábil para a operação de produção e, em longo prazo, realizar análises táticas e estratégicas para empresa. O próximo passo é utilizar o produto desse trabalho em um “big data” que inclui informações da engenharia e de outras áreas como de Planejamento e Controle da Produção e Qualidade. Além disso, graças a integração de diversos sistemas como ERP (Enterprise Resource Planning), MES (Manufacturing Execution System) e SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition), os dados coletados através dessa infraestrutura Wi-Fi e apresentados em telas intuitivas poderão auxiliar os gestores na tomada de decisão a respeito de investimentos e a apoiar estudos e ações para eliminação de desperdícios nos diferentes setores da fábrica.

Este sistema integrado de comunicação dos equipamentos está sendo construído em conjunto pelas áreas de TI (Tecnologia da Informação) e TA (Tecnologia da Automação). No entanto, desde o pré-projeto, aprovação e até na execução envolveu outros setores, como o de Energia e Utilidades, que se beneficiam direta e indiretamente das informações extraídas dos fornos de fundição. “A criação de um time multidisciplinar é um dos pilares de projetos como esse, voltados para a Indústria 4.0, e faz toda a diferença para que os resultados sejam alcançados. A ideia é que, conforme for avançando, transforme-se em um sistema para monitoramento e supervisão de toda a planta e não somente da fundição, trazendo uma visão unificada do que acontece em toda a empresa”, explica Fabio Stancov, gerente de Energia e Utilidades e um dos responsáveis pelo projeto.

A infraestrutura de Wi-Fi servirá ainda de base para outros projetos futuros, como o de mobilidade, que permitirá o acompanhamento de todos os indicadores e informações das plantas também via tablet ou smartphones. Em paralelo, a implementação do sistema de Wi-Fi, o projeto contempla iniciativas de Big Data para o armazenamento de todos os dados e informações dos processos coletadas nos servidores da Termomecanica, além de aspectos de Cyber segurança, com a implantação de diversas regras de segurança e certificados para garantir maior confiabilidade no armazenamento de dados.

Problemas do varejo que a Indústria 4.0 já está resolvendo

Por Ronaldo Oliveira

À medida que a Indústria 4.0 acelera o crescimento da manufatura inteligente e avançada, muitos mercados estão sendo transformados por tecnologias que ajudam a otimizar ainda mais as operações comerciais. Quando pensamos em varejo e fast fashion, imagens de lojas, glamour, estilos modernos e influenciadores de redes sociais podem ser lembradas. Mas nos bastidores, os fabricantes estão montando coleções que os designers criam utilizando materiais provenientes de uma rede global de fornecedores, dentro de prazos cada vez mais apertados e preferências do consumidor em constante evolução. Por mais complexo que possa parecer, várias tecnologias emergentes estão prestes a gerar um impacto significativo no setor de varejo e na forma como os produtos são projetados e desenvolvidos.

Nesse artigo cito apenas três tecnologias, que já estão impactando o varejo mundial:

Internet das coisas (IoT)

Desde a otimização do layout de lojas inteligentes e conectadas até a melhor prevenção contra roubo usando tags RFID, há um número crescente de casos de uso da IoT no varejo. A facilidade na administração dos níveis de estoque se torna muito mais simples quando a tarefa de verificar o estoque é automatizada pela computação da IoT. Um sistema de alertas pode ser configurado para garantir que os itens de vendas mais quentes sejam reabastecidos adequadamente, e a conectividade com os sistemas de PLM (product lifecycle management) significa mais rapidez para avaliar a orquestração das cadeias de suprimentos.

Ou seja, a análise preditiva com base em IoT pode fornecer aos varejistas informações úteis para orientar suas decisões de negócios, conectando e visualizando dados rapidamente em vários sistemas. A aplicação do aprendizado de máquina aos dados da IoT permite que os varejistas detectem tendências e respondam de maneira proativa, proporcionando-lhes uma vantagem competitiva baseada em dados e um melhor entendimento de seus clientes.

Impressão 3D

Uma das tecnologias da Industry 4.0 que pode ser a mais potencialmente disruptiva para o mercado de varejo é a impressão 3D. Em vez de adivinhar quais estilos serão mais bem-sucedidos e produzir um número definido de roupas e vestuário para estocar na loja física e online, a impressão 3D permite ao varejista selecionar determinados designs ou criar os próprios designs e, em seguida, ter seus itens feitos para o cliente após a venda. Esse conceito de comprar o produto antes de ser criado pode virar o processo de fabricação de cabeça para baixo, eliminando os problemas de desperdício e de estoque excessivo. Grandes redes de varejo já estão experimentando este modelo: investir primeiro na tecnologia, e no inventário em segundo lugar.

Robótica

Os robôs também podem ajudar a melhorar os níveis de estoque nas lojas, e muitos varejistas de grandes volumes já estão usando a robótica para automatizar processos de armazenamento, como embalagem e manuseio de itens. À medida que o uso da robótica se torna mais convencional, os compradores esperam ver e interagir com os robôs como parte da experiência de compra física. Eles podem atender a uma série de funções, desde ajudar compradores a localizar itens e auxiliar com checkouts, até monitorar prateleiras de estoque.

Assim como os dispositivos inteligentes e conectados e as máquinas de impressão 3D, o uso da robótica no varejo gerará uma grande quantidade de dados que podem ser usados ​​para entender melhor as preferências do cliente e ajudar os varejistas a oferecer uma experiência mais envolvente. A chave é aproveitar esses dados e transformá-los em uma visão prática que ofereça uma vantagem única.

Ronaldo Oliveira, Diretor Regional Latam Sul da PTC, empresa de tecnologia fornecedora de soluções de Internet das Coisas, realidade aumentada e PLM (Product Lifecycle Management).

Hackathon Unisys – Senai está com inscrições abertas até 20 de agosto

Terminam no dia 20 de agosto as inscrições para o 1º Hackathon da Unisys na América Latina. O evento é promovido em uma parceria inédita com o Senai-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). Com o tema “Segurança Digital na Era da Indústria 4.0”, o evento acontece no dia 15 de setembro na unidade do Senai em São Caetano do Sul (Grande São Paulo) e promete atrair mais de uma centena de participantes.

Os grupos interessados podem contar com 3 a 5 integrantes e devem se inscrever para a maratona tecnológica por meio do site (http://hackathonindustria40.com/). As premiações totalizam R$ 6 mil reais, sendo R$ 3 mil para o grupo primeiro colocado, R$ 2 mil para o segundo grupo e R$ 1 mil para o terceiro.

A competição é aberta a participantes de quaisquer cidades do Brasil e a qualquer pessoa com idade igual ou superior a 16 anos, sendo que menores de 18 anos devem apresentar termo de autorização assinado pelos pais ou responsáveis no dia do evento.

É recomendável que os candidatos tenham conhecimento técnico nas ferramentas de desenvolvimento de software, além de habilidades de comunicação para estruturar o projeto que será avaliado pela comissão julgadora, formada por representantes da Unisys, do Senai e de parceiros.

Na seleção dos candidatos, uma equipe de jurados avaliará informações técnicas, inovação dos projetos, cumprimento dos prazos e habilidade das equipes, a partir do documento fornecido para avaliação, além das atividades desenvolvidas no dia da maratona. O anúncio dos participantes selecionados será feito no site oficial do evento, no dia 04 de setembro.

