Por que o live commerce deve ser a próxima tendência de mercado no Brasil?

Por Mauricio Trezub, CEO da OmniChat

São Paulo, março de 2021 – Este período de pandemia em que vivemos, mudou radicalmente muitas tarefas, das comuns às mais complexas. Além da perda irreparável de vidas, houve alguns pontos de aprendizado com toda essa crise sanitária que fez com que muita gente tivesse que ficar mais tempo em casa. Gamers e artistas souberam aproveitar o espaço para expandirem sua imagem por meio do mundo virtual, mas as marcas não ficaram para trás ao ver o surgimento dessa oportunidade. Foi assim que as primeiras lives commerce começaram a aparecer no Brasil.

Desconhecida até então pelo público brasileiro, as live commerces podem ser consideradas descendentes dos clássicos programas de TV onde produtos são mostrados e o consumidor podia adquiri-los por meio de uma ligação telefônica. A diferença é que hoje tudo é muito mais prático e rápido do que pegar um telefone, discar um número e aguardar para ser atendido. Um clique no canto inferior da tela, ou escanear um QR Code disponível, agiliza o acesso à página do produto que está sendo exibido. A missão do cliente é somente digitar suas informações de pagamento e concluir a compra. Isso se já não tiver cadastro, pois, com ele já realizado, pouco mais de um ou dois cliques são necessários para adquirir mais um bem de consumo.

O que aqui se tornou novidade na metade do último ano, com as ações feitas pela rede de lojas Renner e das Lojas Americanas, na China, havia sido criado em 2016 e gerou, somente em 2019, a expressiva quantia de US﹩ 60 bilhões. Lá as plataformas de gigantes como Alibaba (Taobao Live), TikTok (Douyin) e Kwai (Kuaishou) controlam atualmente 80% deste mercado avaliado em US﹩ 4,4 bilhões.

Embora algumas empresas já tenham iniciado os trabalhos aqui, o mercado do live commerce no Brasil ainda está em consolidação. Especialistas já consideram essa tendência como o futuro do e-commerce, já que milhões de usuários preferem tirar dúvidas e interagir com os vendedores online do que fazer compras sozinhos em marketplaces cheios de ofertas tão variadas que, às vezes, é difícil achar o que se precisa. Porém ainda é necessário amadurecer mais essa proposta e cativar o público do Brasil.

Um dos primeiros setores a identificar essa oportunidade foi o da beleza. Tirar suas dúvidas com, na maioria das vezes, influencers especializados, transmite uma maior confiança ao comprador, assim como as respostas em tempo real aproximam o público do apresentador e, consequentemente, da marca.

Mas as marcas não precisam ficar reféns de apresentar links, botões ou QR Codes. Uma outra tendência que pode e deverá ser implantada junto às lives é o chat-commerce. Através dele, os vendedores podem conversar com os clientes enquanto a live é apresentada, o que traz novas possibilidades como a criação de coleções de produtos , onde os vendedores podem mostrar um catálogo a seus consumidores, além de fornecer mais informações respondendo a dúvidas específicas.

No geral, se adequar às tendências é essencial para que as marcas cresçam ou mantenham seus status. Além disso, um segmento que movimentou em 2020 a quantia de US﹩ 120 bilhões somente na China, mostra que o potencial dessa maneira de vendas é enorme. Aproximar marcas de consumidores e gerar uma apresentação por meio das lives e do chat-commerce, pode ser, nessa década que se inicia, a “galinha dos ovos de ouro” no Brasil. Em tempo, para não ficarem esquecidas ou de lado, as empresas precisam iniciar, o mais rapidamente possível, as suas adaptações e ficarem atentas ao que surgirá no mercado nos próximos anos, mas podem começar com o que já tem no mercado, como as lives e chat commerces.

O voo do low-code na pandemia: questão de sobrevivência

Por Ricardo Recchi

Durante a pandemia do Coronavírus, a demanda dos negócios por aplicativos excedeu em muito o que podíamos desenvolver. Era necessário criar soluções com mais rapidez e que atendessem melhor às expectativas dos clientes naquele momento em que o tudo foi parar no ambiente digital. Desenvolver no modelo “tradicional” levaria um tempo ao qual as organizações estariam fadadas à perda de clientes, receita e posições no mercado, quando não à falência. É neste contexto que as empresas passaram a adotar com maior ênfase o low-code

A ideia por trás de uma ferramenta com pouco código é permitir que equipes técnicas, assim como profissionais de negócios, possam codificar aplicativos e os colocar no mercado de maneira mais ágil, uma vez que ela reúne componentes e modelos de programação que podem ser “reutilizados”. Em outras palavras, as plataformas low-code permitem que os usuários utilizem seu tempo ou habilidades de maneira mais inteligente, acelerando a entrega de produtos ao consumidor. Não é à toa que essa tecnologia vigorou como tendência por anos consecutivos e agora se consolida na agenda de negócios.

Segundo o Gartner, as plataformas low-code continuarão a ser o maior componente do mercado de tecnologia de desenvolvimento até 2022. Para este ano, a previsão é que o mercado mundial do setor movimente US$ 13,8 bilhões, um aumento de 22,6% em comparação a 2020, quando a receita somou US$ 11,2 bilhões.

Tal cenário cimentou-se, principalmente, à medida que as ondas da pandemia aumentaram, vislumbrando mudanças permanentes na forma como o mundo funciona: as organizações agora não têm escolha a não ser configurar práticas, produtos e serviços pré-estabelecidos para o universo digital.

Por outro lado, a escassez de mão de obra em TI, somada à alta demanda de tempo e custo para a qualificação desses profissionais “tradicionais”, tem corroborado para a formação de uma legião de “desenvolvedores” low-code. Em média, 41% dos funcionários fora de TI personalizam ou criam soluções de dados ou tecnologia a partir das plataformas low-code, aponta o Gartner.

Frente a esse cenário, a previsão é que não só profissionais de negócios desenvolvam seus próprios aplicativos e fluxos de trabalho. É preciso que haja uma ampliação desta tecnologia em programas acadêmicos ou próprios por meio do incentivo de empresas detentoras de plataformas de baixo código, flexibilizando licenças e possibilitando treinamento com intermediação do processo de contratação ou estágio.

A pandemia validou a proposta de valor do low-code e o fez voar alto para suportar o desenvolvimento ágil, adaptando-se às necessidades vigentes de usuários e clientes de aplicativos. Atividades como a automatização, a integração e o desenvolvimento de experiências em canais digitais se tornaram mais descomplicadas e up to date à medida que mais empresas habilitaram recursos de low-code. No longo prazo, fomentar o desenvolvimento de profissionais nesta tecnologia deve movimentar ainda mais o mercado para suportar a inovação preconizada pela Transformação Digital, permeando a sobrevivência das empresas.

Ricardo Recchi, country manager da Genexus Brasil

MOV(-)19 anuncia as startups que receberão investimento de crowdfunding e serão aceleradas em programa remoto

O MOV(-)19, movimento idealizado por um grupo de empreendedores para captar recursos que serão investidos na aceleração de dez startups brasileiras, já definiu as empresas que participarão do programa. Foram selecionadas startups que desenvolveram soluções capazes de minimizar os impactos da pandemia na sociedade em diferentes segmentos. 

O programa remoto de 12 semanas tem oito horas semanais de atividades que entregarão aos empreendedores  conhecimento para que possam ter a estrutura necessária para se desenvolverem e ganharem espaço em seus mercados de atuação. Durante o programa 70% das doações da campanha de crowdfunding serão divididas entre as startups. A alocação de recursos, assim como as metas e OKRs das startups, ficarão expostas publicamente na página oficial do MOV(-) 19, durante todo o programa.

