Visão 360º: o futuro é mais digital e flexível

Por Manoel Pimentel, diretor de Lean-Agile na GFT Brasil

São mais de 7 meses em que nos deparamos com a pandemia do coronavírus em todo o mundo. Além das mudanças na área de saúde e de novas medidas de segurança e higiene, o setor corporativo também precisou se adaptar. Muitas empresas tiveram que correr contra o tempo para se manter competitivas e se adequar à transformação digital. É preciso mais do que nunca, agir e entregar de forma rápida e ágil.

Recentemente, o Gartner divulgou a pesquisa Plan How the Enterprise Will Exit the Pandemic (Planeje como a empresa sairá da pandemia, em português) em que mapeia as etapas desse processo de retomada econômica, baseado em 3 fases: responder, recuperar e renovar. Obviamente, a duração de cada fase deve variar por país, setor, empresa – e até por unidade de negócios, produto ou serviço.

Plasticidade Organizacional

À medida que as sociedades reabrem, mesmo que em níveis diferentes, e de forma gradual, a lição que fica para os líderes de negócios é: todos os clientes agora são digitais. Isto significa que é necessário rever processos internos e se reinventar para atuar nesse “novo normal”. Remodelar as operações de negócio para atuar digitalmente é um dos pilares dessa transformação, o que chamo de “plasticidade organizacional”, que é a capacidade de se restruturar neste novo formato e adquirir novas competências, como a desmaterialização de procedimentos, por exemplo.

O Gartner também lançou um outro estudo intitulado “Futuro das tendências de trabalho Pós-COVID-19”, em que comenta sobre o impacto de longo prazo e as ações para a área de Recursos Humanos neste momento. Antes da pandemia, as organizações focavam suas atividades em aumentar a eficiência nas entregas.

Agora, com as operações mais enxutas durante a crise provocada pelo coronavírus, um outro cenário surgiu, o de maior resiliência. Essa característica tornou-se vital pois, durante a pandemia, as empresas foram subitamente testadas sobre o quanto que conseguem adaptar suas operações de negócios em um curto espaço de tempo.

Algumas mudanças foram importantes neste momento, como a necessidade de proporcionar aos colaboradores opções mais variadas, adaptáveis e flexíveis, como a possibilidade de trabalhar remotamente, sem a necessidade de ir para o escritório ou indo apenas alguns dias da semana, e disponibilizar mais cursos e treinamentos online, por exemplo. Outra iniciativa interessante também foi utilizar estruturas de tecnologia, como a nuvem, para direcionar a análise e a coleta de dados, e assim, trazer mais resultados e qualidade no trabalho, em vez de mais processos.

Economia do agora

Acompanho bastante estudos sobre o “Now Economy” que reflete a personalização de serviços por demanda. Na pandemia, as empresas precisarão, mais do que nunca, colocar o consumidor no centro da sua estratégia, se antecipar ao que ele quer e entregar com a maior agilidade possível. Esta situação reflete a manutenção de pequenos negócios, que investiram em serviços de delivery, por exemplo, e a crise em grandes empresas, que não tinham equipamentos e infraestrutura em nuvem.

Vimos nos últimos anos a grande evolução da Amazon neste aspecto, na disrupção de seus negócios, principalmente na logística. A empresa desenvolveu uma cadeia de suprimentos robotizada para identificar produtos e empacotá-los.

A pandemia trouxe oportunidades para criação de novos modelos, funções e responsabilidades de negócios. Já as tecnologias como Big Data, Inteligência Artificial, Cloud, Internet das Coisas e cibersegurança foram impulsionadas e são indispensáveis neste momento. Muitos problemas enfrentados por empresas de diferentes portes, por exemplo, poderiam ter sido resolvidos com o uso dessas inovações, como plataformas de gestão, pagamentos e análises de resultados, que são necessárias para todas as organizações.

Sem o contato presencial, as ferramentas de comunicação à distância também tiveram um aumento de uso, principalmente para o trabalho remoto e a educação à distância. O WhatsApp, por exemplo, relatou um aumento de 40% na sua utilização durante a pandemia.