1º Hackathon Unisys e Senai

Tema: Segurança Digital na Era da Indústria 4.0

Data: 15 de setembro de 2018

Local: Senai São Caetano do Sul (R. Santo André, 680 – Boa Vista, São Caetano do Sul – SP)

Inscrições e informações: http://hackathonindustria40.com/#

Indústria 4.0 e a qualificação do profissional do futuro – Por Cesar Gaitán

A Indústria 4.0 vive um período de desenvolvimento inicial no Brasil. Segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a digitalização do processo produtivo industrial deve atingir 21,8% das empresas brasileiras até 2027. Hoje em dia, somente 1,6% das empresas ouvidas afirmam já operar no campo tecnológico conhecido como indústria 4.0.

A indústria brasileira precisa de uma diretriz bem definida e para o desenvolvimento e amadurecimento dessa nova era tecnológica. A cadeia de produção, assim como o modelo de negócio, deverá ser repensada, considerando que muitos dos processos serão alterados exigindo novas capacidades técnicas e comportamentais e a qualificação do novo profissional será um elemento chave para viabilizar essa mudança.

De olho nesse cenário, desenvolvemos o primeiro curso que aborda a indústria 4.0 em específico que trata sobre o perfil do novo profissional, os novos panoramas dos processos produtivos da Indústria, sua evolução e impactos socioeconômicos. O maior objetivo com esse curso é apresentar de uma forma prática os conceitos, tecnologias e novos modelos de negócios da indústria 4.0, tendo em vista que é extremamente importante compreender e aprender em detalhes essa nova realidade para adaptar-se às mudanças que estão por vir.

Há muito trabalho pela frente. É preciso de um foco específico para permitir que a indústria consiga implementar esse novo conceito tecnológico, mas acreditamos que a formação profissional irá sustentar essa transformação.

As empresas precisarão incorporar o desenvolvimento dessas tecnologias, e fazê-las com relativa agilidade a fim de evitar que o gap de competitividade entre o Brasil e alguns de seus principais competidores aumente. É necessário tornar a Indústria 4.0 uma realidade no Brasil.

César Gaitan, Diretor Geral do Cluster América do Sul da Festo

Termomecanica adota medidas para incorporar padrões da Indústria 4.0

A Termomecanica, líder no setor de transformação de metais não ferrosos, cobre e suas ligas, sai à frente e está investindo em iniciativas que permitirão alcançar o status de Indústria 4.0. Recursos estão sendo destinados ao tripé Pessoas – Processos – Tecnologia, crucial para o processo de transformação digital e que ajuda a conduzir as empresas à nova revolução industrial. Além da implantação de sensores em mais de 30 equipamentos no chão de fábrica e recursos de apontamento real, foram instalados mais de 130 pontos de medição nas duas unidades fabris da TM no ABC.

Uma sondagem realizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), em 2017, com 227 empresas, mostrou que um terço delas sequer conhecia expressões como quarta revolução industrial ou indústria 4.0. Enquanto isso, na Termomecanica já existe uma equipe voltada para a inovação tecnológica com visão para modernização da planta através de equipamentos preparados para a Indústria 4.0. Nos investimentos que serão feitos em novas aquisições de máquinas serão considerados novos pontos de sensoriamento e captação de dados.

Em termos de TI foram investidos R$ 1.2 milhão no Apontamento Real e mais R$ 300 mil nos demais projetos relacionados. A Termomecanica tem explorado tecnologias como Internet das Coisas (IOT), big data e digital não só na área industrial, como também comercial e administrativa. Nos últimos três anos, foram investidos R$ 1,6 milhão em IoT e R$ 2,5 milhões em desenhos de processos para torna-los digitais, com destaque para o pioneiro canal eletrônico de relacionamento com o cliente.

Os sensores implementados nos equipamentos de laminação, trefilas, fundição, extrusoras, entre outros, fornecem diversos tipos de dados como, por exemplo: estado da máquina (ligada e produzindo, desligada, ligada, mas não em produção; velocidade de algum componente, consumo de energia). Além dos sensores, são também utilizados módulos para entrada de informações sobre o processo industrial (chamados de PODs), que permitem ao operador informar as condições do seu trabalho. “Este conjunto de dados permite uma análise completa que avalia a eficácia do processo e também detecta com mais precisão os gargalos da fábrica, direcionando inclusive investimentos de forma mais objetiva”, afirmou Luiz Henrique Caveagna, diretor industrial, da Termomecanica.

Segundo Walter Sanches, o conceito de indústria 4.0, que demanda esforços de longo prazo e investimentos expressivos, tem se distorcido um pouco e as empresas têm apostado muito mais em tecnologia do que nos outros componentes do tripé. A TM, porém, tem procurado contemplar em suas iniciativas todos os pontos que fundamentam a preparação da companhia para esse estágio de maturidade. “Um impacto relevante é que não podemos pensar na Indústria 4.0 exclusivamente como automatização de fábrica. Diversos processos de apoio terão que ser repensados para suportar cálculos com baixo nível de interação humana, aumentando significativamente a produtividade per capta. Estamos falando de muitos processos envolvidos em diversas áreas da empresa”, enfatiza.

Visando fomentar novas ideias e engajar seus líderes, o tema e o conceito de Indústria 4.0 também estão sendo trabalhados pela Universidade Corporativa Salvador Arena. Os participantes, ao final do curso, terão que apresentar propostas de atuação com aplicabilidade real no dia a dia da Termomecanica.

FIEMG, Câmara Ítalo-Brasileira e Engineering do Brasil realizam o Digital Transformation Day em MG

No próximo dia 12 julho a partir das 8 horas, na sede do FIEMG, em Belo Horizonte (MG), será realizado o “Digital Transformation Day”. Trata-se de um evento, que faz parte do Projeto VENDA MAIS INDÚSTRIA 4.0, no qual serão apresentados paras as empresas oportunidades oferecidas pelas tecnologias digitais e como expandir seu Business Model, transformar e digitalizar as operações, descobrir novas oportunidades de monetização e criar um grande valor em Customer Experience.

Na ocasião, a Engineering do Brasil irá apresentar o DigitalOne, o digital transformation framework (conjunto de metodologias, ferramentas de software, tecnologias e consultoria) desenvolvidas para melhor acompanhar as empresas ao longo do jornada de Transformação Digital. Ainda durante o evento serão mostrados cases reais de como o uso das tecnologias de Inteligência Artificial, Machine Learning, Chatbot, Omnichannel, APIS, Digital Integration são usadas concretamente nas empresas digitais para melhorar a Customer Experience, as operações e como habilitar ecossistemas de parceiros e clientes.

Filippo di Cesare, CEO da Engineering do Brasil, afirma com satisfação que a empresa está fazendo um grande investimento no Brasil: “Foi muito positiva a escolha feita tempo atrás da criação no Brasil de um departamento digital que apenas trabalhasse – como uma organização horizontal e ágil – no digital, que tem tido resultados brilhantes. Até hoje temos desenvolvido uma oferta abrangente e uma abordagem holística que está alcançando grande sucesso no mercado. Pessoalmente, estou muito feliz com os resultados alcançados e enxergo grande perspectivas de crescimento. Não há dúvida de que a Inteligência Artificial é um dos pontos tecnológicos mais efervescentes com que trabalhamos, o volume de soluções de negócios empresariais baseadas em plataformas de Inteligência Artificial está crescendo drasticamente e será uma das tecnologias mais disruptivas dos próximos anos”.