Entre as atividades previstas no cronograma do MOV(-)19 estão: conexões com mentores do programa, que são experts em diversos nichos como fintech, foodtech, rhtech, healthtech; reuniões de checkin de OKRs, mentorias one-on-one, treinamentos semanais de “Pitch Perfeito” e acompanhamento financeiro. Além disso o programa também oferecerá workshops com parceiros do programa sobre diferentes temas relacionadas ao mercado como, growth hacking, LGPD, contabilidade para startups, trabalho remoto, finanças, CNV (Comunicação Não Violenta) leis e contratos para startups, financiamento, pitch entre outros temas de relevância para o desenvolvimento das startups.  

O programa idealizado pelo ResumoCast For Startups, um dos maiores canais de empreendedorismo do Brasil, tem como objetivo combater os impactos da pandemia por meio do empreendedorismo, para isso, reuniu empresários com experiência no mercado de startups e desenvolveu uma campanha de crowdfundig, onde os repasses para as startups ocorrerão sem que elas precisem entregar qualquer participação acionária dos seus negócios para a aceleradora. O objetivo do movimento é arrecadar R$1 milhão, até o dia 18 de abril. Qualquer um pode colaborar, para isso basta acessar o link https://www.resumocast.com.br/mov-19

Conheça mais detalhes sobre as startups selecionadas: 

Conectadoc (https://conectadoc.com.br/) – A Conectadoc é uma plataforma de saúde  que permite interação entre profissionais e pacientes de ponta a ponta ; e gestão dos dados de saúde de maneira integrada, segura , agnóstica e escalável. O paciente no centro do cuidado, como deve ser.

Conexão Farma (https://conexaofarma.com.br) – uma startup que utiliza Big Data, Inteligência Geográfica e conhecimento especializado para ajudar o empreendedor de varejo a tomar decisões mais sólidas baseadas em dados, facilitando o aumento de receita e trazendo assertividade na expansão.

GreatBox (https://www.instagram.com/greatboxbrasil/) – a empresa realiza eventos de forma segura, amorosa, prática e sustentável e ajuda as pessoas a se manterem conectadas durante os momentos difíceis de lockdown.

Hub Power (https://www.instagram.com/hubpower.com.br/) – é um hub de soluções inovadoras e digitais que ajuda empreendedoras autorais a superar os desafios de empreender em meio a pandemia. 

Jenn Saúde (https://www.jenn.com.br/) – uma plataforma que conecta laboratórios e prestadores de serviços aos pacientes que precisam de acesso a medicina diagnóstica de qualidade.

Suvic (https://www.suvic.com.br) – O App SUVIC é a sua Carteirinha de Vacinação Digital e GRATUITA, com funções de Agendamento (SUS e Particular), Histórico, e armazena em um único local todas informações sobre sua saúde.

HYGIFORCE (https://www.instagram.com/hygi.force/) –  é uma startup que oferece serviço especializado em sanitização e desinfecção de ambientes, focada na eliminação e prevenção do Novo CoronaVírus, utilizando equipamentos e produtos de última geração. 

PetPro – (https://www.instagram.com/meupetpro/) A empresa oferece segurança, comodidade e economia para quem possui pet e precisa de serviços para garantir seu bem-estar. Além disso, oferece inserção dos prestadores ao cenário digital, e auxílio em gestão e administração dos negócios.

VIDGI (games.vidgi.com.br) – uma plataforma de campeonatos de jogos multiplayer que promove entretenimento,conexão social e geração de renda em períodos de isolamento e lockdown. 

Assinadoc (https://assinadoc.com/) –  uma plataforma que reduz burocracias e principalmente o contato físico na hora de assinar documentos, possibilitando que todo o processo seja feito de forma digital e segura para as partes envolvidas.

Ainda há espaço para fintechs na América Latina?

Por Francisco Ferreira, CEO e co-fundador da BizCapital

O ano de 2020 foi um importante ponto de inflexão para as fintechs na América Latina, que provaram sua resistência diante de uma das maiores crises já vistas no mundo. As fintechs chegaram com a missão de simplificar a vida do cliente final, usando a tecnologia para desburocratizar processos e transformar, de uma vez por todas, a relação entre pessoas e dinheiro. Mas, a dúvida que fica é: existe espaço para elas na América Latina?

Aí que vem a boa notícia. Não só há espaço para as fintechs, como também elas vivem o seu momento de ouro. Para se ter uma ideia, mais da metade da população de vinte países da América Latina está desbancarizada, segundo dados do VI Congresso Latino-Americano de Inclusão Financeira. Isso significa que existem milhares de pessoas que não encontram um sistema financeiro que atenda às suas necessidades ou empresas que não conseguem acessar os serviços bancários que correspondam ao seu modelo de negócio. Em países como México, Peru e Colômbia, por exemplo, esse percentual ultrapassa 60%.

E isso é muito grave. É por isso que o mercado das fintechs, e os investimentos que elas recebem, crescem em um ritmo sem precedentes, especialmente no Brasil, já que concentramos em nosso território, em média, 50,5% das fintechs situadas na América Latina, de acordo com o Banco de Compensações Internacionais.

O que não falta é espaço para empreender no mercado das fintechs, só que a regra é simples: precisa ser inovador, simplificar e tornar os processos mais inteligentes. Não dá para prever todos os desafios que vêm pela frente, mas uma coisa é certa: se não muda a vida do cliente, você perde o jogo.

Cruzando o abismo da transformação digital

Por Ricardo Ribeiro, diretor de Plataforma da FICO América Latina e Caribe

Originalmente escrito em 1991 e revisado várias vezes ao longo dos anos, Cruzando o Abismo é um livro, escrito pelo tecnólogo e futurista Geoffrey Moore, muito atual que mostra que as empresas que não estiverem preparadas para o atual cenário disruptivo serão aquelas que mais sofrerão.

A obra destaca que a grande maioria das empresas teve um sucesso modesto em fazer com que seus produtos e serviços fossem aceitos pelos inovadores e primeiros usuários, sendo que apenas cerca de 15% “cruzaram o abismo” para vender para a maioria dos compradores.

O que aprendemos com a disrupção que começou em 2020?

A pandemia revelou alguns pontos fracos que já foram identificados, especialmente nas áreas de:

• Serviço ao cliente

• Gestão de call center

• Disparidade nos planos de empréstimo para PMEs

• Cadeia de suprimentos

• Processamento automatizado/autoatendimento

Nesse sentido, a pandemia confirmou o que, durante alguns anos, já era muito evidente: a transformação digital é necessária e sem ela as empresas não sobreviverão.

Por que as etapas em direção à transformação digital não foram bem-sucedidas?

Os problemas surgem quando metas, objetivos, funções e responsabilidades não são comunicados de forma eficaz ou quando as instituições não conseguem acompanhar a velocidade da mudança. Além disso, eles podem ocorrer em ocasiões em que os processos sejam muito difíceis de se implementar, ou até em momentos em que a tecnologia é inflexível ou não fornece uma solução abrangente. Quando algum desses pontos não estiver perfeitamente alinhado, a transformação digital não terá sucesso.

Neste sentido, com base em trabalhos desenvolvidos com diversos clientes, criamos um conjunto de recomendações para uma correta implementação da transformação digital.

1. Pensando na nuvem: Os benefícios da nuvem já são conhecidos no mercado, sendo que entre os mais importantes estão o pagamento por uso, velocidade de inovação, TCO e escalabilidade.

2. Conecte os dados e automatize os resultados: Isso permite que se quebre os silos de informação.

3. Facilite a colaboração e incentive a tomada de decisão centralizada: Isso é importante para agregar conhecimentos profundos, além de gerar novos conhecimentos operacionais, analisando os resultados de ações e estratégias específicas, assimilando as “lições aprendidas” e demonstrando sua capacidade de aprendizado contínuo. Com isso, a tomada de decisões fica mais inteligente e precisa, graças a análises avançadas, calibração automática para detecção de anomalias e por ser baseada em inteligência artificial e machine learning .