Acredito que mesmo com a abertura econômica, alguns formatos de negócios, como o e-commerce, a contratação de novos colaboradores de home office e o atendimento personalizado devem persistir e ser uma realidade para muitas empresas, que investiram na digitalização de seus procedimentos. Um novo mercado está surgindo e, com certeza, é mais digital e flexível do que antes.

Com crescimento de 51%, GFT Brasil é destaque do Grupo GFT

Após um resultado positivo da receita no primeiro semestre de 2020, a GFT Technologies SE (GFT) confirma sua perspectiva para o ano de 2020. A receita da companhia multinacional aumentou 5%, com crescimento orgânico de 4%. A tendência de crescimento dinâmico sem os 2 principais clientes (Deutsche Bank e o Barclays) continuou e atingiu 19%. A expansão foi impulsionada pelas ofertas de sucesso na área de computação em nuvem, transformação digital e também para o setor de seguros.

“Conseguimos fechar o primeiro semestre com um aumento na nossa receita, atingimos nossas metas e esperamos um maior crescimento para a GFT, apesar da atual turbulência econômica global. A crise causada pela pandemia da Covid-19 está fortalecendo a tendência para a digitalização. A GFT está perfeitamente posicionada para atender a essa demanda. Estamos vendo um crescimento muito bom, especialmente para as nossas ofertas de nuvem e outras novas tecnologias”, afirma Marika Lulay, CEO Global da GFT Technologies SE.

Você sabe o que é fisital? Conheça o impacto dessa inovação no setor financeiro

Por Simone Pittner

São Paulo, maio de 2019 – O fisital, união entre o físico e o digital, está evoluindo muito rapidamente no Brasil e em todo o mundo. Esse conceito foi cunhado na Inglaterra em 2015, e fica claro nas experiências de varejo, onde o cliente muitas vezes enfrenta problemas na hora de trocar, na loja física, produtos adquiridos no ambiente online. Há, por exemplo, diferença de preços entre os produtos (devido ao comissionamento de vendedores, prática comum das lojas físicas), falta de determinados modelos ou marcas, novos tempos de entrega, entre outros.

Com o aumento de profissionais especializados em Customer Experience (CX), a unificação de todos os canais da empresa, assim como a linguagem utilizada nesses canais (loja física, e-commerce, redes sociais, callcenter e aplicativos), começou a ficar mais forte. No mundo financeiro, com as instituições trazendo experiências dos bancos digitais para a sua forma de negócio, praticando abertura de contas e acompanhamento de cartões de crédito totalmente online, o fisital se fez presente.

Atualmente, alguns bancos de montadoras possuem serviços de aprovação do limite de crédito para compra de bens, liberando para o cliente na própria concessionária (no caso de compra de carro ou moto) em tempo real, além da aceitação de documentos enviados também digitalmente. O processo se tornou muito mais rápido – passamos de dias para horas – com a vantagem das empresas contarem com estrutura de armazenamento de documentos em nuvem, possibilidade exponencialmente mais barata.

Esse cenário caminha para uma realidade ainda mais transformadora, com a possibilidade das integrações digitais. Os bancos, corretoras, empresas de investimento e grandes negociações financeiras estão abrindo suas plataformas de serviços e produtos em formato de API, as chamadas Open APIs. Isso possibilita que duas empresas consigam se conectar através da integração de software. Um exemplo de nosso dia a dia é a funcionalidade de ouvir música no Spotify enquanto está com o Waze aberto.

Essas integrações com troca de dados têm sido ponto de discussões e regulamentações recentes, como a GDPR, na União Europeia, e a LGPD, no Brasil, criando a possibilidade de se abrir informações para que empresas comprem ou troquem entre si dados ou microsserviços de tecnologia.

O fisital também acrescenta melhorias na experiência do cliente. Atualmente, é comum termos cartões bancários em nossos celulares – existem aplicativos, como ApplePay e SamsungPay, que tornam desnecessário o uso do cartão físico. A transferências de crédito entre pessoas físicas em múltiplos países e interbancos acontece de maneira semelhante.

