next, banco digital do Bradesco, se torna empresa e ganha mais autonomia

A partir de setembro, o next, banco digital criado pelo Bradesco em 2017, passará a funcionar como uma das empresas do conglomerado financeiro da Organização Bradesco, adquirindo maior autonomia e velocidade de gestão e de atuação.

O movimento é parte da estratégia do Bradesco na competição com outros bancos digitais e fintechs, que se torna mais acirrada com a entrada de novos marcos regulatórios como o PIX e o Open Banking, especialmente após a aceleração dos hábitos digitais da população no cenário Covid19 e que intensificou o uso de canais digitais.

Com a mudança, o next será uma empresa de tecnologia, proprietária da plataforma digital que já alcançou mais de 3 milhões de clientes, e atuará também como um correspondente digital, abrindo sua plataforma para oferta de produtos e serviços financeiros e não financeiros do Bradesco e também de terceiros.

“É um movimento natural e evolutivo, à medida que o next tem se tornado cada vez mais uma experiência completa de serviços financeiros. Queremos estar presentes em todos os momentos da jornada de vida dos nossos clientes”, diz Octávio de Lazari Jr, Presidente do Bradesco.

Nos últimos meses, o next agregou em sua plataforma produtos da Bradesco Seguros e da Ágora Investimentos e segue trazendo novas parcerias. A Ágora, que também é uma plataforma aberta de investimentos, comercializa produtos de terceiros.

Recentemente, o next lançou uma conta digital para crianças e adolescentes, o nextjoy, em parceria com a Disney, trazendo os personagens para dentro da experiência para estimular a educação financeira.

Quatro áreas críticas para bancos no mundo pós-pandemia

Por Elias Rogério da Silva, Presidente da Diebold Nixdorf no Brasil

Antes mesmo da pandemia de COVID-19, instituições bancárias de todo o mundo já reconheciam que a adoção de novas tecnologias, como reconhecimento facial, acesso a caixas eletrônicos sem cartão, assistentes virtuais e aplicativos móveis, era uma questão onipresente e indiscutível. Por outro lado, a variedade de caminhos a serem seguidos era tanta que também provocava efeitos colaterais, muitas vezes gerando uma espécie de paralisia na jornada de inovação dos bancos.

De fato, questionamentos como “qual tecnologia é a mais adequada para minha companhia?” ou “como sei se vale a pena investir nessa opção?” sempre foram recorrentes nos processos de evolução das instituições bancárias, permeando todos os planos e projetos para a transformação digital de agências e das estratégias de atendimento.

Mas o cenário mudou, e essas curvas de inovação acabaram sendo completamente aceleradas pela crise aberta pelo coronavírus. As dúvidas tiveram de ser superadas pela urgência do momento. Nesse cenário, aliás, vale destacar que uma das mudanças mais notáveis para combater o impacto da pandemia foi justamente a busca por impulsionar o autoatendimento, com a divulgação de novos canais digitais para comunicação e utilização dos serviços.

A crise do COVID-19, com as demandas por isolamento social, deixará marcas. Ainda assim, porém, ela irá passar. Com isso, a questão que os bancos terão de responder será outra: o que nos espera a seguir? Podemos dizer que as instituições bancárias precisarão concentrar seus focos em quatro áreas críticas:
clientes, estratégia tecnológica, pessoal e roteiro bem definido.
Primeiro, é preciso se atentar em conhecer bem seus clientes. Por exemplo, uma agência bancária no centro de São Paulo provavelmente atende a uma população diferente de uma cooperativa de crédito em uma cidade rural no interior. Em meio à pandemia, os melhores bancos migraram quase 70% dos depósitos de caixa para o autoatendimento, com pouco mais de 50% ocorrendo no caixa eletrônico. Utilizar dados é uma coisa – alavancá-los é outra.

Logo, o primeiro passo é simples: concentre-se em seus clientes e em qual experiência eles valorizam. O que mudou desde a pandemia? Os bancos devem ter acesso a dados para que possam identificar quais atividades estão acontecendo.

Depois de conhecer seus clientes, está na hora de fazer o mesmo com a sua estratégia tecnológica. É importante adaptar processos e comunicar com clareza sobre o ambiente em rápida mudança. Considere avaliar quais serviços serão mais importantes para atrair os clientes para a área digital, especialmente porque o autoatendimento desempenhará um papel fundamental na transição para uma nova interação bancária.

Pesquisas mostram que consumidores que contam com melhor experiência digital acabam utilizando os canais de autoatendimento dos bancos com mais frequência, com os usuários de bancos móveis realizando 25% mais transações por meio deste recurso do que aqueles de bancos não móveis. O entendim ento de quem você está servindo e em que tipo de tecnologia você precisa investir determinará onde fazer suas apostas em tecnologia.

O terceiro passo é investir em seu pessoal. As empresas devem repensar o que esperam de seus funcionários se quiserem minimizar riscos. Uma pesquisa recente da Diebold Nixdorf indica que muitos colaboradores das agências não usam as soluções de tecnologia implementadas pelo banco porque as equipes temem que a promoção desses serviços possa ameaçar seus empregos, ou porque relutam em falar com os clientes sobre esses recursos devido à falta de conhecimento para solucionar possíveis dúvidas ou problemas.

Para contornar esse desafio, os bancos podem adotar diversos métodos para investir em seus funcionários, oferecendo treinamento sobre as opções de autoatendimento. Um caminho é designar membros da equipe com conhecimen to mais profundo em soluções de tecnologia como “embaixadores digitais”, que responderão às perguntas dos usuários e darão suporte a outros colaboradores. A ideia é treinar a equipe para identificar oportunidades de comunicar os benefícios das opções disponíveis.

O quarto ponto é: siga um roteiro bem definido. A retomada real não acontecerá da noite para o dia e exigirá uma abordagem gradual de todos. Os bancos que desejam reabrir suas agências devem considerar algumas coisas importantes: uso da análise para entender a direção dos principais indicadores, como canais digitais, call centers, caixas eletrônicos e filiais; alinhamento com centros de transporte e direcionadores de tráfego do varejo, como supermercados; lobbies de agências maiores para manter o distanciamento social.

Da mesma forma que a implementação da tecnologia não ocorrerá da noite para o dia, o ROI também não será imediato. Definir um roteiro ajuda a estruturar o que os bancos farão no primeiro ano, em comparação aos dois ou três anos seguintes. Esse roteiro deve incluir a tecnologia, além de investimentos nos colaboradores e mudanças em processos.

Com muita frequência, os bancos implementam novas soluções, mas não medem o impacto desses investimentos. Defina metas para a migração de transações no nível das filiais e meça o desempenho comparando-o com as metas. Avalie o uso de novas soluções pelo feedback dos clientes e desenvolva métricas adicionais, conforme necessário. Testar e avaliar novas soluções é fundamental para o sucesso.

Embora ninguém tenha certeza sobre o que é o “Novo Normal”, uma realidade foi comprovada – a mudança pode acontecer instantaneamente. Os bancos precisarão avaliar possíveis resultados e estabelecer iniciativas para se posicionar de forma vantajosa. Em vez de copiar e colar os investimentos em tecnologia de outras empresas, concentre-se em si mesmo porque todo mundo está jogando um jogo diferente.

Clientes pessoas físicas fizeram 74% das transações bancárias pelos canais digitais em abril

As transações bancárias feitas por pessoas físicas pelos canais digitais – internet e mobile banking – foram responsáveis por 74% do total de operações analisadas em abril, um mês após o início da quarentena e das medidas de isolamento social para combate ao Covid-19 em grande parte do país. O resultado representou um aumento de 10 pontos percentuais em relação a janeiro e foi impulsionado pelo uso intenso dos smartphones. Os celulares, sozinhos, representaram 67% das transações analisadas neste mês.

Os dados estão no capítulo “O impacto da Covid-19 nas transações”, da Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2020, feita em parceria com a consultoria Deloitte. O levantamento foi divulgado hoje (23/9) no CIAB FEBRABAN Live 2020 durante o painel “Prontidão em tempos de disrupturas”. No recorte feito especialmente para retratar as transações nos quatro primeiros meses do ano foram consideradas as seguintes operações: saldos, transferências, contratação de crédito, consulta de investimentos, depósitos, pagamentos de contas, saques e recarga de celular.