4. Use simulação para dar segurança: O valor real da simulação é sua capacidade de eliminar a incerteza enquanto se obtém mais clareza e confiança na tomada de decisões.

5. Transforme seus usuários em super-heróis: Os usuários podem ter autonomia para gerenciar análises e suas próprias estratégias de otimização

6. Progressão em direção à comunicação personalizada: Uma comunicação consistente e personalizada ajudará na:

• Criação de confiança e satisfação do cliente

• Retenção de clientes

• Maior lucratividade a longo prazo

7. Comunicação x Marketing: Por fim, é importante entender que os clientes preferem menos comunicações. Eles querem que a comunicação seja mais personalizada e significativa.

Para superar o abismo da transformação digital, sua empresa deve ativar todas as capacidades apropiadas. E a hora de agir é agora.

Novos Líderes Digitais usam plataformas de RPA para engajar suas equipes e acelerar a transformação digital

Por Jorge B. Junior diretor de marketing e vendas da Quality Nextech

A pandemia impulsionou a necessidade de se conectar e transformar a experiência do cliente, aumentando a urgência por desenvolvimento de portais, sistemas e apps integrados.

Os líderes de tecnologia receberam a confiança e grandes investimentos para fazer acontecer a transformação digital e agora estão pressionados para entregar com mais agilidade.

Esse cenário demanda do novo líder digital uma postura mais humana, com elevado grau de inteligência emocional, que seja capaz de gerar propósito e comprometimento nos talentos das pessoas, especialmente em desenvolvedores e responsáveis por atendimento ao cliente, para que estejam engajados e criativos, produzindo produtos digitais que realmente entreguem valor para o cliente.

Uma das estratégias mais bem utilizadas pelos novos líderes digitais é a de investir numa plataforma de RPA (Automação Robótica de Processos), para liberar as pessoas das atividades repetitivas manuais de teclado e mouse, que são cansativas e enfadonhas, rotinas que desmotivam as pessoas, como por exemplo: cadastro de clientes, preenchimento de formulários, download de planilhas, conferencia de dados de diferentes sistemas, etc.

A partir do momento que as pessoas aprendem a criar seus fluxos robóticos, o problema de falta de tempo e braços, vai se acabando e o tempo e energia para fazer a transformação digital, crescendo naturalmente, pois cria-se um mindset de valor para o negócio.

Mas atenção, é preciso tomar cuidado com algumas armadilhas nessa iniciativa, como por exemplo, a de que o RPA tem que dar ROI (Retorno sobre investimento) com redução de pessoas (head count), isso pode até acontecer em alguns casos, mas dificilmente acontecerá com o primeiro processo robotizado.

Normalmente, os projetos de RPA iniciam com fluxos de trabalho simples, que rodam 100% na internet, sem precisar grandes integrações e comunicações com sistemas locais. Iniciar pequeno com um fluxo de trabalho simples e de poucos passos ajudam a blindar os times responsáveis por fazer o RPA decolar, porque assim as pessoas aprendem sobre as regras e sistemas envolvidos no processo.

Escolher um parceiro de RPA também é fundamental para o sucesso, pois é importante trazer conhecimentos de quem já conhece da tecnologia e do segmento do negócio, com cases já implementados, isso reduz muito o ciclo de aprendizado, acelerando a entrega de mais robôs.

Com o primeiro processo robotizado, nascerão os primeiros robôs, e os “pais” farão propaganda, orgulhosos de seus filhos, isso ajuda a promover o interesse dos demais colegas em aprender a fazer também seus próprios robôs.

Ao longo do tempo, o ROI chegará, porque as pessoas que antes eram consideradas um passivo, um custo necessário para se fazer aquela atividade manual, serão engajadas como líderes de processos, otimizando e reduzindo o tempo de execução de atividades que antes impactavam a fidelização de clientes e o ganho de novas receitas.

Afinal, robotizar processos reduz erros de digitação, agiliza o tempo de atendimento de clientes e motiva as pessoas que passam a se sentir parte das evoluções, passando a focar em atividades de maior valor: relacionamento, criatividade e sentir o cliente final, lá na ponta, cada vez mais hiperconectado.

Outra estratégia de sucesso dos novos líderes digitais é de empoderar seus desenvolvedores com plataformas modernas (low-code) de programação, porque estas já vem com templates, interfaces gráficas, fluxos e integrações semi-prontas, que facilitam a vida do desenvolvedor, permitindo que ele foque mais na redução das fricções que existem no processo de atendimento ao cliente, usando a tecnologia como propulsora de receita e fidelização.

Startup OLÉ-BRASIL’21: última chamada para inscrições

Encerra-se nesta sexta-feira (26) o prazo de inscrição para as startups brasileiras interessadas em criar conexões para o crescimento e desenvolvimento do seu negócio, incluindo acesso a fundos de investimentos internacionais, conhecimento e go to market para a Espanha, através do Startup OLÉ-BRASIL’21.

O evento, que conta com o apoio da Softex para a sua realização, ocorrerá virtualmente nos dias 22 e 23 de abril. Ao se inscreverem, as startups brasileiras contarão com benefícios como acesso a reuniões “one-to-one” de matchmaking com diversos investidores e corporações internacionais, participação em competição de pitch e acesso à plataforma exclusiva de networking do evento.

Entre investidores e corporações internacionais com participação confirmada estão AC Ventures, Kamay Ventures, Globant Ventures, Redwood Ventures, Artifex Angels, Dalus Capital, Hag, Cites, Capital Invent, Gridx, Impulsa Visión RTVE e Axon Partners.

“A Espanha dispõe de um ecossistema vibrante apoiado por 156 aceleradoras e tem duas de suas cidades – Madrid e Barcelona – ocupando respectivamente o 23º e 24º lugares no ranking das 50 melhores cidades do mundo para erguer a sua startup. Há, também, muitas oportunidades para aproveitar financiamentos e auxílios oferecidos pelo governo espanhol para startups e as comunidades têm total independência para lançar iniciativas de apoio a empreendedores que decidam se estabelecer nas suas regiões”, explica Ana Pires, gerente da área internacional da Softex.

As dez melhores startups selecionadas na competição de pitch do Startup OLÉ-BRASIL’21 obterão acesso direto ao Startup OLÉ Blended Edition 2021, que ocorrerá de 8 a 10 de setembro de 2021 em Salamanca, na Espanha.

Para informações adicionais e inscrições para o Startup OLÉ-BRASIL’21 acesse https://lnkd.in/eY_kpae

Atento anuncia chegada de novo parceiro para programa de aceleração de startups

A Atento Next, aceleradora de startups da Atento, multinacional líder em soluções de customer experience no Brasil e na América Latina, selecionou mais uma startup para se juntar ao seu programa de aceleração e agregar iniciativas inovadoras e tecnologias disruptivas para melhoria da experiência dos consumidores: a Twist, empresa de Data Science que realiza a coleta, processamento e análise de dados. A startup contará com o apoio da companhia para a cocriação de projetos que contribuam para potencializar a performance e resultados dos clientes da Atento na monitoria e classificação de perfis de contato das redes sociais em tempo real.

“Nos interessamos pelo programa de aceleração da Atento por conta do crescente investimento da companhia em tecnologia e pela qualidade do serviço prestado em CX. Temos a certeza de que será uma ótima oportunidade para testarmos nossas soluções e escalarmos nossos negócios, além de colaborar para alcançarmos o nosso objetivo de crescer 50% neste ano”, conta Fernando Ferreira, sócio da Twist.

O Diretor de Inovação da Atento, Mauricio Castro, explica que a empresa vem selecionando startups que estão alinhadas à estratégia da companhia e que agreguem valor aos negócios. “Acreditamos que, além de oportunidades valiosas às startups parceiras, esse programa de aceleração gere novas ofertas e modelos de negócio aos nossos clientes, maximizando resultados e melhorando a experiência dos seus consumidores”, afirma o executivo.

