Mais de R$ 9,5 bi do Reintegra aguardam resgate das exportadoras brasileiras

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De acordo com levantamentos da Becomex, uma empresa especializada no gerenciamento integrado na área tributária e operações internacionais, dos R$ 19 bilhões que o governo esperava devolver às empresas brasileiras exportadoras por meio do Programa Reintegra, apenas metade (R$ 9,5 bilhões) foi resgatada, mesmo em tempos de crise. A outra metade ainda está lá na Receita, esperando as empresas exportadoras do Brasil requisitarem esse benefício fiscal.

Em vigor desde 2011, o Reintegra é um mecanismo criado pelo governo para devolver uma parcela dos impostos pagos na cadeia produtiva às empresas exportadoras de bens manufaturados no Brasil. Como sugere o nome, tem por objetivo reintegrar valores referentes a custos tributários residuais existentes nas cadeias de produção. Assim, a pessoa jurídica produtora e exportadora de bens manufaturados no País, poderá reaver parcial ou integralmente o resíduo tributário existente na sua cadeia de produção.

“O crédito proveniente do Reintegra é um recurso extra, um ‘dinheiro novo’ esperando ser resgatado, o que pode impactar positivamente nos resultados da empresa”, explica o vice-presidente de Operações da Becomex, Rogerio Borili.

Antes de solicitar os créditos do Reintegra a empresa precisa fazer uma apuração correta dos dados. Para isso, ao invés de procurar a terceirização dessa operação com parceiros da área jurídica ou da área de TI, o ideal é que se busque uma parceria completa, que possa garantir uma operação com compliance e com soluções de tecnologia feita sob medida, e que atenda às particularidades de cada empresa.

“Optar por um parceiro completo – não só tributário nem somente de sistemas – será estratégico para requerer o crédito, pois as inúmeras intimações nos pedidos se deve às divergências de informações”, afirma Borili.

Os créditos do Reintegra podem ser pedidos trimestralmente, ou seja, em julho já será possível solicitar o crédito referente ao 2º trimestre. É importante ficar atento porque quanto mais rápido for solicitado mais rápido o seu resgate.

Recentemente, levantamentos da Becomex também apontaram que mais de 50% das empresas exportadoras no Brasil pagam mais impostos do que deveriam por não aproveitar corretamente os benefícios fiscais e aduaneiros existentes. O estudo também revelou que muitas empresas sequer sabem o potencial que poderiam economizar com o pagamento de impostos e tributos.

“O investimento em inteligência fiscal e tributária é fundamental, pois as empresas gastam 1/3 de suas receitas, em média, por não conseguir fazer os controles fiscais de forma estratégica, pagando imposto a mais desperdiçando a chance de trazer o chamado ‘dinheiro novo’ para seus cofres, o que faz toda a diferença especialmente em tempos de crise”, declara Rogério Borili.

Tecnologia inteligente é o futuro da indústria que atende o comércio internacional

O investimento cada vez maior em tecnologia é visto por muitos especialistas como tendência nos setores de comércio exterior, logística e transporte de cargas. Integrando a chamada “Indústria 4.0” ou “Quarta Revolução Industrial”, que prevê a evolução e a transformação dos mercados no âmbito de novas soluções e de tecnologias inteligentes, grandes empresas apostam no desenvolvimento de softwares e serviços automatizados e integrados para reduzir custos, aumentar a eficiência, a produtividade e a competitividade.

Uma delas é a Bysoft/NSI. De acordo com a CEO da empresa, Edneia Moura Chebabi, a Bysoft não desenvolve apenas sistemas que visam a gestão dos processos relacionados ao comércio exterior, mas soluções cognitivas, com foco na produtividade e na redução de custos de todos os intervenientes da cadeia: agentes de carga, exportadores, importadores e despachantes aduaneiros. “Todas as nossas soluções são integradas, de maneira inteligente, provendo informações online e em tempo real que são distribuídas pela cadeia e permitem a rápida tomada de decisões tanto pela indústria quanto pelo prestador de serviços”, afirma.