Uma validação recente, sinônima de toda essa integração, por exemplo, é um boleto atrasado. Os internet bankings, no últimos meses, prepararam-se para conseguir calcular o novo valor, mesmo que a conta seja de outra instituição, algo que não era permitido em um passado recente.

Esses são alguns exemplos que ilustram essa integração entre o físico e o digital no mercado financeiro. As mudanças só tendem a aumentar e os bancos as, corretoras e as investidoras serão cada vez mais digitais, com todas as transações em aplicativos, diminuindo a presença do cliente na agência física e sua necessidade de interação com o gerente ou a central de atendimento. Estamos vivendo numa realidade entre dois mundos: aspectos que ainda precisam do físico e do contato humano e outros que o mundo digital está resolvendo sem esse contato – na maioria das vezes, de maneira mais inteligente e rápida.

Quando falamos do fisital no Brasil, já conseguimos ver cases relevantes acontecendo. A Avon, por exemplo, desenvolveu um aplicativo com duas importantes funcionalidades, aumentando a rentabilidade e diminuindo os custos. A primeira permite às revendedoras resolverem problemas sem a necessidade de interação humana com o call center, acessando grupos de dúvidas e trocas de produtos parados. A outra funcionalidade do app é a leitura digital do folheto de compra, tornando a venda totalmente automatizada.

Outro case relevante para o cenário brasileiro é o de uma grande varejista que atualmente está no caminho para se tornar um banco. A marca iniciou seu processo de transformação digital com uma reestruturação do call center. Para reduzir o número de ligações, foram desenvolvidos canais web e mobile permitindo ao cliente buscar informações por conta própria. Essa ação teve um resultado surpreendente, com uma redução de 27% em ligações feitas para o call center só no primeiro mês. Outra ação da marca foi a implementação de 21 novos serviços em seu aplicativo, incluindo a solicitação de cartões de crédito.

Além de todos esses impactos, vale destaque para a transformação do que nomeamos BackOffice ou Digital BackOffice. Com as diversas mudanças proporcionadas, é preciso revisitar as jornadas internas, como captura e armazenamento de documentos e dados, uso de nuvem, redução de servidores locais, robotização de tarefas repetitivas, inteligência artificial, implementação de workflows, inclusão de testes de produtos de forma automatizada, entre outros. E nessa linha de raciocínio, assistimos ao aumento da utilização e importância do Data Science e o Business Intelligence, agora também sendo explorados e gerando oportunidades de negócios.

Simone Pittner, Head of the Lean-Agile Operations da GFT Brasil

Três Desafios da Nuvem para se preparar em 2019

Por Carlos Mattos

Como o papel tradicional dos executivos de tecnologia continua evoluindo, a única promessa garantida para 2019 é de mais pressão para entregar soluções que atendam às expectativas de clientes e parceiros.

No final do ano passado, segundo o IDC, quase metade dos gastos com TI foram baseados em nuvem, com uma previsão de atingir 60% de toda a infraestrutura de TI e 60-70% de todos os gastos com software, serviços e tecnologia até 2020.

É imperativo que as empresas vejam a computação em nuvem como um elemento crítico de sua competitividade, não apenas como um custo que precisa ser cuidadosamente gerenciado. Em 2019, as empresas terão que equilibrar as capacidades da mais nova tecnologia em nuvem, enquanto se concentram na segurança.

Aqui estão três tendências em computação em nuvem para as quais as empresas devem se preparar em 2019:

1. O número de serviços e soluções em nuvem (SaaS, PaaS, IaaS) continuará a aumentar

Haverá uma explosão de novos serviços e soluções em nuvem, e aqui estão algumas estatísticas para provar isso.

O software como serviço baseado em assinatura (SaaS) apresentará um crescimento anual na ordem de 18% até 2020, de acordo com a Bain & Company.

O investimento em plataforma como serviço (PaaS) crescerá de 32% em 2016 para 56% em 2019, tornando-se o setor de plataformas em nuvem que mais cresce, de acordo com a KPMG.

