A grande incerteza sobre o impacto da pandemia no consumo afetou diretamente o setor de varejo. O ano de 2021 chegou com o sentimento de esperança para o que está por vir. A expectativa do segmento no país aumenta quando dados, apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),reforçam o crescimento do mercado no final de 2020. Segundo o órgão, as vendas varejistas cresceram cerca de 0,9% em outubro comparado com setembro, sendo essa a sexta taxa positiva seguida.
Apesar de se mostrar promissor, o êxito não é garantido e a necessidade de se colocar mais presente no mercado torna a tecnologia a principal aliada neste momento. Nesse contexto, a ajuda digital entra para otimizar processos, melhorar performance e trazer rapidez nas transações, com o objetivo de preparar as empresas para o futuro ganho em escala.
Uma pesquisa realizada pela Mastercard e Americas Market Intelligence (AMI)apontou que a venda online aumentou cerca de 49% na América Latina após o início da pandemia do novo coronavírus. O estudo revela que as interações diárias com o mundo digital serão ainda mais comuns neste ano. Entre as atividades mencionadas estão: pagar contas, pedir comida e solicitar mantimentos de supermercado.
Além das transformações físicas, os empreendedores terão que lidar com as mudanças comportamentais dos consumidores, já que estes estão em busca de menos atrito na hora da compra. O maior desafio é aliar os movimentos do mercado com o aumento de suas margens. Aplicativos de celular, inteligência de dados e novas formas de consumo são recursos tecnológicos que podem e devem ser aplicados no dia a dia do varejo.
O uso de cloud no setor de varejo
Para garantir vantagem competitiva frente aos concorrentes, o setor de varejo pode ir à procura de novas formas de ofertas de serviço no âmbito digital. Existem diversas maneiras de fazer com que essa mudança seja feita.
Cloudcontinua sendo uma ótima alternativa, uma vez que traz melhora significativa em aspectos estratégicos como governança dos dados, aumento dos índices de segurança, garantia de disponibilidade e performance, e acompanhamento de novas formas de consumo. O uso da nuvem contribui para que as empresas não parem e se atualizem dentro de um mercado que ainda possui processos que, muitas vezes, ainda são antiquados.
Desta forma, os impactos da pandemia e as mudanças no segmento do varejo, aceleraram a digitalização de processos nas empresas, fazendo com que a jornada para nuvem fosse imprescindível para que sobrevivesse durante o período.
Para uma migração assertiva, é necessário analisar pontos cruciais como conectividade, periféricos, desempenho, atualização das aplicações, modelo de acesso dos usuários, segurança, entre outros. O projeto pode levar de 1 semana a 3 meses, dependendo de seu tamanho e criticidade.
Contar com ajuda profissional e especializada faz a diferença para que todas as etapas sejam realizadas com segurança e eficiência, visando a redução de custos e aumento de performance. Se manter adequado ao mercado é um desafio para todos, especialmente no setor de varejo. Desta forma, é essencial olhar além do comum para garantir que haja um melhor aproveitamento dos recursos para otimizar os resultados.
Por Tiago Mello, diretor de Produtos da Linx Digital
Pela primeira vez em 110 anos, a NRF teve sua primeira edição digital por conta da pandemia, mas, se pararmos para pensar no momento em que vivemos, de digitalização das coisas, o modelo on-line se encaixou perfeitamente. Foram seis dias intensos de conteúdo, um momento rico para olharmos o que as grandes marcas de varejo fizeram e estão fazendo na pandemia, uma vez que o comportamento de consumo mudou do dia para a noite.
Essa mudança, na verdade, já vinha acontecendo, mas sem dúvidas foi acelerada pelo isolamento social da Covid-19. De acordo com o Jornal Europeu de Psicologia, uma pessoa leva de 18 a 254 dias para formar um novo hábito. Já passamos esse prazo, o que quer dizer que os nossos hábitos de consumo já mudaram.
Nesse novo comportamento do consumidor, um a cada cinco clientes vai mudar como e onde compra; 80% vão continuar comprando digitalmente; 48% descobriram novas marcas através das mídias sociais e, para mim, o número mais marcante, 4 em cada 10 clientes fizeram uma compra online pela primeira vez durante a pandemia – esses foram alguns dos dados mais importantes do evento.
Mas o que esses indicadores nos dizem sobre o novo consumidor? O primeiro insight é que o varejo deve se tornar mais do que uma compra ou serviço: ele deve se desenvolver como experiência. O cliente não quer mais se sentir parte de uma massa de compradores, mas, sim, único e importante para a marca. Alguns modelos, como assinatura mensal de produtos personalizados ou pacote de benefícios se firmam como uma boa opção para o varejista fidelizar seus clientes.
Nesse sentido, a retomada do comércio físico deve ser adaptada. O conceito que chamamos de Phygital tem tudo para se firmar: a ideia é integrar o ambiente do e-commerce com a loja física, num modelo em que o vendedor não espera mais o consumidor vir até a loja, ele leva a loja até o consumidor a partir de uma equipe de vendas digitalizada. Mais do que isso, essa união dos canais tem potencial para levar a tal da experiência para o cliente, criando oportunidades para que ele use o produto comprado, mas também possa experimentar outros modelos – potencialmente uma venda futura. É o caso da Nike e seus clubes de corrida, por exemplo.
Do outro lado, o meio digital buscou uma forma de levar experiência ao cliente – característica das lojas físicas – pensando em conquistá-lo, já que havia uma crescente onda nesse modelo. Um bom exemplo de experiência no digital são as Dark Stores, com atendimento live streaming por cliente, mostrando que ele não é só mais um consumidor.
Ao mesmo tempo em que a experiência virou o centro, o cliente também se transformou em “now costumer” – algo como consumidor imediatista. Esse é o consumidor ansioso que se consolidou na pandemia, que quer tudo para agora e agilidade é regra para ele. É um cliente que não compara os produtos entre as marcas e, sim, as experiências que elas ofertaram. Por exemplo, se uma marca entrega um mesmo produto em dois dias, por que ele deve esperar 10 para comprar com você? Neste caso, algo que já está acontecendo é as lojas atuarem como mini centros de distribuição, uma solução que vem chamando a atenção dos varejistas pelos benefícios logísticos e financeiros e que serve para adaptar a loja a essa velocidade no delivery.
Para o futuro, em uma das palestras foi citada uma empresa holandesa que percebeu que o setor de mercearia foi o último a se digitalizar. Então, a empresa, por meio da análise de dados e de demandas, montou algumas rotas com carros elétricos que rodam uma vizinhança, por exemplo, com itens mais propensos a serem comprados naquele local. Quando uma venda (digital) acontece, o carro entrega os produtos na sua casa entre cinco e vinte minutos. É o mundo hyper local em ação.
O now costumer espera que o varejista esteja online para atendê-lo rapidamente, espera que seja ominichannel e, se essas experiências estiverem dentro do padrão de consumo que ele está acostumado, ele irá recompensar comprando na loja. Neste contexto, os programas de fidelidade também surgem como uma vantagem competitiva. Afinal, se o varejista não conseguir fazer o cliente voltar para comprar de novo, ele não o merece.
Os consumidores ditam como o varejo deve caminhar. O varejista que quer performar bem enquanto a pandemia não acaba, mas também estar preparado para quando o mundo físico, presencial voltar, precisará buscar a combinação mágica entre experiência diferenciada e agilidade. Se Darwin me permite parafraseá-lo, no mundo [do varejo], quem sobrevive não é o mais forte e sim aquele que consegue se adaptar mais rapidamente [ao mercado]. A adaptabilidade dos varejistas definirá o futuro dos negócios.
As retailtechs, como são chamadas as startups dedicadas para a transformação digital do varejo, captaram US$ 678 milhões em 2020, volume recorde distribuído em 40 rodadas. O montante acumulado ao longo dos últimos doze meses é 30% superior ao volume investido no setor em 2019, ano que atingiu a marca de US$ 521 milhões. Os dados são do Inside Retailtech Report, levantamento mensal realizado pelo Distrito Dataminer, braço de inteligência de mercado da empresa de inovação aberta Distrito.
“A pandemia trouxe uma série de mudanças de comportamento no consumidor e isto, por sua vez, impulsionou modelos de negócios das retailtechs. Falamos aqui de startups que trazem tecnologia para o varejo, muitas vezes viabilizando o comércio online”, afirma Gustavo Araujo, cofundador e CEO do Distrito. “Sem dúvida alguma, este modelo foi validado em escala pela população, que entendeu que pode consumir pela internet com segurança. A digitalização do varejo ganhou então velocidade e escala e é natural que estas empresas atraiam mais atenção do mercado”, completa.
Em dezembro de 2020, uma das startups que receberam investimento foi a Dolado, plataforma que tem como objetivo digitalizar pequenas e médias empresas, apresentando ao consumidor comércios do entorno. A retailtech captou US$ 2,2 milhões em uma rodada liderada pela Valor Capital Group que ainda contou com Global Founders Capital, Provence, Norte Capital e outros investidores anjo.
Fusões e aquisições
Em 2020, o setor também alcançou um recorde no número de fusões e aquisições. Até o momento, foram realizadas 18 movimentações desta natureza. Já são sete a mais do que o total registrado em 2019, que somou 11 M&As. Dentre os M&As que foram realizados neste ano, destaca-se a aquisição da plataforma de pagamentos Vindi pela LocaWeb. A transação foi realizada em outubro, com valor de US$ 32,3 milhões.