A executiva acrescenta ainda que, controlar os prazos de cada fase do processo de desembaraço aduaneiro é a expertise da companhia e cita alguns exemplos dos serviços oferecidos. “Os processos da indústria farmacêutica são um exemplo, pois envolvem o controle por parte da Anvisa. Contribuímos para que o prazo de liberação dos produtos seja infinitamente menor, proporcionando o peticionamento de forma automatizada. Outro exemplo são as contenções de multas, em processos que envolvem o Siscarga (sistema de controle de cargas da Receita Federal), no qual ofertamos uma ferramenta de integração em tempo real, com alertas automáticos”, ressalta a CEO da Bysoft, que será uma das expositoras da Intermodal South America, de 4 a 6 de abril, em São Paulo (SP).

Por outro lado, quando o assunto é a tecnologia aplicada ao segmento portuário, a T2S Tecnologia aposta no desenvolvimento de softwares customizados para os principais portos e terminais do país. Segundo o diretor comercial da empresa, Ricardo Pupo Larguesa, o ano de 2016, na contramão da crise econômica, foi muito bom para a T2S. “Expandimos nossa atuação para diversos outros estados. Em um comparativo de 2015 para 2016, esse foi um dos fatores que fez com que registrássemos um crescimento de mais de 60% em nosso faturamento”, comemora.

Larguesa destaca também alguns cases que contribuíram para que a empresa pudesse alcançar este resultado. “Fizemos algumas grandes implementações no último ano, como a troca do sistema de controle operacional do terminal de contêineres do porto de Paranaguá, no Paraná, por um software norte-americano, o Navis, do qual somos parceiros. Paralelamente, realizamos também a substituição do sistema operacional do terminal de contêineres do porto de Suape, em Pernambuco, que entrará em produção agora em fevereiro”.

“Outras implementações que estão em andamento são as dos novos sistemas de operações dos terminais da Wilson Sons em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, e em Salvador, Bahia, com conclusões previstas para o final do primeiro semestre e para o fim do segundo semestre deste ano, respectivamente”, completa o diretor comercial da T2S Tecnologia, que também irá apresentar suas novidades na Intermodal.

“A inserção dos conceitos de Sistemas Ciber-Físicos, Internet das Coisas e Computação em Nuvem não só nos portos, mas em todas as vertentes dos setores de transportes de carga, logística e comércio exterior é, felizmente, um caminho sem volta. A iniciativa privada vem estudando e implementando muitas possibilidades. Só na Intermodal temos mais de 12empresas de tecnologia expondo soluções. O setor acadêmico também contribui. Vale lembrar que, já em 2008, a Escola Politécnica (Poli) da USP começava a desenvolver, por exemplo, uma tecnologia de rastreamento da cadeia logística da carne bovina, que agiliza o processo de exportação, e que hoje é o sistema oficial utilizado pelo Ministério da Agricultura”, reforça Ricardo Barbosa, gerente do evento.

Tendências – De olho no futuro da inovação no transporte, armazenagem e distribuição de cargas, a 23ª edição da Intermodal promoverá o evento “Tendências Tecnológicas na Logística”, em um encontro que reunirá especialistas, executivos e representantes do setor, onde serão apresentadas e discutidas as últimas tendências e estratégias em conceitos, modelos, processos e tecnologias inteligentes.

Com início às 08h30 do dia 6 de abril, o evento contará com uma repleta grade de programação. Às 09h, a gerente de logística da Ajinomoto, Maristella Andrade, palestrará sobre a aplicação do footprint como solução integrada para otimizar a cadeia de suprimentos. Às 09h40, o diretor industrial da Lóreal, Antônio Grandini, e o professor de logística e orientador de gestão empresarial da consultoria Premiatta, Paulo Bertaglia, dissertarão sobre “a quarta revolução industrial” e a “logística 4.0”.

Já às 10h50 será a vez do professor e coordenador do laboratório em logística e transporte da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas (FEC/UNICAMP), Orlando Fontes Lima, que apresentará o raio x da logística do futuro e as macro tendências tecnológicas que podem transformar o cenário logístico atual. Por fim, às 11h40, o diretor de logística e transporte da Pirelli na América Latina, Rodolfo Giotto, debaterá sobre o que as empresas estão fazendo para inovar em momentos de crise.

Para mais informações sobre essa e outras conferências da Intermodal 2017, acesse – http://www.intermodal.com.br/pt/conferencia-2/primeiro-dia

Sonda IT desenvolve sistema para atendimento do Recof-Sped

O Recof-Sped, versão ampliada do regime Recof (Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado), que parte da iniciativa de aperfeiçoamento de regimes tributários para o apoio às exportações – um dos pilares do Plano Nacional de Exportações –, passa a ser atendido pela Sonda IT, maior integradora latino-americana de soluções de Tecnologia da Informação.

