Um triciclo elétrico totalmente feito em alumínio promete reduzir a quantidade de pequenos caminhões e vans movidos a diesel circulando nas ruas e, consequentemente, as emissões de gases causadores do efeito estufa. O novo conceito, que será apresentado no Salone del Mobile, em Milão, em 2021, é fruto do trabalho do designer alemão Konstantin Grcic em colaboração com a Hydro, multinacional do setor de alumínio.
Trata-se de um conjunto de triciclo elétrico e trailer feitos com extrusões de alumínio reciclado de alta qualidade e baixo carbono, o Hydro CIRCAL, com design leve, simples, flexível e multifuncional. Por ser extremamente versátil, a ideia é que o “Hydro Trike” tenha as mais diversas aplicações, do transporte de carga à comercialização de alimentos ou o que mais a imaginação dos seus futuros consumidores demandar. O projeto 100% sustentável foi apresentado em uma edição especial da revista Wallpaper, considerada a mais importante publicação de design do mundo. Também participam da conceituação as empresas Polestar, do grupo Volvo, e Cake, especializada na fabricação de bicicletas e motos elétricas.
A Elektra, empresa americana de energia renovável com foco em tecnologia e desenvolvimento, faz sua estreia no Salão do Automóvel, que abre as portas para o público entre os dias 10 e 20 de novembro, no São Paulo Expo, e apresenta o Tesla Model S, primeiro sedan totalmente elétrico a ser comercializado no Brasil. A empresa é a primeira a comercializar o carro mais moderno do mundo no país, um dos poucos que conquistaram cinco estrelas no quesito segurança.
Combinando performance, segurança e eficiência, o Tesla Model S chega a 240 km/h, com aceleração que atinge 100 km em apenas 4,5 segundos. Com autonomia de até 435 km, o modelo possui tecnologias como piloto automático para mudança de faixa e capacidade de se adaptar ao tráfego, reduzindo ou aumentando a velocidade. As atualizações de software over-the-air melhoram o desempenho e experiência de condução dos veículos. Isso significa que recebem melhorias automática e gratuitamente, durante toda vida útil do carro.
A versão S 70 D apresenta, ainda, tração elétrica nas quatro rodas, faróis de led automático, controle eletrônico de estabilidade, sistema anti-colisão lateral, maçanetas retráteis e keyless, retrovisores com alerta de ponto cego, sensores de estacionamento com câmera de ré em HD e park assist – função que permite que o carro procure vaga e estacione sozinho – tela touch screen 17’ Full HD com bluetooth, acesso à internet e comando de voz, ar condicionado digital com sistema de filtragem, oito airbags e rodas 21’ com 10 raios.
O porta-malas é de 745 litros e, por não ter motor, o motorista ganha espaço de mais 150 litros no capô, duas entradas USB e uma tomada 12V. Os bancos têm formato de concha com regulagem, memória e aquecimento. Além disso, o condutor conta com um aplicativo de controle remoto para smartphone.
Para a venda de veículos, a empresa conta com loja na Av. Europa, em São Paulo, mas a Elektra planeja expansão nacional e internacional, por meio de franquias no próximo ano.
Ficha Técnica:
Velocidade máxima: 240km
Aceleração: Faz de 0 à 100/km em apenas 4,5 segundos
Autonomia: 440 km à 480km
Tração nas 4 rodas
Regulagem de suspensão pneumática inteligente
Piloto Automático
Park Assit
Faróis em led Automático
Controle eletrônico de estabilidade
Sistema anti-colisão lateral
Sensores de estacionamento com câmera de ré em HD
Maçanetas retráteis e keyless
Bancos com regulagem, memória e aquecimento
Direção elétrica
Retrovisores elétricos com aquecimento e alerta de ponto cego
Tela touch Screen 17´, full HD interativa
Bluetooth, acesso a internet e comando de voz
Ar condicionado digital com sistema de filtragem
8 airbags
Roda 21´ com 10 Raios
Porta-malas 745 litros, capô 150 litros
2 entradas USB
1 tomada 12V
App de controle remoto para smartphone
1 ano de garantia da Elektra do Brasil
5 anos de garantia da bateria pela Tesla
Valor: R$ 785.000,00
Salão Internacional do Automóvel de São Paulo 2016
Data: De 10 a 20 de novembro
Local: São Paulo Expo (antigo Centro de Exposições Imigrantes)
Endereço: Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 (850m da estação Jabaquara do metrô). O Tesla estará exposto no Espaço Sonhos
Os desafios da recarga de veículos elétricos no Brasil serão o foco da apresentação do CPqD na Conferência Latino-Americana de Veículos Elétricos, evento paralelo ao 12.º Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos, que será realizado entre os dias 01 e 03 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo.
