Na imagem, Os cofundadores do Ebanx, Alphonse Voigt, Wagner Ruiz e João Del Valle. Foto: Divulgação
A startup curitibana Ebanx é o primeiro unicórnio – denominação dada às empresas de tecnologia avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais – do Vale do Pinhão e da Região Sul. Até o momento, todas as empresas que chegaram à marca eram de São Paulo e do Rio de Janeiro.
O feito acontece após a Ebanx, líder em serviços de processamento de pagamentos, receber recursos do FTV Capital, fundo de investimento do Vale do Silício (EUA). O valor do aporte não é revelado, mas parte do montante será usada na contratação de novos funcionários para a sede de Curitiba, que atualmente conta com 500 empregados.
“Alcançar o status de unicórnio é um reflexo das soluções únicas que criamos para atender às demandas de algumas das maiores marcas do mundo, desde que fundamos o Ebanx, em 2012”, destaca Alphonse Voigt, cofundador e CEO da startup curitibana.
Com previsão de dobrar o volume de processamento este ano em relação a 2017, para mais de US$ 2 bilhões, o Ebanx decidiu tomar o aporte para acelerar seu crescimento, reforçando o time em Curitiba e outros escritórios, nas áreas de vendas, marketing e TI, e a expansão pela América Latina.
Amadurecimento
“O Ebanx é o primeiro unicórnio do Vale do Pinhão e da Região Sul, uma amostra do amadurecimento do ecossistema de Curitiba”, comemora o prefeito Rafael Greca.
Greca lembra que, desde o início de sua gestão, o município vem desenvolvendo ações para que Curitiba volte a ter um ambiente mais favorável a investimentos.
Além de agilizar a abertura de empresas com a adesão da cidade ao sistema Empresa Fácil (Redesim), a Prefeitura relançou, em 2018, o Curitiba Tecnoparque, programa de fomento municipal que oferece desconto de 5% para 2% no Imposto Sobre Serviços (ISS) a empresas que investem em tecnologia e inovação na capital.
Como resultado, no primeiro trimestre de 2019, a arrecadação de Imposto sobre Serviço (ISS) cresceu 20%. As empresas do Tecnoparque juntas faturam R$ 4,1 bilhões e geram 8,1 mil empregos diretos na capital.
Curitiba criou ainda 17.632 vagas com carteira assinada de janeiro a agosto, o melhor resultado para o período desde 2012, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. Em oito meses, o volume de vagas geradas na capital já supera o de todo o ano passado, quando foram criados 13.681 empregos.
Curitiba foi a terceira cidade que mais gerou empregos no País, atrás apenas de São Paulo (63.920) e Belo Horizonte (18.194).
Sempre que falamos sobre tecnologia e novas tendências, remetemo-nos ao Vale do Silício, na Califórnia, nos Estados Unidos. Trata-se de uma região de referência para as grandes empresas do ramo onde elas trocam ideias e mantêm um espaço de inovação e de tecnologia da informação. Porém, outras regiões têm investido em espaços para reunir as principais startups, buscando alavancar e promover esse tipo de empreendedorismo. Aqui no Brasil, temos o Vale do Pinhão, localizada na capital paranaense, que busca consolidar e ampliar o movimento de inovação que Curitiba estabeleceu nos últimos anos.
A cidade de Curitiba, com seu histórico e vanguarda de inovação, tem atraído diversas startups e mão-de-obra de fora, principalmente, por causa das possibilidades criadas pela região, em conjunto com a criação do Vale do Pinhão. O Movimento 100 Open Startup, que avalia a atratividade dessas empresas para grandes instituições, posicionou a capital paranaense como uma das mais importantes. O levantamento revela que há dez microempresas sediadas na cidade que estão entre as mais relevantes do Brasil dentro do perfil de startups. A mais bem colocada, por exemplo, tem o foco total na realidade aumentada e virtual da indústria 4.0, além do propósito de resolver problemas de maquinários no chão das fábricas.