Raio-X
De acordo com o levantamento, o Brasil conta hoje com 731 retailtechs. A maior parte delas, se volta para soluções focadas na operação do varejo (28,5%). A segunda categoria que mais reúne startups é a de e-commerce (22,7%), englobando aqui empresas exclusivas do comércio online. Em terceiro lugar estão aquelas que atuam no engajamento do consumidor (17,5%).
Tendências do setor
De acordo com o levantamento, em 2021, as startups que atuam com e-commerce novamente irão repetir o feito do último ano e continuar como o destaque do setor. O estudo estima que, ao menos 20 aportes em estágios avançados (Series A e superiores), devam ocorrer no setor ainda este ano. Além disso, a expectativa é que o ticket médio destas rodadas continue a aumentar.
Soluções de omnichannel
O estudo também traz um panorama geral das startups nacionais que atuam com omnichannel — solução para a integração entre diversos canais, seja de venda, marketing ou atendimento, com o objetivo de entregar uma experiência única aos consumidores. De acordo com o levantamento, essas empresas devem crescer no desde 2011 essas empresas atraíram US$ 418 milhões.
O levantamento revela, ainda, que 87% do volume total investido nestas empresas deve-se ao unicórnio VTEX, que já atraiu US$ 365 milhões. Outras startups do segmento que receberam aportes relevantes foram Nuvemshop (US$ 38,3 milhões), Digibee (US$ 5 milhões) e Loud Voice (US$1,5 milhão).
Por Stella Kochen Susskind, fundadora da SKS CX Customer Experience Consultancy
O conceito de brechós de luxo ganhou um novo significado, inspirando uma tendência que ao longo de 2021 pode impactar negócios de diferentes vertentes, sobretudo, o varejo. O “Recomércio” – do inglês, recommerce – pode ser visto, pontuando novas em plataformas de revenda e estratégias de fidelização. Para falar um pouco sobre a origem dessa tendência, lembro que o desafio imposto pela pandemia trouxe uma realidade de recessão para o planeta, impulsionando um mercado de venda de itens usados. De acordo com análises da GlobalData e da WGSN, esse modelo deve crescer 69% até 2021. Vale destacar que não somente a crise econômica potencializou o modelo, mas a reflexão dos clientes sobre a importância de cultivar novos valores de consumo.
Estamos diante de um comportamental – que envolve diversas gerações, não somente os millennials – de valorização da sustentabilidade; há um senso de urgência em formar comunidades mais conscientes do poder e do impacto do consumo. Antes que pensem que essa tendência é algo que tem atingido marcas e produtos mais jovens, alerto para o engano dessa percepção. A Levis, antenada com o crescimento do comércio reverso, lançou uma plataforma própria (Levi’s SecondHand), associada a um programa de recompra que oferece aos consumidores a opção de comprar jeans usados da grife ou trocar itens por pontos que podem ser usados tanto na compra de novos produtos, quanto de seminovos. E, nessa estratégia de fidelização, há oportunidades de adquirir itens vintage. Quer um outro exemplo? O grupo H&M deu start a uma ação similar, no qual os clientes é que comercializam os produtos da marca, que ganha 10% em cima da negociação. Grifes de luxo como Richard Mille e Mark Cross encamparam iniciativas inovadoras alinhadas ao recommerce.
Essa ideia de sustentabilidade e de enxergar os itens de maneira atemporal e com uma vida útil longeva impacta, também, o mercado de aluguel. A entrada de marcas de luxo nesse cenário – Gucci, Burberry e Stella McCartney – tem contribuído para combater o preconceito. Claro que muitas resistem! A Chanel processo a TheRealReal, acusando o site de vender falsificações. Em contrapartida, dados apontam que o recommerce contribui para tornar a marca mais desejada à medida que mais pessoas acessam.
No Brasil, têm surgido exemplos interessantes – em especial, quando pensamos na fidelização. Destaco, ainda, a Marisol – cliente da SKS CX Customer – que está desenvolvendo o projeto Re-conta. A premissa é que “roupas paradas não contam histórias”. A iniciativa incentiva o consumidor a escolher, no guarda-roupa, peças que estão prontas para novas histórias; levar as peças nas lojas Lilica & Tigor para trocar por créditos em novas compras. Em uma parceria com a plataforma Enjoei, as peças doadas vão para uma lojinha online, alimentando a proposta de economia circular. Um outro exemplo vem do mercado livreiro, que tem lançado mão dessa estratégia; livrarias como a Cultura transforma livros seminovos, levados pelos clientes às unidades, em créditos para novas aquisições; no Sebo Cultura, na plataforma, as obras usadas podem ser compradas com descontos.
Esses novos modelos influenciados por movimentos que impactam nos diferentes perfis de consumo devem levar em consideração novas formas de atendimento ao consumidor. A relação entre gestores de marca e os clientes precisam estar no centro de um processo estratégico de atendimento e fidelização. O varejo – assim como o mundo – está em profunda transformação. As novas relações de consumo demandam um olhar especializado para entender as aspirações de consumo. Há mais de 30 anos tenho acompanhado as transformações e pesquisado, sobretudo com o apoio de clientes ocultos, essas ondas sociais que impactam nas relações de consumo. Recentemente, em um paper do Fórum Econômico Mundial, líderes do mundo alertavam para ser 2021 um ano crucial para reconstruir a confiança das pessoas diante dos impactos econômicos, sociais, tecnológicos e ambientais pós-Covid-19. Eles apontam a relevância de reformular os sistemas e redefinir prioridades. A minha recomendação aos gestores de marcas e produtos é ter máxima atenção às mudanças que a Quarta Revolução Industrial já trouxe e que devem ser consolidadas na próxima década.
Uma semana da NRF, a primeira completamente virtual, já se passou e os debates começam a esquentar, desenhando tendências para o varejo em 2021. Até aqui, quase todas as apresentações se iniciaram falando sobre os impactos da pandemia e como as empresas atravessaram esse período durante o último ano – e não poderia ser diferente. Uma das maiores apostas dos painéis, sem dúvidas, é entender o quanto dessas novas experiências e modelos de compra e consumo adotados pelas marcas e pelo mercado irão permanecer.
Com tanta digitalização nos últimos meses e conversas intensas sobre como mudar seu negócio para vender online, uma das principais perguntas que pairam no varejo é: “qual o futuro das lojas físicas?”. Algumas palestras já apontam a direção. Acredite: não somente há futuro, como devemos ver as lojas físicas serem novamente exaltadas como o grande ponto de experiências entre marcas e consumidores no mundo pós-pandemia.
É incrível como a tecnologia foi apressada durante a pandemia. Um dos painéis mais memoráveis, até o momento, chamou o momento de “A grande compressão”, um trocadilho com o momento da “Grande Depressão” dos anos 30. Porém, com um olhar positivo em que, além da transformação, identificou que teremos um novo momento da valorização da experiência da loja física. Afinal, depois de tantos meses sem poder sair de casa, as pessoas querem fazer tudo presencialmente. Ansiosos pela retomada, as marcas já começam a se preparar: a Suitsupply, por exemplo, está apostando em uma grande reforma de sua loja no SoHo, em Nova York, criando até mesmo um rooftop para receber os clientes depois que essa crise passar, com uma experiência única e diferenciada.
Para além da aparente fadiga de tudo o que é digital – um dos termos que ouvi foi o de Zoombombing, que é o cansaço de reuniões desse tipo –, esse momento deixará suas marcas em relação aos clientes. Muitos deles novos no digital, suas experiências tiveram fatores como personalização de promoções e serviços e, uma vez que retornem às lojas físicas, vão demandar que elas também ofereçam esse tipo de atendimento, afastando o antigo sentimento de massificação. Segundo pesquisa da Salesforce, mais de 84% dos consumidores norte-americanos desejam soluções e atendimento customizados. Para isso, os clientes estão dispostos a compartilhar seus dados com as marcas, desde que, em troca, tenham um real incremento em sua experiência ou jornada de compra, informação interessante para o momento em que mais discutimos LGPD no País.
A ideia é que, daqui para frente, o físico e digital se conversem mais do que nunca. É mais do que certo que as lojas físicas têm espaço para retomar sua performance e crescer, mas é preciso estar preparado para os novos hábitos do consumidor, lembrando que não é mais apenas a compra que importa, mas como o consumidor é guiado durante sua jornada. E é preciso se preparar agora, pois o cliente não vai querer esperar ainda mais para compensar o tempo dentro de casa.
2020 foi um ano em ritmo “K”. Em outras palavras, seguindo o formato da letra, algumas empresas frustraram suas expectativas de negócios e viram suas vendas caírem à níveis críticos ou tiveram que encerrar suas atividades, ao passo que outras viveram um crescimento espantoso, aplicando como poucas a transformação das adversidades em oportunidades de negócio. Costumo dizer que é fácil encontrar justificativas para os fracassos ou espelhar-nos em pessoas e empresas que falharam da mesma forma. É comum nessas horas termos respostas como “mas o mercado todo está ruim”, “estão todos assim”, e outras que busquem justificar os erros encontrando cúmplices.
Um dos maiores erros do varejista é se apegar à maneira que sempre realizou suas funções. Novos tempos exigem formas diferentes de se encarar o negócio e a forma como o cliente consome seu produto. Uma análise das empresas que seguem conquistando mercado ou expandindo seus negócios em meio à mesma tempestade enfrentada pela maioria mostra que a resiliência e a coragem para tentar o novo foram fundamentais para a construção de resultados diferentes.
Elencadas a seguir, estão cinco questões importantes que podem continuar a balizar o mercado em 2021, mesmo com o retorno à vida presencial. Devemos ter ainda um mercado que pode crescer, mas que passará ao menos o primeiro semestre com algumas fragilidades e riscos contínuos.