Luiz Rolim, pesquisador da Diretoria de Suporte à Decisão e Aplicações do CPqD, participará do painel O mercado de energia elétrica e o desenvolvimento do setor de Veículos Elétricos, programado para o dia 02/09, das 13 horas às 14h45. Ele fará uma palestra sobre o tema Modelos de mercado para o desenvolvimento da infraestrutura de recarga no Brasil, em que abordará os principais desafios e oportunidades nessa área.
“A intenção é apresentar uma proposta de modelo de mercado para nortear, em âmbito nacional, a implantação de infraestruturas de recarga pública para veículos elétricos”, adianta Rolim. Ele explica que esse trabalho é parte de um projeto de pesquisa e desenvolvimento ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) – o Programa Mobilidade Elétrica para Inserção de Veículos Elétricos em Frotas Empresariais da Região Metropolitana de Campinas -, que vem sendo conduzido pela CPFL em conjunto com o CPqD e a Unicamp.
Além de Luiz Rolim, participarão do painel – e do debate – representantes do Ministério das Minas e Energia, da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE) e do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE). Mais informações sobre o evento estão disponíveis no site http://velatinoamericano.com.br/
Émerson Gottardi, Giovanni Cataldi Neto e Sandro Lima, uniram habilidades e muita obstinação para desenvolver um dos primeiros veículos elétricos do país. Entre 2012 e 2013 o Consultor de Negócios, Branding e Design Sandro Lima iniciou o desenvolvimento de alguns produtos na área de energias renováveis para um grupo empresarial da Grande Porto Alegre. Entre eles, o design de uma torre híbrida de energia solar e eólica, e um posto para veículos elétricos. O que acabou evoluindo para um projeto ainda mais visionário, um dos primeiros carros elétricos do país.
Sandro Lima conectou ao projeto o empresário Emerson Gottardi, um dos poucos especialistas em veículos elétricos, é responsável pelo desenvolvimento de vários produtos que hoje são comercializados no mercado. Entrou também no projeto Giovanni Cataldi Neto um expert em Captação de Investidores Nacionais e Internacionais e Estruturação de Operações Financeiras. Sendo o principal responsável pela conexão de investimentos para viabilizar o desenvolvimento do projeto. A previsão é de apresentar o protótipo até o final de 2016. Os empreendedores também estudam um financiamento coletivo no modelo de crowdfunding para finalizar o projeto.
O chassi e o motor elétrico do veículo já estão montados. “Este é provavelmente um dos primeiros projetos 100% nacionais. Criamos o design e a marca (Liggo) e depositamos no INPI no final de 2013. Acreditamos que o mercado na área de energias renováveis é um dos mais promissores no Brasil nas próximas décadas. O atual modelo baseado em combustíveis fósseis não é mais compatível com as necessidades da população, do planeta e atualmente é menos interessante também para os investidores.” Comentou Giovanni Cataldi Neto.
O Liggo também foi concebido em um modelo de chassi dinâmico podendo ser adaptado para um veículo elétrico utilitário, ou um veículo para rodar dentro de espaços de empresas como um carro de golf. O trio de empreendedores tem um projeto que vai além do veículo elétrico. Já desenvolveram um veículo para deficientes físicos e um mini kart.
