Luís Mário Luchetta: “Juntos conseguiremos criar uma base de dados cada vez mais consolidada do setor de TI”

Por Luís Mario Luchetta

Colegas Empresários

Estamos neste momento empenhados em fazer com que a edição 2013 do Censo do Setor de TI, iniciativa criada pela Assespro no ano passado, seja um sucesso ainda maior que a primeira edição.

A edição deste ano está ainda melhor e mais atraente, em função de:

– objetivar gerarmos, com as informações coletadas, oportunidades de negócios para os participantes;
– dispor de informação para estruturarmos demandas no apoio a projetos de inovação;
– ampliação da iniciativa por meio da ALETI – Federação Ibero-Americana de Entidades de TI, aos demais países de nossa região;
– cobrir vários novos temas de interesse do Setor (p.ex. o impacto do Capital de Risco)

Apesar disso, o tamanho do questionario e o esforço para seu preenchimento são semelhantes à da Edição 2012.

Precisamos da sua participação, e pedimos que acesse http://assespro.org.br/biblioteca/dados-mercado/2013-censo-aleti-do-setor-de-tic/ e participe com os dados da sua empresa. Nessa página, está disponível para download uma versão em formato .pdf do questionário, para que possa conhecer as perguntas antes de iniciar o preenchimento on-line.

Agradecendo antecipadamente pela colaboração em mais esta iniciativa da Assespro em benefício de todo o Setor e das empresas participantes.

Forte abraço a todos.

Luís Mario Luchetta
Presidente da Assespro Nacional

Censo para mapear Setor de TI vai até dia 27/09

Vai até o final de setembro, dia 27, o prazo para as empresas de TI responderem ao Censo ALETI, desenvolvido em 2013 pela ALETI (Federação de Associações da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal de Entidades de Tecnologia da Informação), amplificando a iniciativa da Assespro Nacional (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação) de 2012, a nível de toda a região.

Segundo Luís Mario Luchetta, presidente da Assespro Nacional, o objetivo é traçar um panorama do mercado de TI da região Ibero Americana. “Nossa grande missão é desenvolver comparativos em profundidade entre as indústrias de TI dos países que compõem a ALETI, gerando oportunidades de negócios, melhoria do marco regulatório e projetos de cooperação em Pesquisa e Desenvolvimento”, ressalta Luchetta.

A realização do Censo ALETI 2013 conta com apoio de infraestrutura e técnico da SurveyMonkey (www.surveymonkey.com), e elaboração do questionário e processamento das informações pela MBI (www.mbi.com.br). A expectativa é que pelo menos mil empresas associadas às 21 entidades de 19 países participem do estudo. Para responder o questionário em português, basta acessar: www.mbi.com.br/mbi/contatos/questionarios/2013-censo-aleti/ ou http://assespro.org.br/biblioteca/dados-mercado/2013-censo-aleti-do-setor-de-tic/

O censo aborda temas como:

– Distribuição geográfica das empresas;

- Oferta de produtos e serviços;

- Tecnologias adotadas;

– Perfil dos clientes;

- Recursos humanos; 

– Modelos de negócio;

- Atividades internacionais e exportação;

- Propriedade intelectual e qualidade; 

– Inovação, pesquisa e desenvolvimento;

- Fontes de capital e evolução econômica;

- Geração de oportunidades de negócios.

Os resultados serão apresentados durante a Cúpula Mundial de Políticas Públicas de TI (GPATS 2013), realizado pela Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro Nacional) em parceria com a WITSA (Federação Mundial das Entidades de TI), que acontece em 12 e 13 de novembro de 2013, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo.

Mais informações, acesse: http://assespro.org.br/biblioteca/dados-mercado/2013-censo-aleti-do-setor-de-tic/

Trazendo à tona verdades (às vezes) incômodas sobre o Setor de TI

Por Roberto Carlos Mayer

O Setor de Tecnologia da Informação possui uma série de características próprias, que o diferenciam de todas as demais atividades econômicas. Somando este fato com sua relativa ‘juventude’, não é de estranhar que o volume de informação disponível sobre o próprio Setor seja bastante limitado.

Eventualmente, essa ausência de informação acaba servindo para que supostos formadores de opinião manifestem opiniões que não encontram respaldo na realidade. Um exemplo disso, identificado por uma empresa associada da Assespro, é a afirmação que consta em entrevista concedida por um instituto global de pesquisas, afirmando que “empresas brasileiras não gostam de contratar fornecedores que não estejam localizados em sua área geográfica local. É a forma como os brasileiros fazem negócios, portanto você precisa ter presença não apenas no país, mas a nível regional. Se você se posicionar num raio de 500 km de São Paulo, então você está OK”. Veja em http://www.nearshoreamericas.com/brazil-seek-larger-share-global-bpo-market/

Esse tipo de empresa global de pesquisa normalmente avalia o mercado consumidor de TI. Quando eles trabalham sobre o próprio Setor de TI, é porque algum de seus clientes (as grandes companhias globais do Setor de TI) busca qualificar ou ampliar suas redes de parceiros. Nesses casos, entretanto, há um perfil bem definido dos alvos, que certamente não são representativos da indústria local de TI de nenhum país.