1) Olho na gestão e nos estoques
Pior do que enfrentar uma crise de consumo, é enfrentá-la aliada à uma falta de estoques, sobretudo de insumos que acabam afetando toda a cadeia de distribuição. Nunca foi tão imprescindível ter à mão um controle inteligente da gestão do negócio e de estoque para operar de forma enxuta e eficiente. Entender o que vende mais e o que pode ser considerado supérfluo para a empresa e seus consumidores é algo que fará a diferença. Da mesma maneira, o controle da gestão permite que empresas operem medindo e buscando alta produtividade de vendas e operações. Em tempos de vendas em baixa, maximizar resultados é o novo centro do negócio.
2) O meio digital é uma proteção ao negócio
A pandemia colocou os meios digitais como grandes protagonistas para a busca de resultados em meio as restrições das operações físicas. De redes sociais a marketplaces e plataformas de e-commerce, estar presente no digital foi vital para a manutenção e continuidade de receitas. Para quem ainda não fez a lição de casa ou começou a buscar novos caminhos, vá em frente. Afinal, cada vez mais, é necessário aderir a essa configuração, que tem se mostrado como uma proteção ao negócio. Foi durante a crise que muitos descobriram que no lugar de ponto de venda, existia apenas uma única forma de atingir o consumidor. Ter outros pontos ou contatos é imprescindível em momentos como o que vivemos hoje.
3) A flexibilização veio para ficar
O home office e a flexibilização dos escritórios, embora tenham um impacto direto em pouco mais de 10% da população economicamente ativa, afetam indiretamente uma série de outros negócios. Principalmente os que dependem da proximidade de regiões de escritórios ou pontos comerciais para prosperar. 2021 deverá ser um ano onde a flexibilização ainda estará presente no dia a dia, sendo que estas regiões ainda levarão tempo até encontrar tráfego ou fluxos similares aos tempos pré-pandemia. Buscar outros canais ou maneiras para vender continuará como ponto de atenção. Em casos mais drásticos, uma completa reinvenção do negócio pode ser necessária, com novas direções e meios sendo traçados.
4) Conveniência é a bola da vez
Mais do que estar no digital, um dos pontos mais importantes consiste em estar disponível ao consumidor. Delivery, Dark Kitchens, Dark Stores, Lockers, entre outros, estarão cada vez mais presentes no cotidiano, de forma que o cliente consiga comprar como e quando quiser. Junto da logística como peça fundamental da conveniência, estão os meios de pagamento. Quando falamos do assunto, incluem-se novos e mais simplificados meios. É possível que, num futuro cada vez mais próximo, o uso total de cartões ou dinheiro em espécie sejam enfim abolidos e substituídos por transformações como o QR Code e reconhecimento facial, apoiados por iniciativas como o Pix e o open banking.
5) Cultura da empresa: Treino e retenção de talentos
Em meio à flexibilização de atividades, escritórios virtuais e a uma tímida e frágil retomada do cotidiano, é mais do que importante buscar a retenção do capital intelectual da empresa, centrado em seus colaboradores. No início da pandemia, companhias com sólida cultura empresarial encontraram dificuldades ao enviar suas equipes para o trabalho remoto e manter a aplicação de seus valores no ambiente virtual. Além disso, os desligamentos e contratações contribuíram para este impasse, uma vez que o processo para imprimir em novos colaboradores o entendimento, vivência e absorção dos valores e cultura leva um certo tempo. Dessa forma, além de treinar, buscar reter os melhores talentos, já familiarizados com a cultura da empresa, é importante para que ela não seja perdida de alguma forma.
Mesmo com muitas perspectivas “em aberto”, 2021 pode ser um ano de grandes resultados para todos que souberem aproveitar os aprendizados de 2020.
Por Moises Galindo Tinajero, consultor de Varejo da Lexmark para a América Latina
A migração do comércio físico para o online, fruto da necessidade de isolamento social, foi significativa este ano. Para ser mais objetivo, de acordo com a pesquisa de Economia Digital realizada pela Adobe, podemos dizer que a pandemia acelerou a adoção das compras digitais em cerca de quatro a seis anos.
Embora a oferta de experiências online seja um dos focos do varejo há mais de uma década no Brasil e na América Latina, a pandemia impulsionou iniciativas de transformação digital em todas as empresas e desafiou os varejistas em todos os lugares do mundo – e não apenas na região – a realizar mudanças operacionais necessárias para apoiar a mudança no comportamento de compra do consumidor.
Também durante a pandemia, segmentos que já eram comuns no e-commerce, como eletrônicos e brinquedos, se consolidaram e outros setores foram acelerados, como alimentos e bebidas, saúde, pet shop, beleza e perfumaria. A transformação fez com que o faturamento de R$ 27,3 bilhões no e-commerce nacional tivesse um salto de 71% em comparação ao mesmo período de 2019, segundo dados da Compre&Confie.
Embora as oportunidades sejam vastas, também existem muitos desafios com essa rápida migração do comércio offline para o online. Com mais consumidores agora podendo fazer suas compras com um clique, garantir a fidelidade deles se tornou ainda mais difícil.
Mesmo que o fim de um período de isolamento e distanciamento social em definitivo ainda seja incerto, o movimento em lojas físicas não só ocorre como ainda é esperado, pois há os consumidores que sentem necessidade de ir pessoalmente testar os produtos – um caso clássico é o de colchões e estofados, cuja troca pode ser um transtorno.
Além de tudo, para ter sucesso no mercado incerto de hoje, os varejistas devem investir muito em TI para que possam responder à demanda em constante mudança, oferecer suporte aos requisitos de atendimento rápido, aumentar a produtividade e fornecer experiências superiores ao cliente, tanto no online quanto no offline – tudo a um custo competitivo.
Nesse contexto, as formas como os varejistas entregam seus produtos estão mudando. As opções de Click & Collect (compre online, retire na loja) se tornaram cada vez mais populares e mais marcas estão criando escritórios ou centros de distribuição onde apenas as compras feitas online são tratadas. Também estão usando de estratégias multicanais no qual lojas próprias ou de parceiros tornam-se um ponto de retirada, acelerando os prazos de entrega.
Cada uma dessas tendências de tecnologia, coloca a impressão de volta aos holofotes. Por exemplo, atrás da vitrine (ou seja, no back office), os varejistas agora estão lidando com uma necessidade maior de ativos de impressão fundamentais e necessários para dar suporte a entregas online – itens como etiquetas de envio, listas de embalagem, notas e recibos, etiquetas de devolução, cartões de agradecimento, etc. Tudo isso precisa ser processado de forma rápida, confiável, personalizada e profissional para dar suporte ao rápido retorno dos produtos que os clientes estão esperando. E no chão de fábrica, os varejistas estão reavaliando suas experiências na loja e como tecnologias de impressão podem apoiar a produtividade dos assistentes e a necessidade de velocidade da qual os consumidores estão confiando.
Além disso, o papel da IoT e da nuvem para fornecer maior estabilidade de tecnologia e adaptabilidade nas operações também se tornou uma prioridade muito maior. Com a impressão, por exemplo, os varejistas podem usar esses recursos para requisitos de serviço remoto, eliminando o risco de qualquer tempo de inatividade, identificando problemas de serviço ou baixos níveis de toner antes que eles aconteçam. No ambiente atual, ter uma TI que nunca o decepcione se tornou um imperativo de negócios e os serviços baseados em nuvem e IoT ajudam a garantir isso.
E, por último, embora muitos suspeitem que a pandemia possa empurrar a sustentabilidade para o fundo da agenda, na verdade ela teve um efeito inverso. De acordo com a empresa de pesquisa Global Kantar, a Covid-19 impulsionou a sustentabilidade na agenda dos consumidores. Globalmente – 51% acreditam que continua sendo uma prioridade, enquanto 22% acreditam que é mais crítico do que nunca. Os varejistas precisam responder a esse interesse crescente desde o início, garantindo que qualquer tecnologia em que investirem venha com uma abordagem responsável – desde o design sustentável até o uso eficiente e a reciclagem responsável.
Não há dúvida de que o coronavírus mudou completamente o caminho típico de compra para os consumidores e alimentou o comércio eletrônico. O setor de varejo não pode se acomodar e deve continuar a longo prazo investindo em tecnologias, apostando em uma estratégia multicanal e na transformação digital – incluindo a parte de impressão, que está intimamente ligada às propostas de valor ao consumidor, inserindo modelos de operação mais inovadoras e sustentáveis. É importante não desperdiçar os aprendizados de uma crise – agora é a hora de as organizações de varejo pensarem e romperem para se manterem relevantes e lucrativas por muito mais tempo.
Embora a oferta de experiências online seja um dos focos do varejo há mais de uma década no Brasil e na América Latina, a pandemia impulsionou iniciativas de transformação digital em todas as empresas e desafiou os varejistas em todos os lugares do mundo – e não apenas na região – a realizar mudanças operacionais necessárias para apoiar a mudança no comportamento de compra do consumidor.
Também durante a pandemia, segmentos que já eram comuns no e-commerce, como eletrônicos e brinquedos, se consolidaram e outros setores foram acelerados, como alimentos e bebidas, saúde, pet shop, beleza e perfumaria. A transformação fez com que o faturamento de R$ 27,3 bilhões no e-commerce nacional tivesse um salto de 71% em comparação ao mesmo período de 2019, segundo dados da Compre&Confie.
Embora as oportunidades sejam vastas, também existem muitos desafios com essa rápida migração do comércio offline para o online. Com mais consumidores agora podendo fazer suas compras com um clique, garantir a fidelidade deles se tornou ainda mais difícil.