O mercado de infraestrutura como serviço (IaaS) deverá atingir US $ 72,4 bilhões em todo o mundo até 2020, segundo o Gartner.

Se julgarmos pelas tendências atuais da computação em nuvem, o número de soluções em nuvem nos setores público e privado se expandirá ainda mais em 2019. Esperamos ver mais organizações aproveitando a simplicidade e o alto desempenho que a nuvem garante.

2. Mais empresas irão optar por soluções de nuvem híbrida

Fazer uma transição completa para a nuvem provou ser mais desafiador do que o previsto, então é aqui que as soluções de nuvem híbrida terão um papel importante. Com uma nuvem híbrida, as empresas podem fazer a transição para a nuvem em seu próprio ritmo, com menos risco e a um custo menor. Em 2019, mais empresas escolherão uma abordagem de nuvem híbrida que lhes permitirá acessar a eficiência e a eficácia das soluções em nuvem.

Essas nuvens podem ser sistemas multivendor ou uma mistura de nuvens privadas e públicas. Com a adoção da nuvem em seu auge, as empresas precisam entender as vantagens e desvantagens de cada uma das nuvens antes de tomar uma decisão que melhor se adapte a seus negócios.

3. Com o GDPR e LGPD, a segurança na nuvem se tornará mais confusa

Não é surpresa que a segurança continue a ser um problema com a tecnologia de nuvem, especialmente agora com a introdução das leis de proteção de dados GDPR na Europa e LGPD no Brasil. Dadas as vantagens da computação em nuvem, muitas empresas provavelmente se apressarão sem considerar seriamente as implicações de segurança.

De acordo com o Gartner, “até 2020, 99% das vulnerabilidades exploradas continuarão sendo conhecidas pelos profissionais de segurança e TI por pelo menos um ano”.

Em 2019, as empresas terão a difícil tarefa de garantir que suas práticas de dados atendam plenamente aos requisitos das leis de proteção de dados.

Impulsionados pela transformação digital, veremos mais e mais empresas migrarem para a nuvem no próximo ano, o que significa que as ameaças à segurança cibernética também aumentarão.

Oitenta e três por cento das cargas de trabalho da empresa estarão na nuvem até 2020 – 41% das cargas de trabalho corporativas serão executadas em plataformas de nuvem pública, enquanto outros 22% serão executados em plataformas de nuvem híbrida.

Garantir a conformidade da nuvem com as leis de proteção de dados não será uma tarefa fácil. Os resultados de uma pesquisa recente feita pela CommVault mostraram que apenas um pequeno número (12% das 177 organizações globais de TI pesquisadas) entende como o GDPR afetará seus serviços em nuvem. Esses resultados levantam a suposição de que as empresas que usam serviços em nuvem serão mais vulneráveis.

As grandes empresas e corporações enfrentarão mais desafios do que nunca para serem competitivas neste ambiente tecnológico em constante mudança. As tendências descritas acima são áreas críticas nas quais dedicar recursos para que elas permaneçam relevantes e garantam que seus produtos permaneçam na liderança do mercado em 2019.

Carlos Mattos, Chief Architect e Head of Technology and Innovation na GFT Brasil.

Startup brasileira está entre finalistas no CODE_n CONTEST

Apresentado pela GFT, referência em tecnologias exponenciais para a transformação digital e projetos ágeis, a competição CODE_n, na Alemanha, selecionou uma empresa brasileira entre as 50 finalistas deste ano. A disputa será no new.New Festival, evento tecnológico internacional focado nas oportunidades da transformação digital, em Hanns-Martin-Schleyer-Halle, em Stuttgart, de 8 a 10 de outubro, onde finalistas apresentarão os seus modelos de negócios.