O beneficiário pode admitir as mercadorias no regime suspensivo em fluxo contínuo, com segurança, previsibilidade e sem a necessidade de formalização de novas concessões. “Trata-se de uma grande oportunidade aos contribuintes, visto que o usufruto do regime traz ao seu beneficiário uma vantajosa flexibilidade: isenta de multas a empresa que compra insumos no mercado nacional com suspensão tributária e depois não consegue exportar a quantidade prevista – cabe à empresa apenas pagar o imposto devido”, explica a coordenadora de produto da Sonda IT, Tatiana Almeida.

A nova modalidade, que traz a ampliação do regime Recof para todos os segmentos da indústria e, em sua essência, mantém os mesmos benefícios do tradicional regime, prevê como um dos principais pontos de mudança o controle em conjunto com a Escrituração Fiscal Digital – EFD em linha com as novas exigências para o livro de registro de controle da produção e do estoque – Bloco K.

Com a simplificação de procedimentos, não é mais obrigatória a homologação do sistema de controle junto à Receita Federal do Brasil, mas ainda assim há a responsabilidade da gestão informatizada do regime para a garantia de governança e de compliance com as exigências legais. “Não é mais necessária a manutenção de um portal. O regime tornou-se mais aderente às empresas. Antes o governo exigia um portal com cerca de 100 relatórios, ou seja, uma infraestrutura bem mais complexa. Mas é importante que o usuário conte com uma ferramenta como a nossa, que corrige eventuais falhas e obtém retorno consistente de diversos tipos de operações de negócios”, acrescenta Tatiana.

Para atender ao Recof-Sped, a Sonda IT desenvolveu uma ferramenta com três ofertas para clientes do universo SAP: uma opção em Hana utilizando a estrutura do TDF (Tax Declaration Framework), outra em Hana e sem a estrutura do TDF, e uma terceira totalmente ABAP (linguagem de programação nativa da SAP). O sistema da Sonda IT rastreia o produto desde a aquisição até sua destinação, seja ela mercado nacional ou internacional.

“Nosso trabalho é garantir que a empresa esteja cumprindo o que determina a legislação. Além de resguardar as companhias de possíveis autuações, controlamos, por exemplo, a solicitação de prorrogação de cada item importado que ainda não foi utilizado no processo produtivo e que está próximo do prazo de vencimento de pagamento dos tributos suspensos na importação”, finaliza a coordenadora, acrescentando que este e outros relatórios gerenciais permitem que o cliente tenha uma visão detalhada de todo o ciclo, dando condições para a tomada de decisões.

80% dos empresários apontam que o Brasil deveria negociar internacionalmente independente do Mercosul; aponta enquete Amcham

Na visão do empresariado, o governo brasileiro deveria negociar internacionalmente de forma independente do Mercosul, em detrimento a decisão 32/00 que obriga os países membros do bloco a negociar conjuntamente. A conclusão é de sondagem realizada pela Amcham, no último dia 9/5, com 90 empresários, em São Paulo. Para 80% dos presidentes e diretores consultados, o Brasil deve buscar mais tratados internacionais de forma unilateral, mesmo à revelia do Mercosul.

Da parte da iniciativa privada, a expectativa é alta para esta maior adesão brasileira a outros países e mercados. Prova disso é que 79% dos consultados afirmaram hoje já está buscando investir fortemente para aprimorar sua gestão e torna-se mais produtivo e competitivo globalmente diante da possibilidade de novos acordos. Só 17% deles informou investir de forma modesta para a concorrência mais globalizada.

Prioridade deve ser acordo Brasil-EUA

Outra conclusão do estudo é que a assinatura de um acordo comercial Brasil-EUA seria relevante para os negócios das empresas brasileiras. Para 60% dos presidentes e diretores consultados, a parceria com os norte-americanos é vista como mais vantajosa e relevante, enquanto 34% avaliou o bloco europeu como prioritário.

Em relação à agenda positiva dos acordos, os empresários apontaram três grandes prioridades: convergência regulatória de medidas técnicas, sanitárias e fitossanitárias (30%); cooperação de investimentos (28%); e facilitação de procedimentos burocráticos no processo de comércio exterior (26%).