Se já é bom recarregar o carro elétrico mais rápido, é ainda melhor recarregá-lo a um custo menor. Em vista disso, a Renault Alemanha se associou à empresa The Mobility House, presente em Zurique e Munique. Especializada em mobilidade elétrica, a empresa comercializa principalmente terminais de recarga inteligente e soluções de armazenagem de energia.
A Mobility House desenvolveu um software que permite reduzir o tempo de recarga em uma hora, ao mesmo tempo em que diminui bastante o custo da recarga para o cliente.
Para realizar esta operação, onze colaboradores da Renault que possuem um modelo elétrico ZOE foram escolhidos para testar em condições reais o sistema desenvolvido pela The Mobility House.
Como funciona? Assim que é conectado a um terminal de recarga específico, instalado na residência dos colaboradores que participaram do teste, o ZOE comunica sua necessidade de eletricidade à empresa TMH, através de um Centro de Dados Global da Renault. Desta forma, a empresa programa a recarga da bateria do veículo conforme o custo da energia elétrica. Tendo em vista que quanto maior a demanda, mais caro é o custo da energia, o monitoramento feito pelo sistema permite que o carro não seja recarregado durante os picos de consumo. Assim que a necessidade global de energia diminui, o preço da energia cai e o carro pode ser recarregado por um custo menor e mais rapidamente, até completar a carga da bateria.
Esta tecnologia permite que os proprietários de carros elétricos otimizem suas despesas com energia elétrica, sem uma ação direta dos usuários.
Esta é apenas a primeira etapa no desenvolvimento das redes elétricas inteligentes, chamadas também de Smart Grids. A Renault e a TMH também estão trabalhando em outras soluções para reduzir o custo da recarga, oferecendo uma oportunidade aos proprietários de veículos elétricos de ganhar dinheiro, através da produção de eletricidade para abastecer a rede elétrica.
Graças à evolução da matriz energética da maioria dos países do mundo, a pegada de carbono do usuário de um veículo elétrico tende a diminuir bastante com o tempo. Em escala mundial, 56% das novas instalações de produção de eletricidade utilizam energias renováveis. Na Europa, este índice é de 72%.
Grupo pioneiro na venda de veículos 100% elétricos acessíveis ao maior número de pessoas, a Renault se posiciona como a única montadora a oferecer uma gama completa para esta solução de mobilidade. O Grupo Renault acredita que o veículo elétrico é uma solução eficaz na luta contra o aquecimento climático, já que ele funciona sem a combustão de energias fósseis e não emite CO2 durante a utilização . Assim, o ZOE emite 0 g/km de CO2, enquanto que um veículo de tamanho equivalente, térmico ou híbrido, emite pelo menos 84 g/km de CO2.
O ZOE tem uma autonomia de 210 km (motor Q210) ou de 240 km (Q240) em ciclo homologado, o que equivale a entre 100 e 170 km de autonomia real.
A Aliança Renault-Nissan é parceira oficial da COP21, a 21ª Conferência das Partes das Nações Unidas para Mudanças Climáticas. Uma frota de 200 veículos elétricos da Aliança, sendo 100 deles modelo Renault ZOE, fará o transporte dos delegados no Parque de Exposições Paris – Le Bourget, de 30 de novembro a 11 de dezembro de 2015.
A Coca-Cola, uma das maiores indústrias alimentícias e de bebidas do mundo, começará a testar um Kangoo Z.E. (Zero Emissão) 100% elétrico em suas operações em Curitiba. A Femsa Brasil, o maior engarrafador do sistema Coca-Cola no país, usará o veículo para realizar entregas na região central da capital paranaense. O Renault Kangoo Z.E. é o primeiro furgão totalmente elétrico disponível e homologado no mercado brasileiro.