Mesmo que o fim de um período de isolamento e distanciamento social em definitivo ainda seja incerto, o movimento em lojas físicas não só ocorre como ainda é esperado, pois há os consumidores que sentem necessidade de ir pessoalmente testar os produtos – um caso clássico é o de colchões e estofados, cuja troca pode ser um transtorno.
Além de tudo, para ter sucesso no mercado incerto de hoje, os varejistas devem investir muito em TI para que possam responder à demanda em constante mudança, oferecer suporte aos requisitos de atendimento rápido, aumentar a produtividade e fornecer experiências superiores ao cliente, tanto no online quanto no offline – tudo a um custo competitivo.
Nesse contexto, as formas como os varejistas entregam seus produtos estão mudando. As opções de Click & Collect (compre online, retire na loja) se tornaram cada vez mais populares e mais marcas estão criando escritórios ou centros de distribuição onde apenas as compras feitas online são tratadas. Também estão usando de estratégias multicanais no qual lojas próprias ou de parceiros tornam-se um ponto de retirada, acelerando os prazos de entrega.
Cada uma dessas tendências de tecnologia, coloca a impressão de volta aos holofotes. Por exemplo, atrás da vitrine (ou seja, no back office), os varejistas agora estão lidando com uma necessidade maior de ativos de impressão fundamentais e necessários para dar suporte a entregas online – itens como etiquetas de envio, listas de embalagem, notas e recibos, etiquetas de devolução, cartões de agradecimento, etc. Tudo isso precisa ser processado de forma rápida, confiável, personalizada e profissional para dar suporte ao rápido retorno dos produtos que os clientes estão esperando. E no chão de fábrica, os varejistas estão reavaliando suas experiências na loja e como tecnologias de impressão podem apoiar a produtividade dos assistentes e a necessidade de velocidade da qual os consumidores estão confiando.
Além disso, o papel da IoT e da nuvem para fornecer maior estabilidade de tecnologia e adaptabilidade nas operações também se tornou uma prioridade muito maior. Com a impressão, por exemplo, os varejistas podem usar esses recursos para requisitos de serviço remoto, eliminando o risco de qualquer tempo de inatividade, identificando problemas de serviço ou baixos níveis de toner antes que eles aconteçam. No ambiente atual, ter uma TI que nunca o decepcione se tornou um imperativo de negócios e os serviços baseados em nuvem e IoT ajudam a garantir isso.
E, por último, embora muitos suspeitem que a pandemia possa empurrar a sustentabilidade para o fundo da agenda, na verdade ela teve um efeito inverso. De acordo com a empresa de pesquisa Global Kantar, a Covid-19 impulsionou a sustentabilidade na agenda dos consumidores. Globalmente – 51% acreditam que continua sendo uma prioridade, enquanto 22% acreditam que é mais crítico do que nunca. Os varejistas precisam responder a esse interesse crescente desde o início, garantindo que qualquer tecnologia em que investirem venha com uma abordagem responsável – desde o design sustentável até o uso eficiente e a reciclagem responsável.
Por Elói Assis, diretor de varejo e distribuição da TOTVS
Está chegando um dos momentos mais esperados para os varejistas: a Black Friday, que em 2020 acontecerá em 27 de novembro. Neste ano, no entanto, o varejo está navegando em território desconhecido, devido às mudanças e incertezas na economia global causadas pela pandemia do Covid-19 e o fato de que esse período de isolamento encadeou uma série de mudanças no comportamento do consumidor, que vão da forma como ele se relaciona com a marca, aos critérios que ele considera para fazer uma compra e passando por um aumento significativo da participação da Internet nas vendas. Online virou a bola da vez e é a grande aposta do momento. E para quem ainda não se adaptou, a hora é agora.
Mas afinal, o que mudou? Com as lojas físicas fechadas é natural que as compras tenham migrado para o varejo online. Mesmo os consumidores que não estavam acostumados com compras pela internet, tiveram que adaptar seus hábitos e começaram a comprar por e-commerces e marketplaces, inclusive produtos essenciais. Costumo dar como exemplo a minha mãe, que começou a fazer compras de supermercado pela categoria “compre e retire” e ficou encantada pela facilidade. Ela não pretende voltar atrás, mesmo após o fim da pandemia. Segundo a revista Forbes, a penetração do varejo online foi acelerada em 4 a 6 anos devido a pandemia.
Dados do índice MCC-ENET – desenvolvido pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), em parceria com o Movimento Compre & Confie – mostram que as vendas do setor mais que dobraram em junho de 2020. Em comparação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 110,52%.
Ainda de acordo com o estudo, a expectativa é de um aumento de 80% das vendas durante a Black Friday de 2020, em comparação a 2019. A grande questão é como preparar a sua operação para dar vazão a esse evento e aproveitar ao máximo as oportunidades de negócios.
Quando o assunto é abastecimento, é importante tratar seu estoque de forma verdadeiramente omnichannel, considerando o que está disponível nos ambientes físicos e digitais. Essa prática garante a disponibilidade dos produtos independente do canal escolhido pelo cliente, além de trazer o benefício de poder utilizar estoques mais próximos do cliente final. É o fim dos prazos longos de entrega, já que cada loja passa a ser considerada um centro de distribuição.
Já no âmbito da tecnologia, avalie muito bem a infraestrutura disponível. Caso você gerencie seus próprios ambientes on premise, certifique-se que tem capacidade para suportar um fluxo tão mais alto, além de ter alternativas para crescer rapidamente, caso a previsão de demanda se mostre subdimensionada. Considere as plataformas de SaaS (Software como Serviço), disponíveis em nuvens públicas, que nessas horas podem fazer toda a diferença entre assegurar a disponibilidade sem altos investimentos iniciais.
Com relação às ofertas, pode parecer clichê, mas não tente maquiar a estratégia “leve pela metade do dobro”, subindo os preços para depois dar descontos falsos. Os consumidores estão cada vez mais antenados e valorizam empresas que trabalham com transparência. Portanto, não comece esse relacionamento com mentiras, pois a confiança é algo que é fácil de perder e muito difícil de recuperar. É muito melhor pensar em estratégias factíveis, como frete grátis, brindes e agregação de serviços, do que dar um desconto enganoso e arriscar perder a credibilidade daquele cliente.
Por fim, lembre-se da análise de fraude, pois é algo que nessa época aumenta muito. Quando a compra é online, sem ter o cartão fisicamente presente na maquininha, quem fica com o prejuízo caso o dono do cartão não reconheça uma venda (o famigerado chargeback) é do varejista, que termina sem o produto e sem o dinheiro.
Costumo dizer que a missão do varejista só acaba quando o produto chega na casa do cliente e ele está totalmente satisfeito com aquela compra. Seja no ambiente online ou físico, uma venda de sucesso passa por diversos processos, do backoffice ao carrinho de compra ou PDV, então garanta que não fique nenhuma ponta solta e aproveite para surfar nessa onda positiva que esperamos para essa Black Friday 2020, que será como nenhuma outra até então.
Fonte da Forbes:
KOESTIER, John. COVID-19 Accelerated E-Commerce Growth ‘4 To 6 Years’. FORBES. Disponível em Acessado em: 31 ago. 2020
De acordo com pesquisa feita pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), 97% dos shoppings esperam aumento de vendas durante a Black Friday em relação às semanas anteriores. O aumento médio esperado é de 21%. Na comparação com a data promocional de 2019, a expectativa é de queda de 4% nas vendas. Mesmo com um provável resultado negativo na comparação ano contra ano, a expectativa dos shoppings confirma a recuperação gradual e contínua do setor. “Observamos que os shoppings estão otimistas em relação à Black Friday, uma vez que esta queda ocorre com base no ótimo desempenho da Black Friday de 2019”, afirma Glauco Humai, presidente da Abrasce. Serão aplicados descontos entre 10% e 70%, sendo o desconto médio previsto de 40%, e o tíquete médio esperado para a Black Friday é cerca de R﹩ 300.
Tíquete médio esperado para a Black Friday de 2020. Fonte: Abrasce
Para 95% dos shoppings há expectativa de aumento no fluxo de visitantes durante a Black Friday – alta de 18% em média – em comparação com as semanas anteriores. Entre as categorias de produtos que apresentam maiores expectativas de aumento das vendas estão eletrônicos, eletrodomésticos, telefonia e acessórios e artigos de informática. Além das vendas presenciais, os shoppings manterão outros canais que ganharam popularidade desde o início da pandemia. Cerca de 68% dos empreendimentos continuarão vendas por delivery, 65% por drive-thru, 46% marketplace e vendas online, além de 13% de lockers. Somente 13% os shoppins contarão exclusivamente com vendas presenciais.
“Embora os canais de delivery e drive-thru ainda sejam muito utilizados, já é possível observar uma diminuição dessas modalidades em relação as datas comemorativas anteriores. Por outro lado, há uma expectativa de que canais como marketplace se mantenham e aumentem nos próximos meses”, afirma Humai.
Em mais um ano de crescimento lento da economia, as maiores empresas do varejo brasileiro superaram as expectativas e aumentaram sua participação de mercado. De acordo com a sexta edição do ranking “300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro”, desenvolvido pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), a expansão das maiores empresas do setor foi de 9,9% em 2019, praticamente o dobro da alta de 5% do varejo como um todo.