Esse boom dá-se por diversos motivos, entre eles, o ecossistema local e o fato de as pessoas estarem buscando inovação por meio de tecnologia e gerando novos negócios. Todos eles somados acabaram tornando a cidade de Curitiba em uma referência em tecnologia no Brasil. Mesmo enfrentando algumas dificuldades por fatores que fogem da alçada da sociedade, Curitiba concentra cerca de 57% das startups do estado do Paraná, trocando informações, agregando conhecimento e trabalhando em prol do desenvolvimento local. Além das universidades e a própria iniciativa privada, por meio de grandes corporações locais e empreendedores que buscam constantemente estabelecer novos negócios inovadores. Outro ponto que precisa ser destacado é o incentivo da prefeitura municipal que realiza um projeto de pesquisa e inovação para as empresas de tecnologia localizadas na capital. As companhias enquadradas nesse programa recebem benefício fiscal com a redução de alíquota de Imposto Sobre Serviços (ISS) de 5% para 2%. É uma forma de incentivar as startups a se instalarem na cidade. Vale ressaltar que o governo também estabeleceu um incentivo estadual para empresas que promovem a expansão de seus negócios no estado. Esse é um projeto que faz parte do Programa Paraná Competitivo.
Além desses benefícios, Curitiba também possui um parque tecnológico que integra o Vale do Pinhão. Esse ecossistema de inovação composto basicamente por universidades, aceleradoras e startups visa aos avanços na área de inovação para agregar melhorias à qualidade de vida dos cidadãos e gerar eficiência nas operações urbanas. Esse é outro ponto benéfico para as startups migrarem para Curitiba, pois a troca de informação é fundamental para o crescimento.
Manter os interesses das startups em continuar no Vale do Pinhão é primordial para o crescimento e investimento dos empreendedores na região. Quanto mais benefícios essas empresas angariarem, mais o espaço receberá uma diversidade de companhias. Somando essas duas ações, podemos ter, em questão de comparação, um verdadeiro Vale do Silício brasileiro.
João Panceri, o sócio da KPMG responsável pelo estado do Paraná e de Clientes e Mercados da região Sul Aldo Macri, sócio-diretor da KPMG responsável por Clientes e Mercado da região Sul
A Bcredi – fintech especializada em crédito com garantia de imóvel – está crescendo rapidamente e abrirá até setembro processo seletivo para 50 vagas de trabalho em Curitiba (PR) e em São Paulo (SP). Do total, dez posições já estão abertas. Serão selecionados profissionais com perfil técnico que possuam experiência nas áreas de crédito imobiliário, tecnologia da informação, comercial, recursos humanos e vendas. Mais informações sobre as vagas em http://bcredi.gupy.io/.
“Iniciamos nossas operações em 2017, com 20 pessoas, e terminamos 2018 com 48. Atualmente, nosso quadro já conta com 103 colaboradores”, diz Maria Teresa Fornea, CEO da Bcredi. O crescimento do time vem para acompanhar a rápida expansão do negócio.
“Nossas projeções são ambiciosas. Queremos quadriplicar nossa operação, chegando a 120 milhões em originação até o final de 2019”, diz Maria Teresa. Muito além de metas desafiadoras do negócio, esses números representam capital de giro aplicado, dívidas quitadas, negócios abertos e estímulos sobre mercados que vão além do imobiliário.
No portal http://www.bcredi.com.br/ os usuários podem fazer simulações sobre crédito imobiliário. O investidor pode trocar uma dívida pesada por um crédito saudável, aplicar na própria empresa, abrir uma franquia ou ainda usar os recursos para construir ou reformar.
A startup curitibana Olist, que oferece soluções para a venda em marketplaces, acaba de lançar um programa diferenciado para recrutamento de novos talentos. A ideia é trazer estudantes universitários de qualquer curso, prestes a se formar ou recém-formados, para uma imersão na realidade de uma startup em estágio avançado, uma experiência tão agregadora quanto uma pós-graduação na prática.
O nome do programa é Olist Start e tem como objetivo treinar novos talentos nas diversas áreas que compõem uma startup. “Queremos os melhores candidatos e estamos dando a chance para que eles escolham trabalhar aqui, não o contrário”, explica Daiane Peretti, Head de Pessoas do Olist.
Startups de alto desempenho em geral contam, também, com um time de altíssimo rendimento e esta lógica inversa faz sentido quando se olha para o tipo de empresa que os recém-formados sonham em trabalhar. O que o Olist quer fazer com o programa é justamente dar esta oportunidade.