Com a seleção, a Nama, startup que une as inteligências humana e artificial para resolver comunicações complexas, terá um estande gratuito no festival por três dias e também poderá mostrar seus conceitos no palco do evento para o grande público. “Dado a relevância do new.New Festival e do CODE_n, é uma grande oportunidade para as startups poderem apresentar os seus trabalhos, os seus diferenciais, além de fazerem networking”, afirma Marco Santos, Marco Santos, managing director Latam da GFT. Os custos com a viagem e estadia do profissional da Nama serão de responsabilidade da GFT Brasil.

Um júri VIP irá selecionar os vencedores nas categorias “Melhor Modelo de Negócios”, “Melhor Inovação Tecnológica” e “Disruptor da Indústria”, além do vencedor geral no final do evento. Os Prêmios CODE_n têm um total de 30 mil euros em prêmios. Cerca de 313 startups de 42 nações se candidataram para o evento deste ano. Ao todo, 50 startups de 15 países, incluindo Brasil, África do Sul, EUA, Lituânia, Israel e Alemanha foram selecionadas como finalistas.

50 startups prontas para apresentar suas ideias inovadoras

As startups finalistas vão desde Beyond Reality e Inteligência de Máquina até a Confiança Criptográfica, temas que podem ser aplicados à indústria, setor móvel, saúde, educação e agricultura no futuro. As startups apresentarão soluções para a tecnologia de cibersegurança e blockchain e também apresentarão ideias para simplificar os processos industriais utilizando a realidade aumentada, inclusive no desenvolvimento de protótipos ou na manutenção de dispositivos técnicos.

‘A qualidade das startups candidatas este ano foi tão alta que, muitas vezes, foram apenas os detalhes que fizeram a diferença final no ranking e na seleção das top 50. Estou ansioso para receber as 50 finalistas no início de outubro aqui em Stuttgart. Todas elas fazem jus ao nosso lema de “explorar o DNA da inovação digital” e temos certeza de que o evento mais uma vez produzirá muitas colaborações e investimentos bem-sucedidos”, afirma Moritz Gräter, Managing Director do CODE_n.

Escritório com estação de trem marca investimento de R$ 3 milhões da GFT Brasil em Curitiba

A GFT Brasil, empresa especializada em tecnologia para o setor financeiro, abre escritório em Curitiba para atender o sul do Brasil e exportar serviços. O novo escritório tem layout inspirado em uma histórica estação de trem da cidade, que fica ao lado do prédio em que está a GFT. Veja os detalhes na reportagem em vídeo do valoragregado.com .

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Uso de API’s no mercado de serviços financeiros – Por Adriano Balaguer

A ideia principal deste artigo é apresentar o tema API (Application Programming Interface ou “Interface de Programação de Aplicativos”) de forma simples e sob a ótica de negócios para mostrar como as empresas podem aumentar seus negócios com sua adoção.

Uma API é um software que permite a utilização das suas funcionalidades por outros aplicativos que não pretendem envolver-se em detalhes da sua implementação, mas apenas usar seus serviços.

Uma boa maneira de entender as API’s é no contexto de uma tomada elétrica comum. As tomadas elétricas são interfaces construídas para consumir o serviço de eletricidade. A energia elétrica é o serviço e cada dispositivo que usa a eletricidade é um consumidor desse serviço.

Através da interface padrão, qualquer consumidor pode utilizar a energia necessária para suprir seus dispositivos que estejam compatíveis e conectados de acordo com a norma vigente. Para o consumidor porém, não importa o que está acontecendo do outro lado da parede, seja a fiação, a forma como a energia é gerada ou ainda onde essas fontes de energia estejam localizadas.

O provedor também não precisa explicar ou apresentar quaisquer detalhes de como os serviços são oferecidos. Em um mercado fortemente regulamentado como o de Serviços Financeiros, as informações pessoais confidenciais de correntistas serão mantidas “atrás da parede” garantindo a privacidade dos dados, o sigilo bancário e a segurança das transações.

As normas e padrões da API são disponibilizados em páginas web ou portais direcionados aos desenvolvedores, contendo a documentação oficial funcional e técnica permitindo aos interessados utilizar os produtos e serviços oferecidos pela instituição financeira.

