Cruzando o abismo da transformação digital

Por Ricardo Ribeiro, diretor de Plataforma da FICO América Latina e Caribe

Originalmente escrito em 1991 e revisado várias vezes ao longo dos anos, Cruzando o Abismo é um livro, escrito pelo tecnólogo e futurista Geoffrey Moore, muito atual que mostra que as empresas que não estiverem preparadas para o atual cenário disruptivo serão aquelas que mais sofrerão.

A obra destaca que a grande maioria das empresas teve um sucesso modesto em fazer com que seus produtos e serviços fossem aceitos pelos inovadores e primeiros usuários, sendo que apenas cerca de 15% “cruzaram o abismo” para vender para a maioria dos compradores.

O que aprendemos com a disrupção que começou em 2020?

A pandemia revelou alguns pontos fracos que já foram identificados, especialmente nas áreas de:

• Serviço ao cliente

• Gestão de call center

• Disparidade nos planos de empréstimo para PMEs

• Cadeia de suprimentos

• Processamento automatizado/autoatendimento

Nesse sentido, a pandemia confirmou o que, durante alguns anos, já era muito evidente: a transformação digital é necessária e sem ela as empresas não sobreviverão.

Por que as etapas em direção à transformação digital não foram bem-sucedidas?

Os problemas surgem quando metas, objetivos, funções e responsabilidades não são comunicados de forma eficaz ou quando as instituições não conseguem acompanhar a velocidade da mudança. Além disso, eles podem ocorrer em ocasiões em que os processos sejam muito difíceis de se implementar, ou até em momentos em que a tecnologia é inflexível ou não fornece uma solução abrangente. Quando algum desses pontos não estiver perfeitamente alinhado, a transformação digital não terá sucesso.

Neste sentido, com base em trabalhos desenvolvidos com diversos clientes, criamos um conjunto de recomendações para uma correta implementação da transformação digital.

1. Pensando na nuvem: Os benefícios da nuvem já são conhecidos no mercado, sendo que entre os mais importantes estão o pagamento por uso, velocidade de inovação, TCO e escalabilidade.

2. Conecte os dados e automatize os resultados: Isso permite que se quebre os silos de informação.

3. Facilite a colaboração e incentive a tomada de decisão centralizada: Isso é importante para agregar conhecimentos profundos, além de gerar novos conhecimentos operacionais, analisando os resultados de ações e estratégias específicas, assimilando as “lições aprendidas” e demonstrando sua capacidade de aprendizado contínuo. Com isso, a tomada de decisões fica mais inteligente e precisa, graças a análises avançadas, calibração automática para detecção de anomalias e por ser baseada em inteligência artificial e machine learning .

4. Use simulação para dar segurança: O valor real da simulação é sua capacidade de eliminar a incerteza enquanto se obtém mais clareza e confiança na tomada de decisões.

5. Transforme seus usuários em super-heróis: Os usuários podem ter autonomia para gerenciar análises e suas próprias estratégias de otimização

6. Progressão em direção à comunicação personalizada: Uma comunicação consistente e personalizada ajudará na:

• Criação de confiança e satisfação do cliente

• Retenção de clientes

• Maior lucratividade a longo prazo

7. Comunicação x Marketing: Por fim, é importante entender que os clientes preferem menos comunicações. Eles querem que a comunicação seja mais personalizada e significativa.

Para superar o abismo da transformação digital, sua empresa deve ativar todas as capacidades apropiadas. E a hora de agir é agora.

A transformação digital e o valor da experiência dos clientes

Por Sandra Maura, CEO da TOPMIND 

Cerca de 70% de todas as inciativas de transformação digital feitas atualmente estão falhando. Ou seja: apesar de todo o investimento envolvido, a verdade é que ainda existe uma longa jornada entre o desejo de digitalização das companhias e a realidade que elas enfrentam na hora de realmente extrair o real valor da tecnologia. Mas por quê? 

Em primeiro lugar, é preciso ponderar que o grande desafio para a transformação dos negócios não está, exclusivamente, na falta ou excesso de tecnologias. Ao contrário. Em tempos de evolução exponencial de toda a indústria de Tecnologia da Informação, a grande dificuldade parece estar, justamente, na necessidade de olharmos o que, de fato, pode ser melhorado e aprimorado com a digitalização. 

Nesse cenário, tomemos como exemplo a área de atendimento aos clientes. Muito tem se falado sobre a importância de se oferecer uma jornada omnichannel. Mas sua empresa sabe o que isso realmente significa? Mais do que adotar novas ferramentas e estar presente nos canais digitais, a cultura omnichannel exige um atendimento integrado, em que os consumidores sejam vistos de maneira única e completa em todas as frentes de suporte. 

Isso quer dizer, portanto, que um segredo da adoção de uma postura omnichannel passa muito mais pela análise de quais canais irão gerar valor à cadeia de clientes (e de como integrá-los) do que simplesmente pela compra de novas soluções e sistemas sem qualquer planejamento. É exatamente essa a questão da Transformação Digital: mais do que novas ferramentas, a digitalização bem-sucedida é aquela que pensa a entrega das iniciativas por meio da ótica dos consumidores. 

O cliente é quem aponta o que vale a pena mudar – e a transformação das ferramentas, nesse modelo, deve ser encarada como uma tarefa baseada exclusivamente pelo ponto de vista da geração de valor às pessoas. Simples assim. É preciso deixar de pensar na digitalização como uma etapa de reprodução dos processos que já existiam, agora dentro de uma plataforma on-line. Mais do que isso, a verdadeira missão dessas iniciativas está na entrega de uma experiência mais adequada. 

Temos de lembrar sempre de que estamos vivendo a Era da Experiência. O que de forma prática quer dizer que as empresas, agora, têm a obrigação de encantar seus clientes em todos os canais possíveis (o mesmo cliente, em todos os canais). Vale ressaltar que dois terços dos consumidores de todo o mundo, hoje em dia, já consideram a experiência envolvida no consumo de um produto ou de um serviço como o fator mais importante para se manterem fiéis à uma marca.  

Desenvolver uma estratégia omnichannel é algo indiscutível para o sucesso das operações. E muitas companhias estão pensando nisso, neste exato momento. Entretanto, o que fará com que essas estratégias sejam positivas ou não, no caso, é a capacidade que suas equipes terão de alinhar a inovação com as demandas e desejos das pessoas. 

É essencial que as companhias pensem como eliminar os pontos de atrito de seus modelos de atendimento, tornando suas operações mais fluídas, eficientes e agradável – sem abrir mão da inteligência necessária para juntar chatbot, telefone, sites, lojas físicas e qualquer outro canal de suporte e experiência fornecida aos consumidores. 

Para deixar claro: de acordo com uma recente pesquisa da consultoria Ayden, três em cada quatro consumidores desistem de fazer uma determinada compra quando percebem que o processo é complicado ou demorado. A jornada Omnichannel, assim como a transformação digital de sucesso, é aquela que simplifica a operação das pessoas e maximiza a entrega dos produtos em si. 

O foco deve ser a união dos canais on-line e off-line para a criação de uma experiência positiva, em todos os ambientes necessários. Isso incluir investir em inteligência e inovação tecnológica, e capacitar as equipes (operacionais e de atendimento, entre outras) para também pensarem de “modo digital”.  Vale pensar o que a tecnologia pode fazer para atender o que os consumidores querem e quais pontos podem ser escalados e ampliados – de maneira exponencial – para satisfazer esses públicos ainda mais. 

Em tempos cada vez mais digital, criar uma cultura que coloque a tecnologia para alavancar a entrega feita pelas pessoas é o grande diferencial de qualquer iniciativa de digitalização. Precisamos pensar, em suma, quais são as soluções para promover novas entregas de valor agregado. Isso começa com o plano imaginado pela marca e ganha escala com a contratação dos parceiros certos para realizar os projetos. 

A transformação digital não é um projeto para colocar tudo dentro dos computadores. É a aplicação de um modelo que entende o potencial dos consumidores e, depois, aplica essa potencialidade para transformar a entrega das organizações aos consumidores. Esse movimento exige uma estratégia orientada aos clientes e à inovação tecnológica. Para uma transformação real e verdadeira, temos de pensar em como podemos ser melhores usando as ferramentas digitais. É hora de reimaginar a evolução digital olhando para quem está do outro lado do balcão – seja ele qual for.

Onde o Sucesso da Transformação Digital Começa

Por Denis Kennelly, Gerente Geral, IBM Storage

O caos causado na economia e na sociedade por causa da pandemia gerou o aumento das transformações digitais e colocou um destaque sobre as capacidades avançadas que as tornam possíveis, ou seja, a nuvem híbrida e inteligência artificial (IA).