Nesta primeira edição, as posições disponíveis são as de Representantes de Desenvolvimento de Vendas (SDRs), responsáveis pela primeira interação com os clientes em potencial, e as de Analistas de Relacionamento, responsáveis pela primeira etapa do pós-venda.
O programa já está aberto aos interessados e captando currículos. As inscrições podem ser feitas até 30 de abril pelo site olist.com/olist-start, e ao final do processo a empresa vai contratar os 15 melhores colocados. A seleção será dividida em quatro etapas: avaliação de currículo, apresentação de cases e dinâmicas em grupo, entrevistas técnicas e comportamentais e, por último, as entrevistas finais.
Segundo a psicóloga Daniela Camolês, uma das Business Partners do Olist, a ideia surgiu do desafio de acelerar o crescimento da empresa e unir este momento com a necessidade de encontrar profissionais com brilho nos olhos. “Procuramos pessoas com vontade de colocar a mão na massa e fazer acontecer”, explica Daniela.
Fit cultural vale mais do que experiência
Para o Olist, o alinhamento entre os ideais do candidato e os da empresa valem mais do que a experiência do jovem talento. Eleita em 2018 uma das melhores empresas para trabalhar no Paraná pelo Great Place To Work (GPTW), o ambiente de trabalho na startup, segundo Daniela Camolês, é agradável e informal, estimulando a criatividade, a cooperação, o aprendizado e a autonomia das pessoas. “A equipe é motivada e focada em resultados, e o trabalho em conjunto é fundamental”, afirma.
O economista Leonardo Dabague, Diretor de Merchants, está na empresa desde 2016 e conta que o Olist cresce e proporciona desenvolvimento diário. “Desde a primeira semana aqui tive uma experiência muito intensa e enriquecedora. Nós podemos não apenas sugerir melhorias, mas também concretizar, aprender, construir e enfrentar desafios todos os dias”, explica Dabague, que começou na empresa como Sales Ops, se tornou gerente e hoje ocupa a diretoria da empresa.
Para a publicitária Fernanda Rocha, que entrou para o Olist ainda na faculdade e que atua agora como especialista em Marketing e Analytics, estar rodeada de profissionais incríveis em um ambiente que a desafia constantemente é a combinação perfeita para quem quer evoluir profissionalmente. “Levo essa experiência como uma das mais enriquecedoras e uma bagagem pra vida toda”, explica Fernanda.
Para trabalhar no Olist, o jovem precisa ter um propósito de vida, valores claros e transparentes, além de buscar desafios, desenvolvimento acelerado e autonomia. Com a oportunidade de aprender na prática, os 15 escolhidos receberão o apoio de líderes experientes que contribuirão para direcionar o desenvolvimento da carreira e a adoção de novos desafios. Os selecionados contarão, ainda, com benefícios como vale-transporte, vale-refeição ou alimentação, seguro de vida, assistência odontológica e médica, parceria com o Gympass, entre outros.
Durante a Cerimônia de Abertura do Connected Smart Cities, que ocorreu hoje (04/09), em São Paulo, foi divulgado o resultado do Ranking Connected Smart Cities 2018, principal estudo sobre cidades inteligentes do Brasil e realizado pela Urban Systems, em parceria com a Sator. O Ranking, que conta com a participação de cerca de 700 cidades, analisadas a partir de 70 indicadores, apontou Curitiba como a cidade mais inteligente e conectada do País, seguida por São Paulo (SP), Vitória (ES), Campinas (SP) e Florianópolis (SC). Na sexta colocação está o Rio de Janeiro (RJ), seguida por Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Santos (SP) e Niterói (RJ) na 10ª colocação. A capital paranaense conquistou, ainda, o 1º lugar nas categorias: por Faixa Populacional com mais de 500 mil habitantes, Região Sul e Governança. Curitiba se classificou em 2° lugar em Empreendedorismo e Urbanismo e em 3º na categoria Tecnologia e Inovação.
Em sua 4ª Edição, o Ranking Connected Smart Cities tem como objetivo definir as cidades com maior potencial de desenvolvimento no Brasil, sendo dividido em quatro resultados: Geral, por Eixo Temático, Região e por Faixa Populacional. O Ranking é composto por indicadores de 11 principais setores: mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo e governança, mesmos eixos temáticos do evento Connected Smart Cities.