Através da API, produtos e serviços como empréstimos, seguros, comércio eletrônico, pagamentos, informações de clientes, histórico de transações, autenticação e transferências bancárias, entre outros, poderão ser entregues a partir de uma ampla gama de dispositivos compatíveis.

Neste novo modelo de negócios, um banco pode expandir seu raio de ação e aumentar sua receita. Por outro lado, a exposição de sua marca será menor ou inexistente, uma vez que o aplicativo pode ou não indicar quem está por trás do serviço oferecido. É parte da decisão estratégica de negócios da instituição decidir por sua utilização, dependendo da expectativa de resultados. Inovação, aumento de receita, expansão, custos e segurança são fatores críticos que devem ser considerados para a tomada de decisão pela utilização de API’s.

Atualmente, mais de 15 mil API’s (nos mais variados segmentos de mercado como serviços financeiros, governo, telecom, mobile e outros) estão disponíveis no site Programmable Web. O Open Bank Project é uma API de código aberto e também loja de aplicativos para bancos que permite que as instituições financeiras desenvolvam suas ofertas digitais de forma rápida e segura usando um ecossistema de aplicações e serviços de terceiros.

Um case muito bem sucedido de API’s abertas no setor bancário é o BBVA API Market. Com presença em mais de 35 países e utilizando estratégias digitais abertas e inovadoras, em conjunto com o “mobile first” e Omni-channel, o BBVA já oferece um amplo conjunto de API’s de produtos e serviços através de seu portal.

As vantagens econômicas da utilização de APIs são vastas. Explorar este universo exige experiência e capacidade técnica para implementar e ajudar as empresas a aumentar seus negócios.

Adriano Balaguer é senior business consultant da GFT Brasil, companhia de Tecnologia da Informação especializada em Digital para o setor financeiro

IFRS9 e Basileia III: adequação e conservadorismo do mercado financeiro

Por Kleber Eduardo de Oliveira*

O avanço tecnológico expressivo dos últimos anos motivou grandes mudanças dos hábitos da sociedade, especialmente em relação às noções de tempo e de espaço. O mercado financeiro foi um setor muito impactado e contou com inúmeros benefícios.

É até curioso relembrar que, há poucos anos, as transferências bancárias demoravam dias para ser realizadas. Outro exemplo são os pagamentos com cartão de crédito, que eram feitos por boletos e criavam uma cópia com papel carbono do cartão e eram preenchidos à mão com os valores da compra. Nessa época, parcelamento da compra no cartão não era sequer oferecido pela impossibilidade de realizar essa operação. São todos exemplos que mostram grandes mudanças propiciadas pela tecnologia.

Nos dias de hoje, em apenas segundos é realizada uma transferência de recursos financeiros entre contas pelo processo de emissão de TED. Devemos isso ao avanço do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), que permitiu enormes ganhos de agilidade das transações. E, então, diante dos benefícios oferecidos pela tecnologia, sem perceber, os hábitos foram se transformando e se incorporando ao dia a dia.

Também por consequência dos benefícios tecnológicos, a mobilidade é um caso à parte, pois em qualquer ponto do planeta que tenha conexão à internet é possível realizar uma transação no mercado financeiro.

Diante deste cenário, que trouxe incomensuráveis benefícios, há um contraponto: os governos e instituições financeiras ficaram vulneráveis, expostos, pois o controle das transações não aconteceu com a mesma velocidade. Diversos países e entidades financeiras foram afetados e grandes danos foram causados.

Como medida de saneamento, os governos e entidades financeiras criaram diversas regras e sistemas de controle, compliance e risco, embora não na mesma velocidade, se relacionarmos aos avanços tecnológicos, mas eles têm muita força.

Hoje, temos governos e instituições financeiras criando e implantando métodos e sistema de identificação da origem dos recursos financeiros e processos de identificação de riscos, objetivando fortalecer a segurança de suas informações e operações.

Os mecanismos regulatórios do sistema financeiro tendem, cada vez mais, a torná-lo mais conservador. Por exemplo, neste momento se aproxima a implantação do IFRS9 pelo International Accounting Standards Board, razão de alavancagem definida pelo Comitê da Basiléia de Supervisão Bancária.