De acordo com o recente relatório da empresa de pesquisa Twilio, 97% dos tomadores de decisão das empresas disseram que a pandemia os conduziu a acelerar as transformações digitais. De forma similar, o IBM Institute for Business Value liberou um estudo de C-Suite que apontou que 62% dos executivos planejam acelerar seus esforços digitais nos próximos dois anos devido a pandemia.

Mas conforme as empresas embarcam em suas jornadas de nuvem híbrida e IA, muitas estão descobrindo que alguns dos desafios mais críticos que existem em torno da mobilidade de aplicativos, acesso a dados globais e resiliência de dados, são superados de forma mais eficiente por meio de armazenamento de dados “pronto para a nuvem” (cloud-ready), a camada fundamental de dados da nuvem híbrida.

Sistemas de armazenamento avançados e softwares que integram perfeitamente dentro de ambientes de nuvem híbrida desbloqueiam uma série de recursos, não menos importantes do que alimentar a IA. Nós criamos uma estrutura de três estágios que considero útil para a indústria, já que estamos com foco no desenvolvimento de aplicativos, dataops e serviços, além da resiliência de dados em crescimento.

• Desenvolvimento de Apps. O primeiro passo na jornada para a transformação digital é adotar o desenvolvimento e modernização de aplicativos nativos da nuvem. Usando contêiner, as organizações podem criar aplicativos portáveis e elasticamente escaláveis que são capazes de se mover rapidamente através de nuvens locais, públicas e privada de empresas complexas, bem como em edge. Aplicativos nativos da nuvem implementados na nuvem híbrida podem reagir as necessidades de negócios em tempo real (por exemplo escalar, se mover, etc.). Inovações em torno do armazenamento cloud-ready fornece alta performance no acesso aos dados, igualando demandas de aplicações independentemente de sua locação e escala.

Na perspectiva dos negócios, quanto melhor for o acesso a os dados transversalmente na empresa, mais precisos serão os resultados e previsões.

• DataOps e Serviços. Serviços inovativos de dataops e de dados podem dar às empresas capacidades cada vez mais críticas, como catalogação e marcação de dados para uma maior organização e eficiência. Eles também podem fornecer novos níveis de automação e autosserviço para desenvolvedores para melhorar drasticamente a produtividade e os insights. Por exemplo, nós fornecemos acesso a dados, descoberta e insights nativamente em todo o portfólio de armazenamento. Como resultado, não deve ser surpresa que mais negócios estejam mudando para armazenamentos híbridos cloud-ready para gerenciar e entregar melhor os dados através de seus ambientes de nuvem híbrida em expansão de forma eficiente e econômica.

• Resiliência de Dados. Resiliência, a habilidade de se recuperar rapidamente com pouco ou nenhum dano residual, assumiu um novo significado durante a pandemia. Embora crítico nos negócios, é de mesma importância proteger e prevenir disrupções de ocorrências em primeiro lugar. A habilidade de prevenir, proteger e se recuperar rapidamente de interrupções e disrupções inspira confiança na empresa e em seus resultados. Por exemplo, nossos engenheiros da IBM Storage encontraram uma forma de garantir que a qualidade sustentável dos dados seja atendida através de capacidades de detecção de ameaças avançadas e a recuperação rápida de dados em eventos de brecha. Isso é feito mantendo cópias protegidas de dados de clientes em tempo real que só podem ser acessadas por meio de uma autenticação dupla de IDs “separadas por tarefas”.

Essa estrutura de armazenamento centrada em contêiner cria uma camada de dados fundamentais para nuvem híbrida que está preparada para superar os desafios de hoje e abrir novos recursos e oportunidades para amanhã.

2021: Quando o Armazenamento de Dados Ocupa o Centro do Palco

Os desafios que as empresas enfrentam em 2021 – desde disrupções contínuas da pandemia, ao universo digital em constante expansão, até o fluxo constante de ameaças cibernéticas sofisticadas – são consideráveis.

A própria pandemia pode ter paralisado economias, mas os ventos técnicos permaneceram fortes, ajudando aos negócios a navegar por uma atuação e sucesso de longo prazo. Considere por um momento como a pandemia aumentou a necessidade de conscientização dos dados em todo o mundo e de seu acesso para apoiar colaborações maiores, entre outras funções e processos. Nesse novo mundo, onde a maioria ainda está trabalhando de casa, precisamos da habilidade para acessar e compartilhar dados de qualquer lugar.

A IBM está trabalhando com dezenas de clientes que estão adotando totalmente o modelo de nuvem híbrida centrada em contêiner para armazenamento de dados. Estamos vendo a estrutura que descrevi servindo como uma pegada para qualquer organização no meio, ou ainda considerando sua transformação digital. Uma jornada em que armazenamento de dados, acesso e gerenciamento são fundamentais para um resultado bem-sucedido.

Soluções Multi-tenant fomentam a transformação digital nos negócios

Por Waldir Bertolino, Country Manager da Infor no Brasil,

A transformação digital nas empresas foi acelerada devido à pandemia do novo coronavírus. Adaptar-se ao novo nunca foi uma tarefa fácil, ainda mais em um cenário de tantas incertezas e dificuldades econômicas. Para lidar com os desafios que surgiram com a Covid-19 e manter a própria sobrevivência, as companhias tiveram que reinventar os seus negócios. Inovações e tecnologias (nuvem, AI e outras) que já estavam no radar de perspectivas das organizações, mas figuravam entre prioridades futuras, passaram a ser mandatórias.

Em uma pesquisa recente conduzida pelo JPMorgan, 79% dos CIOs dizem que a pandemia os forçou a uma transformação digital mais rápida do que o planejado. Na verdade, alguns setores, como o comércio eletrônico, viram dois anos de crescimento comprimidos em apenas seis meses. Com isso, as organizações estão se voltando para a nuvem e a transformação digital está ajudando as empresas a inovarem suas estratégias de go-to-market. 

Esse levantamento comprova que o apetite do mercado por tecnologias em nuvem aumentou muito nesse período. Antes dessa crise sanitária, nossos negócios eram voltados para 30% na nuvem e 70% no local. Agora, esse percentual foi invertido sendo 70% na nuvem. Por isso, estamos cada vez mais focados em auxiliar as organizações líderes a fazer essa transição para a nuvem e a solução Multi-tenant Cloud faz parte dessa estratégia, já que é um modelo arquitetônico contido em cenários de cloud computing, onde se emprega uma estratégia de compartilhamento de recursos computacionais. A proposta deste modelo é ter um banco de dados central suportando múltiplos bancos de dados secundários. Vale ressaltar que na corrida pela jornada digital, essas arquiteturas oferecem vários benefícios e ajudam a minimizar os gastos e manter a acessibilidade de dados.

Um bom exemplo disso é a empresa Midwest Wheel, uma das maiores distribuidoras de peças de caminhão nos Estados Unidos, que utiliza o Infor CloudSuite Distribution e o Infor Birst analytics para gerenciar o estoque de seus seis depósitos, permitindo fluxos de trabalho complexos e maior capacidade de fazer negócios online. Com as soluções multi-tenant da Infor na nuvem, incluindo o Infor OS (Serviço Operacional), a empresa melhorou o atendimento ao cliente por ter estoque adequado, alcançando melhorias de até 15% na taxa de preenchimento. “Se as empresas não estiverem inovando em mais formas de aumentar a produtividade, elas ficarão ultrapassadas”, diz Steve McEnany, vice-presidente de marketing e tecnologia da Midwest Wheel. 

Diante desse contexto, o ano de 2020 trouxe muitos desafios, mas o impacto foi muito menor do que o esperado, pois por meio das soluções multi-tenant percebemos que muitas estratégias digitais que estavam no papel foram aceleradas e, dessa forma, conseguimos auxiliar os clientes na redução de custo, otimização operacional e recuperação em um cenário de pós-pandemia.

Vantagens para os negócios

Cada vez mais as organizações implementam  soluções modernas  para transformar esse período de ruptura em reinvenção e as soluções Multi-talent estão no topo da lista de prioridades. Confira as principais vantagens:

Reduz custos: os recursos computacionais são mais baratos em escala e, com a multi-tenant, é possível consolidá-los e alocá-los de maneira eficiente. Para um usuário individual, pagar pelo acesso a um serviço em nuvem ou uma aplicação de SaaS geralmente representa um custo-benefício melhor do que usar um software e hardware que atendam a apenas um locatário.

Flexibilidade: se você investir tudo em seu próprio hardware e software, chegará ao ponto em que ambos atingirão a capacidade máxima em momentos de grande demanda ou ficarão ociosos quando a demanda estiver muito baixa. Por outro lado, em uma nuvem multi-tenant, é possível alocar recursos para os usuários que precisam deles, conforme essa necessidade aumenta ou diminui. Sendo cliente de um provedor de nuvem pública, você pode ter acesso a uma capacidade extra quando precisar e não pagar por ela quando não houver necessidade.