“Outra área que investimos muito (e que será mostrado no evento) é no desenvolvimento de fortes capacidades de APIS para ajudar as empresas a fazer disso as bases de sua estratégia digital, permitindo novos produtos digitais, modelos de negócios, canais de negócios, ecossistemas, entre outros. As APIS são fundamentais para alcançar a agilidade dos negócios e acelerar o processo de entrega de novas ideias ao mercado e a Engineering do Brasil atua com grande conhecimento neste setor”, finaliza Di Cesare.

A Engineering está entre as maiores empresas da Europa, que atua em Digital Transformation, com mais de 1,5 bi US$ de receita anual e presente no Brasil desde 2008 com cerca de 600 colaboradores entre SP e BH e mais de 150 clientes.

Digital Transformation Day
Dia 12/07
Horário: das 8h às 15h
Local: Sede da FIEMG
Endereço: Avenida do Contorno 4520, 4456, Foyer (Auditótio 4º), Funcionários, Belo Horizonte, MG
Inscrições: https://www.sympla.com.br/projeto-venda-mais-industria-40__314127

Indústria 4.0 também é realidade para as PMEs

Por Carlos Santana, Diretor Comercial da Seal Sistemas

Segundo dados de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), sobre o estado da digitalização na Indústria Brasileira, 42% das companhias desconhecem a importância das tecnologias digitais para a competividade da Indústria e mais da metade não utilizam nenhuma tecnologia de uma lista de 10 opções, sendo elas: automação digital com ou sem sensor para controle de processo, monitoramento de produção com sistema SCADA, manufatura aditiva, big data, serviços em nuvem, internet das coisas, projetos de manufatura por computador e simulações, automação digital para identificação de condições operacionais e análises de modelos virtuais. Nessa relação, Internet das Coisas e Big Data, por exemplo, estão em uso por 13 empresas, do total de 2.225 que participaram da pesquisa.

Ainda de acordo com a CNI,o desconhecimento de tecnologias digitais em manufatura é maior entre as empresas de médio e pequeno porte, cerca de 60%. Entre as grandes, o percentual de empresas que não identificaram alguma das 10 tecnologias digitais apresentadas como importante para a competitividade cai para 32%. O avanço tecnológico na indústria não é percebido pelas empresas e esse é o maior desafio a ser enfrentado.

Apesar de termos alguns exemplos de setores que estão se beneficiando dessa inovação, como logístico e automobilístico, o Brasil ainda carrega um histórico de não investir o suficiente em inovação, em parte porque estamos saindo de uma recessão, mas também pela cultura de não pensar no longo prazo. Mas ainda bem que esse cenário pode mudar nos próximos anos.

Segundo estimativas da consultoria IDC, o investimento na Internet industrial das coisas (IIoT) chegará a US $ 500 bilhões até 2020. As empresas que introduzem automação e técnicas de produção mais flexíveis para a fabricação podem aumentar a produtividade em até 30%. Outro benefício identificado pela consultoria é a exploração preditiva dos ativos, que podem ajudar as empresas a economizar aproximadamente 12% em reparos programados, reduzir os custos gerais de manutenção em até 30% e eliminar avarias em 70%. E no Brasil?

A estimativa é que até 2020, o mercado de Internet das Coisas no Brasil deve movimentar cerca de R$ 200 bilhões, representando 10% do PIB. E para 2018, de acordo com a IDC, os projetos de IoT vão movimentar US$ 8 bilhões no país até o final do ano, com crescimento de 14% na comparação com ano anterior. Boa parte desse investimento será impulsionada, principalmente, pelo Plano Nacional de Internet das Coisas, lançado pelo Governo Federal no fim do ano passado, e que tem uma previsão de movimentação de US$ 13 bilhões até 2020.

Todo esse potencial de investimento, associado à evolução da inovação disruptiva, vai tornar o acesso a estas tecnologias mais fácil, seja por uma maior disponibilidade de soluções, seja pela redução de custo. Esse conjunto de fatores vai desmistificar que inovação no Brasil é exclusiva para grandes empresas.

Controle de estoque, ganho em produtividade, automatização de processos, produção digitalizada, predição e ganhos efetivos em inventário. Essas são algumas das vantagens ao adotar tecnologias da Indústria 4.0. Mas para começar a usufruir desses benefícios é necessário realizar uma tarefa importante. Em primeiro lugar, os empresários precisam fazer um mapeamento interno para identificar os desperdícios pois seus negócios ainda não estão digitalizados. Depois, descobrir que tipo de tecnologia será integrado no gap da empresa e, por fim, o planejamento para implementar o set de soluções, desde IoT, robótica, RFID, big data, entre outras, que vai atender a cadeia de produção como um todo. Cumprida toda essa etapa, os empresários estarão prontos para começar uma jornada de sucesso na era da Indústria brasileira.

Smart Industry Meeting reúne especialistas para debates sobre a indústria 4.0

Os desafios e as tendências da indústria 4.0 são o foco do Smart Industry Meeting, evento que será realizado no próximo dia 28 de junho, em São Paulo, das 8h às 13h. Organizado pelo UOL DIVEO e a AWS, com apoio do Senai e do Uol Edtech, contará com a presença de três especialistas no segmento: Ricardo Al Makul, CEO & fundador da KES – Knowledge Exchange Sessions – plataforma de conteúdo de inovação que organiza eventos focados em tecnologia, comportamento e criatividade; Edward Monteiro, Diretor de Serviços e Segurança do UOL DIVEO; e Eduardo Horai, Gerente de Arquitetura de Soluções da AWS. As inscrições, gratuitas, podem ser feitas pela página oficial.

Após uma abertura geral às 8h, as palestras terão início com a apresentação de Edward Monteiro. Com mais de uma década de atuação no mercado de tecnologia, o executivo compartilhará suas experiências e comentará de que forma a modelagem e o aprendizado das máquinas podem ser utilizados para entender padrões complexos e relacionar dados. Serão respondidas questões como: “o que é a indústria 4.0 e por que isso tem revolucionado o mercado?”; “quais são as principais dificuldades encontradas hoje no processo de manufatura?”; “qual o primeiro passo para uma iniciativa 4.0 dentro de uma indústria?”; e “o que as indústrias podem aplicar na linha de Big Data/ Analytics?”; entre outros pontos.

Na sequência, Eduardo Horai abordará a “cultura da inovação”. Horai demonstrará a maneira como a Amazon aplica a “auto-disrupção” em várias áreas de seu negócio e, através da plataforma de serviços da AWS, habilita o mesmo em diferentes indústrias, da Netflix ao Airbnb. Durante essa apresentação, a Amazon detalhará os principais conceitos que guiam essa cultura de inovação e, de forma prática, como eles são aplicados no dia a dia da corporação.