Fruto de um profundo trabalho de pesquisa, coleta de dados e análise realizado pela SBVC com apoio técnico da BTR-Educação e Consultoria, Varese Retail, Centro de Estudo e Pesquisa do Varejo (CEPEV – USP) e Käfer Content Studio, a nova edição do Ranking mostra que as grandes e médias empresas tiveram em 2019 mais um ano de resiliência e expansão. Diante de um cenário econômico que não estimulava crescimento acelerado, as empresas que souberam inovar conseguiram aproveitar as oportunidades. “No ano passado, vimos uma aceleração da digitalização do varejo, o crescimento dos marketplaces e a capacitação dos varejistas regionais para enfrentar uma concorrência cada vez mais acirrada”, afirma Eduardo Terra, presidente da SBVC.
A nova edição do Ranking mostra as 300 maiores empresas do varejo brasileiro tiveram em 2019 um faturamento bruto de R﹩ 703,239 bilhões. O Carrefour lidera a lista, com um faturamento bruto de R﹩ 62,22 bilhões), seguido pelo Grupo Pão de Açúcar (R﹩ 61,54 bilhões), Via Varejo, Grupo BIG e Magazine Luiza. O top five do varejo brasileiro somou R﹩ 205,415 bilhões no ano passado, ou 29,21% do faturamento das 300 maiores.
“Apesar da economia brasileira não ter conseguido retomar o crescimento sustentável, as maiores empresas de varejo do Brasil sua mantiveram trajetória de crescimento e ganho de participação de mercado”, afirma Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail e vice-presidente e conselheiro da SBVC. “A agenda de produtividade e eficiência, iniciada em 2015/2016, vem sendo mantida e continua gerando resultados”, completa.
Outro ponto importante levantado pelo Ranking é a transformação digital. Pela primeira vez, a maioria das 300 maiores empresas está online: são 162 empresas com e-commerce em operação. Em todos os segmentos do Ranking, pelo menos 60% das empresas listadas têm
operação online, com uma exceção: os supermercados. “Menos de 30% dos supermercadistas estavam online no fim do ano passado, o que já é 50% mais do que em 2018 e mostra que a transformação digital já havia entrado no mapa do setor antes mesmo da pandemia. Em 2020, o setor acelerou ainda mais sua digitalização, o que deixará consequências muito positivas no longo prazo”, comenta Eduardo Terra, presidente da SBVC.
Números relevantes:
Os principais destaques da sexta edição do Ranking “300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro” são os seguintes:
• As 300 maiores empresas faturaram R﹩ 703,239 bilhões em 2019. Considerando as 202 empresas que divulgaram seus faturamentos brutos em 2018 e 2019, o crescimento anual foi de 9,95%, quase o dobro dos 5% do varejo como um todo (PMC-IBGE);
• O Carrefour é a maior empresa de varejo do País, com um faturamento de R﹩ 62,220 bilhões, ou 8,84% das vendas das maiores;
• As cinco maiores empresas de varejo responderam por 29,21% do faturamento total das empresas listadas no Ranking, somando R﹩ 205,415 bilhões. As dez primeiras correspondem a 39,03% das vendas das varejistas listadas;
• O setor com maior número de empresas no Ranking é o de Supermercados, com 137 representantes, três deles no top 10 do varejo;
• O setor de Moda, Calçados e Artigos Esportivos, com 48 empresas, é o segundo com maior presença no Ranking. Somente uma delas, porém, está entre as 10 maiores do varejo brasileiro (a Lojas Renner, na 9ª posição);
• As 300 empresas do Ranking empregam 1,7 milhão de pessoas, sendo o GPA Alimentar o maior empregador do varejo nacional (110.934 funcionários). Entre os dez maiores empregadores estão três supermercadistas, duas redes de drogarias/perfumarias e duas de eletromóveis;
• Dezoito das 300 empresas listadas possuem mais de mil lojas, uma a mais que na edição anterior do Ranking. Delas, quatro estão em supermercados, quatro em drogarias, três em foodservice, três em eletromóveis, duas em óticas e uma em “outros segmentos” e lojas de departamentos. Sete dessas empresas estão entre as 10 maiores em faturamento;
• O Boticário é a empresa com mais lojas no Brasil, seguida por McDonald’s, AM/PM, Cacau Show e Subway. Todas atuam no sistema de franquias, que proporciona oportunidades para crescer com capital de investidores-empreendedores;
• Das 50 empresas líderes em faturamento por loja, 49 são supermercadistas, lideradas por Andorinha, Trimais e Bergamini. São empresas com imensa relevância nos micromercados onde atuam;
• Pela primeira vez, a maior parte das 300 maiores empresas está online. São 162 empresas com e-commerce em expansão. Em todos os segmentos, pelo menos 60% das empresas listadas estão online, com uma exceção: os supermercados;
• Menos de 30% dos supermercadistas entre os 300 maiores possuem um e- commerce. São 39 empresas, contra 27 na edição anterior do Ranking, mostrando uma evolução importante na digitalização do setor. Em 2020, com a pandemia, esse número terá um salto ainda maior;
• O desenvolvimento de marketplaces teve grande evolução em 2019, especialmente entre varejistas de eletromóveis e em shopping centers. Esse é um fator importante de aceleração do e-commerce e da transformação digital das empresas varejistas;
• Das 300 varejistas listadas, 32 são de capital aberto. Esse grupo de empresas faturou R﹩ 287,627 bilhões (40,99% do total das 300 maiores). O setor de Moda, Calçados e Artigos Esportivos é o que tem mais empresas de capital aberto (12 empresas);
• Somente três das top 10 são empresas de capital fechado. No total das 300 maiores, 268 estão nessa condição, concentradas no setor de supermercados;
• Nove das dez maiores empresas do varejo brasileiro, e 13 das 20 primeiras, têm Conselho de Administração. Considerando todas 300 empresas, 80 varejistas contam com uma estrutura de governança estabelecida, dez a mais que em 2018;
• As 282 empresas listadas no Ranking deste ano e que têm números de lojas comparáveis entre 2018 e 2019 tiveram uma abertura líquida de 2.714 pontos de venda, um avanço de 4,2%;
• A empresa que mais aumentou sua base de lojas foi o Grupo IMC, com 289 unidades, devido à fusão com a MultiQSR. A seguir, vêm McDonald’s (286) e Raia Drogasil (248). Três empresas com modelos diferentes de crescimento, mas com o foco em aproveitar ao máximo as oportunidades de expansão;
• Em termos porcentuais, das 10 empresas que mais abriram lojas, sete atuam no setor de supermercados. Nenhuma dessas empresas, porém, tem mais de 40 lojas. Somente as outras três empresas no top 10 contam com mais de 100 pontos de venda;
• Seis das 10 empresas que mais aumentaram suas vendas atuam no setor de Supermercados, movidas especialmente pela expansão do formato de atacarejo;
• No total, 164 empresas listadas no Ranking cresceram acima da média do varejo brasileiro e somente 20 tiveram desempenho negativo em 2019. As líderes do varejo
continuam respondido de forma positiva aos desafios de uma economia em crescimento lento.
Os maiores varejistas brasileiros:
Os dez maiores varejistas do País são os seguintes:
Para atender à crescente demanda das brasileiras por uma moda confortável, atemporal e que combina com os mais diferentes perfis, a C&A Brasil reinventa e amplia a sua categoria de Básicos e lança serviços e soluções digitais inéditos no varejo de moda brasileiro para oferecer o sortimento com ainda mais comodidade e praticidade às suas clientes.
A partir de agora, as camisetas básicas femininas e masculinas da C&A contarão com o projeto Básico Muito Digital. Trata-se de um QR Code estampado no interior da peça para conferir mais praticidade na hora da compra, já que, ao escanear o símbolo com a câmera do celular, a consumidora será direcionada à nova landing page da categoria hospedada no site e aplicativo da C&A com apenas um clique, além de ter acesso às mais variadas cores, tamanhos e modelagens de camisetas e outros produtos para compor o look. A tecnologia é mais uma solução omnincanal da C&A para levar comodidade à rotina das suas clientes, que passarão a ter acesso ao sortimento com mais agilidade.
As camisetas Básico Muito Digital também contam com tags do movimento #VistaAMudança – conceito global da C&A para comunicar suas iniciativas de sustentabilidade, em que a companhia reforça seu compromisso em ampliar o uso de algodão mais sustentável em seus produtos com essa matéria-prima. Atualmente, cerca de 80% do algodão utilizado companhia já é adquirido como mais sustentável, contribuindo para a redução do impacto ambiental e uso de água de forma eficiente. O projeto piloto estará disponível para todo o Brasil em setembro e a companhia prevê ampliá-lo para outras peças da categoria.
Vending Machine e descontos especiais
Ainda para conferir mais comodidade às clientes e garantir que ela encontre a peça básica C&A onde e como quiser, a marca lança ainda mais dois projetos pilotos. Nos próximos meses, os consumidores que estiverem pela capital paulista terão a oportunidade de comprar camisetas C&A em pontos inéditos da cidade em vending machines da C&A. Basta escolher a peça, tamanho e cor desejado na máquina e realizar o pagamento com cartão de crédito. Cada máquina contempla 480 peças, com seis cores e tamanhos que vão do P ao GG, no corte masculino e feminino. Inicialmente, o projeto está disponível no Extra Anchieta, ABC Paulista e, em breve, estará disponível em uma estação de metrô de São Paulo.
A outra novidade da categoria é a venda de kits de camisetas básicas com descontos especiais. Cada kit terá duas camisetas iguais na mesma cor ou em cores diferentes para a cliente que não abre mão da praticidade na hora da compra nas lojas físicas da C&A.