De acordo com a pesquisa, entre janeiro e abril de 2020, o volume de transações feitas por pessoas físicas nos canais digitais cresceu 19%. Somente no mobile banking, a alta foi de 22%. O levantamento também revelou que, no mesmo período, as operações bancárias caíram 53% nas agências. Nos ATMs, a queda foi de 19%.

“As últimas edições da nossa pesquisa de tecnologia têm revelado uma mudança de comportamento do consumidor, que cada vez mais se torna mais digital em suas operações do dia a dia”, avalia Gustavo Fosse, diretor setorial de Tecnologia e Automação Bancária da FEBRABAN. De acordo com Fosse, a pandemia do Covid-19 impulsionou a digitalização em todos os setores da economia, e com os bancos não foi diferente. “Entretanto, nossos clientes já elegeram, desde 2015, os meios digitais como os preferidos para suas transações, reflexo da praticidade de uso, da segurança e da conveniência oferecidas por estes canais.”

Na semana passada foram divulgados à imprensa os dados da pesquisa relativos à 2019. Hoje, a apresentação das informações inéditas do estudo, também revelou que a comparação entre a média mensal de 2019 e o último mês de abril mostrou um expressivo crescimento nas transações com movimentação financeira no mobile banking: a consulta de investimentos teve alta de 105%; contratação de crédito (+61%); pagamentos (+33%) e transferências (+24%).

Entre janeiro e abril deste ano, as interações dos clientes com os seus bancos por meio de chatbots registraram um crescimento de 78% e a quantidade de atendimentos nos contact centers cresceu quase 7 milhões no período – passando de 123,2 milhões para 130 milhões.

Executivos entrevistados

O recorte examinado, que trata das análises de transações financeiras no mês de abril, representa a visão de 16 bancos que responderam ao questionário. Já a pesquisa completa, que pode ser encontrada por meio deste link, traz os dados de 22 bancos que responderam o questionário, o que representa 90% dos ativos dessa indústria no Brasil.

Além do preenchimento dos formulários, dez executivos da área de tecnologia bancária concederam entrevistas para a edição de 2020 da pesquisa (tendo como ano-base 2019), informa Sérgio Biagini, sócio-líder da Deloitte para a indústria de Serviços Financeiros no Brasil.

O painel realizado hoje no CIAB FEBRABAN LIVE também revelou que entre as novas tecnologias que demandam investimentos dos bancos estão inteligência artificial (IA), RPA (Automação Robótica de Processos, na sigla em português), blockchain e internet das coisas. “As prioridades de investimentos para inteligência artificial estão nas áreas de atendimento ao cliente, contratação de crédito, biometria, robôs e jurídica”, afirma Biagni.

De acordo com ele, o atual levantamento também mostrou que os bancos já estão se preparando para o open banking, que começará a ser implementado a partir de novembro no Brasil. O sistema cria novos modelos de negócios com o uso de APIs (interfaces de programação de aplicações, em português), que permitem ao cliente visualizar, no aplicativo de banco, todas as contas, investimentos, serviços e produtos contratados que tenha, tanto do próprio banco, como em outras instituições. Segundo o estudo, 90% dos bancos já têm APIs.

A íntegra da Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2020 (ano-base 2019) completa está disponível em:

Site da FEBRABAN: http://portal.febraban.org.br/pagina/3106/48/pt-br/pesquisa

Investimentos de bancos com tecnologia crescem 48% em 2019 e orçamento total chega a R﹩ 24,6 bilhões

Os investimentos feitos pelo setor bancário em tecnologia em 2019 cresceram 48% em relação ao ano anterior, e o orçamento total chegou a R﹩ 24,6 bilhões, somados aos gastos do setor em TI, que tiveram alta de 14%, revelou a Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2020 (ano-base 2019), divulgada hoje. Os investimentos passaram de R﹩ 5,8 bilhões para R﹩ 8,6 bilhões, enquanto as despesas cresceram de R﹩ 14 bilhões para R﹩ 16 bilhões.

O estudo, realizado pela Deloitte, mostrou que, assim como nos anos anteriores, as despesas e investimentos em software estiveram no centro das atenções das instituições financeiras e somaram R﹩ 13,2 bilhões, ou 54% do total. O resultado reforça o compromisso da indústria bancária no desenvolvimento de novas funcionalidades em serviços e produtos.

“Os bancos brasileiros sempre funcionaram como um importante indutor em inovações no país. A crise impulsionou a digitalização dentro e fora das instituições financeiras, mas já estávamos preparados e queremos continuar ajudando o cliente a criar um DNA digital que lhe permita ter acesso a serviços com maior valor agregado, mais eficiência e redução de custos”, avalia Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN.

“O histórico de investimentos dos bancos em TI, aliado ao crescimento do uso dos canais digitais nos últimos cinco anos, foram fundamentais para que, neste momento de pandemia, nossos clientes tivessem a opção de fazer praticamente todas as transações financeiras de forma segura em suas casas, evitando, assim, aglomerações”, destaca Isaac Sidney.

A Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária também revelou que as transações bancárias cresceram 11% em 2019, registrando 89,9 bilhões de operações. Deste total, 39,4 bilhões, ou 44% do total, correspondem a operações feitas pelo mobile banking, que a cada ano vem ganhando a preferência do consumidor brasileiro para suas transações financeiras.

“O mobile banking transformou-se em uma expressiva porta de entrada para a inclusão financeira de milhões de brasileiros pela possibilidade de carregar no bolso e acessar, em qualquer hora ou local, serviços antes restritos a agências bancárias”, afirma Gustavo Fosse, diretor setorial de Tecnologia e Automação Bancária da FEBRABAN.

De acordo com o levantamento, as operações com movimentação financeira no smarthphone tiveram alta de 41% no ano passado em relação a 2018. Na comparação anual, o mobile banking mostrou significativo avanço em todas as transações pesquisadas: contratação de investimento (alta de 114%); tomada de crédito (+47%); transferências, DOCs e TEDs (+43%); pagamento de contas (+39%). A pesquisa também revelou que a contratação de seguros por celular cresceu 133%, enquanto os depósitos virtuais mostram alta de 327% nesse canal .

O cliente do mobile banking faz login no banco 23 vezes por mês, sendo que os chamados heavy users – usuários que fazem mais de 80% das transações em um único canal – visitam seu banco 40 vezes, na média mensal. Já as contas abertas pelo smartphone cresceram 66% em 2019, na comparação ao ano anterior, totalizando 6,5 milhões.

As últimas edições da Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária têm revelado uma mudança de comportamento do consumidor. Hoje, 63% das operações bancárias são feitas pelos meios digitais – internet banking e mobile banking -, percentual que era de 46% em 2014. Atualmente, praticamente todas as operações bancárias podem ser feitas de forma eletrônica.

Metodologia

A Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária foi feita com 22 bancos, que representam 90% dos ativos da indústria bancária. O estudo, já em sua 28ª edição, traz uma radiografia e tendências do comportamento do setor financeiro no que se refere aos investimentos e uso da tecnologia, bem como a relação dos consumidores com os canais de atendimento.

Neste ano, o levantamento também ouviu executivos dos bancos brasileiros. “A coleta de dados se deu em uma fase quantitativa, via formulário, e outra qualitativa, com entrevistas mais aprofundadas. Além dos 22 bancos que responderam o questionário, o que representa 90% dos ativos dessa indústria no Brasil, 10 executivos da área de tecnologia bancária concederam as entrevistas para a edição de 2020 da pesquisa”, analisa Sérgio Biagini, sócio-líder da Deloitte para a indústria de Serviços Financeiros no Brasil.

Entre os resultados da pesquisa, Biagini também destaca que que os bancos investiram R﹩ 107,3 milhões com treinamentos no ano passado, que atingiram 146 mil pessoas, totalizando 1,7 milhão de horas. “Os bancos continuam a investir fortemente na formação de seus times, que conduzem a transformação digital do setor . ”

World FinTech Report 2020: colaboração das FinTechs é ainda mais essencial para que os bancos atinjam o foco no cliente neste momento

A Capgemini e a Efma publicaram o World FinTech Report 2020, revelando que, apesar de um abismo crescente entre bancos tradicionais de um lado e as BigTechs e bancos desafiadores do outro, as empresas financeiras tradicionais têm uma oportunidade de prosperar no mercado atual ao abraçar o Open X (*1) e tornaram-se bancos inovadores (*2).