Após um coffee break, subirá ao palco Ricardo al Makul. Makul explicará como a revolução digital e o pensamento exponencial desafiam modelos estabelecidos na indústria e de que forma empresas podem se adaptar às mudanças. O poder das redes e os “6 d’s da disrupção” estão entre os tópicos centrais da palestra.

Por fim, os três key note speakers se juntarão para um debate panorâmico a respeito dos principais pontos tratados ao longo da manhã. Os participantes poderão interagir durante todas as apresentações, em uma oportunidade única de se relacionar com alguns dos principais especialistas na área de indústria 4.0.

Smart Industry Meeting
Data: 28 de junho
Horário: 8h-13h
Local: São Paulo/SP
Inscrição: Gratuita pelo link
Vagas limitadas

Por que o futuro da Indústria 4.0 está ligado à mudança na cultura educacional do Brasil?

Por Paulo Marcelo, CEO da Resource

Eu poderia, facilmente, criar um paralelo entre a Indústria 4.0 e a terceira Revolução Industrial. Essa quarta revolução industrial vem reforçar o conceito de que a cadeia de produção também é passível de automação e digitalização, ou seja, da mesma forma que lá atrás a primeira revolução industrial trouxe uma perspectiva de transformação no modelo de produção, hoje, a Indústria 4.0 também faz isso, mas em diferentes perspectivas.

Isso porque a Indústria 4.0 é um ciclo que teve início da sociedade para o mercado, no qual a transformação digital começou primeiro baseada nos consumidores e hoje impacta as indústrias. A sociedade demanda que as empresas atuem de forma mais simples e alguns setores já estão conseguindo caminhar nessa direção. O varejo, por exemplo, tem um relacionamento direto com os consumidores e conseguiu incluir o mundo digital na relação que possui com eles.

Mas e os demais setores: as indústrias? Como elas estão sentindo esse impacto? Um dos maiores choques que eu prevejo está diretamente relacionado ao mercado de trabalho e à oferta de mão de obra. Se por um lado as indústrias precisam aumentar a sua eficiência para competir com as empresas globais, por outro, podemos nos deparar com o risco do desemprego já que temos a automação industrial, robôs e inteligência artificial substituindo a mão de obra. E como preservar o capital intelectual das empresas?

A resposta é simples, mas desafiadora para ser implementada na prática: investimento na educação. O grande risco quando há um atraso na educação, como é o caso do Brasil, é que não é possível preparar a sociedade para atuar trabalhando diretamente com a tecnologia digital. Hoje, muitos dos nossos cursos, como os de formação superior e, principalmente, os técnicos ainda não preparam os profissionais para a transformação digital da Indústria 4.0. Eles precisam estar prontos para atuar lado a lado com automação e Inteligência Artificial e não mais para os modelos das máquinas da terceira revolução industrial.

Se não prepararmos a nova geração para esse modelo teremos um gap enorme na formação de mão de obra em um futuro próximo de, no máximo, 5 a 10 anos. Essa geração precisa estar atualizada com a tecnologia e criar um mix de experiência com máquinas e conhecimentos.

Quando você não prepara a nova geração para esse modelo, os recursos humanos acabam sendo inegavelmente substituídos por robôs. É urgente a necessidade de mudança na formação técnica e profissional para que seja possível equilibrar, no primeiro momento, as tarefas repetitivas em que a automação deve substituir a mão de obra para então direcionar esse colaborador para atividades que vão requerer o capital intelectual e a intervenção humana. E isso só vai acontecer com a mudança na formação tecnológica desses futuros profissionais.

Para que o Brasil possa competir globalmente com países como Alemanha e Estados Unidos, que estão muito em nossa frente, a indústria nacional precisa fazer urgentemente essa transformação digital e ter uma integração completa de todos os processos nas empresas. O Brasil precisa parar de engatinhar e dar passos ousados no desenvolvimento para que realmente possa entrar na era da Indústria 4.0 não só com a tecnologia em si, mas com pessoas capazes de lidar com ela.

Sistema Fiep lança MBA com diplomação internacional em Indústria 4.0

Aulas começam em junho e o curso terá um módulo na Alemanha

As inovações tecnológicas digitais implantadas nos processos industriais e nas linhas de produção deram origem ao termo Indústria 4.0, que faz alusão a uma quarta revolução industrial, momento em que os sistemas em nuvem, de inteligência artificial e outras plataformas virtuais, são utilizadas para tornar os processos mais eficientes, autônomos e conectados a toda a cadeia de valor. Entretanto, mesmo com o espaço produtivo sendo ocupado cada vez mais por inovações, é necessário um aperfeiçoamento também dos profissionais e das lideranças capazes de criar valor efetivo e sustentável, em meio a tantas alternativas digitais para melhorar a produtividade das empresas.

Por isso, o Sistema Fiep, por meio das Faculdades da Indústria, lança um MBA focado em indústria 4.0. Abrangendo tanto a parte da engenharia como a da gestão da indústria, o MBA em Liderança para Transformação Digital e Indústria 4.0 está com inscrições abertas e terá um módulo internacional em parceria com a SIBE (School of International Business and Entrepreneurship) da Stenbeis University Berlin, na Alemanha. O módulo garante a dupla diplomação e os custos com passagens, hospedagem, parte da alimentação e ainda tour por empresas referência em indústria 4.0 da região de Baden-Württemberg já estão inclusos no valor do MBA.

De acordo com o Gerente de Operações do Sistema Fiep, Fabricio Luz Lopes, por ter o foco principal na gestão da indústria 4.0, o MBA se diferencia por preparar lideranças industriais efetivas frente aos desafios da nova economia. “O movimento da indústria 4.0 não é algo que a indústria consegue fazer sozinha. É preciso conhecer as necessidades e estabelecer parcerias com startups, por exemplo. Por isso, o MBA vai preparar as pessoas para liderarem o movimento de transformação digital dentro de seus ambientes de trabalho, criando a capacidade de tomar decisões e até mesmo reconhecer quem são as pessoas que elas precisam contratar para sair do mundo offline e ir para o mundo digital”, detalha.

Segundo ele, os módulos do MBA foram planejados a partir de uma pesquisa e aproximação com as indústrias e com especialistas do tema para estabelecer os principais desafios e prioridades com relação às temáticas que envolvem a indústria 4.0.

As matrículas estão abertas e as inscrições podem ser realizadas pelo link http://www.faculdadesdaindustria.org.br/pos-graduacao/.

Siemens apresenta seu portfólio completo para Fábrica Digital

A Siemens, uma das líderes mundiais em soluções de digitalização, infraestrutura, automação, drives e softwares para a indústria, apresenta durante a Feira de Hannover seu portfólio para a Fábrica Digital. Em uma entrevista coletiva do evento alemão no dia 23 de abril, Klaus Helmrich, membro do Conselho de Administração da Siemens AG, destacou que “com a implementação das soluções para a Fábrica Digital, os usuários e clientes podem aproveitar todo o potencial da Indústria 4.0”.