O Prefeito de Curitiba, Rafael Greca, enfatiza que as ações desenvolvidas pelo Connected Smart Cities têm contribuído para a cidade se tornar uma cidade mais inteligente. “Desde o início da minha gestão, em 2017, a capital paranaense vem recuperando sua capacidade de inovar e ser novamente referência nacional também na gestão pública. O município tem o compromisso de melhorar a qualidade de vida dos curitibanos com uma gestão moderna e inteligente. Dessa forma, a Prefeitura vem incentivando e fomentando esse ambiente de inovação da cidade com o Vale do Pinhão, o movimento de todas as áreas da Prefeitura e do próprio ecossistema da capital para tornar a cidade a mais inteligente do País. O Vale do Pinhão é focado em cinco pilares: educação e empreendedorismo, ações integradas de incentivo à tecnologia, revitalização de regiões com emprego e renda, fomento (incentivos) e integração e articulação”, disse.
Greca cita que a Prefeitura relançou, este ano, o Curitiba Tecnoparque, programa de atração de empresas de base tecnológica para a capital, que oferece desconto de 5% para 2% no Imposto Sobre Serviços (ISS) às empresas que investem em tecnologia e inovação. “O Tecnoparque é um dos pilares do Vale do Pinhão, sendo um programa estratégico para Curitiba. Em 2017, o Engenho da Inovação, sede do Vale do Pinhão, recebeu mais de 50 eventos voltados à inovação. Já o Paiol Digital, evento gratuito, acontece mensalmente. E, como resultado destes esforços, a capital vem subindo ano a ano no Ranking Connected Smart Cities e, em 2018, atingiu o primeiro lugar no Ranking Geral e em todas as categorias. Este reconhecimento mostra que a cidade está no caminho certo”, comenta o Prefeito de Curitiba.
Segundo dia do evento
A 4ª Edição do Connected Smart Cities acontece até amanhã (05/09), no Centro de Convenções Frei Caneca, na capital paulista e, no primeiro dia, reuniu os diversos agentes relacionados aos governos, empresas e entidades nacionais e internacionais. Com uma programação com foco em debater e apresentar soluções para o desenvolvimento de cidades inteligentes no Brasil, o evento deve reunir mais de 2 mil pessoas.
“Essa edição é especial e conta com muitas novidades. São cerca de 300 palestrantes e 90 painéis, com apresentações simultâneas em 9 palcos, além da presença de cerca de 150 prefeituras e 60 entidades nacionais e internacionais. Hoje conhecemos as cidades mais inteligentes, conectadas e humanas do Brasil, por meio da divulgação do mais importante Ranking de cidades inteligentes e que contempla os eixos temáticos: Economia, Educação, Empreendedorismo, Energia, Governança, Meio Ambiente, Mobilidade, Saúde, Segurança, Tecnologia e Inovação e Urbanismo. Já no segundo dia do evento, teremos o anúncio dos vencedores do Prêmio Connected Smart Cities, com foco em reconhecer e premiar negócios inovadores que colaborem para o desenvolvimento de uma cidade inteligente”, comenta Paula Faria, idealizadora do Connected Smart Cities.
Ranking Connected Smart Cities 2018
Após a realização dos Encontros Regionais (2017-2018) em Florianópolis, Belo Horizonte, Salvador e Brasília, foram realizadas adaptações e atualizações nos indicadores do Ranking Connected Smart Cities, resultando em algumas mudanças no resultado do estudo, principalmente nos eixos de Energia, Educação, Mobilidade, Tecnologia e Inovação e Meio Ambiente.
Destaques
Além dos destaques no Ranking, como o 1° lugar na classificação geral, Curitiba se destaca ainda por possuir 4 Parques Tecnológicos (Polos), 7 incubadoras de empresa e apresentou crescimento de 20% das micro empresas individuais. A região Sudeste concentra as cidades mais inteligentes e conectadas, sendo sete municípios entre os 10 mais bem colocados. Três municípios são da região Sul, sendo que as regiões Norte, Nordeste e Região Centro-Oeste não têm representante entre os 10 melhores. Campo Grande (MS) está na 12ª colocação no Ranking Geral Recife (PE) na 13ª e Palmas (TO) em 18ª colocação. Com o 2º lugar no Ranking Geral, São Paulo conquistou o 1º lugar em três categorias: Ranking Região Sudeste, Mobilidade e Urbanismo.