A diferença entre o que os clientes esperam e o que os bancos tradicionais atualmente entregam nunca foi tão grande, mas agora é o momento certo para os bancos acompanharem do front ao back-end para oferecer a melhor experiência ao cliente. Com experiências hiper personalizadas e alimentadas por dados em tempo real, tanto BigTechs como os bancos desafiadores demonstraram sua capacidade de conquistar clientes. Por outro lado, embora os bancos tradicionais tenham investido pesadamente na infraestrutura de TI de front-end para melhorar a experiência do cliente, os esforços até o momento não se ajustaram ao que se tornou habitual em outros setores, especialmente com fornecedores de tecnologia. Para que os bancos permaneçam atraentes e competitivos nesse cenário de mudanças, o relatório destaca que eles devem se transformar em bancos inovadores, ágeis e centrados no cliente, adotando o Open X e assumindo um papel especializado, em vez de universal, como fornecedor ou agregador dentro do novo ecossistema aberto.

O caminho a seguir: colaboração estruturada eficaz é essencial para o sucesso de parcerias entre bancos e FinTechs

Bancos e FinTechs estão atualmente frustrados com os resultados sem brilho de suas colaborações até o momento. O World FinTech Report 2020 revelou vários pontos negativos:

– Apenas 21% dos bancos dizem que seus sistemas são ágeis o suficiente para colaboração;
– Apenas 6% dos bancos alcançaram o ROI desejado com a colaboração;
– 70% das FinTechs não vêem, nos campos cultural ou organizacional, o mesmo que seus parceiros bancários;
– Mais de 70% das FinTechs dizem estar frustrados com as barreiras de processo dos bancos;
– Metade dos executivos das FinTechs afirma que não encontrou o parceiro colaborativo certo.

“O mundo mudou dramaticamente nos últimos dois meses. As empresas evoluirão e emergirão da crise do COVID-19 de maneiras diferentes e profundas. Para os bancos tradicionais, isso se traduzirá em uma necessidade ainda maior de experiência digital por meio de mais colaboração com a FinTechs. Desde que começamos este relatório, há 3 anos, as FinTechs passaram de disruptores para players maduros, e agora é essencial que os bancos históricos os considerem não apenas como concorrentes formidáveis, mas como parceiros de escolha necessários para atender às mudanças nas expectativas dos consumidores”, comenta Anirban Bose, CEO dos Serviços Financeiros da Capgemini e Membro do Conselho Executivo do Grupo. “A colaboração eficaz exige maturidade de pessoas, negócios e processos. Embora, para os bancos tradicionais, o fracasso não seja uma opção, as FinTechs são rápidas no mercado e estão prontos para o fracasso. Bancos inovadores com vontade e capacidade de colaborar em escala e “industrializar” a inovação provavelmente prosperarão no ecossistema compartilhado do Open X”.

Os bancos tradicionais devem investir em operações de middle e back-end para oferecer uma melhor experiência ao cliente

De acordo com o World FinTech Report 2020, para permanecer competitivo e apelar para os consumidores, os bancos devem priorizar a transformação do middle e back-end por meio de parcerias centradas em dados e no cliente com as FinTechs, o que acabará por melhorar também o front-end. Embora o investimento geral em novos desenvolvimentos de TI (vs. manutenção) tenha aumentado de 24% em 2016 para 33% em 2019, as operações de middle e back-end continuam baseadas em processos de negócios complexos e frequentemente manuais, levando a uma experiência fragmentada do cliente.

O relatório destacou que a experiência de última milha do front-end – por exemplo, embalagem e entrega de produtos aos clientes – está atualmente perdendo a marca, resultando em insatisfação dos clientes, pois sentem que não recebem um relacionamento personalizado do banco (50%) e não pode fazer pagamentos por débito direto em vários sites comerciais (60%). Enquanto isso, 48% dos clientes da nova era (geração Y e especialista em tecnologia) ficam frustrados com a estreita gama de produtos e serviços oferecidos pelo banco tradicional principal, impulsionando-os a mudar no próximo ano para players da nova era, à medida que procuram serviços que correspondam às suas preferências e se integrem a outras plataformas/aplicativos. Melhorar toda a cadeia de valor, do início ao fim, é essencial para ingressar na onda Open X e melhorar o crescimento dos lucros e resultados, aumentar a produtividade, aprimorar o envolvimento do cliente, reduzir custos, aumentar a transparência e aumentar a satisfação dos funcionários.

Bancos e FinTechs que priorizam a colaboração eficaz prosperarão na economia de compartilhamento do Open X

O “Open X Readiness Index”, da Capgemini, é uma ferramenta de benchmarking global que mede a prontidão dos bancos para colaborar efetivamente em escala com as Startups, medindo sua maturidade nos pilares de pessoas, finanças, negócios e tecnologia. Apresentado no World FinTech Report 2020, o índice mostra que os principais bancos colaborativos são aqueles com uma equipe de parceria de inicialização autônoma e dedicada e que demonstram uma abordagem inovadora à prova de falhas para determinar valor e reduzir perdas rapidamente. Os pioneiros de prontidão também são pioneiros no investimento em tecnologias emergentes e têm pouca dependência de sistemas legados, facilitando a integração com as FinTechs.

“Os bancos tradicionais estão em um momento crítico. Eles devem abraçar o Open X ou correr o risco de se tornar irrelevantes “, disse John Berry, CEO da Efma. “Para acompanhar as constantes mudanças nas expectativas dos clientes no mercado de hoje, os bancos existentes devem se transformar em bancos inovadores com o apoio colaborativo de parceiros qualificados da FinTech”.

Metodologia do relatório

O Relatório Mundial FinTech 2020 baseia-se em informações de pesquisa das Entrevistas Executivas Globais de 2020 da FinTech e do Índice Capgemini Open X Readiness.

Entrevistas globais de executivos FinTech 2020

A edição 2020 do relatório inclui informações de entrevistas focadas com executivos seniores de bancos líderes de todas as regiões.

Capgemini’s Open X Readiness Index

O Open X Readiness Index da Capgemini avalia bancos com base em 98 pontos de dados para avaliar sua prontidão de colaboração em quatro pilares: Pessoas, Finanças, Negócios e Tecnologia. Cada parâmetro recebeu uma ponderação apropriada e as pontuações finais foram mapeadas em um gráfico de dispersão (rebatizando a pontuação em 100). A visão dos bancos sobre a prontidão da colaboração é representada no eixo X, enquanto o eixo Y representa o sucesso da colaboração do banco.

Do dinheiro físico ao banco digital: o novo paradigma na América Latina

Por Edgardo Torres Caballero

Somos protagonistas da quarta revolução industrial, que chegou com força ao mercado de serviços financeiros. Estes, por sua vez, nos levam a uma nova tendência: a da economia digital.

A democratização dos serviços financeiros vem ocorrendo através da tecnologia. Somente através dela poderemos proporcionar inclusão financeira e acesso a serviços bancários para um maior número de cidadãos. A tecnologia atual oferece infinitas opções para fornecer novas experiências, capacitar usuários e situar socialmente uma instituição. Atualmente, através do celular, podemos efetuar pagamentos on-line e transações financeiras, permitindo o acesso ao banco sem distinção de categoria social.

Cerca de dois anos atrás, em abril de 2018, a GSMA apresentou a certificação de dinheiro móvel (GSMA Mobile Money Certification). Trata-se de um programa global para oferecer serviços financeiros mais seguros, transparentes e resilientes a milhões de usuários em todo o mundo. Segundo a organização, globalmente, o número de clientes que já utilizam serviços certificados chega a 114 milhões.

No Caribe e na América Latina já são mais de 21 milhões de contas cadastradas em 17 mercados, e Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Panamá e Peru se destacam no uso do dinheiro eletrônico, segundo a GSMA.

Além disso, serviços como o Apple Pay Cash oferecem envio e recebimento de dinheiro de usuário para usuário sem a participação de intermediários financeiros. Essas transações são feitas graças a um cartão virtual associado aos produtos instalados no Google Wallet. Para completar o cenário, as moedas eletrônicas, que ganharam popularidade com o advento das Bitcoins, também conquistaram seu espaço.