No estande D35 de 3.500 m2 no pavilhão 9 da feira, a Siemens usa o lema “Fábrica Digital – Implemente agora” para mostrar como as empresas de qualquer porte podem usar o portfólio de produtos e soluções para Fábrica Digital em vários setores para garantir vantagens competitivas reais. “Com as nossas soluções, nossos clientes já se beneficiam de maior flexibilidade, menores prazos para colocar produtos no mercado, maior eficiência e melhor qualidade, e tudo isso com as operações em andamento. Dessa forma, eles estão comprovando os benefícios e o valor agregado que a Siemens Digital Enterprise oferece para as indústrias de processos e manufaturas variados”, disse Helmrich.

O foco está no aumento da variedade de soluções para a Fábrica Digital, incluindo soluções que apresentam maior flexibilidade para projetos, processos de fabricação e estruturas. Isso inclui soluções para gêmeos digitais, que são usados para criar um modelo virtual holístico da cadeia de valor, além do portfólio de automação líder mundial da Siemens e o MindSphere, sistema operacional de IoT aberto na nuvem. Conectar-se ao MindSphere é um dos aspectos fundamentais dos novos modelos de negócios orientados por dados para os clientes. “Com a criação do MindSphere World, demos mais um passo para expandir o ecossistema em torno do MindSphere com nossos clientes e parceiros. Para os nossos clientes, o sistema operacional MindSphere IoT fornece acesso a novas dimensões de conectividade e análise de dados. Além disso, o Conselho de Administração do MindSphere World já aprovou 16 novos candidatos que pretendem participar da associação”, afirmou Helmrich.

Para o desenvolvimento de aplicativos na nuvem, a Siemens também está abrindo novos caminhos na Feira de Hannover, onde – com clientes e parceiros – apresenta os mais recentes desenvolvimentos e aplicativos para o MindSphere Além disso, como parte do MindSphere Open Space Challenge, desenvolvedores e startups externos estão colaborando na criação de abordagens criativas para novas soluções e modelos de negócios baseados no MindSphere.

Na Feira de Hannover, a Siemens também apresenta aplicativos de dadoss; por exemplo, com o conceito Siemens Industrial Edge, uma solução que permite aos usuários aproveitar, localmente, funcionalidade estendida e maior desempenho, combinados com controle total sobre os dados. Na área de manufatura aditiva, a Siemens oferece um portfólio totalmente integrado e um mercado virtual – a Siemens Additive Manufacturing Network. Aqui, diferentes empresas, incluindo fornecedores, usuários atuais e clientes potenciais de soluções de impressão 3D, podem entrar em contato e estabelecer relações comerciais.

Na era da digitalização, garantir um nível adequado de cibersegurança é um pré-requisito para proteger dados confidenciais. Quando se trata de cibersegurança para aplicativos e infraestruturas industriais, a Siemens continua promovendo avanços e, com base no conceito “defesa em profundidade”, a empresa está disponibilizando um amplo portfólio de produtos e serviços para o setor industrial. Esse portfólio fornece soluções de segurança para instalações e redes, assim como para integridade de sistemas.

Na Feira de Hannover 2018, a Siemens usa a indústria automotiva como exemplo para ilustrar como a flexibilidade no projeto e a eficiência na fabricação de veículos podem se beneficiar da digitalização. O portfólio para Fábrica Digital oferece as soluções necessárias para obter esses benefícios, incluindo aspectos como a integração total de cada estágio da produção e o desenvolvimento de uma base uniforme para os dados, do projeto do carro ao planejamento da produção e fabricação do carro, além da prestação de serviços de acompanhamento. Isso se aplica tanto à construção de novas instalações de produção quanto à modernização das fábricas existentes, principalmente quando se trata de expandir o portfólio para incluir veículos elétricos e híbridos.

A transformação digital da indústria de processamento já está em pleno andamento. A Siemens oferece o portfólio necessário de soluções com hardware e software integrados, permitindo que empresas de qualquer porte implementem a digitalização. No estande da Siemens, os visitantes da feira podem ver como o cliente Dulux usa com sucesso o portfólio de soluções digitais da Siemens na primeira fábrica digital de tintas. Um modelo virtual da fábrica real – o chamado “gêmeo digital” – oferece aos operadores da fábrica, como a Dulux, flexibilidade para atender rapidamente às exigências do mercado em constante mudança, por exemplo, realizando a produção de tintas nas cores da moda ou em lotes menores.

A indústria aeroespacial é considerada altamente avançada em termos de transformação digital. A grande procura por seus produtos só pode ser atendida com aumentos de produtividade gerados por por um alto nível de automação combinado com ferramentas e fluxos de trabalho digitais. Com o portfólio voltado para Fábrica Digital da Siemens, as empresas de pequeno, médio e grande porte podem obter essas melhorias para garantir competitividade internacional. Um nível maior de flexibilidade possibilita a fabricação eficiente de modelos cada vez mais diversos , mesmo quando são produzidos em quantidades menores. Na Feira de Hannover 2018, a Siemens exibe exemplos concretos para demonstrar essas capacidades.

Indústria chega à era da customização de produtos em série – Por César Gaitan

Depois de alguns anos amargando negativos resultados, a economia brasileira começou a reagir. Os números recentes do PIB e o aumento do consumo interno por parte das famílias são sinais de retomada do crescimento. A contar pelas análises dos especialistas econômicos, é provável que esse cenário se sustente ao longo do ano.

No entanto, mesmo com resultados positivos no presente, o cenário futuro poderia ser mais promissor. Segundo um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), chamado de “Oportunidades para Indústria 4.0: aspectos da demanda e oferta no Brasil”, 24 setores da indústria brasileira pelo menos 14 precisam adotar estratégias de digitalização de processos para conseguirem se manter no mercado.

O documento da CNI ainda expõe um raio-x sobre o cenário das nossas indústrias e faz o cruzamento de dados como produtividade, exportações e taxa de inovação em um comparativo com os resultados das 30 maiores economias do mundo. A análise constatou o que há muito tempo já se sabe: o Brasil vem perdendo, ano a ano, sua competitividade na indústria.

De acordo com o estudo, entre os setores mais afetados pela falta de inovação, estão farmoquímicos e farmacêuticos; químicos; minerais não-metálicos; calçados; máquinas e equipamentos, entre outros.

A digitalização das indústrias é um caminho para que o Brasil volte a ter um grau de competitividade frente a outras nações. Porém, no que se refere à inovação, sabemos que essa mudança de cenário requer planejamento e, sobretudo, investimentos em um processo que não pode ser feito do dia para a noite. Mesmo que ainda não represente a maioria das indústrias, é sabido que algumas companhias brasileiras já estão se movimentando para entrar na 4º Revolução Industrial.

A partir do uso de tecnologias habilitadoras como, IIoT (Internet industrial das coisas), Cloud Computing, Big Data, Realidade Aumentada, Inteligência Artificial, entre outros, algumas empresas já têm disponíveis os recursos necessários para alcançar um patamar de produção customizada em série.

Na era da customização da indústria, os mais recentes avanços tecnológicos e industriais começaram a abrir espaço para permitir que o cliente seja inserido na cadeia de produção de qualquer item que se deseje personalizar seja um tênis, um computador ou até mesmo um veículo. Com essa possibilidade, um novo perfil de consumidor e forma de consumo irá se consolidar e as indústrias que estiverem preparadas para essa nova abordagem irá se manter no cenário competitivo.