A versão mantém as mesmas qualidades funcionais do Kangoo com motor de combustão interna, idêntico volume de carga (650 kg) e o mesmo padrão de conforto. O modelo é equipado um pacote de baterias de íon-lítio que permite rodar 170 km com uma só carga e pode ser recarregado entre 6 e 8 horas, variando de acordo com a rede de energia da cidade. O motor elétrico é capaz de gerar 44 kW (60cv) e 23,0 kgfm, levando o furgão a uma velocidade máxima de 130 km/h limitada eletronicamente.
Altamente sustentável, o Kangoo Z.E. não emite poluentes na atmosfera e consome somente 3KVA/16A de energia para rodar 120 km, o equivalente a um banho de 15 minutos em chuveiro elétrico. Um dos grandes diferenciais do furgão elétrico é o quadro de instrumentos com indicadores de autonomia, capacidade da bateria e média de consumo instantâneo.
No Brasil, o Renault Kangoo Z.E. está sendo utilizado também pela Patrus Transportes, em Belo Horizonte; pelos Correios, para a entrega de encomendas na região central de Curitiba e em Brasília. Estão sendo testados também por empresas como Fedex, pelo Grupo TPC, Itaipu Binacional, CPFL e prefeitura de Curitiba.
Com quatro modelos, a Renault é o único grupo automobilístico mundial a oferecer uma gama completa de veículos 100% elétricos. Além do Kangoo Z.E., a Renault também comercializa o hatch de quatro lugares Zoe, o sedã Fluence Z.E. e o Twizy, um modelo ultracompacto de dois lugares para uso urbano. Desde 2013, quando iniciou a venda de veículos elétricos no País a marca já comercializou mais de 80 unidades para empresas e instituições públicas em projetos de mobilidade zero emissões.
Líder mundial em emissão zero
A Aliança Renault-Nissan lidera o segmento de veículos zero emissão no mundo e investe 4 bilhões de euros no desenvolvimento dessa tecnologia. Desde o início da comercialização do primeiro elétrico, em 2011, foram mais de 250 mil veículos vendidos pela Aliança no mundo, atingindo a liderança do segmento zero emissão.
Juntos, os veículos elétricos Renault e Nissan já rodaram aproximadamente 4 bilhões de quilômetros sem emissão de poluentes – o que seria suficiente para circundar o planeta 100.000 vezes. A utilização dos veículos elétricos Renault-Nissan permitiu economizar mais de 200 milhões de litros de combustível – o suficiente para encher quase 80 piscinas olímpicas, além de ter contribuído para o meio ambiente, deixando de emitir 450 milhões de kg de CO2 durante o uso.
O decreto que regulamenta a isenção de metade do IPVA para os veículos elétricos da cidade de São Paulo, assinado hoje pelo prefeito Fernando Haddad, é um importante passo para a popularização desta tecnologia na avaliação da ABVE-Associação Brasileira do Veículo Elétrico. Para Island Faria Costa, um dos diretores da entidade presentes na cerimônia, realizada na manhã desta sexta, 21 de agosto, na Prefeitura de São Paulo, a lei poderá gerar um efeito cascata, levando outras prefeituras e os governos estaduais e federal a reverem a carga tributária que incide sobre os veículos elétricos. “O custo de aquisição é um dos grandes impeditivos da disseminação desta tecnologia, que, por outro lado, é muito mais barata no abastecimento e manutenção”, explica. “Além de custar menos no uso, o veículo elétrico contribui com a saúde pública, pois não gera poluição sonora e do ar”, ressalta.
Durante o evento, representantes do setor apresentaram ao prefeito a proposta de liberar os veículos elétricos do rodízio municipal. “Dada a pequena frota existente na cidade, não haveria impacto sobre o trânsito, mas sim sobre a prática de ter dois carros para driblar o rodízio, já que muitas vezes o segundo carro é um modelo mais antigo e mais poluente”, explica. “Além de reduzir a poluição, a troca por um único veículo de tecnologia muito mais econômica proporcionará uma redução significativas de gastos para os consumidores”, completa.