Aumenta a eficiência: com a abordagem de multi-tenant, há menos necessidade de que usuários individuais gerenciem a infraestrutura e cuidem de atualizações e manutenções. Todos os locatários contam com um provedor de nuvem central, em vez de depender das próprias equipes para lidar com essas tarefas rotineiras.

A Era da Inteligência: como a análise de dados pode acelerar a transformação digital

Por Sandra Maura, CEO da TOPMIND

Em busca de mais dinamismo em suas operações, empresas de todos os segmentos estão, agora, migrando suas aplicações e recursos de tecnologia para serviços em Nuvem. A expectativa, com isso, é agilizar a inovação e tornar as ações mais rápidas. Mas será que repassar as aplicações e programas para o modelo Cloud é o suficiente para se aumentar o valor das operações?

Definitivamente, não. Investir na transferência dos recursos de TI à Nuvem é um passo necessário, mas está longe de ser a chave real para a transformação digital dos negócios. Mais do que simplesmente mudar o lugar onde se guarda os arquivos e sistemas, os líderes devem enxergar esse processo de digitalização como uma jornada que deve ser pautada, principalmente, na conquista de melhores soluções e mais inteligência para a tomada de decisões.

É neste cenário que os conceitos de Analytics e Big Data se revelam como ingredientes indispensáveis para a construção de uma cultura digital orientada aos resultados e ao aprimoramento contínuo das operações. Nesta era em que o conhecimento é cada vez mais o grande fator de diferenciação competitiva entre as marcas, analisar dados é o princípio fundamental para se descobrir como e onde inovar.

De acordo com pesquisas do Gartner, até 2023, cerca de 75% das maiores organizações mundiais terão ao menos um projeto-piloto de Data Analytics baseado em Inteligência Artificial ou Machine Learning para transformar o enorme volume de dados fornecidos ao longo das etapas de planejamento, produção, venda e fidelização de clientes em ativos reais de geração de negócios.

Neste mesmo contexto, a pesquisa indica que, até 2024, aproximadamente 35% das grandes empresas globais terão adotado soluções de Decision Intelligence, com o uso de recursos de análise avançada de dados, para ajudar a agilizar e melhorar a tomada de decisões em suas operações.

Além de números como estes, porém, podemos destacar os inúmeros casos de sucesso produzidos por empresas do mundo afora com o uso bem-sucedido dos dados e registros. Por exemplo: recentemente, atendemos uma empresa do setor varejista que, por meio de análise inteligente de dados, conseguiu reduzir drasticamente os custos e prazos para manutenção da rede de TI em sua rede de mais de 400 lojas espalhadas por todas as regiões do País.

Isso é possível, no caso, graças à capacidade de se utilizar os dados do passado para predizer e antecipar os desafios que poderão surgir no futuro. Da mesma maneira, os conceitos de Data Analytics e Big Data também permitem colecionar e checar milhões de registros para avaliar quais são as preferências dos consumidores e, assim, o que pode ser mais rentável e lucrativo nos próximos tempos.

O ponto em questão é que construir uma organização capaz de utilizar ao máximo o potencial dos dados é fundamental para impulsionar as companhias para o futuro. Estamos falando, afinal, de uma habilidade essencial para maximizar as oportunidades que surgirem ou, igualmente, para mitigar as ameaças existentes de forma mais assertiva, com iniciativas realmente alinhadas às características e necessidades de cada empresa. 

É preciso que as companhias invistam em um modelo que foque em inteligência como prioridade. Por outro lado, porém, é importante ressaltar que elas não devem tentar segurar essa avalanche sozinhas, ou apostando apenas em formas de armazenar mais informações. Estudos indicam que mais de dois terços dos projetos de transformação digital acabam fracassando justamente pela falta de ferramentas, recursos (humanos, inclusive) e parceiros capacitados para suportar as diferentes fases e demandas dos planos de mudança.

Contar com mecanismos e parceiros preparados para apoiar o uso de informações é uma forma prática de se evitar riscos desnecessários – como a utilização de informações duplicadas, com erros ou inconsistentes que podem induzir a gestão dos projetos aos erros. Em outras palavras, buscar apoio é uma forma inteligente de se implementar a inteligência tão importante para estes nossos tempos.

Seja como for, Nuvem, Dados e Analytics devem fazer parte das discussões, permeando as estratégias de curto, médio e longo prazo. Não há mais tempo a se perder com achismos ou com velhos sistemas que já não cabem nas operações. Há soluções e caminhos muito mais efetivos para incrementar o poder de decisão das marcas, e resta apenas que os líderes entendam que não existe transformação digital sem a implementação de ferramentas avançadas, com inovação e assertividade. 

A evolução do RH em meio a pandemia e a transformação digital

Por Ana Paula Prado, Country Manager do InfoJobs


A transformação digital é uma realidade dentro das organizações. Para as empresas, além das questões financeiras, a pandemia trouxe um novo desafio, principalmente, para os negócios mais tradicionais que exigem presença física: a revolução digital.

Empresas que ainda não estavam 100% adequadas às transformações digitais tiveram que fazer essas mudanças repentinamente. Atualmente, diversos processadores e recursos promovem a transformação digital nas empresas, desde os softwares mais simples de armazenamento e processamento de dados, a ferramentas que digitalizam processos, mensuram resultados de forma automática, detectam erros e evitam desperdício de tempo durante a execução de atividades.

Cada vez mais, as soluções digitais são consideradas recursos estratégicos para alcançar as metas e tornar o dia a dia mais eficiente e prático. Com essas tecnologias auxiliando o trabalho dos colaboradores é possível oferecer um serviço de maior qualidade, atendendo as demandas do mercado, além de aumentar a produtividade, por facilitar a rotina e diminuir os custos com um trabalho mais eficaz.

Na área de RH especificamente, os recrutamentos digitais promovem economia de tempo e custos, permitem que a área possa focar em outras atividades, pensar em contratações estratégicas para desenvolver equipes de alto desempenho, além de traçar planejamentos para marca empregadora. A implantação de tecnologia em RH proporciona economia de recursos, fluxos mais rápidos, foco na gestão de pessoas, aumento na produtividade e contratação melhor e mais rápida.

Com as ferramentas digitais é possível encontrar candidatos mais aderentes às vagas. No processo manual, os currículos são triados e analisados um a um, entretanto, com os avanços tecnológicos é possível coletar e selecionar os candidatos por meio de filtros específicos para cada vaga.

Os testes e avaliações digitais decantam também o perfil de cada profissional, e as suas competências técnicas que podem suprir as necessidades de cada equipe, compondo setores mais qualificados. Ao identificar o perfil comportamental de cada candidato é possível fazer contratações mais alinhadas às demandas internas.

Nesse cenário de mudanças dentro das corporações cabe também ao setor de recursos humanos ser um ponto de apoio aos colaboradores, entender os seus anseios e dificuldades, além de trabalhar intensamente na comunicação e capacitação de gestores e funcionários para implementar as novas ferramentas e modelos de trabalho.

Essas adequações de emergência, quando executadas de forma consciente e eficiente, são vantajosas para todos, com consequências a longo prazo. Pensar no cenário após a crise irá ajudar a sua empresa a entender que essas transformações são permanentes, e outras mudanças também podem acontecer.

É interessante destacar que as novas adaptações da companhia estão sendo acompanhadas por todos os stakeholders, profissionais, fornecedores, acionistas, candidatos e clientes, o que causa impacto direto na reputação da sua marca empregadora.

Os processos da sua empresa levarão todos os aprendizados para o pós-crise! Será o momento de avaliar as mudanças que devem permanecer no seu planejamento, e as relações que estabelece com colaboradores, candidatos, clientes e fornecedores. A pandemia é temporária, a transformação digital não!
Sobre a porta-voz:

Ana Paula Prado, Country Manager do InfoJobs

Evolução Digital: o momento certo para investir é agora

Por André Cioffi, CEO do Grupo Squadra

Basta surgir o menor sinal de crise no horizonte para que os investimentos em novos projetos sejam sumariamente cortados da lista de ações nas empresas. As razões para isso, evidentemente, não faltam. É preciso considerar as variáveis, economizar quando possível e garantir que os movimentos sejam feitos com muita precisão e cuidado. Mas nem sempre a melhor saída é congelar as ações. Às vezes, investir pode ser a solução para economizar – e parece ser esse o caso, agora, quando falamos de evolução digital e o cenário global imposto pelo coronavírus.