Todas as empresas e máquinas envolvidas na fabricação do produto passam a se ‘conversar’ o tempo todo, desde a realização do pedido, passando por sua customização até chegar na finalização do item. Trata-se de uma mudança de paradigmas que traz um aumento da competitividade e, por outro lado, o significado do conceito de experiência do usuário em relação a um bem adquirido. A indústria deverá ser flexível para atender demandas diferentes e, ao mesmo tempo, ser eficiente operacionalmente para manter sua produtividade.

O tema tem tanta importância para o futuro do país que, inclusive, foi destaque nas últimas semanas do Fórum Econômico Mundial, realizado em São Paulo. No evento, o Governo Federal anunciou um pacote de incentivo à modernização do parque fabril brasileiro, estimulando a Indústria 4.0. Esse programa destinará cerca de R$ 8,6 bi a empresas, por linhas de crédito.

É uma ótima notícia, já que o cenário mostra-se bastante desafiador. A Indústria 4.0 já é uma realidade e o Brasil não pode ficar de fora dela.

César Gaitan é diretor geral do Cluster América do Sul da Festo.

World Economic Forum – O livro sobre a Quarta Revolução Industrial demanda atualização urgente de como governamos a tecnologia

O World Econoimc Forum lança hoje a versão em português do novo livro do seu fundador e presidente executivo, Klaus Schwab, intitulado Shaping the Fourth Industrial Revolution. O objetivo do livro é ajudar líderes a desenvolverem as técnicas necessárias para dominar os avanços tecnológicos a fim de resolver desafios globais críticos.

O livro é uma sequência do best-seller de 2015 escrito por Schwab, A Quarta Revolução Industrial. O novo livro é um guia prático para interpretar 12 conjuntos de tecnologias emergentes a partir de uma perspectiva de sistemas e entender melhor as regras, normas, instituições e valores que norteiam seu desenvolvimento e uso.

Esta abordagem é necessária, argumenta Schwab, devido à velocidade sem precedentes com que a tecnologia está se desenvolvendo, tornando as abordagens dos governos, agências reguladoras e empresas nas quais confiamos para gerenciar o impacto das tecnologias desatualizadas e redundantes.

A proposta de Schwab é que os líderes adotem uma abordagem de “liderança de sistemas” para garantir que a evolução da tecnologia não ocorra sem paralelamente levar em conta as regras, as normas, os valores e a infraestrutura. Se a tecnologia não for desenvolvida dentro de um sistema de governança inclusivo e sustentável, a Quarta Revolução Industrial poderia exacerbar a desigualdade de renda, excluindo bilhões de pessoas e, ao mesmo tempo, desperdiçar a oportunidade de utilizar a tecnologia para ajudar a enfrentar desafios globais.

“Levou mais de uma década para que o mundo desenvolvesse uma resposta coletiva às mudanças climáticas. Se levarmos o mesmo tempo para responder à Quarta Revolução Industrial, teremos perdido a oportunidade de influenciar o desenvolvimento das tecnologias que moldam a forma com que trabalhamos, vivemos e agimos. Se atuarmos agora, teremos a oportunidade de garantir que tecnologias, como a inteligência artificial, melhorem de forma sustentável e significativa as vidas e as perspectivas do maior número de pessoas possível”, afirmou Schwab.

O livro insiste que os líderes adotem rapidamente o conceito de governança ágil das tecnologias, combinando a destreza das tecnologias e os atores do setor privado que as criam para constantemente atualizar e repensar as regras em colaboração com outros setores. As empresas devem experimentar mais as novas tecnologias e investir mais em pessoas e habilidades para que sua capacidade empresas de desenvolver e levar ao mercado inovações exitosas seja maximizada.

Quanto ao público em geral, o livro incentiva que as pessoas se envolvam nas questões relacionadas à evolução da tecnologia e façam com que sua voz seja ouvida para garantir que a tecnologia desempenhe um papel positivo na construção de um futuro sustentável, inclusivo, impulsionado pela inovação.

O livro Shaping the Fourth Industrial Revolution baseia-se nas contribuições de mais de 200 especialistas mundiais em tecnologia, economia e sociologia, apresentando um guia prático para cidadãos, líderes empresariais, formadores de opinião e formuladores de políticas. Descreve a dinâmica mais importante da revolução tecnológica, destaca participantes importantes, que muitas vezes são ignorados na discussão dos avanços científicos mais recentes e explora 12 áreas tecnológicas fundamentais para o futuro da humanidade. O livro tem coautoria de Nicholas Davis, Diretor de Sociedade e Inovação do Fórum Econômico Mundial, e apresenta um prefácio de Satya Nadella, CEO da Microsoft Corporation.

A preparação deste livro também levou à criação do Centro para a Quarta Revolução Industrial em São Francisco, que será apoiado por uma rede de centros afiliados em todo o mundo, para estabelecer uma plataforma ágil de cooperação governamental para negócios e governo.

Capacidades digitais e acesso a financiamento são os principais desafios da Indústria 4.0

A Siemens Financial Services (SFS) divulgou o relatório de uma pesquisa recente, que investiga os principais desafios enfrentados por fabricantes do mundo todo em seus esforços de migração para o modelo da Indústria 4.0. O mundo digitalizado e automatizado da Indústria 4.0 oferece a capacidade de conectar digitalmente pessoas, máquinas e sistemas. Para os fabricantes, isso traz uma série de benefícios, como maior eficiência, manutenção preventiva para melhorar o tempo de produção e uma colaboração mais próxima como resultado dos fluxos de dados digitais.

Contudo, a implementação do modelo da Indústria 4.0 provavelmente será realizada em várias etapas, não como uma mudança súbita e geral. A SFS entrevistou fabricantes e consultores em gerenciamento especializados para entender os obstáculos dessa transição.

Dos seis principais desafios identificados no relatório, os fabricantes classificaram o desenvolvimento de capacidades digitais e o acesso a financiamento para aumentar os investimentos como suas maiores dificuldades. As outras quatro – por ordem de importância – são: criar uma cultura de colaboração, superar preocupações de cibersegurança e segurança de dados; obter amplo acesso a um volume e variedade de comprovações e capacidades especializadas de gerenciamento estratégico para criar um plano claro e por fases de migração para a Indústria 4.0.

O desenvolvimento de um plano prático de transição da Indústria 4.0 não pode ser reduzido a uma fórmula única e simplista; pois as circunstâncias de cada empresa são diferentes. Porém, os entrevistados concordaram que uma metodologia robusta é essencial para construir um plano sustentável de digitalização e automação. A metodologia de consenso resultante deste estudo abrange seis áreas principais inter-relacionadas: avaliação dos obstáculos, avaliação das oportunidades, medição de eficiências, recrutamento e treinamento de talentos, desenvolvimento de gerenciamento digital e integração de financiamento estratégico.

Os entrevistados consideraram o financiamento como um primeiro passo na construção de um plano prático para a Indústria 4.0. Pensar nas possibilidades de financiamento primeiro pode abrir uma série de opções de investimento em tecnologia disponíveis como parte do desenvolvimento estratégico de transição para Indústria 4.0.