“O básico ganhou uma nova representatividade no guarda-roupa da mulher brasileira. Hoje, ela quer conforto, versatilidade, qualidade e estilo e não abre mão da comodidade e praticidade na sua jornada de compra, seja ela online ou offline”, explica Mariana Moraes, gerente sênior de Marketing da C&A Brasil. “Ouvimos as nossas clientes e para atender o seu novo momento reinventamos a categoria de Básicos. Ampliamos o sortimento, inovamos a forma como comunicamos e oferecemos esses produtos nas nossas lojas e e-commerce, assim como incorporamos novas formas de venda para deixar a sua experiência ainda mais relevante e próxima das suas necessidades atuais. O projeto Básico Muito Digital reforça essa estratégia, já que por meio da tecnologia QR Code oferece mais praticidade à rotina das nossas clientes”, complementa a executiva.
Cliente no centro da estratégia
A renovação da categoria de Básicos e os novos serviços e soluções omnicanais foram idealizados a partir de uma extensa pesquisa realizada pela companhia junto a clientes em linha com o posicionamento de marca “C&A Muito Eu”, que coloca a consumidora no centro da estratégia. Para cerca de 59% das mulheres ouvidas, a peça básica é aquela que combina com tudo e é ideal para diversas ocasiões, apresentando, portanto, grande relevância em seu guarda-roupa e, consequentemente para a C&A. Na hora da compra, por sua vez, o caimento e a boa qualidade desses produtos foram os fatores prioritários para maioria das entrevistadas – pilares já oferecidos nos básicos C&A e valorizados, ainda mais, neste novo momento da categoria, que não abre mão também de estilo e conforto em todo o sortimento.
Dados do Índice Cielo de Varejo Ampliado, divulgados nesta terça-feira, mostram que o faturamento do e-commerce saltou 22,2% na semana do Dia dos Pais. Nesses dados do comércio eletrônico, não são levados em conta os números do setor de turismo e transporte, um dos mais atingidos pela crise.
Entre as categorias de presentes, a que mais se destacou foi a de varejo alimentício especializado, que inclui lojas de chocolate e vinho, por exemplo. O segmento teve aumento de vendas de 0,9% em relação a 2019.
Cosméticos e higiene pessoal (-16,4%), óticas e joalherias (-16,7%) e vestuários e acessórios (-21%) tiveram quedas de dois dígitos.
Enquanto o e-commerce teve crescimento em vendas, as vendas físicas do varejo encolheram 8,8% na semana do Dia dos Pais, na comparação com o mesmo período de 2019. Apesar do recuo, o dado também mostra que o setor vem se recuperando, já que os resultados negativos têm sido cada vez menos intensos.
“Algumas cidades no Brasil já iniciaram ensaios de liberação e volta do comércio de rua, com algumas limitações, principalmente em relação ao horário de funcionamento. Com isso, a experiência de compra física, está se tornando menos eficiente, e mais demorada, além dos riscos envolvidos. Dito isso, a saída com certeza será o universo digital, que tem surpreendido positivamente em relação a logística. Mesmo com o crescimento acelerado, os prazos de entrega dos principais sites de vendas no Brasil tem reduzido bastante”, explica Felipe Dellacqua, VP de vendas e sócio da multinacional de cloud commerce Vtex.
A pandemia da Covid-19 está fazendo com que novos hábitos de consumo surjam e com que as empresas se adaptem à essas novas ações. Com a população há mais de 60 dias em casa como medida de segurança para prevenir o novo coronavírus, as compras no e-commerce tiveram um salto. Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, as transações feitas pela internet dispararam 40% entre março e abril de 2020. Mas, como manter a sua empresa relevante dentro desse ambiente?
Muitas dúvidas surgem, inclusive em analistas mais experientes. As empresas podem sentir as pressões para manter suas marcas relevantes e reter a lealdade do cliente online e offline.
A conquista de clientes em um mercado tão concorrido pode ser um desafio. Corresponder ao comportamento do consumidor online e offline requer análises avançadas. A relação entre comportamento com a análise baseada em geolocalização pode ser mais um desafio ao agregar os dados para obter informações sobre como otimizar o marketing e os preços para gerar receita.
Constatações como essas exigem mudanças relevantes na forma de pensar e decidir para manter a competitividade. Não apenas no que se refere às vendas e conquista de clientes, mas em todos os processos da organização. As transformações digitais, como a Indústria 4.0, trazem um ambiente físico tradicional para um ambiente digital moderno, unindo vários fluxos de trabalho que podem ser adaptados e dimensionados na velocidade dos seus negócios, sob demanda. Os varejistas também estão realizando a mesma transformação no que está sendo chamado de Varejo 4.0.
Essa transformação para o Varejo 4.0 exige a adoção de uma cultura que privilegie a análise de dados, impulsionada pela enorme variedade de informações e a complexidade das questões que estão sendo propostas.
Mas, apenas captar dados não é o suficiente, é necessário ter a capacidade de acessar e consolidar todos os dados que estão diversos sistemas, garantir sua qualidade e enriquecer a organização com informações de terceiros.
Para obter uma visão precisa você não pode simplesmente confiar apenas na intuição ou nos insights analíticos que se obtém nos dashboards ou nos recursos de relatórios do Excel ou ferramentas de BI.
Para atender à sofisticação que a análise de dados exige, é necessário também fazer um diagnóstico, modelar futuros cenários com análise preditiva, compartilhar informações com a equipe e compartilhar resultados de uma maneira fácil de entender. Garantir informações atualizadas e consistentes, assim como oferecer aos tomadores de decisão autonomia para análise também são fundamentais.
A partir de todos esses requisitos, está sendo implementado no Moki a ferramenta de Inteligência de Dados, fazendo com que os usuários tenham insights mais profundos sobre clientes, transações e operações, em todos os canais, e auxiliando em tarefas fundamentais para essa jornada, com a garantia de dados confiáveis, desenvolvimento de algoritmos e mobilidade de resultados.
De acordo com uma análise da ACI Worldwide de centenas de milhões de transações de empresas mundiais de e-commerce, a crise causada pelo coronavírus continuou a influenciar as vendas de comércio eletrônico em abril, com o setor varejista geral experimentando um crescimento de 209% em comparação com o mesmo período do ano passado. O segmento de videogames e jogos eletrônicos veio na sequência, apresentando um salto de 126% em abril.
O aumento sustentado do volume de transações de e-commerce reflete um mês inteiro de amplas restrições às atividades do comércio presencial e de outras medidas relacionadas à Covid-19, o que fica evidenciado pelo crescimento de 5,3% no volume médio de transações em março de 2020, quando medidas de isolamento social começaram a ser implementadas.
“As tendências no comportamento de compras online que começamos a observar em março continuaram em abril, visto que centenas de milhões de consumidores ao redor do mundo passaram a se adaptar às restrições impostas para inibir a propagação do coronavírus,” disse Debbie Guerra, Vice Presidente Executiva da ACI Worldwide. “Consumidores estão cada vez mais fazendo uso das opções ‘clique e retire’ por conta da conveniência e da segurança – mas essa mudança nos padrões também atrai golpistas, o que resulta em um incremento significativo nas tentativas de fraude.”
A taxa de tentativas de fraude em abril alcançou 4,3% em abril, um pouco abaixo da taxa de 5,3% em março, mas ainda assim acima dos 3,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Tentativas de fraude focam nos segmentos que estão experimentando maior crescimento, como o de eletrodomésticos, com o preço médio das compras que tentam ser fraudadas subindo 26 dólares (150 reais). Opções como ‘clique e retire’ – ou ‘compre online, retire na loja’ – também contribuíram para o aumento nas tentativas de fraude. O valor de transação médio das tentativas de fraude aumentou 9,9%, refletindo a ênfase dada pelos golpistas a itens populares de alto valor, como laptops e televisores.
“Golpistas continuam a se aproveitar da ruptura do status quo para atingir consumidores desavisados e empresas despreparadas,” continuou explicando Guerra. “Embora a vigilância seja fundamental, comerciantes também precisam assegurar que estão examinando suas estratégias antifraude, a fim de adaptá-las a esse ambiente altamente dinâmico das vendas online.”
Principais descobertas:
Setores de venda online com volumes crescentes de transação em abril de 2020 (em comparação a abril de 2019):
• Vendas gerais: +209% (74% em março), Jogos eletrônicos: +126% (97,3% em março), Downloads digitais: +26% (5,4% em março), Venda online de bebidas (dados apenas para Austrália): +208% (85% em março)
Setores de venda online com volumes decrescentes de transação no mesmo período:
• Emissão de tickets de shows e espetáculos: -99%, Viagens: -91%, Apps de relacionamento: -5%
Tendências dos volumes de transações entre janeiro e abril de 2020 (em comparação ao mesmo período em 2019):
• Downloads digitais: +17%, Jogos eletrônicos: +60%, Vendas gerais: +24%
Tendências das fraudes:
• Estornos por razões não fraudulentas (ou “fraudes por engano”) aumentaram 25% no final de março, visto que as empresas enfrentaram desafios relativos ao processamento de ressarcimentos, à manutenção dos callcenters e à entrega de serviços e mercadorias. É importante ressaltar que as empresas de comércio eletrônico estão trabalhando ativamente para diminuir os volumes de estornos e os custos relacionados ao mesmo tempo em que procuram melhorar a experiência dos consumidores para resolução de problemas.
• O valor médio das compras feitas com tentativa de fraude aumentou 26 dólares (150 reais) em abril, impulsionado por compras de eletrônicos e pela popularização da opção ‘clique e retire’. Isso corresponde a um aumento de 9,9% no valor médio das transações fraudulentas. O valor médio de compras legítimas caiu 21 dólares (120 reais).