Isso não significa dizer que sua empresa deve sair gastando o que tem e o que não tem para contratar novos serviços e sistemas ou adotar as tecnologias da moda, que estão ganhando espaço pelo mundo afora. Investir na evolução, nesse caso, significa observar e patrocinar o uso de recursos que possam potencializar sua operação, valorizando as riquezas e ferramentas que a companhia já tem. Faz sentido?

Um recente estudo publicado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) destacou, por exemplo, a importância das ações de pesquisa & desenvolvimento (P&D) para apoiar a retomada da economia nacional. Segundo a análise, o investimento em áreas como automação e inteligência de dados pode ajudar a reduzir os custos operacionais e maximizar a oferta das companhias ao público.

É essa perspectiva que tem levado à valorização das iniciativas de inovação e P&D em tecnologia ao redor de todo o planeta. Não por acaso, apesar da crise, pesquisas globais indicam que o segmento de Tecnologia da Informação deve crescer cerca de 10% em 2020, voltando aos patamares mais elevados de crescimento já no ano que vem. A razão para isso é simples: para tornar seus processos mais eficientes, as organizações estão recorrendo ao uso de soluções de alta inteligência para simplificar e tornar o dia a dia de seus negócios o mais prático e sustentável possível.

Como resultado, vale destacar que aproximadamente dois terços dos executivos das maiores organizações globais acreditam que a pandemia do coronavírus deixará um legado importante acerca das políticas de digitalização, sobretudo em relação à automação das tarefas. Eles acreditam que a prioridade deve ser revisar e rediscutir seus planos, não para diminuir o ritmo de seus esforços de digitalização, mas, sim, para aprimorar a precisão de suas fábricas e escritórios.

Dessa forma, é preciso deixar claro que os líderes de negócios e de TI não estão sendo convidados, simplesmente, a “investir por investir”. Mais do que isso, o momento exige a reavaliação de processos, o entendimento da cultura organizacional e a percepção do que pode ser melhorado por meio do uso de novos recursos de tecnologia. É possível pensar a evolução digital não como uma etapa específica, mas sim como uma ação contínua e que envolve toda a administração e liderança das organizações.

Nesse contexto, investir agora significa entender a criticidade do momento – com seu apelo único – e buscar alternativas para tornar a rotina das equipes e departamentos mais funcional, equilibrada e produtiva. Do mesmo modo, para alguns setores, realizar essa análise e digitalizar a cadeia representa a chance de manter os negócios em uma condição real de competitividade.

 Pense, por exemplo, em tudo que mudou para seu segmento de atuação. Seguramente, temas como segurança cibernética, relevância do e-commerce, eficiência logística e conexão com o cliente ganharam novos aspectos e contornos, indo muito mais além do que provavelmente suas equipes pensavam ser o cenário para 2020. É um enorme desafio, mas investir em inovação pode ser a chave para simplificar essa jornada.

Seja por uma necessidade operacional ou por uma grande oportunidade de negócio, o fato é que investir na evolução digital das operações deverá ser um caminho prático para alavancar o futuro das empresas, com a tecnologia assumindo o grande papel de agente de redução de gastos diários e desnecessários e da descoberta de novos caminhos rentáveis.

O fato é que, no momento, a única opção a ser desconsiderada é ficar parado. Não é hora de gastar com o que não é necessário, mas também não é possível deixar para amanhã o que já deveria ter sido feito ontem. A experiência de quem vive a evolução digital diariamente está aí para ajudar as organizações a serem mais eficientes, superando a crise e seus impactos posteriores. É preciso seguir em frente, deixando de lado quem apenas continuará esperando a tempestade passar para focar em quem decidiu reinventar seu próprio amanhã.

Digital: um tema para o amanhã que se tornou uma demanda para ontem

Por Roberto Carvalho, Vice-Presidente da Dynatrace América do Sul

            Durante muito tempo, a Transformação Digital foi considerada uma prioridade para o futuro dos negócios. Não por acaso, segundo diversas pesquisas internacionais, a definição de uma estratégia de digitalização das operações era figura constante como uma das três maiores demandas dos CEOs nos últimos anos. Mas a realidade mudou mais rápido do que qualquer plano, e a urgência para colocar as inovações em prática tomou conta do mercado. Em tempos de pandemia do coronavírus, ser digital deixou de ser um tema para o amanhã para se tornar uma demanda para ontem.

            Para entender esse cenário, basta notar quantas empresas tiveram de mudar seus processos e estruturas de negócios de um dia para o outro. E quantas companhias acabaram ficando na mão no meio dessa migração. Afinal de contas, apesar da Transformação Digital ser há tempos um assunto recorrente no ambiente corporativo, a verdade é que quase ninguém estava pronto para a mudança que aconteceu.

            O fato é que, com a crise do Covid-19, todas as empresas tiveram que, de algum modo, acelerar suas jornadas de digitalização. A condição atual, todavia, tem trazido à tona uma série de novos paradigmas em relação ao uso da tecnologia. Um deles, sem dúvida, é de que sem visibilidade não há transformação digital.

            Evidentemente, não se trata apenas de conferir dashboards com números sobre o funcionamento da infraestrutura de hardware e software nas áreas de TI. É preciso ir além, com o que o chamamos de Observability, que nada mais é do que elevar a inteligência prática para monitorar e gerenciar a performance real das aplicações, avaliando proativamente as ferramentas, de acordo com a real necessidade das operações.

            É bom deixar claro, contudo, que o Observability não é uma questão que surge no mundo pós-pandemia. Há alguns anos, pesquisas do Gartner já indicavam que cerca de 60% das empresas poderiam sofrer algum tipo de falha grave em suas operações digitais até este ano, justamente por conta da incapacidade de mapear, identificar e gerenciar potenciais riscos e problemas. Ou seja, não é a disseminação do vírus que torna o Observability realmente imprescindível. É a própria aceleração da Transformação Digital que exigirá das companhias essa capacidade de observação aprimorada.

            De todo modo, é inevitável dizer que as restrições impostas pela disseminação do coronavírus ampliaram ainda mais a pressão sobre as equipes de TI, colocando praticamente todos os resultados das companhias em cima de serviços digitais – que, portanto, precisam ser entregues sempre com máxima performance. Exatamente por isso, é bastante claro que o monitoramento se tornará ainda mais relevante para o sucesso dos negócios já em curto prazo, antecipando e mitigando qualquer tipo de incidente.

            Hoje, tão importante quanto ter uma loja virtual, por exemplo, é garantir que ela esteja em funcionamento ininterrupto, com uma experiência excelente para os usuários. Você já sentiu aquela frustração de tentar falar com o suporte de uma marca e descobrir que o sistema está off-line? É essa a sensação que todas as marcas têm de evitar provocar.

            Isso porque, no fim das contas, não se trata do funcionamento de um ou outro sistema de TI, mas sim do resultado entregue às pessoas. Com os usuários (clientes ou colaboradores) cada vez mais dependentes do mundo on-line, o objetivo dos líderes e equipes de TI precisará ser o de entender, mitigar e prever problemas para garantir a oferta da melhor experiência possível.

            O problema, por sua vez, é que prever quando as coisas vão sair errado não é uma tarefa simples. Com sistemas e aplicações mais complexas surgindo a cada dia, monitorar as entregas e entender as diretrizes de cada área ou unidade de negócios tem se tornado uma tarefa humanamente impossível.

            É disso que se trata o Observability. A gestão de serviços de TI não pode ser mais reduzida às métricas e logs. É preciso também avaliar o contexto, as demandas e os processos exigidos pelas pessoas. A partir dessa análise é que se deve perguntar o que está atrapalhando a melhor performance para o usuário e o que está impedindo que as aplicações sejam realmente eficazes. De nada adianta conhecer as configurações de um sistema, sem a visão completa do ambiente – incluindo quem está usando a tecnologia.

            Em um mundo cada vez mais marcado pelo distanciamento e pelas incertezas, a pandemia do coronavírus acabou acelerando a digitalização de nossas vidas, ressignificando a hiperconexão como um ponto imperativo para empresas e clientes. No entanto, estar conectado é apenas um detalhe para a conclusão dos negócios em uma jornada efetivamente bem-sucedida. É hora, portanto, de garantir que tudo está realmente funcionando e entregando que nossas conexões estejam realmente entregando o melhor. Somente assim, executivos, técnicos e clientes poderão ter dias melhores nessa nova fase que será o ‘Next Normal’.

Ser apenas digital não é mais uma opção

Por Rodolfo Fücher

No final de 2017, eu tive a oportunidade de fazer um curso sobre estratégia digital para corporações, na Columbia Business School em Nova Iorque, conduzido pelo professor David Rogers. O primeiro slide apresentado por ele tinha como título ” Transformação digital não é sobre tecnologia ” e obviamente ocorreu uma reação imediata na sala, mas no decorrer da aula a frase fez todo sentido. E hoje, a pandemia vem provar que o Professor Rogers estava totalmente correto.