Os especialistas em financiamento desenvolveram um conjunto de ferramentas de financiamento chamado “Financiamento 4.0”, que permite a transição para a tecnologia digital da nova geração de forma acessível, sustentável e destinada a aliviar as pressões de fluxo de caixa e capital de giro dos fabricantes. O relatório explora esses métodos de financiamento especializados, incluindo financiamento de tecnologia e equipamentos de pagamento para acesso/uso, atualização e modernização de tecnologia, financiamento de software, pagamento por resultados, financiamento da transição e soluções de capital de giro.

“Considerando as possibilidades de financiamento no início e nas primeiras etapas do desenvolvimento da estratégia e do plano, os fabricantes terão uma variedade maior de opções ao gerenciar a aquisição de tecnologia digital da nova geração”, segundo Kai-Otto Landwehr, Diretor Financeiro Comercial da Siemens Financial Services, na Alemanha. “Mas somente os especialistas financeiros têm o conhecimento da tecnologia da Indústria 4.0, e como ela é implementada, para permitir investimentos e aliviar as pressões de fluxo de caixa e capital de giro dos fabricantes.”

A pesquisa foi realizada como parte da Siemens Finance Week 2018, uma plataforma de discussão que procura mostrar como as soluções de financiamento podem ajudar as empresas a enfrentar desafios atuais e futuros.

Método da pesquisa

Mais de 60 fabricantes e consultores em gerenciamento especializados foram entrevistados por telefone em outubro e novembro de 2017. Eles falaram sobre seus principais desafios (classificados em ordem de importância) na adoção da digitalização e automação e as relações entre esses desafios. Além disso, eles foram questionados sobre como uma estratégia de sucesso deve ser desenvolvida, quais capacidades são necessárias e como elas podem ser financiadas para produzir o melhor retorno sobre investimento. Os entrevistados são dos seguintes países: China, França, Alemanha, Índia, Polônia, Rússia, Espanha, Suécia, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos.

A Siemens Finance Week 2018 é uma plataforma de discussão que procura mostrar como as soluções de financiamento podem ajudar as empresas a enfrentar desafios atuais e futuros.

Veja mais detalhes sobre o white paper em: www.siemens.com/global/en/home/products/financing/finance-week/challenges-digital-transformation.html

Segredos para o uso de dispositivos de Internet das Coisas – Por Ney Acyr Rodrigues

Os próximos anos serão decisivos para a área de Tecnologia da Informação. O processo de transformação digital tem levado cada vez mais as empresas a investirem em soluções que garantam a automatização de processos e, consequentemente, agreguem valor às organizações, gerando aumento da produtividade e melhor experiência dos clientes. Para acompanhar essa evolução das companhias, novas tecnologias serão implementadas, incluindo o uso de dispositivos conectados entre si – Internet das Coisas (IoT) e Machine to Machine (M2M).

Soluções de IoT serão utilizadas nos mais variados modelos de negócios. Estudos apontam que, até 2020, essas soluções já estarão incorporadas a mais da metade dos processos e sistemas dos novos negócios e teremos no planeta bilhões de dispositivos conectados. No varejo, dispositivos conectados estarão presentes para controle de estoques e prateleiras, controle de hábitos de consumo e até gestão de pagamentos. Nas fábricas, estarão contribuindo para uma nova fase conhecida como Indústria 4.0.

Milhares desses dispositivos conectados já estão sendo utilizados por montadoras na solução de carros conectados. A tecnologia de ponta dentro dos veículos permite o envio de dados para controle, monitoramento e assistência técnica, entre outras funções. Além de conforto, carros conectados oferecem mais segurança ao motorista, com possibilidade de monitoramento de frota, incluindo trajetos considerados mais perigosos, e envio de ajuda em caso de paradas repentinas.

A adoção de soluções de IoT para aumento de produtividade e, consequentemente, da qualidade de vida não é exclusividade do mundo corporativo. Gestores públicos já desenvolvem projetos visando à utilização de dispositivos conectados para gerenciamento mais preciso de recursos energéticos, transporte e segurança pública, por exemplo. Estudos apontam que a economia de energia de uma cidade pode chegar a 30% com a utilização de sensores de monitoramento, que detectam possíveis falhas como a manutenção de lâmpadas acesas em vias públicas durante o dia.

Mas qual seria o primeiro passo para uma empresa montar esta grande rede de conexão entre sistemas, dispositivos, máquinas e aplicações? O processo de implantação e gestão de soluções de IoT será coordenado pelos CIOs, a partir de um planejamento adequado de necessidades e de mapeamento de objetivos de negócios. Como todo projeto, antes de partir para a ação, é fundamental a realização de testes para identificar possíveis transformações que podem ocorrer. O uso bem-sucedido dessas aplicações precisar estar apoiado em uma infraestrutura robusta de telecomunicações, integrada à TI e a recursos que permitam a mobilidade, uma vez que todos aparelhos estarão se comunicando para a troca de informações.

Outro passo importante é o engajamento dos colaboradores para o uso correto dos dispositivos, que devem ser direcionados para funções operacionais e contínuas, tendo sempre o olhar estratégico dos especialistas para potencializar seus benefícios.

Além disso, o sucesso da implantação de solução de IoT passa, obrigatoriamente, pela segurança dos dispositivos e aplicações conectadas. Por isso, estamos notando o crescimento no uso de sistemas de proteção. Estudos apontam que cerca de 20% do orçamento anual das companhias para a segurança em TI, tecnologia operacional e requisitos de segurança será voltado para soluções de IoT até 2020. A título de comparação, há dois anos, apenas 1% desse orçamento era direcionado para segurança em IoT.

Soluções preditivas, que investigam e antecipam potenciais ameaças, criando uma barreira de proteção lógica contra diferentes tipos de ataques, serão cada vez mais usadas por companhias que buscam segurança para sua estrutura de IoT. Com essas ofertas, o cliente é imediatamente avisado em caso de ataques e orientado para aplicação da melhor estratégia de defesa.

Pessoas, máquinas, dispositivos, sensores e aplicações já conseguem trocar uma enorme quantidade de informações, otimizando procedimentos, gerando melhor uso dos ativos próprios das organizações e garantindo melhor experiência e qualidade de vida ao consumidor final. O mundo totalmente conectado deixou de ser uma tendência. A chamada quarta revolução industrial, resultado da convergência de tecnologias, já está em curso. Prepare sua empresa para o próximo nível!

Ney Acyr Rodrigues, Diretor Executivo de Negócios de IoT da Embratel

Siemens: capacidades digitais e acesso a financiamento são os principais desafios da Indústria 4.0

A Siemens Financial Services (SFS) divulgou o relatório de uma pesquisa recente, que investiga os principais desafios enfrentados por fabricantes do mundo todo em seus esforços de migração para o modelo da Indústria 4.0. O mundo digitalizado e automatizado da Indústria 4.0 oferece a capacidade de conectar digitalmente pessoas, máquinas e sistemas. Para os fabricantes, isso traz uma série de benefícios, como maior eficiência, manutenção preventiva para melhorar o tempo de produção e uma colaboração mais próxima como resultado dos fluxos de dados digitais.

Contudo, a implementação do modelo da Indústria 4.0 provavelmente será realizada em várias etapas, não como uma mudança súbita e geral. A SFS entrevistou fabricantes e consultores em gerenciamento especializados para entender os obstáculos dessa transição.