Para o Presidente da Urban Systems e sócio da Plataforma Connected Smart Cities, Thomaz Assumpção, o Ranking Connected Smart Cities novamente mostra a importância de um planejamento estratégico das cidades considerando a conexão entre os 11 eixos temáticos analisados e a sinergia existente entre o resultado de investimentos. “A educação, por exemplo, que muitas vezes é visto como um eixo básico, tem uma grande importância no desenvolvimento do empreendedorismo e na busca da sustentabilidade econômica das cidades, permitindo que mais atores sejam responsáveis pelo desenvolvimento da cidade.”
E complementa: “Curitiba este ano assume a liderança no Ranking. E esse resultado demonstra a importância das ações de curto e médio prazo realizadas em anos anteriores e dos planos estratégicos das cidades, que devem ser mais do que planos de governo que não necessariamente sigam apenas o ciclo político de 4 anos, mas que prevejam estratégias e ações em diferentes tempos: curto, médio e longo prazo”, finaliza Assumpção.
Vitória (ES) ficou com o 3º lugar no Ranking Geral Connected Smart Cities, 1º lugar em três categorias: Faixa Populacional de 100 mil a 500 mil habitantes, Saúde e Educação. Já Campinas (SP) se destaca com a 4ª posição no Ranking Geral. Na classificação por região, destacam-se, no Centro-Oeste, Campo Grande (MS) com a 1ª colocação no Ranking Connected Smart Cities; no Nordeste, Recife (PE); e, no Norte, Palmas (TO). Viçosa (MG) é a 1ª colocada no Ranking Connected Smart Cities: Cidades de 50 a 100 mil habitantes.
Os vencedores por Eixo Temático
O primeiro lugar para Urbanismo e Mobilidade e Acessibilidade foi para São Paulo; Meio Ambiente: Santos (SP); Energia: Pirassununga (SP); Empreendedorismo e Tecnologia e Inovação: Rio de Janeiro (RJ); Saúde e Educação: Vitória (ES); Segurança para Ipojuca (PE); Governança: Curitiba (PR); e Economia para Barueri.
O mercado imobiliário de luxo foi um dos setores que manteve o crescimento, mesmo durante a crise enfrentada pelo Brasil nos últimos anos. Na capital paranaense, nos primeiros cinco meses do ano, o número de empreendimentos lançados foi de 62 um crescimento de 226%, quando comparado ao mesmo período de 2010. Consequentemente, a quantidade de novos apartamentos no mercado também cresceu: de 538 para 2.241 apartamentos, sendo que são considerados de luxo, empreendimentos com valores acima de R$ 1 milhão. Os dados são da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR).
A A.Yoshii Engenharia, construtora paranaense especializada em empreendimentos de alto padrão, comprova a tendência do segmento em Curitiba. Entre 2015 e 2018, a empresa estreou na cidade e lançou três empreendimentos: o Maison Heritage Ecoville, Maison Legend Ecoville – que estão em fase avançada de construção – e o La Serena Plaza España, todos localizados em regiões privilegiadas. “Buscamos sempre aliar nosso alto padrão de qualidade à ambientes confortáveis, práticos e sofisticados, inovando e investindo em novas tecnologias”, ressalta o gerente regional da A.Yoshii Engenharia, Erick Takada.
Todos os empreendimentos contam com espaços modernos e amplas áreas de convivência, que incluem área gourmet, piscina, brinquedoteca e playground. Os apartamentos decorados dos três empreendimentos da construtora na capital podem ser visitados no show room da A.Yoshii, no Batel.
O Curitiba Tecnoparque – programa de atração de empresas de base tecnológica para a capital – será relançado nesta quarta-feira (30/5). O programa, suspenso para novas adesões desde 2013, ainda na gestão anterior, volta a oferecer desconto de 5% para 2% no Imposto Sobre Serviços (ISS) a empresas que investem em tecnologia e inovação.