Vamos retornar no tempo e falar sobre a roda, considerada uma das mais importantes invenções da humanidade e que, segundo alguns historiadores, ocorreu no final do período neolítico mas, até que o ser humano entendesse as suas múltiplas utilidades e benefícios, a sua aplicação efetiva levou milhares de anos.

Hoje, por sorte, não precisamos de todo esse tempo para realmente nos beneficiarmos das invenções tecnológicas, mas é importante ficarmos atentos sobre a importância de absorve-las rapidamente, e esse processo depende exclusivamente da compreensão e capacidade do ser humano em identificar como melhor explorar os benefícios dessas tecnologias, tanto para o nosso dia a dia, como também para novas oportunidades de negócios. Ninguém melhor que o mundo das startups para demonstrar como explorar as tecnologias disponíveis de forma efetiva. Na maioria dos casos, não foram elas que as desenvolveram, mas souberam aplicá-las de forma inovadora por meio de produtos e serviços que causam disrupção nos modelos e formas existentes, levando, na maioria dos casos, negócios tradicionais à falência.

Em 2017, o Fórum Econômico Mundial classificou esse momento como o início da 4ª Revolução Industrial – muitos também denominam de Industria 4.0 ou transformação digital. Aquelas empresas que prestaram atenção em todas essas discussões e souberam incorporar as inovações geradas por esse tsunami tecnológico, ou seja, fizeram a lição de casa, certamente estão sobrevivendo neste teste chamado pandemia. Porém, aquelas que não absorveram a tecnologia e não migraram para o mundo digital, não passaram no teste e, infelizmente, muitas já não sobrevivem.

Mas ser digital também não é uma simples questão de digitalizar, esquecer o papel, colocar tudo no computador. Trata-se de algo mais profundo, diretamente ligado à capacidade intelectual do ser humano de ir além disso, ser criativo e ter a habilidade de usar a tecnologia para fazer algo de forma inovadora, disruptiva e ágil, que gere algum benefício ou valor adicional. O mercado com a pandemia encolheu: dizem que o PIB deve cair cerca de 10%. Isso significa que, para manter o faturamento ou incrementá-lo, precisamos ser rápidos e melhores que os concorrentes. Um exemplo é o caso da Gympass que passou por um período de academias fechadas e faturamento zero, mas foram rápidos em usar a tecnologia existente e inovar, criando academia virtual com participação de celebridades. Outro é a Magazine Luiza que transformou toda a força de venda das lojas em um time virtual por meio da plataforma de e-commerce Magalu. Esses dois casos, como tantos outros, só foram possíveis porque as empresas já usavam tecnologia de forma intensa antes da pandemia. Foram criativos e inovadores, tinham condições de desenvolver novos modelos de negócios de forma rápida para atender uma nova realidade de mercado.

Mas, ser criativo e inovador é algo complexo e depende de uma série de fatores. O primeiro, e que muitos ignoram, é assegurar o adequado estado mental do time ou um grupo específico de colaboradores. Pelo simples fato que a criatividade depende exclusivamente da mente humana. Isso me levou a fazer um curso sobre neurociência na Wharton School. Impressionante como existe uma série de técnicas que podem colaborar para promover um ambiente inovador. Por isso, deixo aqui dois convites e um desafio: leiam o meu artigo no LinkedIn e façam uma reflexão sobre o momento em que surgem as melhores ideias. É no ambiente de trabalho, no banho, durante à noite, durante um passeio ou fazendo exercício? Agora, tente reproduzir esses momentos durante o trabalho. Em tempos de 4ª. Revolução Industrial, com disrupção vindo de todos os lados, a base para a sobrevivência de qualquer negócio, é ser inovador e ágil. Ser apenas digital, não é mais uma opção.

Rodolfo Fücher, presidente da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software)

SAP NOW 2020: Petrobras, Embrapa, Itaú e Claro estão entre as empresas que vão compartilhar seus projetos de transformação digital

O SAP NOW Brasil 2020 irá trazer uma série de apresentações de clientes e parceiros para demonstrar na prática como os temas ciência e tecnologia estão cada vez mais conectados. Logo na sequência dos keynotes com as lideranças da SAP e as palestras com convidados, como a Holly Ridings, diretora-chefe de voos da NASA, e Marcelo Gleiser, físico e professor no Dartmouth College, começam a grade de cases, conteúdos técnicos e painéis com convidados.

Na grade, também há uma série de palestras sobre como os clientes estão digitalizando e adicionando inteligência aos processos nas mais diferentes áreas, como gestão de RH, finanças, marketing e relacionamento, compras e logística da cadeia de suprimentos, entre outras aplicações. Convidados*, como Nina Silva, CEO e uma das fundadoras do Movimento Black Money, Bernardinho, ex-técnico da seleção brasileira de vôlei, e o filósofo Clóvis de Barros Filho falam, entre outros temas, sobre diversidade, motivação de times e humanização do RH.

“As marcas irão compartilhar como as soluções tecnológicas têm impactado neste momento desafiador, com a crise trazida pelo novo coronavírus. O caminho passa pela adoção de tecnologias avançadas e processos tecnológicos integrados e ágeis para trazer cada vez mais inteligência para os negócios, o que traz mais segurança, transparência e produtividade”, explica Fernando Migrone, vice-presidente de marketing da SAP Brasil.

Confira alguns destaques da programação:

BRF – como os CFOs estão desempenhando um papel fundamental para impulsionar a inovação e apoiar os negócios, ao mesmo tempo em que lidam com as novas pressões do ambiente atual (Canal Finanças – 14/09 às 12h50)

Petrobras: De transformação digital à transformação cultural | bate-papo de Nicolas Simone e Adaire Fox-Martin (Keynotes – 16/09 às 10h).

SOMPO Seguros: confira como a empresa conseguiu consolidar e controlar os dados para aumentar a qualidade e consistência das informações, garantindo conformidade com regulamentações e preparo para o processo LGPD. (Canal Customer Connect Center – 16/09 às 11h30)

Itaú BBA: como as inovações em tecnologia e os avanços na regulação com Open Banking e PIX estão transformando modelos de negócio na área de Cash Management (Canal Indústrias – 16/09 às 16h50).

Hospital Albert Einstein: reconhecido como o melhor da América Latina, o hospital utilizou a tecnologia para como principal aliada para mobilizar e desmobilizar seus trabalhadores terceirizados, garantindo visibilidade total das informações dos profissionais terceirizados (Canal Procurement – 17/09 às 12h50).

Grupo Aço Cearense: empresa com 40 anos no mercado siderúrgico vai compartilhar a jornada percorrida pelo Grupo para inovar em seus processos de planejamento operacional e financeiro usando plataforma SAP para levar a empresa a um novo patamar de agilidade nos negócios. (Canal Plataformas & Tecnologia – 17/09 às 14h10)

Claro: como a operadora reinventou o e-commerce com apoio do portfólio SAP Customer Experience (Canal Customer Experience – 17/09 às 15h30)

J. Macedo: apresentação do case sobre como gerenciar produtos com eficiência no armazenamento, atendimento e distribuição usando o SAP Extended Warehouse Management (Canal Digital Supply Chain – 17/09 às 15h50).

Palestras e Painéis*:

Canal Diversidade & Inclusão – 15/09 às 16h50

Nina Silva, CEO e uma das fundadoras do Movimento Black Money: a executiva irá falar sobre o papel da tecnologia no combate às desigualdades.

Canal Recursos Humanos – 16/09 às 11h30.

O filósofo Clóvis de Barros Filho participa de um painel com Moises Correia, diretor de RH para América Latina da UnitedHealth Group sobre digitalização e humanização do RH: a área de recursos humanos tende a avançar rumo a um futuro mais tecnológico, mas os avanços de produtividade são resultados da ação das pessoas.

Canal Recursos Humanos – 18/09 às 11h30

Bernardinho, ex-técnico da seleção brasileira de vôlei bate um papo com Roberto Shalabi, head

global de RH da BRF sobre como motivar equipes em tempos desafiadores: Bernardinho e Shalabi falam sobre a importância do capital humano e quais são as ações que as empresas devem tomar para garantir motivação de suas equipes em um momento desafiador.

Programação completa pode ser acessada aqui: https://events.sap.com/br/sap-now-brasil-2020/pt/agendas

Agenda – SAP NOW Brasil 2020

Quando: de 14 a 18 de setembro de 2020 das 10h às 18h

Como assistir: Você poderá acompanhar as transmissões no site do SAP NOW Brasil  

Faça sua inscrição, veja a programação completa e não perca essa experiência!