Outro ponto de desejo do empresariado diz a respeito à realização de um programa planejado de integração com as cadeias europeia e americana, importando mercadorias intermediárias a serem reexportadas para esses mercados. Para 55%, a medida teria efeito positivo no curto e longo prazo. Uma minoria de 20% prevê perdas no primeiro ano, porém com ganhos nos anos seguintes.

Impactos de outros acordos

Apesar do baixo número de tratados preferenciais já estabelecidos, 57% dos empresários ouvidos informaram já se beneficiar dos acordos comerciais que o Brasil faz parte, mostrando a sua importância na inserção do País na corrente de comércio do mundo.
Os empresários (71%) enxergam também com otimismo os Acordos de Cooperação e Facilitação de investimentos (ACFIs) usados recentemente para acessar mercados, especialmente África e Ásia. Uma fatia de 19% informou já ter se beneficiado.

Outra avaliação positiva do empresariado diz a respeito à importância dos recentes acordos assinados envolvendo México, Chile, Peru e Colômbia. A maioria aponta como muito importante ou importante (74%) para estimular negócios bilaterais e proporcionar mais segurança ao investimento privado.
Hoje, 75% dessas organizações afirmou ter investimentos/negócios nesses países.

A PESQUISA e o +COMPETITIVIDADE BR

A Amcham ouviu 90 empresários de grande e médio porte de todos, sendo 85% deles de empresas brasileiras. Os empresários foram ouvidos em pesquisa em tempo real em evento da Amcham sobre Acordos Comerciais na sede da entidade, em São Paulo, no último dia 9/5.
A pesquisa integra a agenda do Mais Competitividade Brasil, programa lançado pela Amcham envolvendo cinco mil empresas, em 14 cidades, com o objetivo de construir uma agenda privada em prol da maior competitividade e produtividade brasileira.

Couromoda 2016: Brasil confirma sua forte participação no mercado internacional calçadista

A 43ª edição reúne 1500 marcas expositoras e cerca de 2 mil compradores internacionais em,fomentando e ampliando a geração de negócios e a presença internacional do mercado brasileiro no mercado externo

Exportação é a aposta da 43ª edição da COUROMODA 2016, que reúne 1500 marcas expositoras, sendo dessas 150 exportadores, na maior feira latino-americana de calçados e artigos de couro que acontece na capital paulista, até 13 de janeiro. De acordo com Jeferson Santos, Diretor Geral da Couromoda, as exportações de calçados começaram a crescer no final do ano, em novembro e a tendência é crescer este ano. “Nossa expectativa é que em 2016 o setor calçadista cresça entre 3% a 4%” e a feira esta fomentando o encontro entre produtores e importadores.

A Couromoda trouxe 2 mil compradores vindos de mais de 60 países. Dois programas fomentam este público: o “Couromoda Exportação / Vitrine Exporter”, que reúne este ano 113 compradores internacionais.

Segundo Omar Daifallah, gerente geral do grupo Oxygen, localizado no Kuwait, e antigo parceiro de diversos produtores locais, o Brasil tem se tornado competitivamente mais interessante frente aos grandes players internacionais do segmento. “No passado cheguei a importar 100 mil pares de sapatos por ano de fabricantes brasileiros, mas com a valorização do real na época, havia deixado este mercado em stand by”, comenta o importador. “Hoje, o país oferece preços mais competitivos devido ao cambio, mas com produtos que apresentam qualidade superior aos seus concorrentes diretos.” Há cinco anos Daifallah participa da feira.

A Piccadilly, por exemplo, recebe em seu segundo dia de feira compradores da China, o que, segundo a Cristine Nogueira, CEO da companhia, é uma surpresa. “A China é um mercado acirrado com preços extremamente competitivos. Tê-los aqui interessados em nossos produtos é uma referência do quanto o segmento calçadista brasileiro é consolidado globalmente. Hoje, a companhia exporta atualmente para mais de 90 países, com mais de 7 mil pontos de vendas no exterior. São 31 lojas exclusivas em nove países. No ano passado as exportações representaram 27% do faturamento da empresa. Com a reabertura do mercado na Argentina a empresa tem como expectativa crescer em 35% as exportações”, concluí Cristine.