E a América Latina vem surfando essa onda. A modernização é observada na região, aumentando em média 50% nos últimos dois anos, especialmente em El Salvador, Honduras e Paraguai. Estes países estão entre os 15 principais mercados mundiais em relação à proporção de cidadãos que usam ativamente serviços de dinheiro digital.

De acordo com pesquisas de mercado, em março de 2018, 91% dos usuários de Internet na União Europeia acessaram um site ou usaram um aplicativo mobile de serviços financeiros. E os serviços bancários online foram utilizados por 70% dos usuários da Internet. Em comparação com outras indústrias, o setor bancário está adotando com sucesso as tecnologias móveis. (1)

Composable banking

Atualmente, fornecedores de TI conseguem garantir este processo de transformação do setor financeiro, não só com os bancos tradicionais, mas também com os novos bancos, os bancos digitais. Um caminho para isso é a adoção de um conceito chamado composable banking, na verdade uma nova abordagem que prevê o desenvolvimento e a prestação de serviços financeiros baseados na montagem rápida e flexível de sistemas independentes. Ela tem ajudado instituições tradicionais a oferecer novas experiências aos seus clientes, competir com as fintechs e responder a esta necessidade de mudança, sem abrir mão de seus ativos construídos ao longo de décadas.

Reduzir o uso de dinheiro físico a partir da maior adoção das transações digitais é um dos objetivos perseguidos no mundo. Assim como é a redução do uso de papel e de papel-moeda, uma meta para os mercados que querem ser sustentáveis. Na Suécia, por exemplo, apenas 5% das compras no varejo são feitas com dinheiro em papel. A Índia também reduziu expressivamente a emissão de papel-moeda.

A mudança para um banco cada vez mais tecnológico e inclusivo está a caminho – e anda a passos largos. As instituições precisam aproveitar as vantagens que a tecnologia oferece para enfrentar os desafios da nova economia digital.

Este ano, a implantação das redes 5G ganhará força nos Estados Unidos, China, Reino Unido, Japão e Coréia do Sul. Na América Latina, segundo a GSMA, o primeiro país a ter esta tecnologia será o México em 2020. E o Brasil deve iniciar os serviços em 5G também em breve. As novas redes otimizarão o desempenho das comunicações e haverá mais dispositivos conectados à Internet, que serão a chave para a explosão de novos serviços, como IoT, pagamentos mobile, inteligência artificial e cidades inteligentes.

E o dinheiro digital também deve ser desenvolvido. Evidentemente, os avanços tecnológicos promoverão o desenvolvimento da economia digital na América Latina.

É por esta razão que a indústria financeira deve avançar na reconfiguração de uma arquitetura para auxiliar a “Quarta Revolução Industrial”, o setor financeiro reconverter seus serviços e produtos para o novo consumidor, juntamente com o setor de tecnologia com serviços em nuvem, API e plataformas robustas e seguras. Assim – e só assim – alcançaremos a “revolução digital e social”.

Edgardo Torres Caballero, diretor geral da Mambu Américas

(1) Fonte: ComScore

Matera anuncia investimento de R$ 100 milhões da Kinea Private Equity

A Matera, empresa de tecnologia líder em soluções de TI para o mercado financeiro, gestão de risco e varejo, receberá um aporte no valor de R﹩ 100 milhões da Kinea Private Equity, uma plataforma independente de gestão de investimentos e um dos principais fundos de investimento de private equity do país. O investimento, feito via aquisição de participação minoritária na companhia, tem como objetivo acelerar o crescimento da Matera nos mercados locais e internacionais. A companhia continua a ser controlada pelos sócios fundadores.

“O investimento da Kinea será utilizado na expansão da companhia, aproveitando o excelente momento do mercado que está em plena transformação, em especial com o lançamento das redes de pagamentos instantâneos pelo Banco Central do Brasil e pelo FedNow nos EUA. É a “Internet das Contas” emergindo para beneficiar a população. Os atuais clientes também serão beneficiados com a evolução das nossas soluções.”, afirma o cofundador e CEO da Matera, Carlos Netto. “Receber esse investimento de um fundo como a Kinea é muito gratificante para nós e mostra que estamos no caminho certo”.

Com mais de 30 anos de história, e o compromisso de inovar sempre, a Matera conquistou mais de uma centena de clientes dentre bancos tradicionais, bancos digitais, fintechs e grandes varejistas. Com uma enorme vontade de criar o futuro, a Matera desenvolve soluções e constrói parcerias que vem promovendo uma transformação no mercado financeiro, ajudando a viabilizar novos modelos de negócio e a democratização do acesso a serviços financeiros, sendo referência no Brasil e no exterior.

“O posicionamento diferenciado da Companhia, combinado com a transformação trazida pelas novas tecnologias, tais como pagamento instantâneo e open banking, permitirá alavancar as ofertas de produtos da Matera em novos mercados e clientes, acelerando o crescimento da Companhia e o desenvolvimento do próprio mercado, afirma o diretor da Kinea Private Equity, Eduardo Marrachine.

A conclusão da transação está condicionada ao cumprimento de determinadas condições precedentes, incluindo a aprovação dos órgãos reguladores.

A Vinci Partners e o Freitas Leite foram os assessores financeiro e jurídico exclusivos dos sócios da Matera e da companhia nesta transação, e o Machado Meyer foi o assessor jurídico da Kinea Private Equity.

boostLAB, do BTG Pactual, lança estudo sobre bancos digitais

O boostLAB, programa de potencialização de startups e hub de negócios para empresas tech do BTG Pactual, lança hoje o estudo “A Revolução dos Bancos Digitais 2020”, em parceria com a empresa de inovação ACE.

Trata-se de um retrato sobre a atuação e desenvolvimento dos bancos digitais. O setor bancário vem passando por uma verdadeira transformação, alavancada pelo incentivo dos órgãos reguladores de diversos países, alinhados à digitalização e ao maior acesso à internet via smartphones.

Avanço dos bancos digitais

No Brasil, o número de bancos digitais cresceu 147% entre 2017 e 2018.

O público mais jovem é um dos principais alvos para os serviços dos bancos digitais. 32% das pessoas com idade entre 18 e 35 anos utiliza cartões de bancos digitais ou fintechs. Os millenials também têm baixo índice de fidelidade em relação aos bancos, e mudam de instituição 2,5 vezes mais do que baby boomers (geração nascida entre 1946 e 1960).

Mesmo os usuários que estão em bancos tradicionais passaram a priorizar os meios digitais para efetuar suas transações. Hoje, 60% delas são feitas on-line, sendo 40% via telefone celular e 60% via internet banking. Entre as transações via celular, o número saltou de 1,7 milhão para 3 milhões no mesmo período – um aumento de 76%. No total, as transações digitais aumentaram 32,69% entre 2017 e 2018.

Bancos digitais x bancos tradicionais

A pesquisa aponta que os bancos tradicionais ainda dominam o mercado, tanto em tamanho, quanto em confiança. 63% têm como primeira opção tais bancos na hora de confiar seus dados financeiros, enquanto 12% preferem os bancos digitais. Apesar disso, os players digitais vêm ganhando cada vez mais espaço no mercado. O Nubank, por exemplo, já tem quase um terço do número de clientes (15 milhões) de um dos cinco maiores bancos tradicionais (46,3 milhões).

Os bancos digitais se destacam pela facilidade no processo de abertura de contas, maior escalabilidade e, principalmente, por suprir necessidades, até então, não oferecidas pelos bancos tradicionais. Eles atraem clientes principalmente por oferecerem economia com taxas de manutenção de contas, como apontado por 53,7% dos que já adotaram contas digitais.

Próximos passos

O próximo passo dos bancos digitais é se firmarem como instituições confiáveis e passarem a gerar lucro. Afinal, mesmo com muitos aportes e um crescimento acelerado, algumas fintechs ainda estão em prejuízo, num estágio de agregar clientes massivamente, oferecer novos serviços e consolidar o seu atendimento antes de se tornarem rentáveis.