Mas o benefício fiscal é apenas uma das facetas do Tecnoparque, que integra o Vale do Pinhão, o movimento de todas as áreas da Prefeitura e do ecossistema de inovação da capital para tornar Curitiba a cidade mais inteligente do país. “O programa é um dos pilares do Vale do Pinhão e é estratégico, já que incentiva a inovação e os processos de mudança tecnológica, principal força motora para o desenvolvimento econômico sustentável, com aumento da produtividade, da renda, da geração de empregos e da competitividade internacional”, argumenta Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba, órgão ligado à Prefeitura e que trabalha na atração de investimentos para a cidade e no fomento do Vale do Pinhão.
Entre as atividades incentivadas pelo Tecnoparque, estão telecomunicações, informática, pesquisa e desenvolvimento, design, ensaios e testes de qualidade, instrumentos de precisão e automação industrial, biotecnologia, nanotecnologia, saúde, novos materiais e tecnologias ambientais. Para participar do programa, as empresas devem apresentar um projeto para análise técnica ao Comitê de Fomento do Município — formado por entidades do setor público e da sociedade civil organizada (como UFPR, PUCPR, UFTPR, Fiep).
A presidente da Agência Curitiba ressalta que, além do benefício fiscal oferecido pelo Tecnoparque, a infraestrutura da cidade, a qualidade de vida e a mão de obra qualificada que sai das mais de 50 instituições de ensino superior da capital também deverão ser fatores decisivos para que novas empresas invistam em inovação e tecnologia em Curitiba. “Elas poderão se beneficiar da cultura existente na cidade, da questão urbanística e do ecossistema de inovação existente na capital para crescer e gerar novos empregos”, justifica Cris.
Enquadradas
Atualmente, 84 empresas de base tecnológica estão enquadradas no Tecnoparque, por terem aderido ao programa antes de 2013. Estima-se que elas tiveram um aumento médio de 20% no faturamento e que seus quadros de colaboradores cresceram, em média, 16% desde o lançamento do programa em 2008.
Centro médico referência nacional em pesquisas de diagnóstico voltado ao combate do câncer e de doenças cardiovasculares, a Quanta Diagnóstico e Terapia aderiu ao Tecnoparque em 2011 e, anualmente, investe cerca de R$ 6 milhões em pesquisa e inovação – recursos próprios, financiamentos e acordos internacionais. “Nosso Departamento de Inovação tem realizado pesquisas e estudos para novos protocolos nos tratamentos cardiológicos e de câncer, que estão permitindo trazer recursos de instituições internacionais para Curitiba”, conta o cardiologista João Vítola, diretor-geral da empresa, que tem acordos de cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica da Organização das Nações Unidas (AIEA) e também com a Sociedade Americana de Cardiologia Nucler (ASNC).
A Seccional Brasil, com sede na CIC, aderiu ao Tecnoparque em 2009 e produz estruturas metálicas e soluções para telecomunicação, iluminação e energia. Segundo Paulo Abreu, presidente da empresa, cerca de 2% do faturamento anual da companhia são investidos em inovação e pesquisa de novas tecnologias. “Só em 2017 foram destinados cerca de R$ 2 milhões, em recursos próprios, para projetos de inovação que resultaram em patentes para o Brasil”, salienta o executivo. A Seccional Brasil, que faz parte de um grupo formado por 16 empresas, ocupada uma área de 120 mil metros quadrados na CIC, onde estão os laboratórios e fábrica de estruturas metálicas.
Barigui, Rumo e Bosch são as idealizadoras do projeto Distrito – Spark CWB, que busca fomentar o desenvolvimento de novas tecnologias e crescimento de startups no país
A tecnologia vem transformando o mundo como o conhecemos e novos comportamentos estão moldando as empresas e produtos do futuro. Pensando em oferecer oportunidades para empreendedores, investidores e empresas a fim de contribuir com as constantes mudanças do mercado, os grupos Conglomerado Financeiro Barigui, Rumo e Bosch se uniram para lançar o Spark CWB Curitiba, parte do ecossistema Distrito, que é um hub de inovação para startups, corporações e investidores.
Com sede em Curitiba (PR), o objetivo do projeto é difundir a inovação de forma compartilhada, atraindo e apoiando startups, corporações e investidores que buscam crescer e alcançar retornos exponenciais.