Inscrições: https://events.sap.com/br/sap-now-brasil-2020

Efeito Coronavírus na indústria coloca em xeque a Transformação Digital e a cultura do Data Driven

Por Anderson Aoca

A humanidade está enfrentando uma das situações mais desafiadoras dos últimos tempos. As restrições, como consequência da pandemia do Coronavírus, nos obrigaram a colocar em prática a capacidade de criação tanto para combater os desdobramentos da crise, quanto o vírus.

Como resultado, houve a aceleração de transformações, que aconteciam a passos mais lentos. Neste sentido, a digitalização de processos ganhou uma velocidade até extraordinária e avançou anos em alguns meses. Mas, qual o impacto da indústria com esse impulsionamento? Como foi afetada a base da economia sob o ponto de vista da aceleração da digitalização, uma vez que essa indústria estava construindo sua Transformação Digital de forma morosa e vagarosamente?

As mudanças no formato de trabalho afetaram drasticamente o setor industrial, principalmente as indústrias de manufatura e processos, que têm como característica uma produção que necessita da supervisão quase que constante de pessoas para tomar decisões e intervir quando necessário. Aqui, a adoção do home office foi um desafio, não do ponto de vista dos profissionais, mas dos processos de negócio, que não estão 100% digitalizados e integrados.

Em sua maioria, as informações são alimentadas, manualmente, em planilhas, por diversas fontes, ocasionando a falta de confiabilidade nas informações e disponibilidade do seu percurso para garantir a fluidez do processo desde o chão de fábrica. Isso demanda a checagem dos dados para validação, o que é dificultado à distância. Sob o ponto de vista da produtividade, o desafio é digitalizar os trabalhos manuais integrando-os horizontalmente, e não apenas ter uma digitalização vertical, como normalmente ocorre.

Neste contexto, quando falamos em transformar digitalmente os processos, se faz necessária a criação de uma indústria orientada a dados, ou seja, é preciso aplicar a cultura Data Driven. Porém, para que isso aconteça, é preciso que os profissionais de dados trabalhem integradamente com os especializados em automação e processos de fabricação para que os sistemas sejam construídos de forma consistente e segura. O modelo permitirá obter ecossistema 100% digital, abrindo caminho para os nomeados Gêmeos Digitais das operações.

No contexto da manutenção, outras tecnologias se farão necessárias, como o Machine Learning, o Deep Learning e a Inteligência Artificial, que conectadas por meio do IoT (Internet das Coisas) permitirão o acompanhamento de equipamentos e, como consequência, a geração de predições, uma tendência que também foi acelerada, ainda que timidamente, pela situação pandêmica.

De forma geral, o Coronavírus acelerou a Transformação Digital à fórceps e demandou da indústria a necessidade de conhecimento e entendimento do seu nível de maturidade do ponto de vista da tecnologia e dos dados para, a partir disso, construir um plano de ação para tornarem-se indústrias Data Driven. É um caminho sem volta e, uma coisa é certa, trará muitos benefícios!

Anderson Aoca, gerente de Indústria 4.0 da Engineering, companhia global de Tecnologia da Informação e Consultoria especializada em Transformação Digital.

Transformação digital do RH é mandatória para evolução do setor

A tecnologia 4.0 prova constantemente que a inovação existe para somar junto com a humanidade, e no setor de Recursos Humanos não tem sido diferente. Este segmento tem responsabilidades fundamentais para o bom funcionamento de uma empresa e, mais do que números, o RH precisa de análises consistentes para tomada de decisão assertiva. “A máquina faz os cálculos, mas o que são os números se não estivermos prontos para a análise? A questão é sempre utilizar recursos tecnológicos que facilitem e tragam praticidade no nosso dia a dia, mas o olhar humano é indispensável”, explica Marcelo de Abreu e Silva, vice-presidente da Employer.

As empresas estão atentas para os melhores investimentos direcionados tanto em tecnologias como na evolução dos funcionários. Desta forma, o RH consegue promover gestão de pessoas com qualidade, simplificando tarefas operacionais e se dedicando a atividades que exigem mais análise e estratégia. “Existe uma mudança comportamental nas pessoas, estamos com acesso a um conhecimento maior, vivemos uma geração de questionadores que são fundamentais para que nunca estejamos na zona de conforto”, comenta Marcelo.

Essa transformação não está longe e pode facilmente, com investimentos interessantes, ser incorporada na rotina do RH. A Employer produz essas tecnologias como, por exemplo, processos de automatização de contratação que economizem tempo e espaço físico; distribuição de holerites e canais de comunicação online que não só protegem a saúde das pessoas, mas também economizam recursos e aproximam a empresa de seus colaboradores; sistemas de coleta de dados que unificam e facilitam pagamentos, bem como, as decisões estratégicas de manejo de equipe; ponto com inteligência artificial para reconhecimento facial que traz segurança ao empregador e empregado.

Segundo Patrícia Perez F. Lemes, Gerente de Recursos Humanos da Multinacional Froneri, os ganhos foram muitos desde que a empresa aderiu as soluções de RH da Employer. “Desde 2017, investimos em ferramentas para uma melhor gestão dos processos de RH, buscando sempre garantir aos nossos colaboradores transparência e agilidade nas respostas. Com o acesso online à marcação de ponto, comprovantes de pagamentos, formulários interativos, políticas e históricos, nossos colaboradores possuem acesso às suas informações 24 horas por dia, contando ainda com a facilidade das consultas através de app no celular”, conta.

A automação e robotização de processos, inteligências artificiais e deep learning estão cada vez mais presentes nas organizações. A transformação digital, que já era uma realidade, foi acelerada consideravelmente nesse cenário que estamos passando.

“Nosso processo de admissão foi reduzido de aproximadamente cinco dias para dois dias (devido aos prazos do e-social), sendo as informações dos aprovados armazenadas em nuvem e protegidas por rigorosos sistemas de Cyber Security, que garantem a proteção de dados pessoais e acesso rápido ao RH, sem esquecer do ganho ambiental, reduzindo a impressão e o consumo de papel”, explica Patrícia.

Com a transformação digital do RH combinada com tecnologia e análise de dados da equipe, o setor desenvolve autonomia e estratégias que apoiam e facilitam as decisões tomadas pela diretoria da empresa. “A questão não é nos tornarmos digitais, mas sim utilizar a tecnologia para o empoderar ao recurso mais importante das organizações, as pessoas!”, finaliza

Transformação digital chega ao alto escalão

Líderes de todos os setores já convivem com uma nova realidade: adaptar-se rapidamente aos desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus, especialmente quando se trata de comandar toda a operação apenas de forma virtual.

Segundo Ricardo Basaglia, diretor-geral da Page Executive, unidade de negócio do PageGroup especializada em recrutamento e seleção de executivos para alta direção (o chamado “C-Level”), com o trabalho remoto, o alto escalão deve se preparar para instituir novas dinâmicas que permitam a continuidade das atividades de todos os colaboradores da empresa. “As habilidades e técnicas que aprendemos em MBA’s, cursos e certificações não são mais suficientes, afinal, não fomos prepararados para competências antes até consideradas mal vistas por muitos executivos, como a produção de lives e a manutenção de perfis ativos nas redes sociais”, conta.

O mercado de trabalho deve estar em constante adaptação às transformações sociais, para que empresas não fiquem em desvantagem competitiva em termos de participação e atração de talentos. Regras e recomendações profissionais são alteradas a todo o tempo por meio de influências econômicas e comportamentais. Com a recente instituição do home office, não foi diferente. Muitas atividades tiveram de ser repensadas e adaptadas para o momento.

“A realidade atual é de que precisamos nos preparar para fazer reuniões remotas com milhares de pessoas da empresa. Precisamos encontrar formas de engajar equipes sem contato pessoal e de impactar a todos com mensagens em posts curtos na internet, para que continuem interessados nas atividades da instituição. O home office é recente para grande parte das empresas mas, em meio ao momento atual, todas as alterações são necessárias”, conclui Basaglia.

Confira abaixo 5 atividades das lideranças que tiveram de ser transformadas por conta do trabalho remoto e readaptadas para o meio digital:

• Reuniões

Importantes para manter a comunicação e o relacionamento dentro e fora da empresa, as reuniões foram as primeiras atividades a sofrerem modificações em decorrência da pandemia vigente. No primeiro momento, houve restrições no número de participantes, prezando pelo distanciamento entre cada um, em caso de necessidade de conversas presenciais. Após a instituição do trabalho remoto por grande parte das empresas, as reuniões passaram a ser totalmente digitais. As lideranças ficaram encarregadas de descobrir as melhores ferramentas para que as conversas fluam com qualidade, mas também de aprender novas formas de comunicação capazes de engajar e direcionar equipes à distância. Com a transformação, muitos gestores perderam suas habilidades de mediar conflitos e reconhecer obstáculos por meio da presença física, mas ganharam chances de novos aprendizados para atuar em plataformas digitais.