Já para Jorge Bischouff, CEO do grupo que engloba a marca que leva seu nome, além de Loucos & Santos e private labels, registrou em 2015 um crescimento de vendas de 60%, em relação a 2014, e a previsão é que esse número cresça para 40% neste ano. O executivo reforça que o momento é ideal para fortalecimento do grupo no mercado internacional “Apresentamos produtos de padrão internacional, alta qualidade, design diferenciado e agora a movimentação do cambio nos permite oferecer preços ainda mais competitivos”, salienta Bischouff. “O novo panorama econômico nos possibilita explorar nosso potencial de forma plena”. O grupo está presente em 47 países, com grande foco na América Latina, onde apresenta consideráveis volumes de vendas na Colômbia e no Perú, além da Rússia e o mercado europeu Rússia. Temos, por exemplo, agendamento por meio do programa com um importador Holandês, mercado nunca trabalhado por nós antes”, reforça Bischouff.

Os produtores especializados no segmento infantil também comemoram os números positivos. Segundo Ricardo Brito, CEO da Pimpolho, que exporta para mais de 40 países e está presente no mercado internacional há mais de 17 anos, comemora o crescimento de 20% em 2015, com relação ao ano anterior. Entre os países mais rentáveis para o negócio estão Bolívia, Equador e o mercado Africano.

Para o mercado interno, a feira também criou uma plataforma inédita. O “Matchmaking”, conta com uma agenda diária para expositores e lojistas nacionais e importadores e incentiva rodadas de negócios presenciais entre esses públicos, firmadas de acordo com os interesses geográficos e de mix de produtos. Espera-se até o final da feira cerca de 8 mil l agendamentos

Dados do Setor:

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) o Brasil é o terceiro maior produtor de calçados do mundo. Apesar da queda em comparação a 2014, por questão do momento econômico, o Brasil segue exportando para cerca de 150 países, e tem como principal mercado exportador os Estados Unidos, para onde foram embarcados 11,76 milhões de pares por US$ 191,87 milhões em 2015. Já o segundo destino do calçado brasileiro é a Argentina, que comprou 8 milhões de pares por US$ 67,48 milhões. E em terceira posição a França com 8,46 milhões de pares, no mesmo período.

O ano de 2015 fechou, ao todo, o embarque de 124 milhões de pares por US$ 960,4 milhões. Com o dólar valorizado, as importações caíram, o que auxiliou os produtos. No ano passado entraram no país 33,26 milhões de pares por US$ 481 milhões, números inferiores em 9,6% em volume e 14,3% em dólares em relação a 2014.

Balança comercial calçados 2015:

Exportação: US$ 960,4 milhões
Importação: US$ 481 milhões
Balança comercial: US$ 479,37 milhões
Principais destinos: Estados Unidos, Argentina, Bolívia e França

Abinee: Humberto Barbato acredita que exportações podem salvar indústria elétrica e eletrônica

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, apresentou, em Curitiba, as projeções do setor eletroeletrônico para 2015, com base no desempenho e dados econômicos do primeiro semestre. “A queda do consumo no mercado interno é muito grande e a repercussão disso é extremamente grave. Já tivemos uma perda de 15 mil empregos somente neste primeiro semestre de 2015. Isso é um número muito considerável, pois tínhamos 200 mil empregos no setor eletroeletrônico no país. Nós perdemos cerca de 8% de nossa força de trabalho”, afirmou Barbato.

De acordo com o levantamento, o panorama e o prognóstico não são nada otimistas: o Produto Interno Bruto (PIB) deverá permanecer em queda, haverá diminuição da produção, continuará o crescimento do desemprego, da inflação e dos juros, uma redução do crédito de pessoa física e jurídica, retração dos investimentos, ainda mais queda do índice de expectativa do consumidor, uma deterioração do índice de confiança do empresário, resultados desfavoráveis das contas públicas e aumento do Risco Brasil.

Segundo a Abinee, a produção física do setor eletroeletrônico apresentou queda de 17% no primeiro semestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, o faturamento real teve retração de 13%. Barbato revelou ainda que, se o mercado continuar como está, o setor eletroeletrônico deverá fechar o ano com retração de 5%, com o faturamento ficando em R$ 146,7 bilhões (R$ 153,8 bilhões em 2014). “No primeiro semestre, tivemos uma queda de 26% nas vendas de produtos de informática e 12% na de celulares. Isso é muito significativo, pois trata-se de um segmento que, normalmente, apresenta números positivos, e não será em seis meses que conseguiremos repor”.