Empresas com as melhores tecnologias e produtos estarão presentes em um espaço compartilhado de 1.050m² no novo prédio da FAE Business School para disseminar e desenvolver novas ideias, fortalecendo o ecossistema de inovação de Curitiba e do país no processo de operação e gestão de negócios. Entre os parceiros do projeto, já estão confirmadas empresas como Google, Microsoft, IBM, Amazon, Coca-Cola, Claro, Ambev, entre outras.
Investindo em inovação
O Conglomerado Financeiro Barigui tem um forte viés em inovação, prova disso é que, em 2016, o grupo paranaense lançou sua própria fintech, a Bcredi, que chegou ao mercado para descomplicar a oferta de crédito imobiliário no Brasil, oferecendo juros mais baixos na modalidade com garantia, maior prazo de pagamento e rápida aprovação em um processo 100% online.
Hoje, a fintech já é o maior player de crédito imobiliário do país e também será uma das startups residentes do Distrito. “Temos como preocupação o constante investimento em tecnologia, que atualmente é essencial para acompanhar as novas demandas do mercado. Por isso, fazer parte de um projeto que vai fomentar cada vez mais a evolução e desenvolvimento das corporações brasileiras é uma grande oportunidade”, comenta Maria Teresa Fornea, diretora executiva do Conglomerado Financeiro Barigui e cofundadora da Bcredi.
A Rumo, maior operadora de ferrovias do Brasil, está desenvolvendo dentro do seu plano estratégico uma política de inovação aberta. Neste contexto, o espaço surge como uma oportunidade para agregar novos valores para a companhia, focado no aumento da eficiência operacional e diminuição de custos.
“É uma prática de integração que vai possibilitar aumentar as chances de sucesso no desenvolvimento de projetos. A ferrovia vive um momento especial no Brasil, as possibilidades de expansão da malha ferroviária e o desenvolvimento de novas tecnologias na engenharia ferroviária e de automação estão sendo trabalhadas constantemente para otimizar a logística”, destaca o diretor de tecnologia da Rumo, Roberto Rubio Potzmann.
A Bosch, uma líder global no fornecimento de tecnologias e serviços, iniciou sua história de sucesso no Brasil em 1954 na cidade de São Paulo. Atualmente, a empresa oferece produtos e serviços para as áreas de Soluções para Mobilidade, Tecnologia Industrial, Bens de Consumo e Energia e Tecnologia Predial. Mundialmente, o Grupo Bosch emprega cerca de 402.000 colaboradores e gerou vendas de 78.1 bilhões de Euros em 2017.
A inovação faz parte do DNA da Bosch desde a sua fundação e é a base para o crescimento futuro da organização. Em todo o mundo, o Grupo Bosch emprega cerca de 62.500 colaboradores na área de pesquisa e desenvolvimento em 125 localidades, já no Brasil a empresa investe cerca de 3,3% do seu faturamento em P&D. Cada vez mais a Bosch mira no intraempreendedorismo e no ecossistema de startups para poder inovar com agilidade e conseguir disponibilizar inovações para uma vida conectada, aprimorando a qualidade de vida com produtos e serviços inovadores em todo mundo.
Uma conversa sobre a dinâmica de trabalho em empresas que crescem exponencialmente mostrou que o setor de tecnologia está carente de profissionais que tenham espírito empreendedor e habilidades que vão além do que aprendem nos bancos escolares e de universidades. Em um evento no NEX Coworking, em Curitiba, a How – Skills, not Degrees, hub de inovação em educação, reuniu Vick Figueira, do EBANX, Robson Privado, da MadeiraMadeira e Octavio Dullenkopf Torres, da Contabilizei e o fundador da How, Leandro Henrique Souza, para falar sobre trabalho, cultura, desafios e oportunidades no ecossistema de startups.
A Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) apoia o Smart City Expo Curitiba 2018, maior evento de cidades inteligentes do mundo, que acontecerá em Curitiba, no Expo Renault Barigüi, nos dias 28 de fevereiro e 1º de março. A entrada para a área de exposição será gratuita, e associados da ABES terão 20% de desconto na inscrição para o congresso.
Realizada em sedes itinerantes ao redor do mundo, a Smart City Expo chega pela primeira vez no Brasil, com a expectativa de receber 5 mil pessoas nos dois dias de agenda. O evento traz especialistas internacionais em urbanismo, arquitetura e agentes públicos que promoveram transformações em cidades pelo mundo. Para o Congresso, serão 18 palestrantes internacionais e 36 brasileiros para debater temas como Tecnologias Disruptivas, Governança, Inovação Digital e Cidades Sustentáveis do Futuro.