Dos seis principais desafios identificados no relatório, os fabricantes classificaram o desenvolvimento de capacidades digitais e o acesso a financiamento para aumentar os investimentos como suas maiores dificuldades. As outras quatro – por ordem de importância – são: criar uma cultura de colaboração, superar preocupações de cibersegurança e segurança de dados; obter amplo acesso a um volume e variedade de comprovações e capacidades especializadas de gerenciamento estratégico para criar um plano claro e por fases de migração para a Indústria 4.0.

O desenvolvimento de um plano prático de transição da Indústria 4.0 não pode ser reduzido a uma fórmula única e simplista; pois as circunstâncias de cada empresa são diferentes. Porém, os entrevistados concordaram que uma metodologia robusta é essencial para construir um plano sustentável de digitalização e automação. A metodologia de consenso resultante deste estudo abrange seis áreas principais inter-relacionadas: avaliação dos obstáculos, avaliação das oportunidades, medição de eficiências, recrutamento e treinamento de talentos, desenvolvimento de gerenciamento digital e integração de financiamento estratégico.

Os entrevistados consideraram o financiamento como um primeiro passo na construção de um plano prático para a Indústria 4.0. Pensar nas possibilidades de financiamento primeiro pode abrir uma série de opções de investimento em tecnologia disponíveis como parte do desenvolvimento estratégico de transição para Indústria 4.0.

Os especialistas em financiamento desenvolveram um conjunto de ferramentas de financiamento chamado “Financiamento 4.0”, que permite a transição para a tecnologia digital da nova geração de forma acessível, sustentável e destinada a aliviar as pressões de fluxo de caixa e capital de giro dos fabricantes. O relatório explora esses métodos de financiamento especializados, incluindo financiamento de tecnologia e equipamentos de pagamento para acesso/uso, atualização e modernização de tecnologia, financiamento de software, pagamento por resultados, financiamento da transição e soluções de capital de giro.

“Considerando as possibilidades de financiamento no início e nas primeiras etapas do desenvolvimento da estratégia e do plano, os fabricantes terão uma variedade maior de opções ao gerenciar a aquisição de tecnologia digital da nova geração”, segundo Kai-Otto Landwehr, Diretor Financeiro Comercial da Siemens Financial Services, na Alemanha. “Mas somente os especialistas financeiros têm o conhecimento da tecnologia da Indústria 4.0, e como ela é implementada, para permitir investimentos e aliviar as pressões de fluxo de caixa e capital de giro dos fabricantes.”

A pesquisa foi realizada como parte da Siemens Finance Week 2018, uma plataforma de discussão que procura mostrar como as soluções de financiamento podem ajudar as empresas a enfrentar desafios atuais e futuros.

Método da pesquisa

Mais de 60 fabricantes e consultores em gerenciamento especializados foram entrevistados por telefone em outubro e novembro de 2017. Eles falaram sobre seus principais desafios (classificados em ordem de importância) na adoção da digitalização e automação e as relações entre esses desafios. Além disso, eles foram questionados sobre como uma estratégia de sucesso deve ser desenvolvida, quais capacidades são necessárias e como elas podem ser financiadas para produzir o melhor retorno sobre investimento. Os entrevistados são dos seguintes países: China, França, Alemanha, Índia, Polônia, Rússia, Espanha, Suécia, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos.

A Siemens Finance Week 2018 é uma plataforma de discussão que procura mostrar como as soluções de financiamento podem ajudar as empresas a enfrentar desafios atuais e futuros.

Veja mais detalhes sobre o white paper em: www.siemens.com/global/en/home/products/financing/finance-week/challenges-digital-transformation.html

As empresas estão preparadas para os robôs?

Por Solemar Andrade, VP Executivo da Plusoft

Manter a eficiência dos processos operacionais internos (backoffice) nas empresas é um dos grandes desafios para os gestores. Longe da visão dos clientes, esse setor é muito importante por garantir a operacionalidade dos negócios, cuidando dos detalhes que envolvem, por exemplo, a venda, o acionamento de estoque e a logística para a entrega do produto. Procedimentos mal realizados afetam de maneira significativa os resultados e geram prejuízos financeiros e, principalmente, de imagem.

Diante do recente processo de migração para a Indústria 4.0, a chegada do Robotic Process Automation (RPA) é uma importante ferramenta de apoio às organizações que diariamente devem produzir em grande escala e garantir excelência nos processos internos. Atualmente, estamos vivendo a quarta revolução industrial e os robôs são os novos responsáveis por disponibilizarem, de maneira assertiva, recursos operacionais ágeis e que proporcionam melhorias administrativas, produção e, principalmente, uma redução de até 40% nos custos processuais que ocorriam com retrabalhos ou perda de prazos. Parte da mão de obra, que antes era utilizada para funções repetitivas e chatas, foi redirecionada para tarefas estratégicas, valorizando ainda mais o intelecto profissional.

A pesquisa Projeto Indústria 2027, que avalia os impactos de inovações como Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA) na competitividade do produto nacional, revela que 21,8% das indústrias brasileiras projetam ter sua produtividade totalmente digitalizada nos próximos dez anos. O resultado é muito significativo para o Brasil porque, atualmente, apenas 1,6% das empresas avaliadas afirma estar no processo de migração para a Indústria 4.0.

A implementação do RPA é uma estratégia relevante no processo de modernização industrial. Seja no modelo de serviço em Nuvem ou pela gestão na própria infraestrutura das empresas, os robôs oferecem agilidade nas tarefas internas, proporcionado por um modelo de trabalho ininterrupto (24×7) e com interação a diferentes sistemas em uma infraestrutura de TI. A solução traz excelência no cumprimento dos contratos de qualidade que possuem prazo de atendimento preestabelecido (Acordos de SLA – Service Level Agreement), o que significa a transferência de futuros investimentos para ações estratégicas.

Quanto à preocupação dos CIOs em relação aos investimentos para a implementação da plataforma de automação com robôs, o ROI (Retorno sobre Investimento) é uma quebra de paradigma, porque oferece um retorno em curto prazo, de três a sete meses. Antes, quando surgiam novos contratos de clientes e serviços, os gestores de TI sofriam com o aumento de gastos que deveriam realizar para se adaptarem às novas exigências de demandas. Hoje, os robôs têm a capacidade de se adaptarem ao surgimento de novas tarefas, além da possibilidade de se integrarem a novas tecnologias e situações organizacionais diferentes que surgem no ambiente das atividades diárias. Ou seja, a demanda cresce, mas prazos e custos não.

Atualmente, os ambientes de TI organizacionais possuem diversos componentes e sistemas, envolvendo conectividade, virtualização e segurança. Os robôs integram as informações entre as diferentes soluções, tornando o fluxo de comunicação centralizado, dinâmico e sem falhas.

Desde 2016, há um crescimento de aproximadamente dois terços em relação aos anos anteriores na aquisição da tecnologia de robôs no backoffice das corporações brasileiras. A expectativa é que 2018 seja o ano dos robôs. Por isso, é necessário que os gestores de TI não paguem para ver o que acontece e saibam agir com rapidez para se manterem competitivos em um mercado que exige cada vez mais que as empresas sejam organizadas, sem falhas e com excelência.

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