Para seu programa de aceleração, a Atento fechou parceria com a Liga Ventures, empresa especializada em programas de inovação que conectam grandes empresas e startups. O processo de seleção se iniciou em novembro de 2020 com a inscrição de 257 startups com projetos relacionados às novas tecnologias e modelos de negócios.

Atento Next

Inovação está no centro da estratégia da Atento, tanto que, em 2020, a companhia foi a primeira do setor no mundo a conquistar o selo ISO 56002, de gestão de inovação. Ainda em 2020, lançou sua aceleradora de startups, a Atento Next.

O programa é uma das iniciativas do hub de inovação da Atento, que visa alavancar os processos de inovação, gerando novas linhas de negócio e produtos, além de aproximar de empresas que já nasceram digitais.

A transformação digital e o valor da experiência dos clientes

Por Sandra Maura, CEO da TOPMIND 

Cerca de 70% de todas as inciativas de transformação digital feitas atualmente estão falhando. Ou seja: apesar de todo o investimento envolvido, a verdade é que ainda existe uma longa jornada entre o desejo de digitalização das companhias e a realidade que elas enfrentam na hora de realmente extrair o real valor da tecnologia. Mas por quê? 

Em primeiro lugar, é preciso ponderar que o grande desafio para a transformação dos negócios não está, exclusivamente, na falta ou excesso de tecnologias. Ao contrário. Em tempos de evolução exponencial de toda a indústria de Tecnologia da Informação, a grande dificuldade parece estar, justamente, na necessidade de olharmos o que, de fato, pode ser melhorado e aprimorado com a digitalização. 

Nesse cenário, tomemos como exemplo a área de atendimento aos clientes. Muito tem se falado sobre a importância de se oferecer uma jornada omnichannel. Mas sua empresa sabe o que isso realmente significa? Mais do que adotar novas ferramentas e estar presente nos canais digitais, a cultura omnichannel exige um atendimento integrado, em que os consumidores sejam vistos de maneira única e completa em todas as frentes de suporte. 

Isso quer dizer, portanto, que um segredo da adoção de uma postura omnichannel passa muito mais pela análise de quais canais irão gerar valor à cadeia de clientes (e de como integrá-los) do que simplesmente pela compra de novas soluções e sistemas sem qualquer planejamento. É exatamente essa a questão da Transformação Digital: mais do que novas ferramentas, a digitalização bem-sucedida é aquela que pensa a entrega das iniciativas por meio da ótica dos consumidores. 

O cliente é quem aponta o que vale a pena mudar – e a transformação das ferramentas, nesse modelo, deve ser encarada como uma tarefa baseada exclusivamente pelo ponto de vista da geração de valor às pessoas. Simples assim. É preciso deixar de pensar na digitalização como uma etapa de reprodução dos processos que já existiam, agora dentro de uma plataforma on-line. Mais do que isso, a verdadeira missão dessas iniciativas está na entrega de uma experiência mais adequada. 

Temos de lembrar sempre de que estamos vivendo a Era da Experiência. O que de forma prática quer dizer que as empresas, agora, têm a obrigação de encantar seus clientes em todos os canais possíveis (o mesmo cliente, em todos os canais). Vale ressaltar que dois terços dos consumidores de todo o mundo, hoje em dia, já consideram a experiência envolvida no consumo de um produto ou de um serviço como o fator mais importante para se manterem fiéis à uma marca.  

Desenvolver uma estratégia omnichannel é algo indiscutível para o sucesso das operações. E muitas companhias estão pensando nisso, neste exato momento. Entretanto, o que fará com que essas estratégias sejam positivas ou não, no caso, é a capacidade que suas equipes terão de alinhar a inovação com as demandas e desejos das pessoas. 

É essencial que as companhias pensem como eliminar os pontos de atrito de seus modelos de atendimento, tornando suas operações mais fluídas, eficientes e agradável – sem abrir mão da inteligência necessária para juntar chatbot, telefone, sites, lojas físicas e qualquer outro canal de suporte e experiência fornecida aos consumidores. 

Para deixar claro: de acordo com uma recente pesquisa da consultoria Ayden, três em cada quatro consumidores desistem de fazer uma determinada compra quando percebem que o processo é complicado ou demorado. A jornada Omnichannel, assim como a transformação digital de sucesso, é aquela que simplifica a operação das pessoas e maximiza a entrega dos produtos em si. 

O foco deve ser a união dos canais on-line e off-line para a criação de uma experiência positiva, em todos os ambientes necessários. Isso incluir investir em inteligência e inovação tecnológica, e capacitar as equipes (operacionais e de atendimento, entre outras) para também pensarem de “modo digital”.  Vale pensar o que a tecnologia pode fazer para atender o que os consumidores querem e quais pontos podem ser escalados e ampliados – de maneira exponencial – para satisfazer esses públicos ainda mais. 

Em tempos cada vez mais digital, criar uma cultura que coloque a tecnologia para alavancar a entrega feita pelas pessoas é o grande diferencial de qualquer iniciativa de digitalização. Precisamos pensar, em suma, quais são as soluções para promover novas entregas de valor agregado. Isso começa com o plano imaginado pela marca e ganha escala com a contratação dos parceiros certos para realizar os projetos. 

A transformação digital não é um projeto para colocar tudo dentro dos computadores. É a aplicação de um modelo que entende o potencial dos consumidores e, depois, aplica essa potencialidade para transformar a entrega das organizações aos consumidores. Esse movimento exige uma estratégia orientada aos clientes e à inovação tecnológica. Para uma transformação real e verdadeira, temos de pensar em como podemos ser melhores usando as ferramentas digitais. É hora de reimaginar a evolução digital olhando para quem está do outro lado do balcão – seja ele qual for.

Dialog recebe aporte de R$ 4 milhões

O Dialog, startup de comunicação interna e RH que funciona como um superapp para os colaboradores, acaba de receber um aporte de R$ 4 milhões, realizado por quatro grupos de investidores anjo, um corporate venture e executivos do mercado de comunicação e RH. O processo, liderado pelo grupo BR Angels, contou também com a participação da Meta Ventures – braço de investimentos da empresa de tecnologia Meta – e Urca Angels, Gávea Angels e Anjos do Brasil. O Dialog, que nasceu como um produto da Critical Mass em 2016, agência de UX do Grupo In Press e da Omnicom, tendo a PepsiCo como primeiro cliente, se tornou um negócio sustentável, fez seu spinoff em 2020 e, logo recebeu investimento anjo de executivos do mercado, como do Antônio Salvador, ex executivo de RH e transformação digital do Grupo Pão de Açúcar.

Atualmente com mais de 25 clientes e cerca de 200 mil colaboradores na sua base de usuários de diversos segmentos, incluindo marcas como Klabin, SBT,Via Varejo, Avon e Livelo, está focada nas empresas com 500 ou mais colaboradores. A startup, que atraiu o olhar dos investidores, em meio à pandemia cresceu 70% em um ano, entrou para o Cubo e foi destaque em RH pelo Top 100 Startups,InovAtiva Brasil e vencedora do desafio Bring Your SaaS, da Meta Ventures Com o intuito de humanizar a comunicação interna de médias e grandes empresas com seus colaboradores, o Dialog é um hub de soluções focadas no colaborador.

De acordo com o CEO da startup, André Franco, o investimento será aplicado na evolução da plataforma, enriquecendo a experiência do colaborador, na integração com outros canais de comunicação interna e de serviços para o colaborador, e na inteligência de dados. “Durante a nossa jornada temos nos posicionado como um aplicativo de comunicação interna – principal canal entre a empresa e colaboradores. Agora, com o aporte, estamos trazendo os serviços de RH para o colaborador para dentro da plataforma, como holerite, ponto digital, treinamentos, onboarding e resultados de vendas, além de inteligência de dados, com insights sobre engajamento, alcance, absorção, influenciadores internos e prevenção de rotatividade, entre outros”, destaca o empresário.