A isenção do IPVA deve ser um estímulo para que os paulistanos procurem saber mais sobre o veículo elétrico. Quem quiser conhecer as novidades do setor poderá visitar gratuitamente a 11a edição do Salão Latino Americano de Veículos Elétricos, que acontece de 24 a 26 de setembro no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, em São Paulo. Além de carros, o evento terá lançamentos em motos, bikes, patinetes, skates e até ônibus – todos movidos a eletricidade.
Atualmente, 5% da frota mundial é elétrica, sendo que o Brasil está muito aquém desse número: estimativas da ABVE indicam que no Brasil há cerca de 3000 veículos elétricos em circulação. “O crescimento da demanda é fundamental para gerar a escala necessária para termos produção local de carros elétricos”, lembra Island. “A tecnologia do carro elétrico tem potencial para estimular a substituição da atual frota, com tremendos efeitos sobre toda a cadeia automotiva, incluindo uma forte geração de empregos”, destaca.
Embora seja um tributo estadual, o IPVA tem metade de seu valor repassado às prefeituras dos municípios onde os veículos são emplacados. É dessa parte que a Prefeitura de São Paulo está abrindo mão para estimular a migração para uma tecnologia não poluente. Este ano, o requerimento da isenção deverá ser feito manualmente, mas a partir de 2016 o sistema estará totalmente automatizado, em formato semelhante ao da nota fiscal paulistana. “Os carros elétricos são tão eficientes que o valor gerado pela economia com abastecimento e manutenção chega a cobrir parte significativa de seu financiamento. Mesmo com o aumento da conta da luz, abastecer um veículo elétrico custa menos que um modelo convencional”, detalha Island.
Em meio ao caos do trânsito, em grandes metrópoles ou cidades do interior, a bicicleta se apresenta, cada vez mais, como transporte alternativo. O modal luta, agora, por espaço como ferramenta de trabalho. Ágeis e ambientalmente sustentáveis, elas surgem como opção aos carros e, principalmente, as motos para entregas urbanas.
A preocupação especialmente com o meio ambiente incentiva o crescimento do mercado de entregas sustentáveis. Segundo o instituto americano de pesquisa ambiental, Pike Research, existem atualmente 17 milhões de bicicletas e motos elétricas no mundo. O mesmo estudo prevê que até 2017 esse número deve aumentar para 138 milhões.
A maioria das bicicletas elétricas vendidas no país são comercializadas por importadoras. Os modelos têm passado por transformações tecnológicas que, a cada dia, agregam mais valor a esses equipamentos, como os modelos super leves, ou os modelos dobráveis, para serem usados em combinação com outros modais de transporte.
A cada recarga, que é feita com uma tomada convencional e que dura, em média, duas horas e meia, a bicicleta pode desenvolver uma velocidade de até 25 km por hora, com autonomia de 60km.
E engana-se quem acha que a bicicleta elétrica fará de seu dono um sedentário. Diferente das motos elétricas, que funcionam como uma moto tradicional, ou seja, o condutor é guiado desde o início da viagem pela propulsão do motor, a bicicleta elétrica, que não possui sistema de tração, necessita que o usuário pedale alguns metros para que o sistema seja acionado.
Toda essa inovação das bikes elétricas estará presente na 10ª edição do Salão Latino Americano de Veículos Elétricos, Componentes e Novas Tecnologias, que será realizado em São Paulo, entre os dias 4 e 6 de setembro. O evento tem o objetivo de ser o principal ambiente de negócios na América Latina para o fomento da inovação no campo dos veículos elétricos e trará, nos três dias, as principais novidades do setor, como carros, ônibus, motos, bicicletas, patinetes, cadeiras de rodas, empresas de tecnologia, equipamentos e peças.
Ricardo Guggisberg, diretor do Salão, afirma que o evento vem popularizar os benefícios dos veículos elétricos e acabar com os mitos sobre eles. “No caso das bicicletas elétricas, é importante mostrarmos a tecnologia agregada a esse tipo de veículo que, além do lazer, pode ser importante ferramenta de trabalho, com viés sustentável e econômico”, afirma o executivo.
Congresso de Veículos Elétricos – Mantendo a tradição, em paralelo à exposição, será realizado o Congresso de Veículos Elétricos, com um extenso programa de debates sobre os principais temas que permeiam o setor dos veículos elétricos no Brasil e no exterior. O congresso contará com a participação dos principais especialistas deste setor, autoridades, representantes de montadoras, formadores de opinião, entre outros, com o intuito de promover a troca de informações qualificadas e networking.
Itaipu e Renault assinam acordo de cooperação tecnológica que prevê a montagem de 32 Twizys no Centro de Pesquisa Desenvolvimento e Montagem de Veículos Elétricos de Itaipu (CPDM-VE/IB), em Foz do Iguaçu (PR). Os veículos, vendidos pela Renault, chegarão ao País desmontados, em kits mecânicos, e servirão para uso restrito da Itaipu e instituições parceiras do Programa VE.
Os principais pontos do acordo contemplam estudos para a elevação gradual do índice de nacionalização dos componentes utilizados nos veículos elétricos da Renault e a preparação de subfornecedores de peças para o mercado regional. A partir de agora, a Renault também passa a integrar oficialmente o time de parceiros do Programa Veículo Elétrico (VE), iniciativa liderada pela Itaipu Binacional e a empresa suíça Kraftwerke Oberhasli AG/KWO.
“O acordo com a Renault une grandes empresas, líderes em seus segmentos, que têm o desejo de desenvolver tecnologias limpas, que não agridem o meio ambiente com a emissão de gases poluentes”, afirmou Jorge Samek, diretor geral Brasil da Itaipu Binacional. “Tenho a convicção de que o veículo elétrico estará presente no futuro da mobilidade”, completou.
“A Aliança Renault-Nissan está investindo 4 bilhões de Euros no desenvolvimento dessa tecnologia. Acreditamos que o futuro da mobilidade passa, necessariamente, por veículos zero emissão”, afirmou Olivier Murguet, presidente da Renault do Brasil.
O chefe da Assessoria de Mobilidade Elétrica Sustentável de Itaipu, engenheiro Celso Novais, destacou que o acordo prevê estudos de nacionalização de componentes e a identificação de futuros fornecedores no Brasil e no Paraguai.
“Queremos aproveitar o grande know-how da Renault em veículos elétricos para ajudar a desenvolver um braço importante da cadeia produtiva, que é o segmento de subfornecedores de peças”, disse o engenheiro.
O documento foi assinado ontem, em São Paulo, pelos diretores gerais de Itaipu, Jorge Samek (Brasil) e James Spalding Hellmers (Paraguai), e pelo presidente da Renault do Brasil, Olivier Murguet.
No mercado internacional, a Renault já lançou os modelos elétricos Fluence ZE, top de linha; o comercial leve Kangoo ZE (cargo); o hatch Zoe; além do Twizy.
“Nós decidimos começar a parceria pelo Renault Twizy porque a montagem desse modelo é menos complexa. Apesar disso, é um carro que agrega muita tecnologia e inovação, sendo um autêntico city car, feito para duas pessoas. Assim, teremos menos dificuldade para a absorção da tecnologia”, acrescentou Celso Novais.
Na Europa, o Twizy compõe uma categoria especial de veículos, para uso exclusivo em cidades e rodovias de perímetro urbano. Os modelos não podem ser utilizados em rodovias expressas.
O Brasil é hoje uma das nações mais preocupadas com a pegada ambiental, ou seja, o impacto que toda e qualquer ação deixa no planeta. Ocupa a terceira colocação, atrás de Índia e China, em consumo consciente, segundo a Greendex, que mede e monitora a preocupação dos consumidores com questões relacionadas à sustentabilidade. O resultado expõe uma grande contradição: a intenção de comprar produtos menos agressivos ainda não se traduz em ação, pelo menos no que diz respeito a carros elétricos. Enquanto há somente 70 unidades em circulação em todo o país, a frota motorizada aumentou cerca de 77% nos últimos dez anos nas 12 das principais metrópoles brasileiras.