Estudo completo em: http://conteudo.btgpactualdigital.com/boostlab-bancos-digitais

ABBC realiza congresso sobre inovação em serviços financeiros

A ABBC – Associação Brasileira de Bancos realizará no dia 28 de novembro, a partir das 9h, o Congresso de Inovação em Serviços Financeiros (CISF) – open banking e pagamentos instantâneos. O objetivo é compartilhar diversas visões e experiências sobre o tema para que o sistema financeiro evolua em um ambiente ainda mais inclusivo. No evento, também serão conhecidos os ganhadores da segunda edição do Prêmio Idei@ABBC.

Entre os palestrantes: Guga Stocco, fundador da GR1D; Mariana Cunha e Melo, Relações Institucionais do Nubank; In Hsieh, fundador da Chinnovation e da Marco Polo Ventures; Thiago Guimaraes, head de Digital Finance na Stefanini; Rodrigo Furiato, diretor da área de Contas Digitais (Wallet) do Mercado Pago; Carlos Augusto de Oliveira, diretor de Tecnologia da ABBC; André Jafferian e Jorge Sant’Anna, diretores da CRT4; Marcelo Modesto, da Avivatec; e Diogo José Sousa da Silva, chefe de Subunidade do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central.

Confira a programação completa e faça a inscrição no site: http://www.abbc.org.br/cisf/

Serviço

Data: 28/11/2019

Horário: 8h30-18h30

Local: Teatro CIEE – Rua Tabapuã, 445 – São Paulo.

Instituições financeiras podem explorar sistemas bancários integrados para oferecer serviços digitais seguros, afirma Unisys a líderes do setor

A Unisys Corporation (NYSE: UIS) participa da Fintech Americas 2019 para discutir as oportunidades que os sistemas bancários integrados podem oferecer ao setor de serviços financeiros. Entre elas, formas de integrar funções bancárias, de empréstimo e pagamento às aplicações de consumo mais populares. Ao eliminar obstáculos dos processos tradicionais por meio dessas medidas, as instituições serão capazes de proporcionar uma excelente experiência aos clientes e promover avanços na gestão de identidades, que podem garantir uma sólida postura de segurança em meio ao acelerado ritmo de transformação.

Maria Allen, vice-presidente e head global da Unisys para a área de Serviços Financeiros, apresenta um painel de discussão ao lado de David Estevez, CIO do Grupo Petersen, e Daniel Kennedy, vice-presidente do Scotiabank para bancos digitais, para discutir como a transformação digital das instituições financeiras está mudando a experiência e as expectativas dos clientes, e como avanços como o open banking têm aberto portas para a oferta de muitos serviços que bancos tradicionais não poderiam oferecer anteriormente. A discussão também aborda os riscos da segurança cibernética que as transformações podem trazer consigo e o importante papel de uma abordagem Zero Trust para garantir sucesso no futuro.

“O ritmo acelerado das mudanças no setor bancário está abalando a abordagem tradicional dos bancos em relação aos consumidores”, destaca Allen. “Os clientes de hoje contam com muitas opções, mas avanços como o sistema bancário integrado permitem que os serviços digitais sejam oferecidos em tempo real, quando e onde for preciso. Trata-se de eliminar os obstáculos dos processos bancários tradicionais – permitindo que pessoas realizem transações de qualquer dispositivo, a qualquer momento – para proporcionar uma melhor experiência”.

Entre outros temas, destaca-se também a necessidade de os bancos ficarem atentos aos riscos de cibersegurança que podem enfrentar ao adotar novas tecnologias (como inteligência artificial baseada em voz) e de tomarem medidas proativas para estabelecer uma abordagem de segurança, uma vez que as defesas dos perímetros já não são suficientes para reagir às ameaças de hoje.

“Zero Trust é um tema importante atualmente e, como muitos outros termos novos, pode significar coisas diferentes para diferentes empresas. Na Unisys, acreditamos que uma essa abordagem se baseia na ideia de que nenhum usuário ou dispositivo – dentro ou fora de redes privadas – deve ser confiável e de que as organizações devem dar o mínimo acesso possível mediante a identificação segura”, explica Allen. “É necessário contar com uma abordagem que usa ‘identidades confiáveis’, pois a interconectividade com parceiros, fornecedores e clientes exige a proteção de dados críticos nos vários pontos de acesso. Felizmente, avanços como autenticação biométrica multimodal, incluindo elementos como reconhecimento de voz e de íris e biometria comportamental, como velocidade de digitação, podem ser implantados para verificar a identidade do usuário nos diversos canais”.

Usando tecnologias de acesso baseadas em identidade, bancos e instituições financeiras podem implementar um modelo de segurança Zero Trust para combater riscos sistêmicos agregados a sistemas bancários integrados. Dessa forma, conexões com fornecedores e parceiros podem ser feitas com confiança e os benefícios do open banking podem ser concretizados.

A Unisys ajuda as instituições financeiras a alcançar níveis elevados de digitalização utilizando o Elevate™, plataforma de software completa e pacote de aplicações desenvolvidas para proporcionar experiências seguras aos clientes de bancos digitais. O Elevate conta com a segurança do Unisys Stealth®, que dispõe de recursos dynamic isolation™ para isolar rapidamente dispositivos ou usuários ao primeiro sinal de comprometimento. O Stealth™ reduz as superfícies de ataque por meio de microssegmentação baseada em identidade, permitindo que os bancos separem e escondam ativos críticos e estabeleçam canais codificados para comunicação segura de usuários, aplicações e sistemas.

Mais de 450 instituições financeiras em todo o mundo usam soluções da Unisys. Para obter mais informações sobre os recursos da Unisys para serviços financeiros, clique aqui.

Você sabe o que é fisital? Conheça o impacto dessa inovação no setor financeiro

Por Simone Pittner

São Paulo, maio de 2019 – O fisital, união entre o físico e o digital, está evoluindo muito rapidamente no Brasil e em todo o mundo. Esse conceito foi cunhado na Inglaterra em 2015, e fica claro nas experiências de varejo, onde o cliente muitas vezes enfrenta problemas na hora de trocar, na loja física, produtos adquiridos no ambiente online. Há, por exemplo, diferença de preços entre os produtos (devido ao comissionamento de vendedores, prática comum das lojas físicas), falta de determinados modelos ou marcas, novos tempos de entrega, entre outros.

Com o aumento de profissionais especializados em Customer Experience (CX), a unificação de todos os canais da empresa, assim como a linguagem utilizada nesses canais (loja física, e-commerce, redes sociais, callcenter e aplicativos), começou a ficar mais forte. No mundo financeiro, com as instituições trazendo experiências dos bancos digitais para a sua forma de negócio, praticando abertura de contas e acompanhamento de cartões de crédito totalmente online, o fisital se fez presente.

Atualmente, alguns bancos de montadoras possuem serviços de aprovação do limite de crédito para compra de bens, liberando para o cliente na própria concessionária (no caso de compra de carro ou moto) em tempo real, além da aceitação de documentos enviados também digitalmente. O processo se tornou muito mais rápido – passamos de dias para horas – com a vantagem das empresas contarem com estrutura de armazenamento de documentos em nuvem, possibilidade exponencialmente mais barata.

Esse cenário caminha para uma realidade ainda mais transformadora, com a possibilidade das integrações digitais. Os bancos, corretoras, empresas de investimento e grandes negociações financeiras estão abrindo suas plataformas de serviços e produtos em formato de API, as chamadas Open APIs. Isso possibilita que duas empresas consigam se conectar através da integração de software. Um exemplo de nosso dia a dia é a funcionalidade de ouvir música no Spotify enquanto está com o Waze aberto.

Essas integrações com troca de dados têm sido ponto de discussões e regulamentações recentes, como a GDPR, na União Europeia, e a LGPD, no Brasil, criando a possibilidade de se abrir informações para que empresas comprem ou troquem entre si dados ou microsserviços de tecnologia.

O fisital também acrescenta melhorias na experiência do cliente. Atualmente, é comum termos cartões bancários em nossos celulares – existem aplicativos, como ApplePay e SamsungPay, que tornam desnecessário o uso do cartão físico. A transferências de crédito entre pessoas físicas em múltiplos países e interbancos acontece de maneira semelhante.

Uma validação recente, sinônima de toda essa integração, por exemplo, é um boleto atrasado. Os internet bankings, no últimos meses, prepararam-se para conseguir calcular o novo valor, mesmo que a conta seja de outra instituição, algo que não era permitido em um passado recente.