Ainda de acordo com ele, se trata de uma inteligência de dados baseada no comportamento da pessoa, que consegue dizer se o colaborador está desmotivado, comparando o comportamento dele com o de colaboradores que saíram da empresa por estarem com a saúde mental abalada. “É uma forma de prevenir um problema, alertando o RH antes, para que possam dar atenção a esses colaboradores, priorizando a motivação. Tudo isso por meio do aplicativo Dialog. Somos pioneiros desse mercado e com esse investimento visamos liderar o segmento na América Latina, sendo o primeiro Superapp do colaborador no Brasil”, completa.

Mercado propício para investimentos

Para Orlando Cintra, fundador e CEO do BR Angels, grupo de investimento anjo formado por mais de 100 empreendedores e CEOs, não foi diferente. “O Dialog nasceu para atacar uma das principais dores das organizações: a comunicação com as pessoas, que são o principal ativo de qualquer negócio. Uma pesquisa da Robert Ralf mostrou que 80% dos profissionais empregados passaram a considerar o home office como um modo de trabalho e não mais um benefício. Dos entrevistados que estão no mercado, 11% disseram que não aceitariam uma proposta de trabalho que não oferecesse ao menos o modelo híbrido”, diz.

Segundo Cintra, a pandemia impulsionou fortemente a demanda por ferramentas de comunicação interna para garantir maior efetividade e produtividade no momento em que todos tiveram que partir para o trabalho remoto. “Identificamos no Dialog uma startup que desenvolveu o modelo de negócio certo no momento certo, criando uma tempestade perfeita para escalar rapidamente. Identificamos também um time executivo muito experiente e dedicado ao negócio, o que reforçou nossa decisão de investir ao lado de outros importantes investidores”, comenta.

O Dialog foi o vencedor do primeiro desafio “Bring Your SaaS”, concurso nacional realizado pela Meta Ventures, braço de venture capital da Meta, empresa focada em consultoria e serviços de transformação digital. “A seleção teve como objetivo aproximar ainda mais a Meta do ecossistema de inovação, por meio de parceria com startups do tipo SaaS. A estratégia da empresa em apostar nesse desafio nacional nos posiciona entre as companhias que promovem open innovation no Brasil”, conta Claudio Carrara, VP da Meta.

Foram 139 startups inscritas no desafio que destacou o Dialog. “A diversidade de segmentos e a maturidade das startups finalistas do ‘Bring Your SaaS’ nos mostrou o potencial do modelo no Brasil. O que eu posso garantir é que tivemos um trabalho árduo para chegar à vencedora, que apresentou uma solução que acreditamos e achamos que tem sinergia com os negócios da Meta. Por isso, avançamos tão rápido em apostar no Dialog e já aportamos investimento no negócio”, explica Marcio Flôres, Head da Meta Ventures. Nesse mercado de RH e comunicação, o investimento se torna uma grande chave para posicionar a startup no setor.

Pensando nisso, a Gávea Angels – primeira associação de investidores anjo da América Latina – acredita que foi uma boa oportunidade de investimento. “Uma comunicação fluida entre a empresa e seus colaboradores, sem ruídos e alinhada estrategicamente, é o sonho de toda liderança. O Dialog viabiliza essa possibilidade, com tecnologia, inovação e escalabilidade. Vimos na startup uma ótima oportunidade”, finaliza Cecília Andreucci, membro e conselheira da Gávea Angels.

A tecnologia e os desafios logísticos da vacinação contra a COVID-19

Por Angela Gheller, diretora de manufatura, logística e agroindústria da TOTVS

Vencidas as etapas da espera pelo desenvolvimento de vacinas seguras e eficazes contra a COVID-19, da negociação para a compra dos imunizantes e da necessária aprovação do seu uso pelas autoridades sanitárias, temos ainda um gigantesco desafio pela frente para vencer essa pandemia: os possíveis gargalos logísticos para a distribuição das vacinas.

A grande questão é: como fazer com que essas vacinas e seus insumos cheguem da China, Índia e outros países ao Instituto Butantan e à Fiocruz/Bio-Manguinhos e, de lá, sejam distribuídos com agilidade, segurança e perfeito estado de conservação para 35 mil unidades de saúde, em mais de 5.500 municípios de um país continental como o Brasil? Essa logística deve seguir um rigoroso protocolo de manuseio, armazenamento, transporte e distribuição, sob pena de perder sua capacidade imunogênica.

Mesmo tratando as vacinas como prioridade na cadeia logística, contando com o esforço das companhias aéreas, por exemplo, a operação esbarra em algumas dificuldades, tais como:

● Descentralização da cadeia de suprimentos: a produção de vacina é um empreendimento multinacional. Em sua composição entram insumos de várias fontes espalhadas pelo mundo, e tudo tem que chegar na hora certa, pois numa pandemia não há tempo a perder. Isso vale para todos os insumos que de alguma forma compõem o combate à doença, como ampolas, seringas, agulhas, álcool, luvas etc.

● Cold Supply Chain: todas as vacinas desenvolvidas até agora, como as das farmacêuticas Pfizer, AstraZeneca, Moderna e Sinovac, precisam ser mantidas em refrigeração e/ou congeladas, em todo percurso da cadeia de distribuição. Essas empresas, em parceria com grandes operadores logísticos como FedEx, DHL e UPS, oferecem centros de armazenamento capazes de atender esse requisito. Mas, ainda há poucos veículos de carga com alta capacidade de refrigeração.

● Infraestrutura: a velocidade na distribuição das vacinas também vai depender, naturalmente, da infraestrutura viária, de energia e de transporte de cada Estado e região. O Brasil possui a quarta maior malha rodoviária do planeta, com mais de 1,7 milhão de km de extensão. Mas, só 12,4% das estradas são asfaltadas. Isso sem contar que muitas localidades da Amazônia são acessíveis somente por barco ou avião.

● Last mile: o que tem se observado é que a logística “macro”, do transporte em massa das doses, geralmente por via aérea, está funcionando bem. Mas os gargalos estão no chamado “last mile”, ou seja, na última etapa da viagem das vacinas até a ponta da cadeia.

É importante dizer ainda que a complexidade de toda essa operação logística tende a crescer exponencialmente à medida que a produção da vacina for ampliada, com a previsão de distribuição de dezenas de milhões de doses nos próximos meses.

E é por essas e outras que o uso intensivo de tecnologia pode se tornar um importante aliado na gestão e controle do transporte, distribuição e aplicação das vacinas em todo o território nacional. Existem plataformas digitais que permitem o planejamento da entrega e rastreamento das cargas, considerando variáveis como janela de entregas, horários de carga e descarga, localização dos postos de saúde e ordem de prioridade. O resultado é uma operação logística muito mais inteligente, eficiente, com redução de custos e tempo de transporte, proporcionando uma maior produtividade.

Qualquer que seja a solução tecnológica adotada pelo Ministério da Saúde e pelos governos estaduais e municipais, o mais importante é que a vacina chegue aos brasileiros de forma segura, rápida e na quantidade necessária. Somente desta forma poderemos preservar a vida e saúde das pessoas, que é o mais importante, e criar as condições necessárias para uma vigorosa retomada da economia brasileira.

ADM Venture Capital, empresa do Grupo Rendimento, renova estratégia e busca startups Series A

A ADM Venture Capital, braço de investimentos em startups e Fintechs do Grupo Rendimento – do qual faz parte o Banco Rendimento, a Cotação (empresa de câmbio) e a Agillitas (de meios de pagamento) -, reformulou o seu perfil estratégico ao ajustar o foco de investimentos em startups para aquelas de Series A, quando o negócio já está provado, mas a empresa precisa de dinheiro para escalar o seu negócio e se consolidar. Um exemplo prático é o investimento na Grão Direto – plataforma de comercialização digital de grãos que realizou recentemente uma captação com investidores de R$ 13,5 milhões – e na projeção que a ADM Venture Capital faz para três novos investimentos em startups em 2021.