No caso do IFRS9, as entidades financeiras deverão desenvolver métodos e controles próprios dentro de suas características, assegurando que o resultado das estimativas de perdas dos instrumentos sejam contabilizados de forma razoável, além de antever possíveis sinais de inadimplência. Caso não ocorram mudanças, a previsão para efetivar a IFRS9 será em 31 de dezembro de 2018, data em que as demonstrações financeiras irão apresentar estes resultados.

O outro impacto deve-se ao índice de alavancagem definido no Acordo da Basiléia III, que define uma nova equação que se configura da seguinte forma: cálculo de alavancagem sobre Capital de Nível 1, a qual a apuração é mensal e publicada trimestralmente. Atualmente, sua média tem o valor de limite mínimo de referência a 3% até o final de 2016, após esta data este valor será revisto.

O escopo tende a ficar mais rigoroso a cada revisão. Atualmente, o tratamento de derivativos, transações de financiamento em valores mobiliários SFTs (Securities Financing Transactions) e seus colaterais devem ser entendidos como operações compromissadas. Assim, estudos estão sendo desenvolvidos para encontrar a melhor exposição desta contabilização.

As entidades financeiras em geral possuem sistemas ajustados para avaliação do cliente e seus produtos, em diversos graus de sofisticação. Referidos sistemas respondem às necessidades de cada instituição, com a implantação das regras risco e capacidade. Vários dos já existentes deverão passar por um processo significativo de atualização, chegando ao limite de substituição.

Notoriamente, a capacidade de processamento de informações tem incrementado nos sites tecnológicos das instituições, pois com estas novas necessidades de informação, principalmente no que se refere à análise de risco e capacidade, certamente devem realizar um grande investimento em novos desenvolvimentos e infraestrutura de processamento.

As entidades financeiras podem implementar ou desenvolver sistemas que atendam aos controles internos em face da implementação das regras expostas. Isso com certeza demandará novos modelos de dados, processos e certamente novos cenários de testes de stress nos seus sistemas de risco e compliance.

Kleber Eduardo de Oliveira é head funcional de Mercado de Capitais da GFT Brasil, companhia de Tecnologia da Informação especializada em Digital para o segmento financeiro

Agile Banking é tema de webinar promovido pela GFT Brasil

Companhia de Tecnologia da Informação especializada no setor financeiro ministra primeiro seminário on-line sobre tema que desafiará os serviços financeiros

Nos próximos cinco anos, consultores da indústria preveem que 35% das receitas dos bancos estarão ameaçadas por novos players na indústria. O aumento da quantidade de clientes que desejam serviços financeiros digitais, mais ágeis e conectados desafiará a infraestrutura tradicional das instituições financeiras, abrindo espaço para novos players no mercado. Estas empresas estão, cada vez mais, ganhando participação no mercado pela eficiência e agilidade nos serviços prestados.

Diante deste cenário, a GFT Brasil, companhia de Tecnologia da Informação especializada em Digital para o setor financeiro, ministrará no dia nove de junho de 2016, das 11h às 12h, seu primeiro Webinar, uma iniciativa que a cada mês irá abordar temas que têm desafiado o mercado e que são de grande interesse público.

Para o mês de junho, o tema escolhido será “Agile Banking: um novo jeito de moldar seu negócio”. O conteúdo programático do seminário on-line envolve os princípios do Agile Banking e como as soluções de transformação digital podem ajudar as instituições financeiras na melhoraria de seu posicionamento de forma competitiva, desbravando novos mercados, além de atrair e reter mais clientes.

O evento é gratuito e as vagas são limitadas. As inscrições poderão ser realizadas pelo site www.gft.com/webinar ou através do telefone (11) 2176-3253 (com Andressa Oliveira).

Data: 9 de junho de 2016
Horário: Das 11h às 12h (horário de Brasília – Brasil)
Local: Em um computador com áudio e acesso a internet (os detalhes de conexão serão enviados aos participantes inscritos dois dias antes do evento).