Esses são alguns exemplos que ilustram essa integração entre o físico e o digital no mercado financeiro. As mudanças só tendem a aumentar e os bancos as, corretoras e as investidoras serão cada vez mais digitais, com todas as transações em aplicativos, diminuindo a presença do cliente na agência física e sua necessidade de interação com o gerente ou a central de atendimento. Estamos vivendo numa realidade entre dois mundos: aspectos que ainda precisam do físico e do contato humano e outros que o mundo digital está resolvendo sem esse contato – na maioria das vezes, de maneira mais inteligente e rápida.

Quando falamos do fisital no Brasil, já conseguimos ver cases relevantes acontecendo. A Avon, por exemplo, desenvolveu um aplicativo com duas importantes funcionalidades, aumentando a rentabilidade e diminuindo os custos. A primeira permite às revendedoras resolverem problemas sem a necessidade de interação humana com o call center, acessando grupos de dúvidas e trocas de produtos parados. A outra funcionalidade do app é a leitura digital do folheto de compra, tornando a venda totalmente automatizada.

Outro case relevante para o cenário brasileiro é o de uma grande varejista que atualmente está no caminho para se tornar um banco. A marca iniciou seu processo de transformação digital com uma reestruturação do call center. Para reduzir o número de ligações, foram desenvolvidos canais web e mobile permitindo ao cliente buscar informações por conta própria. Essa ação teve um resultado surpreendente, com uma redução de 27% em ligações feitas para o call center só no primeiro mês. Outra ação da marca foi a implementação de 21 novos serviços em seu aplicativo, incluindo a solicitação de cartões de crédito.

Além de todos esses impactos, vale destaque para a transformação do que nomeamos BackOffice ou Digital BackOffice. Com as diversas mudanças proporcionadas, é preciso revisitar as jornadas internas, como captura e armazenamento de documentos e dados, uso de nuvem, redução de servidores locais, robotização de tarefas repetitivas, inteligência artificial, implementação de workflows, inclusão de testes de produtos de forma automatizada, entre outros. E nessa linha de raciocínio, assistimos ao aumento da utilização e importância do Data Science e o Business Intelligence, agora também sendo explorados e gerando oportunidades de negócios.

Simone Pittner, Head of the Lean-Agile Operations da GFT Brasil

Congresso CIAB FEBRABAN reúne especialistas para debater tendências tecnológicas na área financeira

O americano Nate Silver, um dos principais estatísticos da atualidade e conhecido por seus acertos em pesquisas políticas com análises que usam tecnologias como big data e analytics, e Jim Marous, e renomado estrategista do mercado financeiro mundial, estarão no Ciab FEBRABAN 2019, Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras, que acontece entre os dias 11 e 13 de junho no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

Também participará do evento Octavio de Lazari Junior, diretor-presidente do Bradesco. Outra participação especial é de Kimberly Bryant, CEO e fundadora da Black Girls Code, que oferece treinamento de tecnologia e empreendedorismo para meninas e jovens negras.

Sob o tema central “Conectado com o cliente. Contribuindo para a Sociedade”, especialistas nacionais e estrangeiros debaterão durante os três dias de evento temas ligados a inovação, fintechs e startups, serviços de tecnologia, regulação, meios de pagamentos, seguros, futurismo, segurança e cibersegurança, a jornada do cliente e os provedores de soluções e negócios.

Murilo Portugal, presidente da FEBRABAN, fará a abertura do congresso às 10h da terça-feira (11). Em seguida, o executivo mediará a mesa de um dos principais keynotes do congresso, Octavio de Lazari Junior, do Bradesco. O banco é uma das instituições que mais investe em inovação: com o InovaBra, tornou-se parceira de fintechs e criou o Next, banco totalmente digital.

Jim Marous, keynote do segundo dia (12), um dos nomes mais influentes do setor bancário mundial, fechará a programação do dia, falando sobre como o status quo não é mais aceitável em tempos de grandes mudanças. Ele desafiará o público a rever sua perspectiva pessoal, profissional e corporative diante dos novos tempos.

Autor e autoridade reconhecida sobre a disrupção no setor de serviços financeiros, Jim é coeditor da publicação digital “The Financial Brand” e proprietário e editor do Digital Banking Report. “É claro que a importância de dados e análise avançada é entendida como a tendência mais importante no setor bancário, e serve de base para todas as outras tendências”, afirma. Entre outras tendências para este ano, destaca o especialista, estão o uso do Open Banking, parcerias entre instituições financeiras e fintechs, expansão dos pagamentos digitais e investimentos em tecnologias de ponta como a internet das coisas.

Nate Silver será o keynote speaker que encerrará o evento (13). Fundador do Five ThirtyEight, um site popular de estatísticas que produz em parceria com a ABC News e explora uma ampla gama de assuntos, incluindo política, esportes, ciências, economia e cultura, Nate é considerado o principal estatístico da atualidade. Ele focará sua apresentação em análise de dados para discutir falhas e sucessos de previsões.

Outra palestrante confirmada é Kimberly Bryant, engenheira eletricista, CEO e fundadora da Black Girls Code, ONG responsável por um programa de treinamento que ensina conceitos básicos de programação para meninas negras de 7 a 17 anos, sub-representadas em carreiras de tecnologia e ciência da computação. Depois de fundar a Black Girls Code, Bryant, que estará no CIAB no dia 11, foi listada como uma das 25 afro-americanas mais influentes em tecnologia pela Business Insider.

Entre os nomes confirmados no CIAB também estão Thales Teixeira, professor de Marketing Unit da Harvard Business School, que vai falar sobre disrupção digital; Beatriz Sanz Saiz, líder de análise e dados de consultoria global da EY, tratará da incorporação de dados em todas as funções de negócios e de Inteligência Artificial; TS Anyl, líder global de produtos para pagamentos e plataformas na Visa, que apresentará cases de utilização de pagamentos online pelo mundo.

Mais uma vez as fintechs marcarão presença no evento: o lounge exclusivo para empresas que trabalham com tecnologia terá 500 m2, onde 40 startups selecionadas apresentarão suas soluções inovadoras para executivos de instituições financeiras.

No ano passado, o congresso bateu recorde de público, com 23.150 visitantes. Do fórum de TI participaram 140 expositores, 30 fintechs e 321 painelistas.

A programação completa do Congresso CIAB FEBRABAN está sendo atualizada diariamente no site do evento: www.ciab.com.br.

Congresso CIAB FEBRABAN

Data: 11 a 13 de junho de 2019

Local: CIAB FEBRABAN – Transamérica Expo Center (Avenida Doutor Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro)

Agibank é o grande campeão do Prêmio Empresa +Digital 2018

O Agibank, banco 100% digital, foi o grande vencedor do prêmio Empresa + Digital, na categoria Grande Empresa. O evento de premiação ocorreu nesta quarta-feira (05), em São Paulo, durante o Expo Fórum Digitalks. Elaborada pelo +Digital Institute, a pesquisa busca reconhecer as empresas mais bem posicionadas para enfrentar os desafios e colher as oportunidades do mundo digital.

“É uma satisfação ver que nossa estratégia de inovação ágil e disruptiva, e de resolução de desafios que parecem impossíveis, está mostrando resultados cada vez mais expressivos e reconhecidos. Isso é bom não só para o Agibank, mas também para a construção e expansão de um ecossistema de inovação sustentável”, comemora o CCO do Agibank, Glauber Corrêa.

Francisco Gioielli, CEO & Co-Founder do +Digital Institute, destaca a importância de identificar as companhias que atuam na vanguarda digital em seus respectivos setores. “A transformação digital é um caminho sem volta, e as companhias enfrentam o desafio de reavaliar suas práticas para absorver mercados e consumidores cada vez mais conectados. O Agibank mostra estar em um patamar adiantado nesse aspecto, mesmo atuando em um mercado tão acirrado e vinculado à tecnologia”, avalia Gioielli.

Com base em entrevistas e em respostas de colaboradores, a pesquisa calcula automaticamente notas em quatro dimensões: mobilidade, social, gestão de informação e fator exponencial. Para cada dimensão, são calculados dois componentes: intensidade e governança no uso de tecnologia. A média entre dimensões corresponde ao Índice de Maturidade Digital (DMI) da empresa. A empresa com a maior nota é a vencedora, e em casos de empate técnico, a nota de governança é prioritária.