“O ano de 2020 foi complicado, mas produtivo e definidor. Encerramos um ciclo com a venda e o desinvestimento em startups do tipo Seed e subimos nossos parâmetros para investir em empresas que estão no nível Series A. Buscamos parceiros com um grau maior de maturação e encontramos a Grão Direto, que trabalha em um segmento importante para a economia brasileira, o agronegócio. Além da participação como investidor, iremos fornecer toda a infraestrutura tecnológica para a implementação dos serviços financeiros da plataforma através de nossas APIs e serviços de pagamentos e liquidações, garante Roger Ades, diretor do Grupo Rendimento e responsável pela gestão da ADM Venture Capital.

O executivo aponta que o Grupo Rendimento quer enfatizar ainda mais o perfil da ADM como Corporate Venture por meio de seus investimentos em Venture Capital. “O nosso posicionamento é como Smart Money e queremos facilitar o acesso da Grão e de outras startups ao Grupo Rendimento e seus serviços. Buscamos neste ano investimentos em múltiplos perfis, e estamos em conversa com empresas de diversos segmentos. Pode ser uma Fintech, alguém que ofereça serviços B2B, uma empresa de logística ou mesmo uma healthtech. Ou ainda quem precise utilizar de meios de pagamento digitais como o PIX, ou fornecer contas de pagamento e liquidação para seus clientes, através de nossas plataformas de Bank as a Service, explica Ades.

Esses fatores de atração é que levaram até a Grão Direto, empresa que soma R$ 18 milhões em captações de investidores – sendo a última rodada, na qual a ADM Venture Capital participou, de R$ 13,5 milhões. Esse último valor vai garantir a ideia de expansão da Grão de 70 mil usuários em três estados para 500 mil usuários em 10 estados até 2022. Com a startup merecendo destaque ao oferecer a flexibilidade necessária para que todos os participantes da cadeia produtiva – tradings, cerealistas, cooperativas, corretoras tradicionais, fábricas de ração, granjas, confinamentos, armazenadores, traders, entre outros – realizem a comercialização de grãos dentro da plataforma, com acesso ágil e eficiente às melhores informações.

Ao falar dos investidores presentes na mais recente rodada de aporte, como a ADM-Grupo Rendimento, Alexandre Borges, CEO da Grão Direto, afirmou: “Esse é certamente um dos grupos mais importantes de investimento em tecnologia no agronegócio da América Latina, com a presença de diversos perfis relevantes para promover esta revolução ‘fora da porteira´. Temos imenso orgulho de juntarmos excelentes fundos de venture capital com grandes corporações da agricultura e do mercado financeiro, além de executivos com experiências globais”. Ao lado da ADM Venture Capital, estão: Lanx Capital, líder da rodada, Bayer, Barn Investimentos, além de grandes executivos como Luiz Edmond, Fued Sadala, Osvaldo Barbosa de Oliveira, William Kern, Roberto Martins, Mauro Muratório, Ricardo Coelho Duarte e representantes de grandes grupos ligados à agricultura como Bernardo Klabin, Luxor Agro e Diego Schlatter.

Startups aceleradas pela Wayra estão com vagas abertas em todo o Brasil

A Wayra , hub de inovação da Vivo no Brasil e da Telefónica no mundo, anuncia novas vagas para quem busca oportunidades de emprego no ecossistema de empreendedorismo e inovação. As startups que compõem seu portfólio buscam especialistas para diversos cargos e salários para atuar nas empresas: Iupay, RankMyApp, Proradis, e Econodata.

Confira as vagas abaixo:

Econodata (10 vagas)

A Econodata é uma plataforma assertiva de dados de prospecção B2B com foco em gerar mais oportunidades de vendas de empresas ativas. A startup abriu vagas home office com salários acima do mercado, para posições em Pré-Vendas (SDRs e BDRs), TI (Tech Lead, Data Engineer, Full Stack Developer),Customer Success e Sales Executive. além de vaga de estágio para Developer. Para mais informações, acessar: https://vagas.econodata.com.br/

Proradis ( 9 vagas)

A healthtech tem como principal objetivo desenvolver soluções para o mercado de radiologia e diagnóstico por imagem. A Proradis está integrando e reinventando o ecossistema de centros de diagnósticos por imagem, profissionais radiologistas, seus solicitantes e seus pacientes. A startup que conta com o investimento da Wayra está com 9 vagas em aberto, são elas: Executivo de Contas, Desenvolvedor Full Stack, Product Owner, Analista de Relacionamento, Estagiário de Relacionamento. Para se inscrever acesse: https://proradis.solides.jobs/

RankMyAPP (6 vagas)

Referência global em inovação e qualidade focada em estratégia de mobile marketing, como o melhor ranqueamento nas lojas virtuais com App Store Optimization e Campanhas de mídia para aplicativos, a RankMyAPP ocupa o 3º lugar no ranking mundial de agências e/ou empresas que trabalham com ASO. A startup está com 6 vagas abertas para as posições de Account Manager, Analista de dados, Analista de

QA Júnior, Executivo de vendas, Desenvolvedor(a), Full-Stack Pleno/Sênior (Remoto), e Business Operations Coordinator. Para mais informações acesse: https://rankmyapp.gupy.io/

Iupay (1)

A startup que viabiliza a melhor experiência de pagamentos para pagadores e emissores, Iupay , está com uma vaga para Senior Software Engineer. A empresa busca um candidato formado em Engenharia da Computação, Ciência da Computação ou áreas correlatas. O profissional irá desenvolver micro serviços e jobs de backend de larga escala para servir de suporte para o novo sistema de pagamentos digitais do Brasil. Para se inscrever: vagas@iupay.com.br

Startup recebe R$ 700 mil do BID LAB para inteligência artificial que identifica COVID-19

A startup brasileira Laura está entre as vinte selecionadas da América Latina e Caribe para receber um aporte financeiro do BID Lab, o laboratório de inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A solução tecnológica desenvolvida para auxiliar na identificação e acompanhamento de casos de Covid-19 receberá um investimento de US $128 mil para implementar a inteligência artificial em até cinco municípios brasileiros e 10 unidades de Pronto Atendimento, tanto na rede pública quanto privada.

O Pronto Atendimento Digital (P.A. Digital) foi lançado em abril de 2020 e já funcionou em 25 instituições de saúde, incluindo parcerias com as prefeituras e operadoras de saúde. Graças à inovação, mais de 160 mil pessoas já receberam atendimento de saúde digital. Além do projeto enviado pelo Instituto Laura Fressatto, braço filantrópico da startup, outras vinte propostas de diferentes países latino-americanos foram selecionadas entre 500 inscritas. 

Criado para identificar e acompanhar remotamente casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus, o P.A. Digital é uma inteligência artificial que atende os cidadãos por meio de uma interface de conversa digital. Ao interagir no site das prefeituras, os pacientes tiram dúvidas sobre sintomas e são acompanhados por 15 dias. Os casos mais graves são encaminhados para atendimento presencial. Aqueles que apresentam sintomas mais leves ou que não correspondem a riscos de infecção por Covid-19 são orientados a permanecer em casa, evitando aglomerações desnecessárias nas unidades de saúde. Para os pacientes com risco moderado, há possibilidade de teleorientação pela enfermagem e, se necessário, teleconsulta médica embarcada na solução.