Talvez seja essa a razão pela qual a afirmação acima citada se opõe totalmente aos resultados do Censo do Setor de TI desenvolvido pela Assespro em 2012, que revela uma abrangência geográfica muito maior na atuação das empresas. São Paulo e Rio de Janeiro, como maiores metrôpoles do país são as regiões que mais recebem filiais de empresas de outros Estados. Porém, as distâncias que estas empresas percorrem correspondem ao tamnho continental do país, chegando a milhares de kilómetros de distância em muitos casos. Até empresas localizadas no Estado do Amazonas possuem clientes no Rio Grande do Sul.

Outra fonte de informação disponível se origina na análise das bases de dados oficiais. Por exemplo, a partir de dados de declarações de impostos e das declarações sobre empregados, é possível obter dados sobre faturamento e emprego no setor – trabalho esse que foi desenvolvido no Brasil pioneiramente pelo projeto SIBSS, da Softex.

Entretanto, estas informações são insuficientes para avaliar diversos aspectos das empresas do Setor de TI, seja para formular benchmarkting útil ao desenvolvimento das empresas, seja para avaliar a implementação de políticas públicas para o Setor.
Foi essa realidade que levou a Assespro Nacional a lançar, depois de quase dois anos de preparação, a primeira edição do Censo do Setor de TI no ano de 2012.

Entretanto, por meio da participação da Assespro nas Federações Internacionais do Setor, constatamos que a mesma problemática existe em praticamente todos os países do mundo. Nem mesmo nos países desenvolvidos, há informação em profundidade sobre o Setor de TI. E nem falar sobre a harmonização de indicadores entre países.

Somando a experiência da Assespro no Brasil com outras experiências pioneiras, desenvolvidas em outros países, mas sempre a nível nacional, decidiu-se então ampliar o Censo do Setor de TI na sua edição 2013 para todos os países membros da ALETI. Esperamos ampliar a iniciativa a outras regiões do planeta nos próximos anos.

O desafio de desenvolver um levantamento simultâneo de dados em dezenove países ao mesmo tempo exigiu quase um ano de preparação. Com o patrocínio de empresas privadas www.surveymonkey.com e www.mbi.com.br , finalmente os questionários estão disponíveis para a participação das empresas: o questionário em português – para Brasil e Portugual- pode ser encontrada em www.mbi.com.br/mbi/contatos/questionarios/2013-censo-aleti/ , enquanto a versão em espanhol está disponível em www.mbi.com.br/mbi/global/espanol/2013-censo-aleti/.

Na edição 2013, o Censo do Setor de TI abrange temas tão diversos como a distribuição geográfica da atuação das empresas, a oferta de produtos e serviços, as tecnologias adotadas, as características dos clientes (quanto a porte, localização e atividade econômica), os recursos humanos das empresas, os modelos de negócios envolvidos, as atividades comerciais locais e internacionais, incluindo a exportação, a atenção dada a temas como qualidade e propriedade intelectual, o foco e/ou interesse em projetos de Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento, as fontes de capital financeiro utilizadas, entre vários outros.

Além de gerar informação sobre o Setor de TI, as informações foram estruturadas de forma a possibilitar o desenvolvimento de alianças comerciais e a estruturação de uma política de desenvolvimento de projetos de P&D em cooperação internacional (outra ação pioneira iniciada pela Assespro em 2011, apresentada inclusive no Parlamento Europeu).
Ainda, o questionário foi elaborado tomando-se o cuidado de permitir desenvolver análises cruzadas entre os temas cobertos (p.ex., gostariamos de avaliar qual a relação entre a origem dos capitais que deram origem às empresas e o nível de inovação que praticam), além de análises comparativas a nível de região e/ou país.

Ainda, nesta edição de 2013, as empresas são incentivadas a autorizar o uso das informações sobre a sua oferta de produtos e serviços, e os mercados onde atuam, para a geração de oportunidades de negócios (que deve ser implementada por meio de um catálogo baseado nessas informações).

Por todas estas razões, a ampla participação das empresas do Setor de Tecnologia da Informação, filiadas ou não às Associações representativas do Setor, é extremamente importante. Se você trabalha no Setor, faça com que sua empresa participe, e incentive outras empresas a participar. Se você trabalha numa empresa que consome produtos e serviços de TI, então incentive seus fornecedores a participar!

Como dizem os ditados populares “a união faz a força” e “juntos podemos mais”. Esta iniciativa é uma prova viva de que a cooperação e o associativismo voluntário trazem benefícios para todos, tanto no nível coletivo, como no nível individual. Por isso me atrevo a agradecer antecipadamente pela sua cooperação!

Roberto Carlos Mayer (rocmayer@mbi.com.br) é diretor da MBI (www.mbi.com.br), vice-presidente de Relações Públicas da Assespro Nacional e presidente da ALETI (Federação das Entidades de TI da América Latina, Caribe, Portugal e Espanha).