100% Digital e crédito imediato

O Agibank é um banco 100% digital fundado e liderado por Marciano Testa. Seu propósito é fazer o dia a dia das pessoas melhor, proporcionando a inclusão financeira para milhões de pessoas que não se sentem representadas pelo modelo bancário atual. Primeira e única instituição financeira do mundo a transformar o número do celular no número da conta corrente do cliente, permite que qualquer pessoa com um smartphone se torne correntista Agibank – uma inovação que facilita a usabilidade e conectividade com milhões de pessoas para pagamentos P2P. A possibilidade de enviar dinheiro com a facilidade de se enviar uma mensagem fez com que fosse considerado o “WhatsApp dos bancos” (http://www.istoedinheiro.com.br/o-whatsapp-dos-bancos/).

Único banco em que o cliente recebe uma oferta de crédito online já na abertura da conta, o Agibank mostra sede por desafiar o estabelecido e construir o que é visto como impossível. Com seu mindset jovem e cultura de startup, desenvolveu o próprio método de transformação digital, o ASA – Agile Scale Agibank – e utiliza o mais moderno conceito de arquitetura de tecnologia omnichannel and open API, que possibilita escalabilidade com baixos custos de infraestrutura. Além disso, a plataforma permite que o cliente acesse os serviços de maneira completa por diversos pontos de contato – aplicativo, terminais de autoatendimento, internet banking e pontos de experiência.

O aplicativo de conta corrente está disponível gratuitamente no sistema Google Android e Apple iOS. Não há a cobrança da taxa de manutenção de conta, tão comum nos bancos tradicionais. Além da sua plataforma digital, o Agibank tem presença em todo o país. Sua estratégia de atuação é omnichannel, com mais de 550 pontos físicos de atendimento em 440 municípios, em todos estados da Federação. Reportando um lucro líquido de R$ 110 milhões no primeiro semestre de 2018, o banco oferece operações de crédito, serviços de conta corrente, cartões, investimentos, consórcios, seguros e meios de pagamento para mais de 1 milhão de clientes.

3 pilares para a transformação bancária: economia, experiência do cliente e conveniência

O mercado de serviços financeiros passa por grandes mudanças por conta do avanço da transformação digital. De acordo com a pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2018, os investimentos em tecnologia tiveram um crescimento de R$19,5 bilhões em 2017 – comparados com R$18,6 bilhões em 2016. Em um momento em que o Brasil está recuperando sua economia, esse valor é representativo e mostra que a atenção do setor está direcionada às mudanças.

Atualmente, poucas são as inovações que surgem sem a participação ativa do consumidor, já que elas são criadas a partir de uma necessidade ou de uma demanda do cliente. Processos internos, metodologias, princípios e estruturas organizacionais têm sido alteradas para comportar as novas incumbências das instituições e atender a expectativa dos correntistas.

Como parte do planejamento para alcançar o patamar de banco digital, as instituições devem se embasar em três pilares: economia, experiência do cliente e conveniência. Elias Rogério da Silva, presidente da Diebold Nixdorf no Brasil – empresa líder global em soluções de automação bancária e comercial – fala um pouco mais sobre eles:

01.Economia tangível

Se por um lado os bancos impulsionam o investimento em tecnologia no país, por outro é constante a busca por soluções que simplifiquem a operação e tragam economia e retorno efetivo. Neste contexto, algumas instituições já investem em caixas eletrônicos recicladores. Essa é uma saída para minimizar o custo na gestão de numerários e dar mais agilidade no atendimento ao usuário, já que o mesmo dinheiro utilizado para depósito pode ser aproveitado para saques de outros clientes. Como resultado, são registradas menos visitas de carros fortes às agências, gerando economia.

02.O cliente no centro da experiência de atendimento

O centro das atenções está em apenas um lugar: o cliente. Como o único tomador de decisão, ele é o responsável por guiar as modificações nos negócios que vemos hoje. Como consequência, a experiência personalizada é a oferta das empresas que querem conquistar e fidelizar seus consumidores. Por isso, além de ter um atendimento multicanal, é preciso criar uma jornada integrada e distinta para cada público. Atualmente, já vemos redes sociais e aplicativos de mensagens sendo utilizados para traçar essa nova rota de conexão. É possível iniciar as transações em um equipamento e concluí-la em outro, de modo que nossa experiência com o banco vá além de um único canal. Isso é resultado de um mindset inovador que, juntamente com a tecnologia, permite a transformação dos negócios, processos e relações entre pessoas e serviços; gerando uma experiência de valor agregado ao cliente.

03. Mais conveniência para o usuário

Criar uma verdadeira plataforma digital e omnichannel é também fundamental para estar na linha de frente da inovação. Sabemos que as instituições financeiras estão, cada vez mais, focando seus investimentos em tecnologia e mudanças de comportamento, principalmente para garantir a disponibilidade e a agilidade nos negócios de forma mais intimista. Como o relacionamento banco x cliente mudou, é possível oferecer soluções ao consumidor, dando a ele o poder de decisão. Com isso em mente, já existem equipamentos no mercado, como um smartPOS, por exemplo; com aplicativos para diversas finalidades que são personalizados de acordo com as necessidades de cada linha de negócio, como agilidade em filas, abertura de contas ou outras funções que melhoram tanto a gestão da instituição, quanto o atendimento.

A pesquisa FEBRABAN mostra que em 2017 cerca de 1,6 milhão de contas foram abertas por meio do mobile banking – número 3 vezes maior do que em 2016. Sendo assim, a conveniência permite que novos padrões sejam traçados para que os correntistas sejam fidelizados à instituição que está disponibilizando serviços diferenciados e personalizados.

Já trilhamos um longo caminho para a transformação digital dos bancos e o Brasil é uma referência para o mercado mundial. Entretanto, ainda temos grandes desafios a serem superados. Sabemos que mais que mudar a infraestrutura de tecnologia da informação e processos, as empresas do setor devem passar por uma transição cultural. Passamos da barreira dos mundos físico e digital. O ponto focal agora é investir nos três pilares e continuar promovendo a mudança de mindset, pois a digitalização dos negócios não é feita apenas uma vez. Ela é constante, mutável e inovadora para aqueles que querem protagonizar esta tendência.

O Open Banking e a disrupção no setor financeiro

Por Koen Pelgrims, Diretor de Open Banking e Customer Experience Solutions da Atos

Já ouviu falar no Malcon McLean? Este empresário americano foi um grande instrumento para o crescimento da economia e pela globalização do comércio ao apresentar para o mundo, em 1956, um navio que comportava os contêiners de carga dos caminhões por inteiro, e não só as mercadorias de dentro dele. Antes dessa invenção, todo o trabalho de transferir mercadorias do veículo ao navio era feito manualmente.

McLean criou uma nova plataforma de colaboração global que permitia que companhias de navegação, caminhões e qualquer outra pessoa na indústria de transporte entregasse qualquer coisa, em qualquer quantidade e a qualquer distância, desde que coubesse dentro de um contêiner – e poderiam fazê-lo a um custo muito reduzido, pois a carga e descarga do navio poderiam ser feitas de maneira muito mais rápida e 40 vezes mais barata. Ao tirar essa enorme fricção do sistema, a eficiência disparou e essa inovação foi imediatamente adotada por todos.

Esta história é uma prévia do que pode estar prestes a acontecer aos bancos na União Europeia após a introdução do PSD2 (diretiva revisada dos serviços de pagamento, em português). De acordo com a regulamentação, as instituições financeiras da UE são agora obrigadas a fornecer acesso às contas correntes do cliente a terceiros, se o cliente assim exigir. Isso permite que um cliente possa, por exemplo, gerenciar sua conta bancária e despesas com a ajuda de um aplicativo de uma Fintech para gestão financeira e, ao mesmo tempo, compartilhar os dados da conta com outro banco que ele usa para gerenciar seus investimentos.

Tal como aconteceu com McLean, muito atrito está prestes a ser retirado do sistema para as empresas que oferecem serviços baseados em informações bancárias. Dados e transações serão repassados entre as instituições através de ecossistemas de bancos e terceiros. Isso tem o potencial de redefinir o setor bancário e o papel dos no atual modelo, já que o objetivo é promover a concorrência e a inovação nos serviços financeiros em benefício do cliente.