Com o investimento do BID Lab, a tecnologia será ampliada tanto em termos territoriais quanto em aplicações na saúde. Além de dispor do chatbot para acompanhamento da pandemia, as cidades de Curitiba(PR), São Bernardo do Campo (SP) e Catanduva(SP) passam a oferecer aos pacientes o P.A. Generalista, tecnologia capaz de fazer a triagem e acompanhamento de outras doenças. “É uma extensão em outras linhas de cuidado, principalmente pensando em demandas simples do dia a dia e que podem ser atendidas de forma digital, como dor de cabeça e dor de barriga”, explica Dr. Hugo Morales, Diretor Médico da companhia. “É uma digitalização da atenção primária com objetivo de minimizar a sobrecarga dos serviços de saúde”. Até então, a tecnologia funcionava com exclusividade na região de Criciúma e no Litoral de Santa Catarina, por meio de uma parceria com a Unimeds. 

Para o representante do Grupo BID no Brasil, Morgan Doyle, o setor público e o ecossistema de inovação brasileiro têm muito a ganhar ao trabalharem juntos. “O ecossistema brasileiro é o mais robusto da região, com inovações tecnológicas de vanguarda e pode oferecer soluções rápidas e de alto desempenho. Ao trabalhar diretamente com as startups, o setor público está ajudando a fortalecer o ecossistema, ao mesmo tempo em que se moderniza e oferece serviços mais custo-efetivos aos cidadãos”, disse.

O impacto da tecnologia nestes municípios e instituições de saúde será mensurado em uma pesquisa científica conduzida pelo setor de research da startup e coordenada pelo Diretor Médico da Laura, Dr. Hugo Morales em parceria com o Dr. Adriano Massuda, professor da FGV e pesquisador-visitante no Departamento de Saúde Global e Populações da Harvard T.H. Chan School of Public Health. 

Ambev premia startup com projeto inovador de ESG com R$100 mil

Em busca de soluções inovadoras para suas práticas ambientais, sociais e de governança – ESG, a Ambev desenvolveu a Aceleradora 100+, com apoio institucional da Rede Brasil do Pacto Global da ONU. Neste ano, a cervejaria conheceu iniciativas de startups que usam tecnologia para aprimorar processos produtivos e reduzir impactos no meio ambiente. As três melhores propostas acabam de ser premiadas no Demo Day, evento de encerramento do programa.

“O fomento à criação de tecnologias disruptivas é uma prática importantíssima para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Acredito que a transformação social e ambiental que precisamos para fazer deste mundo um lugar melhor para todos e todas ocorrerá a partir da combinação de inovação e da conscientização crescente dos mercados consumidor e de capitais e, consequentemente, das empresas”, disse Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global.

A startup vencedora Zoomagri desenvolveu um software que funciona como uma espécie de scanner, que realiza testes de qualidade em insumos agrícolas. A tecnologia apresentada detecta propriedades de cada matéria-prima, evitando um maior descarte de grãos. Isso possibilita um melhor aproveitamento e, consequentemente, menor uso de recursos naturais para o plantio. Com isso, há menos desgaste da terra e desperdício de água, além de diminuir emissão de gases poluentes.

“O time da Ambev se comprometeu em ajudar startups que sonham em criar empresas inovadoras e sustentáveis do futuro! Desde o início fomos acompanhados por eles, e temos a certeza de que após o programa nosso relacionamento vai crescer, escalar globalmente e durar muitos anos”, comenta Fernando, cofundador e diretor administrativo da startup Zoomagri.

Já a Growpack apresenta tecnologias inovadoras para transformar compostos orgânicos, descartados no plantio, em um biomaterial que pode ser utilizado para a produção de embalagens. A principal matéria-prima usada até o momento pela startup é um dos grandes rejeitos da indústria agrícola: a palha do milho. As primeiras embalagens criadas por ela usando a palha foram caixas de take-away. Tudo isso se traduz em uma economia de 80% de água, 25% no uso de energia para produção de papelão e redução de 50% nas emissões de CO2.

A Boomera, que também ganhou destaque, transforma lixo em uma linha de novos produtos, por meio de tecnologia, design e cooperativas de catadores. Com isso, a startup incentiva a economia circular e retira cerca de 60 mil toneladas de lixo por ano do meio ambiente. Um dos resultados alcançados, no decorrer da Aceleradora 100+, foi o desenvolvimento de “capas” para os pallets utilizados nas fábricas da Ambev, necessárias para o transporte seguro dos produtos.

“Este ano, mais uma vez, selecionamos startups que atuam em diferentes áreas de negócio e com tecnologias variadas. Com essa nova turma de aceleradas, vamos crescer juntos e construir um legado sustentável” comenta Rodrigo Figueiredo, vice-presidente de Sustentabilidade e Suprimentos da Ambev. “Enxergar o ecossistema conectado, poder dividir conhecimento, conhecer novas ferramentas digitais e construir ideias junto a parceiros e novos talentos são movimentos que estão totalmente alinhados à cultura que estamos criando de dentro para fora da Ambev”, completa.

A princípio, apenas a vencedora e a segunda colocada receberiam prêmio, mas o painel deliberou empate para o segundo lugar, e a Ambev optou por dobrar o prêmio do segundo lugar. A Zoomagri, que saiu vencedora, receberá R$100 mil e GrowPack e Boomera receberão R$30 mil, cada uma.

“Foi muito enriquecedor poder conhecer e, especialmente, reconhecer ações de grande impacto sustentável como as que vimos no DemoDay. Incentivar empresas que estão sempre em busca de avanços inovadores, que geram valor para as pessoas e que trazem benefícios para o planeta, assim como a DSM, que represento, que também possui como direcionadores principais a sustentabilidade e inovação embasada na ciência”, ressalta Mauricio Adade, presidente da Royal DSM América Latina, que também foi apoiadora da premiação e contou com a presença de Mauricio na banca julgadora.

O Demo Day, evento de premiação que foi aberto ao público, pode ser assistido no canal da Ambev, pelo Yotube: https://bit.ly/AmbevLive

Indústrias estão mais confiantes para retomar investimentos em automação

Por Hélio Sugimura, Gerente de Marketing da Mitsubishi Electric

O conceito de Indústria 4.0 já está consolidado entre os maiores especialistas da indústria. No entanto, ao contrário de países como China, Japão, EUA e Alemanha, que estão entre as maiores forças industriais do mundo, apenas recentemente é que países em desenvolvimento, como o Brasil, vêm tentando impulsionar essa jornada rumo à automação plena dos processos industriais.

As previsões globais apontam para uma aceleração da automação, motivada em parte pela crise gerada pela pandemia. Um estudo da consultoria Ernst & Young revelou que 36% das empresas passaram a acelerar os planos desde 2020.

Trazendo esses dados para o mercado nacional, especialistas enxergam um cenário mais propício a investimentos do setor a partir de 2021. Enquanto muitos países sofreram gravemente com o desabastecimento de diversos insumos, inclusive alimentos, como aconteceu nos EUA, até mesmo a falta de materiais hospitalares, relatado na Itália, o Brasil, apesar de algumas dificuldades, não apresentou grandes problemas de abastecimento.

Tal experiência mostrou que as máquinas foram capazes de manter a produtividade e a cadeia de suprimentos girando, quase sem interrupções, mesmo que em um ritmo mais lento. A quarta e mais recente edição do Índice de Automação do Mercado Brasileiro, realizado pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil com o apoio da empresa de pesquisas GfK, indicou que, em 2020, as indústrias estavam 2% mais automatizadas que no ano anterior. Mas, desde que o índice começou a ser mensurado, em 2016, essa evolução foi de 7%.

Outro relatório, da Bain & Company, chamado Technology Report, que avalia as oportunidades e vantagens operacionais do setor industrial, aponta que mais de um terço dos executivos planeja ampliar os investimentos em automação em 2021. A partir desse balanço não é difícil concluir que as empresas que investiram em automação, ainda antes da pandemia, foram as que melhor conseguiram enfrentar a crise ocasionada pela COVID e agora se sentem mais preparadas e confortáveis em realizar essa transição.