Ao falar de perspectivas para este segundo semestre, Humberto Barbato citou o resultado da última Sondagem Abinee feita com cerca de 500 associadas da entidade em todo país. O levantamento mostrou que 40% das empresas falam em retração, 25% em estabilidade e 35% em crescimento.

Uma das orientações da Abinee para seus associados é investir nas exportações, especialmente com base no Plano Nacional de Exportações – lançado há cerca de um mês pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “O plano de exportações do governo é uma alavanca importante para redesenhar o comércio exterior e aprofundar as ferramentas para ter uma maior inserção no mercado externo. Perdemos muito nos últimos anos e precisamos de diversos instrumentos que nos permitam chegar novamente nesses mercados, que são importantes para o Brasil”, disse.
Ele afirmou que é preciso recuperar o mercado internacional e espaço perdidos nos últimos anos. Em 2006, as exportações do setor representavam 19,2% do faturamento, hoje não chegam a 10%. “O país tem uma participação no mercado externo de manufaturados muito pequena e precisa aumentar. Nós precisamos nos aproximar novamente de grandes mercados, como dos Estados Unidos”.

No ano passado, o Brasil exportou US$ 6,5 bilhões e neste ano, considerando o mesmo período, US$ 6 bilhões, revelando uma retração de 8%. “A exportação é o único caminho hoje para desovar boa parte da produção, já que o Brasil perdeu mercados por causa da desvalorização exacerbada da moeda nos últimos anos, por causa de uma política monetária bastante irresponsável, que penalizou a indústria de uma maneira absurda e que agora está se revertendo, felizmente”, declarou. O levantamento apontou ainda que as importações terão retração de 13%, ficando em US$ 36 bilhões. Com isso, a balança comercial de produtos do setor apresentará um déficit US$ 30 bilhões.

Para Barbato, não existe mágica para o segundo semestre. “Esperamos uma melhora, já que o segundo costuma ser melhor que o primeiro, até por causa das festas de final de ano. Mas, conseguiremos reverter as perdas do setor somente no final de 2016.”

Os números foram apresentados no “Café da Manhã com o Presidente”, evento anual tradicional promovido pela regional PR/SC da entidade, no Campus da Indústria do Sistema Fiep, em Curitiba.

Veja a Apresentação de Humberto Barbato na Reunião da Regional PR/SC

Fonte: Abinee

Organics Brazil fecha 2012 com mais de US$ 129 milhões em exportação

O projeto Organics Brazil, coordenado nacionalmente pelo IPD – Instituto de Promoção do Desenvolvimento, encerra o ano de 2012 com US$ 129,5 milhões em negócios de exportação para os próximos 12 meses, informa seu coordenador-executivo, Ming Liu. “Foi um resultado acima de nossas expectativas para um mercado que ainda ressente da retração da economia, principalmente na Europa”, diz. O segmento de orgânicos, entretanto, continua em alta: em 2012, o Organics Brazil aumentou as exportações do grupo de 74 empresas na ordem de 50% em relação ao ano passado. “Foi um grande resultado impulsionado pelas exportações de açúcar, pois continuamos sendo o maior exportador de açúcar orgânico do mundo com cerca de 250 mil toneladas/ano”, diz Ming Liu. “Em 2013, como tendência mundial, apostamos no crescimento do setor de ingredientes funcionais, probióticos e suplementos alimentares”, complementa Liu.

O diretor-presidente do IPD, Sandro Vieira, ressalta a importância do instituto continuar apoiando o Organics Brazil em 2013: “O Brasil reúne todas as condições para se estabelecer como um dos maiores produtores de orgânicos do mundo e o IPD continuará dando suporte a esta iniciativa. Queremos aumentar o número de associados e ampliar a geração de negócios das empresas brasileiras no exterior”, afirma.

Paraná cria agência para promover o comércio exterior

O governador Beto Richa participou nesta quarta-feira (7), em Curitiba, do lançamento da Agência de Internacionalização do Paraná, voltada para a promoção do comércio exterior no Estado. O órgão faz parte do programa Paraná Competitivo e representa o esforço do governo para consolidar um bom ambiente de negócios no Paraná a partir da associação entre diversas entidades ligadas ao comércio exterior. A agência é uma associação civil sem fins lucrativos constituída por empresas, pessoas físicas, instituições do setor privado, entidades associativas e os poderes públicos estadual e municipal. Leia mais…

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