• Eventos

O planejamento e a execução de eventos corporativos também sofreram impacto com a implementação do trabalho remoto. O que antes era discutido e idealizado nos mínimos detalhes pela reunião de diferentes equipes, hoje se depara com uma nova realidade, que envolve reuniões on-line, lives em redes sociais e webinars. Se, por um lado, os profissionais tiveram de aprimorar suas capacidades de organização e comunicação para executar os projetos com bons resultados, por outro, os usuários das redes sociais se depararam com o aumento da acesso à informação e a necessidade de selecionar de modo assertivo o que é mais relevante para a sua carreira.

• Divulgações internas

Os e-mails estão se tornando plataformas secundárias progressivamente. As preferências de consumo de informações mudaram. Aplicativos e plataformas mais ágeis, como Whatsapp, LinkedIn e redes internas que permitam o contato direto entre os colaboradores, estão captando a atenção dos profissionais, que dificilmente lerão comunicados e decisões internas enviados por e-mail. As lideranças se depararam com a necessidade de criação de grupos e de estabelecer contato direto com sua equipe por meio das ferramentas recentes e das redes sociais, que também se demonstraram úteis para que gestores transmitam as mensagens da empresa para demais interessados em suas atividades, atraindo potenciais talentos.

• Recrutamento virtual

Com o objetivo de apoiar o combate ao coronavírus, sem expor colaboradores e candidatos, muitas lideranças estão estimulando a adoção de processos de recrutamento virtual em suas empresas. A medida permite a continuidade dos processos seletivos, movimentando a economia, ao mesmo tempo em que reduz o tempo de trabalho da equipe de Recursos Humanos, fornecendo informações valiosas sobre o perfil do candidato por meio de tecnologias como a Inteligência Artificial, possibilitando escolhas assertivas.

• Instituição da cultura de home office

Como líder, é importante ser referência no estabelecimento de normas e recomendações da empresa. Certamente, grande parte dos colaboradores não estão preparados para o novo modelo de trabalho, adotado às pressas. Portanto, é essencial que o gestor esteja apto para transmitir os direcionamentos para que a equipe consiga bons resultados trabalhando remotamente. A liderança nunca deve se ausentar e deve se esforçar ao máximo para identificar vitórias e gargalos entre seus times, estabelecendo progressivamente uma cultura de home office.

A transformação nada espontânea do setor bancário

Por Paulo Marcelo

O mercado financeiro, como todos os outros setores da economia, está hoje às portas de um tremendo processo de transformação digital. Esse processo não se dá por geração espontânea, mas como resultado da pressão que vem sendo exercida por duas forças: o consumidor, cada vez mais acostumado às comodidades da vida digital; e a concorrência trazida pelas fintechs e pelos bancos que saíram na frente neste processo de digitalização.

Esta é a constatação mais clara do estudo Digital Banking Ecosystem, divulgado no final do ano passado pela Business Insider Intelligence. A pesquisa aponta que o processo de transformação desencadeado por estas pressões externas têm levado os bancos a investir bilhões de dólares para eliminar e substituir tecnologias, e isso vale desde o front office até o backoffice.

Entre os maiores destinos desses investimentos, estão mobilidade (43%), APIs de open banking (35%) e tecnologias de conversação – conversational banking – (32%), e a lista prossegue com analytics, cloud computing, IoT, blockchain e wearables. O fato é que o horizonte de transformações é gigante e não há como seguir em frente sem o trabalho conjunto não apenas com parceiros, mas também com concorrentes e outros participantes do ecossistema.

Isso porque esse processo tem que seguir em diversas frentes. No front office, com a busca de canais digitais cada vez mais integrados e inteligentes; no middle office, com a busca por soluções de conformidade, risco e estratégia corporativa. E finalmente, no backoffice, com a adoção de estruturas robustas e flexíveis o suficiente para atender às novas demandas.

Olhando um pouco mais de perto os fatores que têm pressionado essas mudanças, se percebe uma clara mudança no perfil dos clientes. Foi-se o tempo em que os consumidores tinham que se adaptar às regras e processos bancários. Na mão inversa, o setor financeiro se vê obrigado hoje a atender, e rápido, às mudanças nos hábitos dos consumidores. Mais que isso, deve haver um esforço para reconquistar esses clientes.

O estudo aponta que em muitos mercados vem crescendo a confiança dos clientes nos serviços financeiros oferecidos por empresas de tecnologia. No Brasil, esse índice é de 74% e há países, como a Itália, onde esse índice supera 80%. E isso não acontece à toa, já que hoje estes serviços podem ser contratados junto a bancos 100% digitais, fintechs e empresas de tecnologia, como Google, Apple ou Amazon.

Essas empresas entenderam primeiro como oferecer serviços por canais digitais (online ou mobile) e têm grande responsabilidade na redução do uso de agências, caixas eletrônicos e serviços telefônicos.

Essas questões têm levado os bancos tradicionais a iniciarem seus processos de transformação digital com foco bastante claro em fatores como maior agilidade; redução de custos; e ampliação da capacidade de inovação. Tudo isso como parte de um movimento maior, que é o foco total no cliente. A mudança será crucial para que estas instituições se mantenham competitivas em uma economia digitalizada. O processo está apenas começando, mas ele pode ser mais rápido do que se imagina.

Paulo Marcelo, CEO da Solutis, tech partner especializada na aceleração de jornadas digitais

A arte de buscar e desenvolver talentos na era da Transformação Digital

Por Vinícius Teixeira

Um grande investimento vem sendo realizado ano após ano para transformar digitalmente as empresas de todos os segmentos, em todo o mundo. Entretanto, um erro comum que muitos líderes ainda cometem é considerar que essa transformação é apenas tecnológica. Com isso, diversas falham na execução das estratégias acontecem por não conseguirem encontrar e reter os principais ativos dessa jornada – os Talentos.

Pensando nisso, reuni seis princípios para que você, gestor, possa repensar seu processo de busca e retenção desses profissionais.

1 — Potencial é tão importante quanto formação

Cada vez mais grandes organizações estão investindo no potencial dos candidatos e não somente nos diplomas em universidades de prestígio. Segundo pesquisa realizada pela Infosys, notamos que as empresas melhores avaliadas em maturidade digital estão propensas contratar profissionais com graduações tecnológicas, escolas técnicas e que tiveram conquistas que envolveram compromisso, dedicação e criatividade. Segundo o estudo, profissionais que não tiveram uma situação privilegiada e que demonstraram persistência durante a carreira, são mais motivados, resilientes e ágeis.

2 – Diversidade acima de homogeneidade

Do ponto de vista social, todos nós compreendemos – ou deveríamos compreender -, nosso papel em promover um ambiente diverso, com oportunidades iguais a todos os indivíduos. E do ponto de vista de negócios? Diversidade traz ganhos? Sim! Empresas que agem assim já entenderam que os negócios precisam dessa mistura de perfis. A diversidade de gênero, social, religiosa, étnica, cultural resulta em equipes mais criativas, produtivas e significativamente mais conectadas com seus clientes.

3 – Soft skills acima de Hard Skills

Em um mundo no qual as máquinas cada vez mais executam trabalhos repetitivos e com baixo nível de cognição, desafios modernos exigem habilidades de liderança, resolução de problema, criatividade, aprendizado contínuo, comunicação e trabalho em equipe. Não quero dizer que as habilidades técnicas não são importantes, porém priorize suas contratações com base no perfil pessoal.

4 – Fit Cultural acima de experiências

Dado que passamos mais de um terço de nossas vidas no ambiente de trabalho, é importante que os funcionários sintam-se felizes e conectados com ele. Caso contrário, você terá um problema de retenção e performance. O ajuste da cultura é o aspecto mais importante da retenção. Os funcionários que não se reconhecem nos valores da organização não ficarão satisfeitos, estão mais propensos a criar um ambiente de trabalho tóxico e estão mais propensos a sair.

5 – Especialistas ou generalistas? Precisamos de ambos

Defina suas estratégias e reflita sobre a melhor composição de sua equipe. Projetos que exigem experimentação, onde o nível de incerteza em relação aos meios de execução é baixo, você precisa de um time generalista, com isso você elimina direcionamentos viciados, aumenta velocidade de adaptação e reduz investimentos. Projetos que exigem escala, onde o nível de incerteza e a escala da solução ou processo são altas, você precisa de uma equipe especialista, com o objetivo de aumentar assertividade e reduzir custos técnicos e organizacionais.