• A taxa de tentativas de fraude cresceu 1,6 pontos percentuais em abril de 2020, alcançando 5,3% no mês, uma lata em comparação ao 3,7% de abril de 2019.
“O comportamento dos consumidores está se alterando constantemente, com alguns setores prosperando enquanto outros estão focados em sobreviver aos impactos econômicos da pandemia,” concluiu Guerra. “Vimos vendedores online em diferentes setores e localidades inovarem e se adaptarem rapidamente – incluindo alterações nos métodos de pagamento aceitos -, mas o foco agora deve ser em prevenção a fraudes. Os volumes de transações estão crescendo ao mesmo tempo que o valor médio das compras está diminuindo, pressionando as margens de lucro e criando desafios para as cadeias de suprimento e logística. Tudo isso enquanto golpistas procuram fraudar itens mais caros que estão experimentando um pico de vendas.”
Dicas para Consumidores para protegerem sua identidade e informações pessoais durante a crise de Covid-19:
• Esteja atento a requisições online por informações pessoais. E-mails com a temático do coronavírusbuscando informações pessoais são potencialmente esquemas fraudulentos de phishing. Agências governamentais legítimas não irão pedir por informações. Exclua e-mails desse tipo.
• Verifique o endereço de e-mail ou link. Inspecione um link passando o mouse por sobre a URL para ver para onde você será direcionado. Algumas vezes é óbvio que o endereço eletrônico não é confiável. Mas tenha em mente que fraudadores podem criar links que se assemelham muito a endereços eletrônicos legítimos. Exclua e-mails com links assim.
• Atente-se a erros gramaticais e ortográficos. Se um e-mail possui erros de grafia, pontuação ou gramática, há fortes indícios de que se trata de uma mensagem fraudulenta. Exclua e-mails com erros assim.
• Procure por saudações genéricas. E-mails fraudulentos tendem a não utilizar o nome de alguém. Saudação como “Prezado cliente” normalmente sinalizam que um e-mail não é confiável.
• Evite e-mails que insistem em ações imediatas. E-mails fraudulentos normalmente procuram criar uma sensação de urgência ou requerem que uma ação seja tomada imediatamente. Exclua e-mails assim.
Dicas para Empresas para manterem a segurança e garantir a entrega aos consumidores durante a crise de Covid-19:
• Mantenha a segurança e garanta uma ótima experiência para o consumidor, visto que o comportamento dos consumidores relativo às compras online – tanto as legítimas quanto as fraudulentas – mudou bastante.
• Por exemplo: entrega rápida e métodos como ‘clique e retire’ continuam a crescer, fazendo com que a velocidade e a precisão na decisão por efetuar uma transação tornem-se críticas.
• Use técnicas relativas aos diferentes perfis dos clientes e de time-on-file para manter uma boa experiência de usuário para clientes importantes e garantir que boas transações continuem aceitas.
• Espere um aumento de estornos por “fraudes por engano” como um resultado das crescentes dificuldades financeiras entre os consumidores. Uma fraude “por engano” ocorre quando o titular de um cartão de crédito recebe uma mercadoria, mas nega ter feito a compra ou quando um membro da família faz acompra mas sem autorização do titular.
• Monitore os sistemas e atualize-os conforme as necessidades. Ferramentas de inteligência de negócios e de monitoramento em tempo real ajudam a tomar decisões e dar respostas imediatamente.Adote uma postura de acesso rápido a informações sobre fraude para reportar imediatamente aos funcionários mudanças nos procedimentos de segurança.
• Entre em contato constantemente com os setores de gerenciamento de segurança de websites e aplicativos móveis. Forneça a essas equipes as ferramentas, técnicas e procedimentos para detectar, conter e mitigar ataques por robôs eletrônicos (botnets). E levando em conta a existência de bots bons e ruins para a empresa, implemente políticas corporativas que tratam dessa questão com clareza para todos os times.
Por Reinaldo Monma, consultor de varejo da Logicalis Brasil
Não é novidade que a pandemia exigiu grandes mudanças, não só por parte das corporações, mas de toda a sociedade. Agora, o que está ganhando cada vez mais força nas discussões é: como será o retorno do comércio quando tudo isso passar? E como retomar as atividades depois de tantas adaptações? Os temas ainda não têm uma resposta certa, mas já é possível desenhar alguns cenários com o que está sendo feito em alguns lugares pelo mundo.
Os Estados Unidos, por exemplo, vêm se preparando para reabertura do varejo físico. Ainda que as regulamentações não sejam exatamente as mesmas, boa parte dos protocolos e práticas recomendadas, recentemente publicadas pela NRF (National Federation Retail), podem ser aplicadas no Brasil, ou pelo menos adaptadas, ajudando os varejistas brasileiros a se prepararem para este momento. Considerando o protocolo da NRF, o plano para reabertura está estruturado em três estágios:
1 – Quarentena
Já bem conhecido por todos, neste primeiro estágio o isolamento social é necessário, e, por isso, foi determinada a interrupção dos serviços considerados não essenciais, o que impactou, em maior ou menor escala, no varejo físico. Com isso, soluções de e-commerce e delivery são, em muitos casos, as únicas formas de manter a continuidade das vendas e o vital fluxo de caixa, ainda que em níveis inferiores.
Mas, mesmo os serviços essenciais, como o varejo alimentar, que pôde manter o funcionamento de suas lojas físicas respeitando algumas regras, tem testemunhado um expressivo aumento de demanda nas vendas online, decorrente da preferência dos consumidores por opções mais seguras durante o período de quarentena.
Além do delivery, as compras online com opções de retirada na loja também ganharam adeptos, pois este modelo reduz o tempo do consumidor no estabelecimento, podendo, inclusive, ser combinado com o uso de lockers, com senhas transmitidas diretamente para o celular do cliente, reduzindo substancialmente o contato entre as pessoas. E, para capturar todas as oportunidades de venda, bem como otimizar a gestão do estoque e operação de entregas, o conceito ‘omnicanalidade’ deve ser pauta obrigatória no processo de retomada.
2 – Reabertura das lojas físicas
Na reabertura das lojas, o principal desafio será coordenar a distância segura entre as pessoas, controlar o índice de ocupação dos estabelecimentos e aplicar rigorosas práticas de higiene, sanitização e autoexame orientado por sintomas básicos. Para isso, será fundamental uma comunicação massiva nos estabelecimentos, por meio de quadros e sinalizações, disseminando as melhores práticas e incentivando a adoção delas pelos consumidores. Além disso, a definição de horários específicos para grupos de risco, quando possível, tem sido altamente recomendada.
Para apoiar no controle do índice de ocupação e na distância entre as pessoas, algumas tecnologias podem ser aplicadas, como por exemplo câmeras inteligentes com vídeo analytics, especialmente nas áreas de checkout. Essas soluções podem ainda ser usadas para melhorar o atendimento.
Ainda, visando reduzir as filas de pagamento e a concentração de pessoas, tecnologias como ‘self-checkout’, em que o cliente paga sua própria compra, são bastante convenientes. Pagamentos sem contato físico também devem estar na lista de adoção dos varejistas e Pin Pads modernos, com pagamento por NFC (near field communication), devem ser bem vistos pelos clientes. Para completar as ações do segundo estágio, um cuidado adicional, e não trivial, deve ser colocado em prática: sanitização de todas as trocas e devoluções.
3 – O novo normal
Finalmente, no último estágio, quando os riscos de contaminação fizerem parte do passado, espera-se poder remover todos os protocolos operacionais relativos ao Covid-19, com exceção das práticas de sanitização e autoexame. Quando atingirmos o “novo normal”, as transformações digitais ocorridas em todos os estágios devem se manter e devem continuar sendo utilizadas para conquistar mais clientes, conhecê-los melhor e atendê-los de forma mais segura, prática e conveniente.
O Covid-19 intensificou a necessidade de digitalização de todos os setores, mas não espere o “novo normal” chegar para iniciar esse processo. O ideal é que o varejo físico aproveite esse momento, em que as lojas estão fechadas, para acelerar sua transformação digital de forma a atender cada vez mais as necessidades dos clientes, pois depois de todo esse período, a experiência física, mais do que nunca, precisa ser igual ou melhor do que a digital.
Em meio às grandes mudanças de comportamento e consumo pelas quais passamos, o e-commerce vem sendo um grande aliado para que as pessoas mantenham o isolamento social. Dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) informam um aumento de 30% nas vendas pela internet durante as duas primeiras semanas de abril, sendo que algumas categorias, como saúde, cresceram mais de 100% em março. Mas e quem ainda não tem e-commerce, ou precisa melhorar a atual estrutura, como fazer isso em meio à pandemia?
Daniel Schwebel, gerente nacional da Workana, maior plataforma que conecta freelancers a empresas da América Latina, aponta que, para os setores em ascensão, o momento é de investimento e consolidação. “Temos clientes na área de e-commerce adaptando suas estratégias para atender às novas exigências de seus clientes, proporcionando melhor experiência para o usuário e novas funcionalidades. O trabalho e o comportamento das pessoas estão mudando cada vez mais rápido com as mudanças que vieram com o isolamento, e com isso, as empresas precisam se atualizar rapidamente não só a maneira como oferecem seus serviços, mas também como trabalham com uma equipe remota”, aponta. Com isso, Schwebel levantou alguns pontos de atenção para que os e-commerces tenham boas vendas durante a pandemia:
1. Vendedores virtuais
Lojas físicas que não tinham e-commerce antes da pandemia podem começar treinando vendedores para serem consultores virtuais. É possível montar um catálogo digital em uma landing page ou um simples documento PDF, com todas as informações, fotos e preço dos produtos, para que os vendedores virtuais enviem para seus clientes. O envio pode ser feito por e-mail ou até mesmo por whatsapp. É importante treinar a equipe, remotamente, e levantar as ferramentas necessárias para que cada um trabalhe. Assim, a loja não deixa de vender e os profissionais continuam ativos. Aqui, temos também o desafio de gerir uma equipe remota, que deve contar com um líder presente, que engaje e una a equipe, além de definir claramente quais são os objetivos do trabalho.