Entre os principais palestrantes convidados estão: o arquiteto e engenheiro Carlos Ratti, diretor do Senseable City Lab do MIT, Jorge Perez Jaramillo, ex-planejador-chefe entre 2012 e 2015 da cidade de Medellín, na Colômbia (referência em transformações urbanas), Frans-Antom Vermast, consultor de estratégias de planejamento urbano do Amsterdam Smart City, Tia Kansara, fundadora da Kansara Hackney, consultoria internacional que desenvolve soluções para problemas urbanos, Pedro Vidal, Gerente do Programa Santiago Smart City, Chile, Agustín Suárez, diretor geral de Gestão Digital da cidade de Buenos Aires, Argentina e Carolina Pozo, ex-secretária geral de Planejamento, Inovação e Governo aberto para a cidade de Quito, no Equador.
O evento tem a chancela da FIRA Barcelona Internacional – consórcio público formado pela Prefeitura de Barcelona, Governo da Catalunha e Câmara de Comércio de Barcelona, e conta com organização do iCities, apoio estratégico do World Trade Center Business Club e participação oficial da Prefeitura de Curitiba como anfitriã. O Smart City Expo World Congress já ocorre anualmente em outras cidades ao redor do mundo como Kyoto (Japão), Montreal (Canadá), Puebla (México), Casablanca (Marrocos), Istambul (Turquia), Bogotá (Colômbia) e recentemente em Buenos Aires (Argentina).
A DigitalWeb, startup que desenvolve soluções para descomplicar o atendimento ao cliente, e a Minestore, uma plataforma de e-commerce que já conta com mais de 60 mil lojistas online, se uniram em uma sociedade e criaram o primeiro Marketplace físico do Brasil.
O Mercado Gastronômico no Shopping Pátio Batel, em Curitiba, possui uma solução inédita de tecnologia. Inaugurado em novembro de 2017, o projeto recebeu mais de 10 mil pessoas nos primeiros três dias após inauguração. A ideia é que até março de 2018 seja inaugurada uma loja conceito, seguindo os mesmos padrões, em São Paulo.
Como funciona o Marketplace físico
As compras podem ser feitas em diferentes lojas (com CNPJ´s distintos) e o pagamento feito em um caixa único, possibilitando a divisão de pagamentos e emissão de NFC-e para cada uma das empresas, sem gerar bi-tributação ao processo.
O conceito é muito parecido com um marketplace, só que físico. “O sistema garante aos lojistas participantes uma otimização na operação, uma vez que só farão o atendimento aos clientes, sem se preocuparem com a cobrança”, comenta Leandro Johann CEO do Grupo.
O caixa único facilita as compras de clientes e a rotina dos estabelecimentos. “No momento da venda podemos ficar concentrados em explicar sobre o produto, sem ficar preocupado com a dinâmica do pagamento”, comenta Diogo Dreyer, sócio-fundador da Angus Young, clube de assinatura de carnes,que está no Mercado Gastronômico.
Caroline Costa, fundadora da O Famoso Brigadeiro, que também participa do projeto, concorda que o caixa único facilita o processo. “Muitas vezes o pagamento no caixa comum pode demorar, o que acaba atrapalhando a performance da equipe”, comenta Caroline.
A ferramenta é comandada por meio de um aplicativo que contempla: terminal de pedidos, controle de estoque, integração de cartão débito e crédito, emissão de nota fiscal, envio automático de informações para a contabilidade e indicadores gerenciais mobile. O aplicativo pode ser acessado mesmo sem internet ou energia. Todas as informações são armazenadas na nuvem e podem ser acessadas a qualquer momento.
Qual a diferença do Marketplace Físico para um shopping center?
No Marketplace físico você compra em vários lojas e paga uma única vez no final da compra. Em um shopping center você paga individualmente em cada loja que compra.
O Marketplace físico permite acesso às informações de faturamento do lojista, e por este motivo, consegue calcular o percentual sobre os resultados das vendas. Além de possibilitar o teste de novas operações em tamanhos menores para validar o mercado.