Além da robotização industrial ser uma das maiores tendências quando se fala em automação, outros conceitos conquistaram notoriedade e aceitação no chão de fábrica. A comunicação Machine to Machine, por exemplo, ganhou ainda mais força ao permitir que dados, antes coletados por operadores, pudessem ser coletados de forma automatizada. Assim, controladores lógicos programáveis, os CLPs, passaram a ser integrados a plataformas locais ou em nuvem, permitindo a consulta de seus registros e dados até mesmo de forma remota, para tomadas de decisão importantes.

Em outra ponta, dispositivos para medição de consumo de energia, em conjunto com o monitoramento de produção da fábrica, possibilitaram a criação de índices de consumo específico, medindo, assim, a eficiência energética de máquinas e equipamentos.

Se fosse possível fazer uma previsão, não seria mais tão ousado apostar que, com as reformas econômicas já previstas e o grande passo que o País já deu na capacidade de se reinventar e digitalizar seus processos e fluxos de produção, logo estaremos nos aproximando de uma quinta revolução industrial.

Big data no setor de construção civil

Por Eduardo Tardelli, CEO da upLexis

Diversos são os setores que entendem o quanto o big data analytics pode permitir um entendimento mais profundo acerca de produtos, prazos, variarias ambientais e outras informações relevantes. Por meio da análise de dados, as construtoras e incorporadoras podem desenvolver modelos de negócios mais econômicos, eficientes e assertivos, integrando o trabalho de equipes de tecnologia da informação (TI) e engenheiros em busca de soluções mais vantajosas no que tange cronograma, compra e uso de materiais, definição de tipos de obra e planejamento em geral.

Na área da construção civil, seja residencial, empresarial ou pública (de vias e acessos) essa ferramenta ajuda a prever e simular o resultado de determinadas escolhas que podem fazer a diferença na tomada de decisões. É possível, por exemplo, estipular o impacto no orçamento e o tempo de conclusão da obra ao substituir determinado material ou procedimento, ou calcular cenários adversos e o período que impactaria na execução do trabalho para considerar compras de instrumentos e utensílios e determinar contratos com prestadores de serviço.

Em paralelo, informações sobre finanças, prazos e documentos técnicos, entre outros dados relevantes, também podem ser adicionados aos sistemas a fim de auxiliar nas escolhas. Outro exemplo prático é analisar o tipo de perfil de cliente de uma região, os projetos já existentes para atender uma determinada área e pareceres de vendas para definir quais tipos de finalizações e funcionalidades serão necessárias em cada obra.

Em substituição ou complementação ao trabalho analógico e aos montes de papéis relacionados a cada projeto, os softwares alimentados com as informações corretas minimizam ruídos na comunicação, erros de orçamento e acompanhamento, falhas na análise de dados e dificuldades com registros passados que, desde que atualizados em tempo real, geram informações facilitadas e mais ágeis, incluindo fatores climáticos, geográficos, consumo de recursos e controle de impactos ambientais, que tanto interferem no andamento da obra. Afinal, como em qualquer outro setor, a inovação é sempre o objetivo para quem deseja melhora da qualidade de materiais de construção, equipamentos mais precisos e a otimização de tempo e recursos que resultam na redução do custo das obras.

No pré-projeto, as negociações com empresas e fornecedores podem ser mais facilmente estudadas, trazendo análises mais precisas dos riscos de cada um desses contatos e garantir maior assertividade nas simulações de condições geográficas, financeiras e estruturais, disponibilizando valores finais mais fiéis. Nesse caso, a gestão de indicadores também demonstra os acertos e as possíveis falhas de cada projeto e orçamento, identificando pontos que precisam ser revistos.

Naturalmente, como toda e qualquer tecnologia, a implementação do big data no dia a dia exige treinamento e alinhamento com a equipe, para que façam uso em todo o seu potencial. Para isso, além de buscar e investir em plataformas especializadas, indicamos instruir os personagens que as utilizarão e pesquisar constantemente o que está em alta na transformação digital.

Por mais que ainda haja resistência, o conhecimento sobre a ferramenta e o investimento necessário para sua implementação serão compensados rapidamente em tempo, precisão e assertividade. A tendência, de modo geral, é que com essas soluções tecnológicas o setor se torne mais democrático para lojistas, construtores e empreendedores de todos os portes, acelerando os negócios e a economia em um momento delicado para o País.

O pós-venda é o início da próxima compra

Por Gisele Paula

Temos visto que o cliente está cada dia mais exigente e as empresas começam a se despertar para o valor e potencial da diferenciação pelo cuidado com seu pós-vendas. Além do que, fica cada vez mais claro que ninguém gosta de comprar de alguém que o trata mal ou que não atenda as nossas expectativas, não é mesmo?

Mesmo diante disso, apenas dois terços das empresas têm declarado investir na experiência do cliente. Mas isso tem um fator histórico: desde os primórdios do capitalismo, a razão da constituição de uma empresa era criar um bom produto para ser vendido e, por muito tempo, as companhias foram sendo desenvolvidas em volta do produto que até então era o centro da atenção do negócio. Com o passar do tempo as coisas foram mudando, o mercado se transformou, o cliente mudou (e muito!) e começou a analisar outros atributos, que não apenas o produto, como seu preço e qualidade, para tomar a decisão de compra.

Em uma pesquisa da PwC, empresa de consultoria e auditoria, 84% das pessoas disseram que a experiência é tão importante quanto o produto a ser adquirido. Dito isso, empresas que até então estavam 100% empenhadas em oferecer o melhor produto, tiveram que começar a dividir sua atenção em oferecer uma jornada impactante positivamente, desde a realização da compra até o seu pós-venda.

Cada vez mais a experiência de compra vem sendo olhada detalhadamente pelas áreas de marketing e vendas como oportunidades de diferenciação na venda. Muitas tecnologias veem surgindo – como provadores virtuais, produtos “materializados” no ambiente físico por meio da realidade aumentada, integrações entre plataformas, omnicanalidade, liveshops, etc. Mas a minha provocação é: Quais iniciativas estão sendo realmente utilizadas no pós-venda?

Não é a implantação de tecnologias que nos distanciam do contato do cliente, o atendimento automático não vai garantir uma boa experiência no pós compra, pois ela é fundamentalmente humana. Essa última etapa é o momento que a marca tem para mostrar a verdade do que foi anunciado antes mesmo de iniciar o seu atendimento, onde vai ditar o quanto esse cliente está disposto a comprar novamente e recomendar o seu produto ou serviço.

Por este motivo, a diferenciação da marca do futuro está aí, na forma como a empresa realmente se mostra, por meio das suas ações e interações com seus clientes o quanto ela verdadeiramente se importa e cria conexão. É quando ela mostra a sua essência, sem rodeio e nem máscaras.

As empresas que desejam, de fato, prosperar e ir mais longe, precisam imediatamente incluir nos seus objetivos a experiência do cliente e o colocar no centro do negócio. Somente assim, será possível gerar um planejamento estratégico que seja aplicado desde as suas lideranças e, consequentemente, para toda a empresa, fazendo parte da cultura da organização.

Em outras palavras, as empresas precisam olhar para o seu público em primeiro lugar, de cima para baixo e de dentro para fora. Que se comece fazendo o básico, tratando as dores latentes de seus clientes, mas principalmente no seu pós-venda. Garanta um atendimento rápido, eficiente e humano, e se fizer isso com excelência, a empresa estará à frente de muitas que estão no mercado. É preciso gerar encantamento nos clientes e, daí em diante, ter a certeza do início de uma próxima compra ou da geração de recomendações. Fica a dica e invista no seu cliente, ele é a sua melhor propaganda!

Gisele Paula, CEO e fundadora do Instituto Cliente Feliz