2. Invista em um bom aplicativo
Um levantamento realizado pelo Instituto Locomotiva apontou que compras feitas por meio de aplicativos cresceram 30% no Brasil. Caso seu e-commerce ainda não tenha aplicativo próprio, talvez seja a hora ideal para investir na plataforma. Os aplicativos permitem que os clientes salvem seus produtos favoritos e acessem rapidamente, o que pode ajudar a agilizar as vendas. Uma boa estratégia também é oferecer vantagens para quem comprar pelo app, como frete grátis ou entrega diferenciada.
3. Direcione investimentos para o marketing
É a hora dos seus clientes saberem que você está pensando neles, ou então que possíveis clientes te conheçam e realizem a primeira compra. Investir em marketing é uma boa saída para aumentar o conhecimento de marca, se posicionar e mostrar seus diferenciais. Pessoas estão buscando novas formas de comprar, e vão encontrar. Elabore campanhas digitais, fique próximo ao seu cliente e faça com que ele veja seu e-commerce como a melhor escolha. Para isso, é essencial contar com profissionais qualificados e atualizados, que podem ser contratados também pontualmente para desenvolver projetos específicos.
4. Atualize e analise seus dados
Qual foi a última vez que você checou sua base de dados? Lá é possível encontrar informações valiosas para compreender da melhor maneira o comportamento do seu consumidor e oferecer exatamente o que ele precisa, além de evitar que você invista em algo que pode não ser rentável no momento. É de extrema importância acompanhar dados do mercado, mas também é necessário ter alguém no time dedicado a analisar seus próprios dados e tirar insights dali.
5. É do setor de alimentos e não vende online?
Você pode estar perdendo dinheiro. Segundo estudo feito pela Corebiz, vendas online no segmento alimentício cresceram 330% em março em comparação com fevereiro. Consumidores podem encontrar grandes marcas em redes nacionais, porém, pequenas marcas podem ser mais difíceis, mesmo sendo queridas por seus clientes. Busque parcerias com outros e-commerces, venda pelo Instagram e Whatsapp e avalie o retorno. Enquanto isso, aproveite para compreender o cenário e traçar um plano estratégico para lançar seu próprio e-commerce.
6. Otimização da estrutura
Se um cliente encontra um site complicado de utilizar, com funcionalidades básicas comprometidas, que não funciona corretamente no celular e é lento, as chances dele procurar outro lugar para fazer suas compras é grande. Para isso, é bom realizar um diagnóstico detalhado, compreender a velocidade do seu e-commerce, se atentar à variedade e estoque de produtos, manter um canal de comunicação ativo e não praticar preços abusivos, pois isso pode ser visto como oportunismo.
7. Encontre o profissional certo
Contratar de maneira remota pode ser complicado, mas existem plataformas que podem ajudar a encontrar profissionais qualificados e ainda te apoiar na gestão de equipes remotas. Uma delas é a Workana, que possui mais de 2,8 milhões de profissionais nas áreas de E-commerce, Marketing Digital e Vendas, TI e Programação, Tradução e Conteúdo, Design e Multimídia, Suporte Administrativo, Jurídico, Finanças e Administração e Engenharia e Manufatura.
A experiência digital vivenciada pelos consumidores durante o isolamentosocial deverá manter elevada a intenção de compra on-line nos próximos seis meses, conforme nova edição da pesquisa Consumer Sentiment Brasil, realizada pelo Boston Consulting Group (BCG). O estudo tambémidentifica tendências nos canais físicos, entre elas a resiliência do comércio de vizinhança, que se destaca entre seus concorrentes na pandemia por ser o único a não registrar retração de hábitos.
“As compras on-line vieram para ficar”, prevê Flávia Takey, sócia e líder da prática de Varejo do BCG no Brasil. Essa tendência se confirma em especial entre as famílias com médio e alto nível de renda, uma vez que parcelas da população da baixa renda devem apresentar maior dificuldade de acesso aos canais digitais. O desafio para esses canais, observa, é oferecer uma boa experiência de compras para fidelizar o cliente.
O estudo mostra também variação entre as diferentes classes sociais nos fatores de motivação para a escolha de canal. Segundo Flávia, os consumidores de todas as classes sociais estão muito preocupados em cortar gastos e, para evitar grandes deslocamentos, preferem canais próximos de casa. No entanto, as classes A, B e C estão também muito preocupadas com saúde, ao passo que as classes D e E estão priorizando muito menos este fator em razão da maior restrição de caixa. “É importante entender as motivações por trás das mudanças de comportamento para adequar a estratégia de cada canal”, orienta.
O otimismo do e-commerce, porém, não é percebido em alguns outros segmentos de varejo, que registram forte queda no consumo em meios físicos. Entre os setores mais afetados, está o de vestuário, que registrou queda de 82% nas vendas nos meses de março e abril. “Nesse segmento não vemos crescimento na intenção de compras nos próximos meses”, afirma. Farmácias, lojas de departamentos e de artigos eletrônicos, porém, podem se beneficiar no comércio on-line no médio prazo.
Categorias
A Consumer Sentiment Brasil revela também a intenção do brasileiro de aumentar seus gastos com alimentos frescos. Ao lado de produtos de limpeza e desinfetantes, essa categoria é a mais beneficiada no cenário de coronavírus, com crescimento de 38% na intenção de compra.
Por subcategoria, o maior crescimento é o de frutas, com expansão de 17 pontos percentuais em relação a dezembro de 2019, cenário pré-crise. A intenção, porém, não é consistente em todas as subcategorias; algumas verificam retração, como são os casos de carne bovina e alimentos orgânicos, com redução, respectivamente, de 8 e 21 pontos percentuais muito em função de itens de preço mais elevado.
De acordo com o sócio Daniel Azevedo, o estudo revela ainda uma maior preocupação do brasileiro em poupar e reduzir o comprometimento da renda com dívidas. Nesta rodada, 65,5% afirmaram estar inseguros com sua situação financeira. Além disso, o avanço da pandemia associado ao isolamento social sustentado e perspectiva de cenário recessivo afetou o sentimento das pessoas. Nas últimas semanas, os brasileiros demonstram maior tristeza e preocupação com a saúde e o emprego, embora mantenham a esperança em uma vacina. O sentimento de tristeza subiu 15 posições no ranking de palavras relacionadas ao coronavírus em comparação à primeira sondagem, informa Flávia Gemignani, líder do Centro de Insights para o Consumidor do BCG.
A Consumer Sentiment, que ouviu 1,3 mil consumidores entre 17 e 19 de abril, indica ainda um maior ceticismo do brasileiro em relação à crise, o que se reflete na intenção do consumidor de normalizar gastos dentro de três a quatro meses, embora a percepção seja de que a economia pode demorar um pouco mais para se recuperar. Para apenas 7% dos entrevistados a situação estará melhor nos próximos seis meses, índice que sobe para 11% no cenário de um ano e para 23% nos próximos dois anos.
Com o avanço da pandemia da Covid-19, comércios locais restringiram suas operações para resguardar a população e tentar controlar o avanço da doença. No Brasil, o coronavírus impactou o segmento de doces e chocolates em sua data mais lucrativa do ano: a Páscoa. Para se ter uma ideia, as vendas no período recuaram 33% esse ano, em comparação com o mesmo período de 2019, segundo dados divulgados pela Boa Vista, empresa de inteligência analítica. O número, no entanto, reflete apenas as pesquisas feitas pela instituição e não considera as vendas online.
De qualquer maneira, o cenário vem obrigando os consumidores a mudarem seus hábitos de compras e faz com que lojistas se reinventem e utilizem novas técnicas para garantir as vendas, afinal, comemorações como Dia das Mães e Dia dos Namorados ainda devem acontecer no primeiro semestre do ano. Além de apostar em preços mais atrativos, promoções e reforçar as divulgações pelas redes sociais, uma alternativa para quem trabalha com varejo é oferecer novas opções de cobrança aos clientes.
Disponibilizar um link de pagamento para os compradores é uma escolha inteligente para ter sucesso nos negócios. Esse link – criado junto com uma processadora de pagamentos de confiança – permite que as vendas sejam realizadas por meio do WhatsApp, E-mail, Instagram, SMS ou qualquer outro canal online, sem exigir que o empreendedor tenha uma loja virtual.
Se você nunca ouviu falar do link de pagamento, pode estar se perguntando se esse método é seguro. Te garanto que sim! Quando o consumidor vai realizar o pagamento, ele é enviado para uma página de pagamentos segura e só consegue finalizar a compra com as opções que você pré-definiu, como cartões de crédito ou boleto. De forma simplista, o processo funciona exatamente igual a uma maquininha, mas com comerciantes e consumidores à distância.
Estar atualizado e conectado com as inovações do mercado é um caminho para continuar vendendo em meio ao atual cenário. Levando em consideração que os smartphones estão revolucionando a forma como os brasileiros lidam com o comércio eletrônico, enviar links de pagamento por um ambiente virtual traz mais praticidade, agilidade e simplicidade. Ainda é possível garantir números melhores para o comércio como um todo nesse período de quarentena. Não deixe de vender!