Um exemplo é o GDPR (Regulamente Geral de Proteção de Dados), que apesar de regulamentado na Europa impactou empresas de todo o mundo por se aplicar a todas as companhias que tratam de dados de cidadãos europeus.

A mudança cultural promovida pelo Open Banking, isto é, a adoção dos consumidores a diversas instituições financeiras para diferentes finalidades, não acontecerá da noite para o dia. Mesmo que grandes mudanças – como a disrupção causada pelos contêineres da McLean – também afetem o setor de serviços financeiros, as discussões sobre o assunto estão acaloradas e os participantes da UE estão lutando para lidar com a nova realidade.

Cresce o uso de ferramentas que permitem transações bancárias em redes sociais

Antenada ao comportamento da geração Millennial, que passa cerca de 2,5 horas por dia em aplicativos de mensagens e redes sociais, bancos e empresas de soluções financeiras estão ampliando a oferta de ferramentas para realização de serviços bancários de qualquer plataforma social ou de mensagens, sem ter que abrir o aplicativo do banco.

Agora, o usuário pode fazer transferência de dinheiro pelo celular sem precisar sair do aplicativo que estiver utilizando, como WhatsApp e Facebook, por exemplo. O formato é de um teclado seguro integrado com o aplicativo móvel ou a carteira eletrônica de um banco. Além das transferências, com o recurso é possível acessar uma variedade de serviços financeiros, como consulta de saldos, pagamentos, depósitos, programação de saques e localização de caixas eletrônicos.

Uma das pioneiras deste setor é a multinacional brasileira Valid. Em 2017, em parceria com a start-up israelense Paykey, a companhia desenhou para o Banco Davivienda, banco privado da Colômbia com mais de mais de 6,6 milhões de clientes, uma solução que permite ao usuário gerenciar seu dinheiro facilmente pelo smartphone sem ter uma conta bancária ou cartão de débito. O app oferece ainda a possibilidade de realizar transações bancárias via Facebook Messenger – os valores das operações são creditados diretamente nas contas dos beneficiados – e a transferência para colombianos que estejam no exterior.

De acordo com Pierre Lassus, VP de Software & Serviços da Valid, a solução Valid Social Banking foi pensada exatamente para trazer mais uma inovação para os bancos, migrando as transações bancárias para as redes sociais. “Nosso objetivo é oferecer aos bancos uma solução rápida, fácil e segura para essa exigente da geração Millennial”, explica Pierre.

O potencial para utilização da nova função é significativo. O número de transações bancárias realizadas por aparelhos móveis no Brasil ultrapassou a quantidade de operações feitas em computador. O dado, revelado em pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, aponta ainda que o país superou a marca de um smartphone por habitante e hoje conta com 220 milhões de celulares inteligentes ativos. “O mercado financeiro representa um dos principais mercados consumidores de tecnologia da informação, movido por agilidade, segurança e transparência”, pontua o executivo.

NelsonHall nomeia Capgemini líder em Serviços Digitais para Bancos

A Capgemini foi nomeada líder em Serviços Digitais para Bancos, dentro do segmento financeiro, pela consultoria NelsonHall. O reconhecimento foi anunciado com a publicação do estudo NelsonHall’s Evaluation & Assessment Tool (NEAT) Report (em livre tradução: “Relatório da Ferramenta de Análise e Avaliação da NelsonHall”), no qual a Capgemini se destacou pela ampla capacidade de atender aos futuros requisitos dos clientes, além de entregar benefícios imediatos às organizações de serviços bancários digitais.

“Este reconhecimento é a realização de nossa visão sobre como entregar de uma melhor forma resultados significativos para os clientes, permitindo-lhes atingir suas aspirações digitais”, afirmou Anirban Bose, membro do Conselho Executivo do Grupo e Head da Unidade de Negócios Estratégicos Globais de Serviços Financeiros da Capgemini. “Não basta fornecer uma performance superior em tecnologia da informação, a chave é fazer com que o sistema e a estratégia de TI ofereçam benefícios capazes de atender às necessidades dos nossos clientes, agora e no futuro, à medida que as organizações se transformam digitalmente”.

A experiência da Capgemini em implementação e execução de tecnologias digitais em diversas localidades em todo o mundo, juntamente com as parcerias firmadas com os principais fornecedores de produtos digitais para bancos, levaram a companhia a ocupar uma posição de destaque no quadrante dos líderes. Além disso, sua extensa base de clientes na Ásia, onde muitas tecnologias digitais inovadoras vêm sendo adotadas, cria uma base fértil para o desenvolvimento da expertise em tecnologias emergentes.

“O posicionamento da Capgemini como líder em Serviços Digitais para Bancos é impulsionado por sua experiência em implementação e operação de tecnologias digitais, de forma bem-sucedida, em múltiplos mercados”, apontou Andy Efstathiou, diretor de operações bancárias e pesquisa de transformação da NelsonHall. “A Capgemini se concentra em customizações individualizadas para cada cliente, realizadas por uma pequena equipe, que se utiliza de um vasto conjunto de habilidades e conhecimentos”.

A ferramenta NEAT, da NelsonHall, é baseada em uma metodologia que ajuda gestores a avaliarem fornecedores de serviços como parte da iniciativa NelsonHall’s Speed to Source. A ferramenta NEAT avalia os provedores de serviços em relação à sua capacidade de oferecer benefícios imediatos às organizações compradoras, assim como sua competência em atender aos requisitos futuros do cliente. Trazendo uma avaliação pragmática da capacidade dos provedores de serviços em guiar empresas por uma jornada de inovação ao longo de toda a vigência de seus contratos.

Fintechs poderão oferecer saques e depósitos com parceria entre ABFintechs e Saque e Pague

A Saque e Pague – empresa de tecnologia que transformou o fluxo de dinheiro no Brasil – acaba de firmar parceria comercial com a ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs). A união possibilitará que os mais de 360 associados da ABFintechs se conectem ao ecossistema da Saque e Pague que promove uma experiência “phygital” – união do físico com o digital – proporcionando a materialização do dinheiro dos clientes das fintechs por meio de sua rede de autoatendimento, que tem tecnologia exclusiva de depósito de dinheiro sem necessidade de uso de envelopes. As empresas da associação que se integrarem à rede poderão ofertar a seus clientes serviços diferenciados, como saques e depósitos. A parceria será detalhada no Fintouch 2018, evento que acontece em 8 de agosto no Transamérica Expo, em São Paulo.

“Essa parceria leva mais uma conveniência aos clientes das fintechs, especialmente aos desbancarizados, gerando um impacto social positivo, que é um dos pilares da nossa atuação”, afirma o Presidente da ABFintechs, Rodrigo Soeiro. A Associação ressalta que o mercado é crescente, mas encontra limitações para disponibilizar o dinheiro físico. “Parcerias como essa levam a atuação das fintechs no Brasil a um novo patamar”, afirma Stephanie Fleury, Diretora Executiva da ABFintechs e CEO e fundadora do DinDin, que faz parte do projeto piloto a ser implementado.

O principal propósito da parceria é levar cada vez mais acesso à população. “Desta forma, seguimos firmes em nossa essência de mantermos uma rede aberta a todas empresas que desejam entregar mais simplicidade e acesso a seus clientes”, comenta Givanildo Luz, Diretor-Presidente da Saque e Pague. “Possibilitamos a conexão entre o mundo digital e o físico com segurança e tecnologia de ponta. Estamos preparados para atender esse mercado que só cresce. Nossa meta é incluir digitalmente e financeiramente milhares de cidadãos”, complementa.

A Associação Brasileira de Fintechs realiza no próximo dia 8 de agosto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, a segunda edição do Fintouch. Na ocasião, o Diretor de Inovação e Expansão da Saque e Pague, Nori Lermen, fará uma palestra e divulgará dados sobre o impacto da transformação digital na vida financeira das pessoas, além de falar sobre a parceria e de como funcionará a integração com a rede para as fintechs interessadas em disponibilizar o serviço para seus clientes.

Fintouch 2018

Data: 8 de agosto de 2018, quarta-feira

Horário: Das 8h às 20h

Local: Transamerica Expo Center

Endereço: Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro, São Paulo – SP.

www.fintouch.com.br