Os veículos elétricos são mais econômicos e ambientalmente mais amigáveis do que os tradicionais. Com emissões nulas de gás e de partículas e operação extremamente silenciosa, oferecem uma alternativa promissora para o setor de transportes do futuro. Estudo realizado na Europa apontou que o carro elétrico é mais sustentável que o veículo com motor de melhor desempenho. Sabe-se que os meios de transporte motorizados são hoje responsáveis por quase 25% da demanda mundial de energia e contribuem em igual porcentagem para a emissão de gases de efeito estufa. Esse quadro preocupa ainda mais quando lembramos que a demanda de energia deve dobrar até 2050, enquanto as emissões de dióxido de carbono precisam cair pela metade.
Obviamente, que vários fatores condicionam o sucesso dos veículos elétricos e, no topo da lista, está a infraestrutura de recarga. A segurança é, talvez, a maior preocupação dos consumidores – é possível carregar os veículos em casa evitando riscos elétricos e outros perigos? A resposta é sim. A indústria já evoluiu muito e os usuários de veículos elétricos já contam com soluções inovadoras para gestão segura, confiável e rentável da sua energia. Tanto é verdade que a Estônia, um pequeno país báltico com pouco mais de 1 milhão de habitantes, foi o primeiro a implantar uma rede nacional de recarga de carros elétricos. A própria indústria automobilística tem ajudado a alavancar os serviços, promovendo verificação da instalação elétrica da casa dos clientes, assim como fornecimento e montagem do ponto para reabastecimento do veiculo de forma a possibilitar mais segurança e rapidez do carregamento das baterias, tanto em casa quanto no escritório.
O investimento em smart grids também deve beneficiar a expansão do mercado. Em todo o mundo, as redes de energia elétrica estão se tornando mais complexas e menos estáveis. Para equilibrar a oferta e demanda, é preciso tornar essa rede mais inteligente e conectada, o que possibilita gerir de forma mais eficiente a demanda crescente, além de maximizar os benefícios com custo e ambientais. Estima-se que o setor de energia elétrica poderia cortar até 18% do uso de energia e, consequentemente, as emissões de dióxido de carbono até 2030, ao adotar, de forma agressiva, tecnologias mais inteligentes. Eficiência energética é um dos grandes temas da atualidade e deve se tornar ainda mais importante com o crescimento das cidades e o aumento da preocupação com o futuro.
As soluções de smart grid também facilitam a integração dos veículos elétricos, principalmente no que diz respeito a custos, outra preocupação dos consumidores, por permitir que o carregamento ocorra fora dos períodos de pico, otimizando o processo, mitigando a necessidade de estações de energia adicionais e de reforço na capacidade de transmissão e sistema de distribuição para atender a uma carga maior. Assim, também ajudam a minimizar as emissões de CO2 ocorridas na geração de eletricidade. Para o futuro, especula-se, ainda, que os carros elétricos poderão ser usados como dispositivos de armazenamento de energia para distribuição, isto é, será possível utilizar a energia elétrica disponível na bateria para alimentar o sistema quando necessário ou até para uso no interior da casa ou do escritório. Como ficam estacionados, em média, 95% do tempo, esta seria mais uma alternativa para reduzir os custos do sistema de energia elétrica, bem como os impactos no meio ambiente. Para o sucesso deste segmento, será necessário investir ainda mais na estabilidade do sistema e na diminuição de custos com energia.
Até 2015, cerca de 2,7 milhões de veículos elétricos ganharão as ruas no mundo todo. Espera-se que o Brasil assuma uma posição condizente com a importância que dá para a sustentabilidade. Tudo indica que, além de políticas e incentivos públicos, falta hoje informação ao consumidor, que certamente tem interesse em tornar a mobilidade urbana das nossas metrópoles mais inteligente e sustentável, o que contribuirá significantemente para a qualidade de vida dos seus cidadãos.
*João Carro Aderaldo é vice-presidente da Unidade de Negócios Partner da Schneider Electric do Brasil