6 – Treine e avalie os talentos constantemente

A medida que seus talentos se desenvolvem, passam a atuar de maneira autônoma, assertiva e criativa. Por isso, garanta o acesso a programas e condições para que todos se capacitem, de forma contínua, em tecnologias e métodos relevantes para suas funções. Porém, tão importante quanto a capacitação é a existência de um processo efetivo de avaliação, como forma de reconhecer esse desenvolvimento, direcionar os próximos passos e traçar as estratégias para que o profissional siga construindo uma carreira de sucesso.

Vinícius Teixeira, head de Inovação da Infosys Brasil

Mutant anuncia compra da CINQ, especialista em transformação digital

A Mutant, uma das maiores empresas de soluções em Customer Experience (CX) do Brasil, anuncia hoje a aquisição da desenvolvedora de soluções digitais CINQ. Fundada em 2016 e atualmente com 3000 funcionários, a Mutant vem crescendo de forma exponencial, e nos últimos três anos, seu faturamento cresceu 100% saltando de R﹩ 300 milhões em 2017, para chegar a R﹩600 milhões em 2019.

Uma das pioneiras em soluções de internet banking no Brasil, a CINQ chega para complementar seu portfólio em soluções voltadas para a transformação digital dos seus clientes. Fundada em 1992, e com atuação e em países como EUA, Canadá, Irlanda e Inglaterra, a multinacional atuará de forma conjunta com a Dextra, empresa adquirida pela Mutant em 2018, integrando a vertical de transformação digital da empresa.

Também fazem parte do histórico recente de aquisições da Mutant a argentina Interaxa (adquirida em agosto de 2019), além de Unear, CCM7, Voran e TSA. Além disso, novas aquisições também estão sob avaliação da empresa como parte de sua estratégia de expansão.

“A Cinq chega para ajudar a transformar a Mutant na maior e melhor empresa de Customer Experience do Brasil. Estávamos à procura de formas de ampliar nosso portfólio de soluções e serviços, e encontramos na Cinq o match perfeito. Além de entregas diferenciadas, amplia nossa presença no mercado internacional e compartilha nosso espírito jovem e apaixonado de trabalhar”, afirma Alexandre Bichir, CEO da Mutant.

Com a aquisição da CINQ e futuras movimentações de mercado, o objetivo é que o ritmo de crescimento se mantenha intenso em 2020 com busca e treinamento de novos talentos do mercado. “Nosso fundo para aquisições originalmente era de U﹩180 milhões, dos quais já utilizamos algo em entre 50% e 60%, com uma visão que vai além de comprar uma solução ou carteira de clientes, mas encontrar pessoas que compartilham nossos valores para crescer juntos”, afirmou Bichir.

O plano é seguir o bem-sucedido modelo de aquisições da Mutant – comprovado com Dextra e Interaxa com sensível aumento de tamanho em curto espaço de tempo, respectivamente 100% e 50% em menos de um ano.

Neste momento a CINQ manterá suas operações com alto grau de autonomia e sinergia em áreas estratégicas, com os sócios assumindo cargos dentro do quadro de diretores da vertical transformação digital. A previsão é de aumento na estrutura de 280 funcionários da CINQ, sempre seguindo a cultura de valorização de capital humano da Mutant. Além de Curitiba, a empresa também possui filiais em São Paulo, Miami e um centro de desenvolvimento em, Ponta Grossa (Paraná). Com um faturamento de mais de R﹩37 milhões em 2019, a Cinq cresceu mais de 80% nos últimos quatros anos.

“Nós estamos muito felizes de nos tornar parte da Mutant. Encontramos nela uma parceria perfeita para ampliar as possiblidades de serviços oferecidos a um número ainda maior de clientes, acelerando nosso crescimento por meio de sua estrutura de governança e presença no mercado. A sinergia cultural entre as empresas também foi um fator fundamental para que o negócio fosse realizado”, afirmou Carlos Alberto Jayme, Diretor de Crescimento da CINQ.

Com a aquisição, a Mutant expande sua atuação para Europa e reforça suas posições no Brasil e América Latina. Assim, imediatamente, a Cinq passa a integrar o time e estrutura de negócios da empresa, que projeta crescimento acelerado para 2020.

Pesquisa aponta as principais tendências em transformação digital para 2020

A computação em nuvem e a Internet das Coisas (IoT) são consideradas as principais tecnologias que irão alavancar o crescimento dos negócios no Brasil neste ano. É o que mostrou o estudo Tendências para Transformar Sua Empresa em 2020, realizada pela CI&T, multinacional brasileira especializada em transformação digital, em parceria com a Opinion Box. De acordo com a pesquisa, 56,8% dos executivos acreditam que cloud computing será uma das principais tecnologias propulsoras para o crescimento de suas empresas no próximo ano, seguido de IoT (49,2%).

O estudo, que ouviu mais de 500 executivos brasileiros em níveis de liderança entre novembro e dezembro, capturou o sentimento com relação às tecnologias e seus impactos nos rumos dos negócios e junto a seus clientes. Além de computação em nuvem e internet das coisas, a aplicação de inteligência artificial (47,5%) e assistentes virtuais (41,1%) também foram mencionadas com relação a inovações que serão inevitáveis para o crescimento das companhias.

Quando questionados sobre quais tecnologias eles irão investir com certeza para transformar o negócio, a computação em nuvem também foi a mais mencionada, com 46,1% dos executivos, seguido de inteligência artificial, com 45,6%.

De acordo com Cesar Gon, CEO e cofundador da CI&T, o objetivo do estudo foi entender a forma como as lideranças enxergam a tecnologia para impactar os negócios de suas empresas, seus consumidores e o que têm de fazer para se transformar. “É preciso garantir que a transformação digital não seja sobre uma atualização tecnológica, mas sobre a real compreensão do que precisa ser feito para atender seu consumidor da forma mais surpreendente possível.”, afirma.

A pesquisa mostrou também que automação de processos é um fator importante para a condução do negócio, e sete em cada dez executivos afirmaram que pretendem investir nessa frente em 2020. Nesse sentido, investir em uma área voltada integralmente para o desenvolvimento digital é o objetivo de 56,2% dos executivos, que irão provavelmente ou com certeza investir na área nos próximos cinco anos.

Segurança de dados e LGPD

A segurança de dados também foi um dos pontos considerados cruciais para os executivos brasileiros quando o assunto é o uso de tecnologia. Oito em cada dez consideram que a sua empresa se preocupa com a segurança de dados.

Portanto, a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), prevista para agosto de 2020, terá impactos nos negócios na visão de 75,8% dos executivos.

“Esse universo de informações estará circulando e se tornando disponível para potencializar ofertas, descobrir oportunidades e inovar. São dados para encantar o consumidor, desenvolver novos produtos, evitar riscos, melhorar a execução das operações e gerar grandes impactos para os negócios”, afirma Erlon Faria Rachi, Data Science Manager da CI&T

Experiência do cliente com a marca

A experiência do cliente com a marca das empresas tem sido cada vez mais estratégico na condução dos negócios para nove entre dez empresários, especialmente se tratarmos de presença e integração entre canais de interação Para 76% deles, as estratégias de omnichannel são essenciais para o sucesso do negócio em 2020.

Dentre os diferenciais competitivos que podem ser oferecidos pelas empresas para os consumidores na busca por uma melhor oferta de experiência, flexibilidade, personalização e facilidade de compra foram alguns dos itens mais mencionados. Quanto ao tipo de serviço oferecido, 58,3% dos executivos acreditam que a economia colaborativa terá grande papel nos próximos anos para modificar os rumos dos negócios.

Executivos elegem as 50 maiores referências em transformação digital no Brasil em ranking da E-consulting

O estudo “A Transformação Digital no Brasil 2019”, desenvolvido pela E-Consulting, traz o ranking com as 50 empresas mais lembradas quando o assunto é transformação digital. A consultoria conversou com 807 lideranças das 1000 maiores companhias do País, entre CEOs, CMOs e CIOs, a fim de saber quais são as maiores referências no assunto.

O Google foi a empresa mais lembrada com nota 8, 98, considerando uma escala de 0 a 10. Seguido o Top 10 encontram-se: Apple, Uber, 99 Taxis, iFood, Samsung, Coca-Cola, Whirlpool, Amazon e Netflix.

De acordo com a E-Consulting, para chegar ao resultado final, foram avaliados atributos como: ofertas digitalmente nativas, ações estratégicas inovadoras, jeitos de trabalhar, multicanais próprios, posicionamento e cultura digital.

Confira a lista das 50 mais lembradas: