A FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos e mais 28 bancos associados realizam entre os dias 25 e 31 de outubro a 2ª edição da Semana da Segurança Digital com o objetivo de promover a conscientização da sociedade para o uso da internet e os serviços digitais de forma segura.
Durante este período, os participantes divulgarão dicas de como se prevenir dos principais golpes e fraudes digitais. Cada participante desenvolverá livremente suas ações de conscientização para seus clientes, usando as hashtags #SegurançaDigital, #SemanadaSegurançaDigital e #CompartilheSegurançaDigital.
Participam da Semana da Segurança Digital os bancos: Agibank, Banco ABC, Banco de Brasília (BRB), Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco Fibra, Banese, Banestes, Banpará, Banrisul, BMG, Bradesco, BS2, BTG Pactual, BV, C6 Bank, Daycoval, Inter, Itaú, Mercantil, Original, Pan, Pine, Rendimento, Safra, Santander, Sicoob e Sicredi.
Na FEBRABAN, as informações estarão disponíveis no site http://antifraudes.febraban.org.br/ e nas redes sociais da Federação – Youtube, Facebook, Twitter, Linkedln e Instagram. No site antifraudes, também será publicada a Cartilha de Engenharia Social (técnica que manipula o usuário para que ele forneça informações confidenciais) com dicas de como se proteger dos principais golpes.
No próximo dia 30, a entidade também promoverá a live “Aumento dos crimes cibernéticos e a Educação Digital” pela plataforma noomis (http://noomis.febraban.org.br), às 14h30. Participarão Adriano Volpini, diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da FEBRABAN; Erik Siqueira, agente da Polícia Federal; e Aldo Albuquerque, sócio-diretor da Tempest Security Intelligence.
“Mais uma vez, o setor bancário brasileiro se alinha a ações similares desenvolvidas durante todo o mês de outubro tanto nos Estados Unidos, desde 2003, como na Europa, desde 2012, e que envolvem vários setores da economia”, afirma Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN. “Com a nossa ação de conscientização, queremos ajudar o consumidor a usar cada vez mais suas informações de modo seguro no ambiente digital”, acrescenta.
Neste ano, os participantes irão divulgar dicas de como se prevenir dos principais golpes e fraudes digitais nos seguintes temas:
• Home Office
• E-mails Falsos e Páginas Falsas (Phishing)
• Rede Sociais e Privacidade de Dados
• Senhas e Autenticação Segura
• Pix- Sistema de Pagamento Instantâneo
Adriano Volpini, da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da FEBRABAN, afirma que um dos grandes objetivos da Semana da Segurança Digital também é ajudar a criar uma forte cultura de proteção de dados no Brasil.
“A população tem um comportamento de segurança no mundo digital diferente do mundo físico, em que as pessoas já se acostumaram a tomar cuidados com carteiras, pertences e celulares, quando estão em locais públicos e de grande movimentação. É preciso ter a mesma conduta para o mundo digital”, afirma.
Além de ações de conscientização como a Semana da Segurança Digital, os bancos brasileiros atuam em várias frentes com o objetivo de contribuir para o combate aos golpes e fraudes. As instituições investem cerca de R﹩ 2 bilhões em sistemas de tecnologia da informação voltados para segurança, valor que corresponde a cerca de 10% dos gastos totais do setor com tecnologia.
Entre as tecnologias de ponta usadas pelos bancos voltadas à segurança das transações bancárias e a prevenção a fraudes, Volpini destaca as aplicações de biometria, aliadas à análise de dados, e o uso da inteligência artificial, que contribuem para processos seguros de validação de usuários, controle de ações e monitoramento de compras.
Entretanto, adverte que atualmente 70% das fraudes estão vinculadas à engenharia social. “A educação digital é fundamental para combater este tipo de crime e deve estar presente cotidianamente em nossa vida financeira”, afirma Volpini.
Não há dúvidas que a pandemia do Coronavírus afetou e continuará impactando a maneira como vivemos e trabalhamos. As empresas foram obrigadas a se adaptar e, com isso, uma quantidade significativa de operações adotaram o home office sem estarem 100% preparadas para esse cenário. No entanto, aquelas que já tinham implementado uma governança do Programa de Segurança da Informação certamente absorveram melhor os impactos causados durante as adaptações forçadas pelo cenário da pandemia.
Nos primeiros meses, muitas orientações foram disponibilizadas a fim de ajudar as empresas que não estavam preparadas a tomarem ações mínimas de segurança nesse cenário de trabalho à distância. Porém, a implementação isolada desses controles disponibilizados não significa que as operações estejam seguras. Afinal, maturidade em Segurança da Informação não se cria do dia para a noite.
Os controles ajudam na mitigação de possíveis riscos, mas essas e outras medidas foram tomadas para “apagar o fogo”, ou seja, resolver alguns problemas específicos que, antes da pandemia, nunca haviam sido priorizados ou até identificados pelas empresas. Isso porque, os desafios da cibersegurança não são novos, eles apenas recebem suas roupagens de acordo com a ocasião. Neste caso, o Coronavírus trouxe um cenário de urgência para as empresas que ainda não enxergavam a Segurança da Informação como uma área crítica. Porém, as ameaças de segurança já existiam há anos.
Então, como as organizações poderiam estar melhor preparadas para esse cenário sem precedentes? Antes de tudo, é necessário avaliar seus processos e ativos a fim de identificar os investimentos e os controles que precisam ser priorizados para que a área de Segurança passe do comportamento reativo ao proativo. Para atingir esse objetivo, há a importância de estruturar o Programa de Segurança, que pode ser dividido em quatro grandes etapas, são elas: planejamento e organização; implementação; operação e manutenção; e monitoramento e avaliação.
Na etapa de planejamento e organização é importante o comprometimento dos líderes da empresa com o tema. Neste sentido, é possível dizer que o cenário pandêmico foi um impulsionador, mas além do Coronavírus, quais os outros grandes motivadores, internos e externos, da Segurança da Informação? Um exemplo que também está em pauta é a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados. Além disso, nesta etapa, é importante a definição do perfil de ameaça, bem como a realização de uma avaliação de riscos de segurança a fim de identificar seus gargalos e suas ameaças.
Para a etapa de implementação, algumas atividades essenciais são o desenvolvimento de políticas, normas e procedimentos que suportem o tema de segurança na empresa e, com base na avaliação de riscos, o desenvolvimento e a implementação de blueprints necessários para atender suas necessidades.
Na próxima etapa, de operação e de manutenção, é importante que auditorias internas e externas sejam realizadas visando garantir que os requisitos, as linhas de base e os controles de segurança estejam, de fato, implementadas de maneira efetiva. Por fim, o monitoramento e a avaliação envolve o acompanhamento e a revisão de métricas e de indicadores, além de propostas de melhorias para o próximo ciclo do programa.
Ou seja, não existe uma “receita de bolo” que garanta segurança. Cada empresa deve cumprir suas etapas para entender como a área de Segurança da Informação pode se tornar uma parceira estratégica do negócio. Lembrando que, nenhuma organização estava totalmente preparada para a pandemia do Coronavírus, mas aquelas que já possuíam um programa implementado conseguiram se beneficiar da resiliência e da adaptabilidade que ele proporciona.
Carlos Araujo Jr. é gerente de Cyber Security na ICTS Protiviti
A Safeway, consultoria especializada em Segurança da Informação, Riscos e Cibersegurança, anuncia parceria comercial com a ServiceNow, empresa global líder em fluxos de trabalho digitais. Pelo acordo, a consultoria passa a comercializar e implantar as soluções de Segurança de Operações e de GRC (Governança, Risco e Compliance) da desenvolvedora.
O responsável pela área de GRC e sócio da Safeway, Eduardo Camolez, lembra que a proposta da companhia é oferecer as melhores tecnologias para seus clientes. “Nós estabelecemos os processos, oferecemos os treinamentos e buscamos essas tecnologias em parcerias como a que estamos anunciando agora”, afirma, lembrando que as soluções da ServiceNow são líderes no mercado.
Para Camolez, o potencial da solução ServiceNow unido à experiência de implementação da Safeway constrói um diferencial pouco visto no mercado brasileiro. “É uma oferta com tremendo valor agregado. Nós entendemos a realidade do cliente e podemos desenhar o melhor processo possível, customizando a solução de forma que ela traga os melhores resultados”, diz, ressaltando que a solução oferece as excelentes funcionalidades e a consultoria conta com as melhores práticas para customiza-las de acordo com as necessidades de cada cliente.
O diretor de Alianças da ServiceNow, Marcus Santos, destaca que a parceria vai ao encontro da estratégica de ampliação do ecossistema da companhia. “A Safeway possui o know-how que buscávamos e, ao selecioná-los, poderemos expandir ao mercado nossas ofertas de GRC e CyberSecurity”, lembra. De acordo com o executivo, as oportunidades existentes aqui são bastante promissoras.
Santos ainda ressalta que a parceria deve alavancar estas vendas, uma vez que a Safeway domina a linguagem de segurança. “É uma linguagem e abordagem diferente daquela tradicional dos profissionais de TI. Por isso contamos com a expertise e a visão consultiva da Safeway. É um parceiro que, além de vender licenças, vai vender conhecimento. Poderá atender clientes em projetos de ponta a ponta, do assessment à sustentação”, prevê o executivo.
Soluções de segurança
A parceria entre a Safeway e a ServiceNow envolve a comercialização e implementação das seguintes soluções:
• Security Operations – a solução é comercializada em três pacotes, sendo que o mais completo conta com funcionalidades de resposta a vulnerabilidades; resposta a incidentes de segurança; círculos de segurança confiáveis; inteligência de ameaças; gerenciamento de eventos; análise de desempenho para operações de segurança; tempo de execução da orquestração; pacotes de orquestração; e conformidade de configuração.
• Governança, risco e compliance (GRC) – também conta com três pacotes. O mais completo conta com funcionalidades como gerenciamento de políticas e compliance; gerenciamento de riscos; análise de desempenho; gerenciamento de auditoria; aceleradores de casos de uso; agente virtual (chatbot); inteligência preditiva; e gerenciamento de riscos operacionais;
Camolez lembra que a Safeway atua com força em setores regulados, como finanças, telecomunicações e governo e que a aprovação da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) vai estimular novos negócios. “Estamos fazendo muitos projetos de assessment para mostrar aos clientes onde eles devem atuar por causa da LGPD e as soluções da ServiceNow vão atender a todos esses clientes”, prevê.
Um golpe envolvendo o Pix, novo modelo para pagamentos eletrônicos do Banco Central, tomou as redes nesta semana em que foi liberado o cadastro para a chave do novo serviço. Criminosos se aproveitaram da adesão por bancos em todo o Brasil, para aplicar golpes de phishing e roubar dados pessoais de vítimas.
Engenheiros da ISH Tecnologia, que está há 24 anos no mercado de segurança de dados brasileiro, detectaram domínios falsos com o termo “pix”, o que mostra a intenção de cibercriminosos de usar a novidade como isca para aplicar golpes. Site assim, criados para ataques cibernéticos, muitas vezes são compartilhados pelas pessoas como se fossem confiáveis, o que é o mais preocupante, comenta o diretor de Inovação da ISH Tecnologia e especialista em segurança de dados, Allan Costa.
“Na maioria das vezes, os golpes acontecem no compartilhamento de algum link, com nosso próprio consentimento, por e-mail ou por WhatsApp”, diz Allan. O WhatsApp está presente em 99% dos smartphones do país. “O brasileiro confia no WhatsApp. O que chega por mensagem, as pessoas tendem a acreditar que é legítimo”, explica o diretor de inovação da ISH.
Aumento ataques
Durante a pandemia, os golpes cibernéticos cresceram significativamente. Com o Pix, haverá mais uma onda de ataques. “A gente tem observado, nos nossos centros de operação de segurança, um aumento de 300% nos incidentes de segurança nos meses de pandemia. Sempre usando palavras de assuntos do momento. Antes, COVID e coronavírus, e agora o pix”.
Ao longo dos últimos anos presenciamos a crescente mescla do uso de dispositivos tecnológicos pessoais com os profissionais. Isso porque, acessamos o e-mail da empresa no celular pessoal, respondemos mensagens no WhatsApp na sua versão web diretamente do computador corporativo, realizamos videoconferências em notebooks que são nossos e por aí vai.
Quando se fala em segurança da informação, o bem mais precioso é a informação em si e, por isso, sua localização serve, em muitos casos, para definir o senso de propriedade e responsabilidade sobre o meio que a contém. Ou seja, se uma informação – de propriedade da empresa – está contida num dispositivo móvel pertencente a um colaborador, pode-se inferir que há um senso de propriedade e responsabilidade parcial da empresa com esse equipamento em questão, pelo menos no que tange ao controle de configurações e a possibilidade de monitoramento.
Obviamente deve existir um limite razoável no controle da corporação sobre esse dispositivo para que não haja abusos e invasões na privacidade do colaborador. Isso significa que a empresa precisa definir seu monitoramento exclusivamente para fins de proteção da sua informação e nada mais.
Com o advento da pandemia do Coronavírus, o home office se tornou padrão na maioria das empresas e o uso – por parte dos colaboradores – de dispositivos pessoais para execução de suas funções cresceu exponencialmente, tornando essa problemática ainda mais latente. Portanto, é cada vez mais relevante que as regras dessa modalidade estejam escritas de forma clara e objetiva para que ambas as partes – empresa e colaborador – estejam em harmonia, evitando situações constrangedoras que, em alguns casos, podem até resultar em consequências legais.
O principal meio de definição dessas regras é através de normativos, tais como políticas, normas e procedimentos, juntamente com inciativas de treinamento e conscientização por meio de cursos online, webinars e e-mails internos, entre outros.
Mas um aspecto que deve ser levado em consideração é a razoabilidade das regras que serão definidas. Em outras palavras, o fato das empresas definirem e escreverem as normas não as dá total liberdade para avançar sobre a privacidade do equipamento do colaborador. Tenha em mente: se o colaborador achar que as regras são abusivas, ele simplesmente vai optar por não utilizar seus dispositivos pessoais.
Em relação ao conteúdo específico das normas, sugere-se que alguns aspectos estejam definidos e citados, como a responsabilidade por manter o dispositivo atualizado e seguro; as consequências do descumprimento das orientações de segurança; a possibilidade de investigações no conteúdo do equipamento em casos suspeitos; o suporte oferecido ao usuário em caso de problemas técnicos; e as ações que podem ser tomadas em casos de perda ou roubo.
É importante lembrar que a liberdade de uso de dispositivos pessoais tem seus prós e contras. Isso porque, por um lado, a empresa economiza na compra de equipamentos tecnológicos para cada colaborador e dá mais flexibilidade de trabalho. Por outro, cria-se uma maior complexidade de manutenção da segurança de informações e ocasiona um consequente aumento da superfície de ataque. Tendo isso em mente, a empresa deve avaliar se os benefícios compensam ou não, podendo optar até por uma abordagem mista, na qual apenas determinados sistemas e informações podem ser acessados via dispositivos pessoais.
Igor Buess, consultor de Segurança da Informação na ICTS Protiviti
Com a pandemia do novo coronavírus, criminosos estão aproveitando o maior tempo online das pessoas e o aumento das transações digitais devido ao isolamento social para aplicar golpes financeiros. Mensagens de ofertas tentadoras e atrativas que, na verdade, direcionam para sites falsos, ou ainda o uso de avisos para que a pessoa recadastre urgentemente seus dados junto a uma instituição, escondem crimes que levam muita dor de cabeça e causam grande prejuízo financeiro para o consumidor.
Levantamentos feitos pela FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos) mostram o crescimento de tentativas de várias modalidades de fraudes financeiras contra os brasileiros durante a crise da Covid-19. No período de quarentena, as instituições registraram aumento de 80% nas tentativas de ataques de phishing – que se inicia por meio de recebimento de e-mails que carregam vírus ou links e que direcionam o usuário a sites falsos, que, normalmente, possuem remetentes desconhecidos ou falsos.
O golpe do falso motoboy teve aumento de 65% durante o período de isolamento social. Já os golpes do falso funcionário e falsas centrais telefônica cresceram 70%. Recentemente, a FEBRABAN também revelou que no período da quarentena houve alta de 60% em tentativas de golpes financeiros contra idosos, o que resultou em uma campanha de alerta com o apoio da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, vinculada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e do Banco Central.
A FEBRABAN e seus bancos investem constantemente em campanhas e ações de conscientização em seus canais de comunicação com os clientes para orientar a população a se prevenir de fraudes. “Queremos contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de prevenção a fraudes e do uso seguro dos canais digitais no país”, afirma Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN.
Ele ressalta que os bancos investem cerca de R﹩ 2 bilhões por ano em sistemas de tecnologia da informação (TI) voltados para segurança – valor que corresponde a cerca de 10% dos gastos totais do setor com TI para garantir a tranquilidade de seus clientes em suas transações financeiras cotidianas.
Atualmente, 70% das fraudes estão vinculadas à engenharia social, que consiste na manipulação psicológica do usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões para os criminosos. “Seja pelo telefone, por e-mail, pelas mídias sociais, SMS, o fraudador solicita dados pessoais do cliente, como números de cartões e senhas, em troca de algo, ou ainda induz o usuário a ter medo de alguma situação”, alerta Adriano Volpini, diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da FEBRABAN. “Os dados pessoais do cliente jamais são solicitados ativamente pelas instituições financeiras. Na dúvida, sempre procure seu banco para obter esclarecimentos.”
Entretanto, adverte que a população tem um comportamento de segurança no mundo digital diferente do mundo físico, em que as pessoas já se acostumaram a tomar cuidados com carteiras, pertences e celulares, quando estão em locais públicos e de grande movimentação. Conscientemente, as pessoas sabem o que podem ou não podem fazer, discernimento não tão comum no mundo digital.
Outro ponto que merece atenção no combate aos golpes financeiros é a ausência de uma lei federal que tipifique os crimes cometidos pelos meios digitais, o que gera grande prejuízo para toda a população brasileira, empresas privadas e o setor público. Atualmente, três projetos tramitam no Congresso, entre eles, o 2.638, que dispõe sobre a tipificação criminal de furto mediante fraude eletrônica, do deputado Marcelo Ramos (PR/AM).
“A certeza da impunidade gera um incentivo e um impulso ainda maior para que o crime aconteça. Caso o PL seja aprovado, existirá muito mais subsídios e condições de gerar uma punição mais efetiva contra os criminosos”, afirma Volpini.
Conheça os principais golpes aplicados e como eles devem ser evitados
Golpe do Falso Funcionário do banco
O que é: O fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco ou empresa com a qual o cliente tem um relacionamento ativo. O criminoso informa que há irregularidades na conta ou que os dados cadastrados estão incorretos. A partir daí, solicita os dados pessoais e financeiros da vítima. Com os dados em mãos, o fraudador realiza transações fraudulentas em nome do cliente.
Como evitar: O cliente deve sempre verificar a origem das ligações e mensagens recebidas contendo solicitações de dados. É importante ressaltar que o banco nunca liga para o cliente pedindo senha nem o número do cartão e também nunca liga para pedir para realizar uma transferência ou qualquer tipo de pagamento. Ao receber uma ligação suspeita, o cliente deve desligar, pegar o número de telefone que está no cartão e ligar de outro telefone para tirar a limpo essa história.
Phishing (pescaria digital)
O que é: O phishing, ou pescaria digital, é uma fraude eletrônica cometida pelos engenheiros sociais que visa obter dados pessoais do usuário. A forma mais comum de um ataque de phishing são as mensagens e e-mails falsos que induzem o usuário a clicar em links suspeitos. Também existem páginas falsas na internet que induzem a pessoa a revelar dados pessoais. Os casos mais comuns de phishing são e-mails recebidos de supostos bancos com mensagens que afirmam que a conta do cliente está irregular, ou o cartão ultrapassou o limite, ou que necessita revalidar seus pontos nos programas de fidelidade, atualizar token ou, ainda, que existe um novo software de segurança do banco que precisa ser instalado imediatamente pelo usuário.
Como evitar: Sempre verifique se o endereço da página de internet é o correto. Para garantir, não clique em links: digite o endereço no navegador. Além disso, nunca acesse links ou anexos de e-mails suspeitos. Mantenha seu sistema operacional e antivírus sempre atualizados. Sempre prefira comprar em sites conhecidos, e nunca use computadores públicos para comprar algo no comércio virtual. Não repasse a outra pessoa nenhum código fornecido por SMS ou imagem de um QR Code enviado para autenticar alguma operação. Na dúvida, fale com seu banco.
Golpe do falso motoboy
O que é: O golpe começa com uma ligação ao cliente, de uma pessoa que se passa por funcionário do banco, e diz que o cartão foi clonado, informando que é preciso bloqueá-lo. Para isso, diz o golpista, bastaria cortá-lo ao meio e pedir um novo pelo atendimento eletrônico. O falso funcionário pede que a senha seja digitada no telefone, e fala que, por segurança, um motoboy irá buscar o cartão para uma perícia. O que o cliente não sabe é que, com o cartão cortado ao meio, o chip permanece intacto, e é possível realizar diversas transações.
Como evitar: Fique atento! Nenhum banco pede o cartão de volta ou envia qualquer pessoa ou portador para retirar o cartão na casa dos clientes. Então, desligue o telefone e ligue, de outro aparelho, para o banco, para verificar se realmente houve alguma irregularidade.
Golpe do falso leilão
O que é: O fraudador envia um link à vítima que simula um falso leilão. Para que possa ser dado um lance, a vítima tem que preencher formulários com seus dados pessoais e financeiros ou depositar um valor na conta do fraudador. Com dados como senha, número do cartão e CPF, o fraudador consegue fazer transações fraudulentas em nome do cliente.
Como evitar: O cliente nunca deve enviar dados, senhas e acessos a ninguém. É necessário sempre verificar a origem dos links recebidos antes de clicá-los. Além disso, deve-se verificar a veracidade do site de leilão e avaliações de outros usuários.
Golpe do WhatsApp
O que é: Os golpistas descobrem o número do celular e o nome da vítima de quem pretendem clonar a conta de WhatsApp. Com essas informações em mãos, os criminosos tentam cadastrar o WhatsApp da vítima nos aparelhos deles. Para concluir a operação, é preciso inserir o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo. Os fraudadores enviam uma mensagem pelo WhatsApp fingindo ser do Serviço de Atendimento ao Cliente do site de vendas ou da empresa em que a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos da pessoa, fazendo-se passar por ela, pedindo dinheiro emprestado.
Como evitar: Uma medida simples para evitar que o WhatsApp seja clonado é habilitar, no aplicativo, a opção “Verificação em duas etapas” Configurações/Ajustes > Conta > Verificação em duas etapas). Desta forma, é possível cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente pelo app. Essa senha não deve ser enviada para outras pessoas ou digitadas em links recebidos.
Golpe do extravio do cartão
Como é: No trâmite de entrega do cartão até a vítima, fraudadores furtam a correspondência contendo este cartão. Depois, ligam para a vítima se passando por um funcionário do respectivo banco informando que houve problemas na entrega do cartão. Para a resolução deste suposto problema, solicitam à vítima a senha deste cartão. Com os dados descobertos, fazem transações em nome da vítima.
Como evitar: O cliente nunca deve enviar dados, senhas e acessos a ninguém. Também nunca deve preencher formulários na internet com dados pessoais e financeiros sem verificar a origem. Caso o prazo de entrega do cartão se esgote, é preciso informar o gerente sobre o atraso.
Golpe do delivery
Como é: O cliente faz seu pedido via aplicativo. O entregador apresenta uma maquininha com o visor danificado ou de uma forma que impossibilite a visualização do preço cobrado na tela, sendo um valor acima do real cobrado. Só depois de algum tempo, a vítima percebe que efetuou um pagamento elevado.
Como evitar: O cliente deve sempre checar o preço cobrado no visor da maquininha e nunca deve aceitar maquininhas onde os valores que são cobrados não estejam visíveis. De preferência em fazer o pagamento via aplicativo e não no momento da entrega.
IBM Security anunciou os resultados de um estudo global que examina o impacto financeiro das violações de dados, revelando que uma violação custa, na média global, US$ 3,8 milhões para as companhias, e contas comprometidas de funcionários foram a causa mais cara. Ao analisar as violações de dados sofridas por mais de 500 organizações pelo mundo, 80% dos incidentes estudados resultaram na exposição das informações de identificação pessoal de clientes (PII). Entre todos os tipos de dados expostos nessas violações, as informações pessoais de cliente também foram as mais caras para as empresas.
O relatório aponta as perdas financeiras que as organizações podem sofrer caso dados sejam comprometidos, à medida que companhias acessam cada vez mais dados sensíveis por meio do trabalho remoto e operações de negócios na nuvem. Um outro estudo da IBM descobriu que mais da metade dos funcionários que começaram a trabalhar em casa devido à pandemia não recebeu novas orientações sobre como lidar com as informações pessoais de cliente.
Patrocinado por IBM Security e conduzido pelo Instituto Ponemon, o Relátorio de Custo da Violação de Dados 2020 (Cost of Data Breach 2020) é baseado em entrevistas realizadas com mais de 3.200 profissionais de segurança em organizações que sofreram alguma violação de dados durantes o último ano.[1] Algumas das principais descobertas do relatório incluem:
· Tecnologia inteligente reduz custo de violações pela metade: empresas que implementaram tecnologias de automação de segurança (que utilizam IA, análise de dados e orquestração automatizada para identificar e responder aos eventos de segurança) tiveram menos da metade dos custos de violação de dados quando comparadas às que não implementaram essas ferramentas – US$2,45 milhões vs US$6,03 milhões, em média.
· Pagamento pelas credenciais comprometidas: em incidentes nos quais atacantes acessam a rede das corporações usando credenciais comprometidas ou roubadas, as empresas viram o custo de violação de dados ser quase US$1 milhão mais alto em comparação à média global, chegando a US$4,77 milhões por violação. Ataques maliciosos, que exploram a vulnerabilidade de terceiros, foi a segunda origem com maior custo (US$4,5 milhões) para esse grupo.
· Custo de mega violações aumenta aos milhões: os custos das chamadas mega violações, nas quais mais de 50 milhões de registros são comprometidos, subiram de US$388 milhões para US$392 milhões. Violações nas quais 40 – 50 milhões de registros foram expostos custaram para as empresas US$364 milhões em média, um aumento de US$19 milhões comparado ao relatório de 2019.
· Ataques de estado-nação (nation-state) – a violação mais prejudicial: as violações de dados que possam ter sido originadas dos ataques de estado-nação foram as mais caras em comparação com outros atores de ameaças examinados no relatório. Conhecidos como “state-sponsored attacks”, esses ataques tiveram uma média de U$4,43 milhões em custo de violação de dados, superando os cibercriminosos financeiramente motivados e os hackativistas.
“Quando se trata da capacidade de mitigar o impacto de uma violação de dados, estamos começando a ver uma clara vantagem de empresas que investiram em tecnologias automatizadas”, disse Wendi Whitmore, vice-presidente de IBM X-Force Threat Intelligence. “Em um momento em que as empresas estão expandindo sua presença digital a um ritmo acelerado e a falta de skills no setor de segurança persiste, as equipes podem ficar sobrecarregadas ao proteger mais dispositivos, sistemas e dados. A automação da segurança cibernética pode ajudar a resolver essa carga, permitindo uma resposta mais rápida à violação e significativamente mais econômica.”
Credenciais de funcionários e nuvens configuradas incorretamente: ponto de entrada preferido dos atacantes
Credenciais roubadas ou comprometidas e nuvens com configurações incorretas foram as causas mais comuns de violações maliciosas para as companhias que participaram do estudo, representando aproximadamente 40% dos incidentes. Com mais de 8,5 bilhões de registros expostos em 2019 e atacantes usando emails e senhas previamente expostos em uma a cada cinco violações estudadas, as empresas estão repensando sua estratégia de segurança pela adoção da abordagem de confiança-zero (zero trust) – reexaminado como eles autenticam os usuários e como a extensão de acesso aos usuários são concedidos.
Similarmente, a luta das empresas com a complexidade da segurança – o principal fator de custo de violações – está contribuindo para que as configurações incorretas de nuvem se tornem um desafio de segurança crescente. O relatório de 2020 revelou que os atacantes usaram as configurações incorretas de nuvem para violar as redes em 20% do tempo, aumentando o custo de violações para US$4,41 milhão em média.
Tecnologias avançadas de segurança ajudam os negócios
O relatório destaca a crescente divisão no custo de violações entre empresas que implementaram tecnologias avançadas de segurança e aquelas que estão atrasadas, revelando uma diferença de economia de US$3,58 milhões para companhias com automação de segurança totalmente implementada versus aquelas que ainda não implementaram este tipo de solução.
As empresas participantes do estudo que contavam com automação de segurança totalmente implementada também relataram um tempo de resposta significativamente mais curto às violações, outro fator-chave mostrado para reduzir os custos de violação na análise. O relatório constatou que inteligência artificial, machine learning, análise de dados e outras formas de automação de segurança permitiram às empresas responder a violações até 27% mais rápido do que as empresas que ainda não implantaram a automação de segurança.
A preparação para resposta a incidentes também continua influenciando fortemente as consequências financeiras de uma violação. Empresas que não possuem uma equipe designada ou testes de planos de resposta a incidentes sofrem em média com um custo de US$5,29 milhões em violação, enquanto as empresas que possuem equipes dedicados, testes e simulações sofrem menos de US$2 milhões em custo de violações. Isso reafirma que a preparação e a prontidão geram um ROI significativo em segurança cibernética.
Alguns itens adicionais do relatório desse ano incluem:
· Riscos do trabalho remoto têm um preço – Com modelos de trabalho híbrido criando ambientes menos controlados, o relatório descobriu que 70% das empresas que adotaram o teletrabalho em meio à pandemia esperam que os custo de violações de dados se agravem.
· CISOs culpados pelas falhas por violações, apesar do poder limitado de tomada de decisão: 46% dos entrevistados disseram que o CISO/CSO é responsabilizado pelas violações, apesar de apenas 27% afirmarem a tomada de decisão sobre a política de segurança e tecnologia vem do CISO/CSO. O relatório concluiu que a nomeação de um CISO foi associada com uma de economia de US$145.000 versus a média de custo por violação.
Tendências regionais e por indústria
· O estudo analisou o custo de violações de dados em diferentes indústrias e regiões, descobrindo que as violações de dados nos Estados Unidos são muito mais caras, custando US$8,64 milhões em média.
· No Brasil, o custo médio da violação de dados é de R$5,88 milhões (cerca de US$1,12 milhão), um aumento de 10,5% em relação ao ano anterior comparando o valor em reais (R$ 5,32 milhões em 2019). O estudo também observou um aumento no número de dias para identificar a violação de dados, que subiu de 250 para 265, e para conter a violação, que cresceu de 111 para 115 dias, em comparação a 2019.
· Globalmente, a indústria de saúde continua apresentando os mais altos custos médios de violação, com US$ 7,13 milhões – um aumento de mais de 10% em comparação com o estudo de 2019.
Sobre o Estudo
O Relatório de Custo da Violação de Dados anual é baseado em análises profundas de violação de dados reais, que ocorreram entre agosto de 2019 e abril de 2020, levando em conta centenas de fatores incluindo atividades legais, regulatórias e técnicas para a perda do valor de marca, consumidores, e produtividade dos funcionários.
Para baixar uma cópia do Relatório de Custo da Violação de Dados 2020, visite: ibm.com/databreach
IBM Security anunciou os resultados de um estudo global que examina o impacto financeiro das violações de dados, revelando que uma violação custa, na média global, US$ 3,8 milhões para as companhias, e contas comprometidas de funcionários foram a causa mais cara. Ao analisar as violações de dados sofridas por mais de 500 organizações pelo mundo, 80% dos incidentes estudados resultaram na exposição das informações de identificação pessoal de clientes (PII). Entre todos os tipos de dados expostos nessas violações, as informações pessoais de cliente também foram as mais caras para as empresas.
O relatório aponta as perdas financeiras que as organizações podem sofrer caso dados sejam comprometidos, à medida que companhias acessam cada vez mais dados sensíveis por meio do trabalho remoto e operações de negócios na nuvem. Um outro estudo da IBM descobriu que mais da metade dos funcionários que começaram a trabalhar em casa devido à pandemia não recebeu novas orientações sobre como lidar com as informações pessoais de cliente.
Patrocinado por IBM Security e conduzido pelo Instituto Ponemon, o Relátorio de Custo da Violação de Dados 2020 (Cost of Data Breach 2020) é baseado em entrevistas realizadas com mais de 3.200 profissionais de segurança em organizações que sofreram alguma violação de dados durantes o último ano.[1] Algumas das principais descobertas do relatório incluem:
· Tecnologia inteligente reduz custo de violações pela metade: empresas que implementaram tecnologias de automação de segurança (que utilizam IA, análise de dados e orquestração automatizada para identificar e responder aos eventos de segurança) tiveram menos da metade dos custos de violação de dados quando comparadas às que não implementaram essas ferramentas – US$2,45 milhões vs US$6,03 milhões, em média.
· Pagamento pelas credenciais comprometidas: em incidentes nos quais atacantes acessam a rede das corporações usando credenciais comprometidas ou roubadas, as empresas viram o custo de violação de dados ser quase US$1 milhão mais alto em comparação à média global, chegando a US$4,77 milhões por violação. Ataques maliciosos, que exploram a vulnerabilidade de terceiros, foi a segunda origem com maior custo (US$4,5 milhões) para esse grupo.
· Custo de mega violações aumenta aos milhões: os custos das chamadas mega violações, nas quais mais de 50 milhões de registros são comprometidos, subiram de US$388 milhões para US$392 milhões. Violações nas quais 40 – 50 milhões de registros foram expostos custaram para as empresas US$364 milhões em média, um aumento de US$19 milhões comparado ao relatório de 2019.
· Ataques de estado-nação (nation-state) – a violação mais prejudicial: as violações de dados que possam ter sido originadas dos ataques de estado-nação foram as mais caras em comparação com outros atores de ameaças examinados no relatório. Conhecidos como “state-sponsored attacks”, esses ataques tiveram uma média de U$4,43 milhões em custo de violação de dados, superando os cibercriminosos financeiramente motivados e os hackativistas.
“Quando se trata da capacidade de mitigar o impacto de uma violação de dados, estamos começando a ver uma clara vantagem de empresas que investiram em tecnologias automatizadas”, disse Wendi Whitmore, vice-presidente de IBM X-Force Threat Intelligence. “Em um momento em que as empresas estão expandindo sua presença digital a um ritmo acelerado e a falta de skills no setor de segurança persiste, as equipes podem ficar sobrecarregadas ao proteger mais dispositivos, sistemas e dados. A automação da segurança cibernética pode ajudar a resolver essa carga, permitindo uma resposta mais rápida à violação e significativamente mais econômica.”
Credenciais de funcionários e nuvens configuradas incorretamente: ponto de entrada preferido dos atacantes
Credenciais roubadas ou comprometidas e nuvens com configurações incorretas foram as causas mais comuns de violações maliciosas para as companhias que participaram do estudo, representando aproximadamente 40% dos incidentes. Com mais de 8,5 bilhões de registros expostos em 2019 e atacantes usando emails e senhas previamente expostos em uma a cada cinco violações estudadas, as empresas estão repensando sua estratégia de segurança pela adoção da abordagem de confiança-zero (zero trust) – reexaminado como eles autenticam os usuários e como a extensão de acesso aos usuários são concedidos.
Similarmente, a luta das empresas com a complexidade da segurança – o principal fator de custo de violações – está contribuindo para que as configurações incorretas de nuvem se tornem um desafio de segurança crescente. O relatório de 2020 revelou que os atacantes usaram as configurações incorretas de nuvem para violar as redes em 20% do tempo, aumentando o custo de violações para US$4,41 milhão em média.
Tecnologias avançadas de segurança ajudam os negócios
O relatório destaca a crescente divisão no custo de violações entre empresas que implementaram tecnologias avançadas de segurança e aquelas que estão atrasadas, revelando uma diferença de economia de US$3,58 milhões para companhias com automação de segurança totalmente implementada versus aquelas que ainda não implementaram este tipo de solução.
As empresas participantes do estudo que contavam com automação de segurança totalmente implementada também relataram um tempo de resposta significativamente mais curto às violações, outro fator-chave mostrado para reduzir os custos de violação na análise. O relatório constatou que inteligência artificial, machine learning, análise de dados e outras formas de automação de segurança permitiram às empresas responder a violações até 27% mais rápido do que as empresas que ainda não implantaram a automação de segurança.
A preparação para resposta a incidentes também continua influenciando fortemente as consequências financeiras de uma violação. Empresas que não possuem uma equipe designada ou testes de planos de resposta a incidentes sofrem em média com um custo de US$5,29 milhões em violação, enquanto as empresas que possuem equipes dedicados, testes e simulações sofrem menos de US$2 milhões em custo de violações. Isso reafirma que a preparação e a prontidão geram um ROI significativo em segurança cibernética.
Alguns itens adicionais do relatório desse ano incluem:
· Riscos do trabalho remoto têm um preço – Com modelos de trabalho híbrido criando ambientes menos controlados, o relatório descobriu que 70% das empresas que adotaram o teletrabalho em meio à pandemia esperam que os custo de violações de dados se agravem.
· CISOs culpados pelas falhas por violações, apesar do poder limitado de tomada de decisão: 46% dos entrevistados disseram que o CISO/CSO é responsabilizado pelas violações, apesar de apenas 27% afirmarem a tomada de decisão sobre a política de segurança e tecnologia vem do CISO/CSO. O relatório concluiu que a nomeação de um CISO foi associada com uma de economia de US$145.000 versus a média de custo por violação.
Tendências regionais e por indústria
· O estudo analisou o custo de violações de dados em diferentes indústrias e regiões, descobrindo que as violações de dados nos Estados Unidos são muito mais caras, custando US$8,64 milhões em média.
· No Brasil, o custo médio da violação de dados é de R$5,88 milhões (cerca de US$1,12 milhão), um aumento de 10,5% em relação ao ano anterior comparando o valor em reais (R$ 5,32 milhões em 2019). O estudo também observou um aumento no número de dias para identificar a violação de dados, que subiu de 250 para 265, e para conter a violação, que cresceu de 111 para 115 dias, em comparação a 2019.
· Globalmente, a indústria de saúde continua apresentando os mais altos custos médios de violação, com US$ 7,13 milhões – um aumento de mais de 10% em comparação com o estudo de 2019.
Sobre o Estudo
O Relatório de Custo da Violação de Dados anual é baseado em análises profundas de violação de dados reais, que ocorreram entre agosto de 2019 e abril de 2020, levando em conta centenas de fatores incluindo atividades legais, regulatórias e técnicas para a perda do valor de marca, consumidores, e produtividade dos funcionários.
Para baixar uma cópia do Relatório de Custo da Violação de Dados 2020, visite: ibm.com/databreach
Por Alexis Aguirre, Diretor de Segurança da Informação da Unisys para a América Latina
A adoção de nuvem por empresas Latino-americanas segue crescendo e, em meio ao momento delicado que estamos vivendo, não há tecnologia mais útil que essa para garantir a continuidade de operações com agilidade e produtividade. Para além disso, quem já utilizava recursos de nuvem sabe que eles geram inovação e, ao mesmo tempo, redução de custos, já que é possível prever os gastos envolvidos em cada projeto. Certo, Cloud agora é uma premissa, um caminho sem volta. O próprio Gartner já chama a nuvem de “o novo normal da TI corporativa” (the new normal for enterprise IT). Nesse cenário, a discussão urgente que estamos perdendo não deveria ser sobre adoção da nuvem e sim sobre um melhor entendimento das mudanças fundamentais de paradigma que chegam com o uso da nuvem. As companhias estão atrasadas para perceber que, com a nuvem, a superfície de ataques hackers muda de lugar. Então, vamos a pontos práticos e críticos sobre como criar uma consciência corporativa para evitar ameaças de segurança da informação na nuvem.
Tenha clareza sobre os responsáveis de cada parte do projeto Um desafio que vem com a nuvem é a falta de clareza sobre quem é responsável pelo quê. A dica é se organizar e aderir a operações do DevSecOps para obter integração,implementação e melhorias contínuas após a migração inicial para a nuvem.
Não subestime a complexidade dos ambientes em nuvem As organizações tendem a subestimar as complexidades dos ambientes em nuvem — e sua proteção. A maior flexibilidade e poder dos serviços em nuvem resultam em maior complexidade de governança e operações, aumentando a possibilidade de vulnerabilidades devido a configurações incorretas. A flexibilidade e o poder inigualáveis dos microsserviços em contêiner e do Kubernetes também resultam em complexidade adicional, aumentando o número de interfaces que podem ficar expostas. Não compreender ou investir nas ferramentas e nos conhecimentos necessários para gerenciar essa complexidade resulta em configurações abaixo do ideal, levando a explorações e vazamentos de dados.
Um novo DNA pede um novo processo de monitoramento Algumas organizações acreditam que podem usar tecnologias de segurança locais em ambientes dinâmicos de nuvem. As abordagens tradicionais simplesmente não funcionam porque estamos falando de um novo DNA. Na nuvem, você precisa ter um processo automatizado para proteção da carga de trabalho remoto. Você não tem o tempo ou o luxo de alguém monitorar isso diariamente.
Crie novas políticas, práticas e procedimentos de segurança A nuvem consolidou infraestruturas, sistemas e recursos de computação. Agora, as organizações precisam preparar suas políticas de proteção de dados para funcionar quando não têm controle da infraestrutura na qual seus dados residem.
Como lidar com microsserviços Fornecedores de software oferecem microsserviços em contêineres, que podem ser aproveitados como componentes por aplicativos. Eles vêm com uma variedade de opções de licenciamento comercial e de código aberto, com diferentes níveis de suporte ou nenhum outro suporte que não seja uma comunidade online. Algumas licenças de código aberto, como a GPL, podem tornar o software inadequado para alguns usos de produção. As implicações legais e de custo do licenciamento de microsserviço são um aspecto importante desse novo cenário de aplicativos. É recomendável considerá-las durante o desenvolvimento do aplicativo antes da transição para a produção.
A importância do acesso seguro O acesso seguro pressupõe que aplicativos, rotas ou sistemas de comunicação sejam utilizados apenas por quem possui credenciais apropriadas para tal. Os relacionamentos e limites de confiança precisam ser gerenciados de acordo com os objetivos de negócios e as restrições legais. Além da autenticação robusta que usa rotação de credenciais e autenticação multifator, os acessos precisam ser definidos em termos de funções baseadas do menor ao maior privilégio.
Limite e proteja sua superfície de ataque A eficácia em minimizar a superfície de ataque implica em limitar o acesso externo e interno (por exemplo, portas abertas) ao que é absolutamente necessário. Implica também em desabilitar funções e infraestrutura desnecessárias de software. Isso reduz o número de itens que podem ser comprometidos. A superfície de ataque não só deve ser limitada, mas também precisa ser protegida por meio de uma estrutura automatizada e que detecte inteligentemente o tráfego anormal ou o comportamento do software. Isso deve resultar nas ações de quarentena e notificação orientadas por políticas apropriadas, limitando assim o impacto de violações.
A jornada na nuvem tem nos guiado ao futuro. Se feita corretamente, pode trazer muitos benefícios para as empresas. Só não podemos nos esquecer de que nuvem e segurança devem caminhar juntas. Não é improvável que companhias corram riscos de violações de dados, mas aquelas que estiverem preparadas para corrigir e isolar ataques em segundos ou minutos serão mais bem-sucedidas.
Os ataques de phishing têm sido uma das ameaças mais utilizadas pelos cibercriminosos para fazer vítimas e conseguir informações pessoais e acesso a dados bancários dos usuários da internet. Pensando na prevenção deste tipo de ataque, a ESET, empresa líder na detecção proativa de ameaças, compartilha algumas dicas feitas pelo especialista em segurança da informação, Daniel Cunha Barbosa, sobre como evitar ser vítima dessa ameaça digital.
“Sempre nos preocupamos em trazer informações diversas para que nossos leitores possam ficar atentos aos diferentes ataques e formas de proteção contra cada um deles”, explica Barbosa.
Focadas em casos de engenharia social, as dicas contextualizam a realidade atual, trazendo situações que têm sido mais recorrentes nos conteúdos produzidos pelos criminosos. Confira as situações e como resolver, com segurança, cada uma delas:
Situação 1: Você recebe um e-mail informando que sua compra foi aprovada e que agora deve acompanhar a entrega de seu produto, mas você não se lembra de ter efetuado nenhuma compra.
A dica, neste caso, é desconfiar. Não importa quão urgente um e-mail ou mensagem pareçam, é sempre possível validá-los de outra forma que não a sugerida em seu conteúdo, seja acessando o site oficial da empresa vinculada à informação ou ligando diretamente para a marca citada na mensagem.
Situação 2: Você recebe outro e-mail, agora contendo uma ameaça. Desta vez, o criminoso informa que possui suas senhas e diversas imagens íntimas. Para não divulgar as informações, ele exige que um pagamento em bitcoins seja feito.
A melhor atitude é fazer a alteração imediata das suas senhas em todas as páginas e serviços nos quais a combinação estava sendo utilizada, substituí-la por uma chave única e robusta, habilitando o duplo fator de autenticação para um acesso mais seguro.
Situação 3: Você recebe um link encurtado de um de seus amigos no WhatsApp, informando sobre uma promoção imperdível de um produto que já estava querendo comprar. Ao acessar a página, ela parece lenta, mas acaba abrindo.
Conforme a ESET, muitas páginas hospedam scripts que rodam sem o consentimento do usuário e podem trazer sérios riscos à segurança. É importante possuir soluções de proteção instaladas em todos os smartphones, computadores e tablets para minimizar as ameaças de navegação.
Situação 4: Você recebe uma ligação de alguém que diz ser do seu banco. Essa pessoa diz que precisa da confirmação de seus dados cadastrais completos, como nome e sobrenome, CPF, RG e telefone, para uma atualização do sistema.
Apesar de parecer uma situação urgente, é preciso ter calma. Isso porque, quando empresas sérias entram em contato, sempre fazem validações de dados menos sensíveis, como data de aniversário, e sempre informando uma parcela dos dados antes de pedir que os clientes informem o restante. Por isso, nunca forneça seus dados completos.
Situação 5: Alguém entra em contato via telefone para informar que você ganhou um prêmio. Mas, para poder recebê-lo, você precisa informar o código que será enviado ao seu celular. Você nota que o código acabou de chegar em seu telefone.
Essa é uma das situações mais comuns de ataque utilizada pelos cibercriminosos. A atitude mais adequada é realmente não fornecer o código. Os criminosos normalmente tentam clonar contas dessa forma e, se analisarmos o código da promoção que eles estão pedindo, normalmente é a validação de algum serviço online. É possível ver isso lendo por completo o SMS recebido, que quase sempre dá indicativos de quais serviços os criminosos estão querendo se apossar.
“A principal dica, para todos os casos, é a atenção do usuário quanto às situações que se apresentam. É importante sempre checar a veracidade de mensagens e e-mails e ter certeza de que quem está do outro lado da linha é alguém confiável. Assim, é possível aproveitar as facilidades da tecnologia sempre mantendo a segurança dos dados e a privacidade dos usuários”, finaliza o especialista da ESET.
Com o mundo se acostumando a ficar em casa, a internet se tornou o principal meio para o trabalho, as compras e a comunicação. Essa situação criou um novo ambiente, vulnerável a ataques.
Agentes de ameaças que se especializam em spam e phishing sempre tomam vantagem de situações que podem reforçar seus esforços. De acordo com o último IBM X Force Threat Intelligence Index, o phishing foi um vetor de infecção inicial bem-sucedido em 31% dos incidentes observados em 2019.
Agora, os agentes de ameaças continuam sua busca para espalhar softwares mal-intencionados, phishing, e outros ataques informáticos. Sua capacidade de criar e-mails que parecem autênticos com logos críveis, banners, textos e tópicos de interesse para o público-alvo pode enganar até os funcionários mais experientes em segurança, fazendo com que abram arquivos anexos ou clicando em links mal-intencionados.
O phishing pode ser um grande adversário, mas alguns pontos podem ajudar a mantê-los afastados na sua empresa:
· Os funcionários estão compartilhando mais do que deveriam online? Pessoas trabalhando para sua organização podem estar compartilhando informações demais na internet, do ponto de vista organizacional e pessoal. Informe aos funcionários sobre o risco associado com essas atitudes. Os atacantes mais bem-sucedidos gastam um tempo significativo pesquisando seus alvos, olhando seus rastros online e usando essa informação para criar mensagens muito bem customizadas.
· Mantenha o controle de seus domínios com erros de digitação. Um erro de digitação é muito similar ao domínio usado pelas organizações, mas eles são levemente alterados trocando caracteres, por exemplo, mudando o “L” minúsculo em um “i” maiúsculo. Algumas vezes as vogais mudam de lugar, os caracteres são omitidos e outros truques são usados para fazer nossos olhos lerem um nome de domínio crível. A maioria das pessoas deixa passar essas pequenas mudanças, e os atacantes sabem disso. Se o domínio com erro de digitação já estiver registrado por outra pessoa, é recomendado bloquear esse domínio para não se comunicar com a sua rede.
· Forneça educação constante aos funcionários com exemplos baseados nas atualizações técnicas de phishing por atacantes. Avise os funcionários que eles devem prestar atenção aos e-mails que criam um senso de urgência ou enviados por um endereço externo, além de orientá-los para não clicarem em links estranhos ou abrirem anexos de remetentes desconhecidos.
· Teste seus funcionários regularmente. Além de treinar os funcionários em como detectar e-mails de phishing, as equipes de segurança devem providenciar a oportunidade de detectar e reportar e-mails suspeitos através de campanhas e teste regulares.
· Utilize banners nos e-mails que irão sinalizar mensagens vindas de fora da organização e que permitam identificar potenciais falsos.
· Use controles de segurança de e-mails para sinalizar potenciais e-mails mal-intencionados vindos de uma lista negra de domínios, e-mails contendo anexos desativados ou e-mails de domínios com erro de digitação proposital.
· Use uma abordagem em camadas para segurança e considere incluir uma análise comportamental. Uma abordagem em camadas ajuda a detectar ameaças como o malware de “dia zero”. Adicionar componentes comportamentais é fácil com uma solução avançada de análise de comportamento do usuário (UBA), que ajudar a detectar atividades internas suspeitas por meios da informação de segurança e soluções de gerenciamento de eventos (SIEM) da sua companhia. Os antivirus também ajudam a evitar malwares de forma geral e é essencial manter todos os sistemas atualizados.
A implementação de um plano de continuidade de negócios e o suporte a funcionários que trabalham remotamente é essencial para garantir que as empresas sejam capazes de manter as operações frente a adversidades, como inundações, furacões, epidemias e falta de energia.
Os trabalhadores em home office tendem a usar seus próprios dispositivos para suas tarefas, o que implica riscos potenciais à segurança. Ter um alto número de dispositivos compatíveis com a rede comercial facilita a conexão de equipamentos não autorizados. Os funcionários também podem acessar páginas da Web inseguras ou baixar inadvertidamente aplicativos comprometidos, favorecendo a introdução de malware na rede de suas empresas. Por não ter uma interação regular, o trabalho remoto impede a supervisão e o controle da segurança cibernética nesses dispositivos.
A Fortinet, empresa líder global em soluções de segurança cibernética, oferece algumas recomendações para mitigar os riscos associados ao home office:
Garantir conectividade confiável:Apesar dos crescentes desafios, muitas tecnologias modernas, como a Rede Privada Virtual (VPN), protegem as informações por meio de criptografia e estabelecem conexões seguras. As VPNs permitem a conexão segura de todos os dispositivos, mesmo quando acessados a partir de pontos públicos de acesso Wi-Fi, um recurso muito desejável para os empregadores que praticam o trabalho remoto e nem sempre sabem de onde seus colaboradores se conectam.
Contar com filtragem de conteúdo, visibilidade de aplicativos e configuração de tráfego:trata-se de outras tecnologias de segurança cibernética que complementam o home office, principalmente porque filtram conteúdo não seguro, como sites e links de lazer, que podem comprometer dispositivos e informação.
Implementar soluções robustas de autenticação:essas soluções podem garantir que apenas usuários autorizados tenham acesso a informações confidenciais da empresa.
Promover uma cultura de cibersegurança:embora as medidas tecnológicas implementadas ajudem a mitigar os riscos, o principal aliado para o trabalho são os colaboradores da empresa. É necessário treiná-los continuamente sobre os riscos cibernéticos e envolvê-los ativamente na proteção do negócio. Da mesma forma, é essencial que os líderes sejam o exemplo e incorporem a liderança também na cibersegurança. Medidas simples, como bloquear a tela ao sair, podem levar outro trabalhador a replicar o comportamento.
Considerar o erro humano:as empresas devem ter em conta a possibilidade de erro humano ao planejar e implantar suas soluções de segurança. Embora o treinamento adequado possa reduzir erros, é necessário entender que eles não desaparecerão completamente. As equipes de TI devem levar isso em consideração ao projetar e implantar redes da empresa.
Os benefícios do home office são evidentes e, embora possam surgir alguns desafios de cibersegurança, a implementação oportuna de soluções apropriadas pode permitir práticas produtivas e seguras para garantir a continuidade dos negócios. Para oferecer o benefício da flexibilidade a seus funcionários ou no caso de um desastre natural ou outro evento que perturbe as operações comerciais normais, toda organização deve ser capaz de fazer uma transição rápida para uma força de trabalho remota.
Por Bruno Maia, head de Inovação do SAS América Latina
O receio sobre o coronavírus ocasionou um aumento exponencial na prática de trabalho remoto — a Ásia está liderando o que é o maior experimento de home office já visto no mundo. De fato, quem ainda achava que era impossível produzir trabalhando longe do escritório não teve outra opção a não ser aceitar que essa era a nova forma de operar. Antes mesmo da epidemia se instalar, a evolução do work from home/work from anywhere, em que colaboradores podem viver e trabalhar onde quiserem, desde que façam suas entregas, já era uma realidade.
Refletindo sobre as implicações relativas aos dados no contexto do aumento do remote working, o que tem atrapalhado é o trânsito entre o trabalho feito localmente, ou seja, nos nossos computadores, e a fonte: muita tecnologia ainda precisa ser envolvida para apresentar ou salvar o conteúdo com o qual precisamos trabalhar. A conectividade torna-se fundamental — e o 5G virará a chave nesse jogo, mas isso ainda é um cenário futuro.
Considerando as coisas como são atualmente, um ponto a ser levado em conta é a segurança. Quando se está usando dados no escritório, normalmente assume-se uma rede contida da empresa, com um guarda-chuva de segurança da estrutura fixa. Em um contexto de home office, como é possível garantir a integridade dos dados corporativos?
Em empresas que sabem que dados são seu ativo de maior valor, se um descuido no trato de dados sensíveis ficar evidente, isso chega na mesa da gestão. Empresas que permitem o home office responsável empregam toda a sorte de ferramentas como bitlocker, criptografia no computador e até nos pendrives. E, se você o mesmo computador para trabalhar e para suas atividades pessoais, terá que abrir mão de alguma privacidade, pois a empresa vai monitorar tudo: as suas coisas pessoais e as que dizem respeito à empresa.
Portanto, empresas que flexibilizarem suas rotinas de trabalho no escritório, com funcionários longe dos recursos tecnológicos que forçam a aderência a políticas de segurança, precisam rever como tratam seus dados. Sem uma evolução do padrão de tecnologia, segurança e políticas associadas, vazamentos de dados e prejuízo para o cliente final se tornarão cada vez mais frequentes com o aumento do trabalho remoto. Epidemias à parte, este é um risco certamente real.
O Coronavírus colocou o mundo inteiro em estado de alerta máximo. Motivos, de fato, não faltam: a contaminação que se espalha pela China e que atinge diversos países de todo o planeta tem mostrado que o vírus é mais veloz e letal do que poderíamos imaginar. O que pouca gente sabe, porém, é que o Coronavírus tem representado cada vez mais uma ameaça digital.
Os cibercriminosos estão se aproveitando do estado de alerta da população mundial, principalmente nos países que têm maior risco de contaminação, para enviarem mensagens com conteúdos falsos que disseminam diversos agentes maliciosos especialmente criados para roubar dados bancários e ter acesso irrestrito aos arquivos (corporativos e pessoais).
Por meio de e-mails com links falsos ou de arquivos anexos perigosos que, aparentemente, trazem apenas as instruções de proteção e identificação do novo vírus, os criminosos estão atacando eletronicamente a população. Ao clicar no conteúdo de uma mensagem, os usuários têm seus computadores invadidos e seus dispositivos infectados com malwares, como o Trojan Emotet (eficaz em ataques a governos e instituições financeiras); Cavalo de Troia (capaz de espionar e roubar dados confidenciais, além de obter acesso ao sistema do dispositivo); e os Ransomwares (cuja função é restringir o acesso ao sistema e cobrar seu resgate em criptomoedas).
Vale destacar, porém, que não estamos diante de nenhuma grande novidade, pois hackers sempre enviam e-mails e conteúdos falsos para ‘fisgar’ os dados das pessoas. Porém, o que causa surpresa é a quantidade de ataques e a sofisticação das armadilhas.
Por isso, é importante ter em mente que estamos em uma era hiperconectada, na qual grande parte da população se informa e comunica pela Internet. Em outras palavras, estamos sujeitos a ser alvo desses ataques a cada clique que damos. A questão estratégica é o que podemos fazer para mitigar essas ameaças?
A primeira resposta é trabalhar a cautela. As empresas podem começar suas ações, limitando o acesso a links estranhos e orientando seus funcionários a não abrirem anexos de desconhecidos. É importante repensar de forma contínua os índices e as medidas de segurança a partir de planos específicos para capacitar e qualificar todos os colaboradores, como um mantra a ser seguido por todos. É preciso compartilhar melhores práticas de proteção na Web – inclusive em aplicativos de mensagens instantâneas. Os líderes devem acompanhar essa jornada de perto, buscando caminhos para orientar as equipes e alertar continuamente sobre a importância de parar e pensar antes de abrir links estranhos ou arquivos anexos suspeitos.
Além da formação de uma cultura orientada à cibersegurança, é preciso investir no uso de tecnologias capazes de identificar vulnerabilidades e prevenir os ataques, com filtros de conteúdo e firewalls que limitem o acesso de informações e mantenham todos os dispositivos protegidos, usando antivírus e, também, por programas certificados de proteção e detecção de ataques.
Outra forma de se proteger é ter soluções específicas para cada equipamento. Utilizar ferramentas adequadas e sempre atualizadas ajuda a evitar o roubo de dados, espionagem, exposições indevidas ou a danificação de bases de dados estratégicas para o negócio. Contar com soluções de última geração – que permitam uma análise inteligente, proativa e em tempo real – é importante para impedir que vírus atualizados entrem na rede corporativa, causando danos irreparáveis. Essa proteção deve estar presente em PC, servidores e em smartphones, pois esses aparelhos estão entre os mais usados pelos brasileiros.
Além da mudança de hábito do usuário, que deve desconfiar sempre do remetente desconhecido e não abrir qualquer arquivo recebido, a tecnologia de proteção já está disponível no Brasil e pode ser encarada como um fator imprescindível para aumentar a segurança digital das empresas. O Coronavírus tem nos mostrado que combater epidemias exige trabalho conjunto, coordenação e muito controle. Hoje, todos nós queremos ter informação rápida e global, mas vale a pergunta: sua organização está realmente preparada para trabalhar com segurança? A resposta começa pela tecnologia que utiliza e pelas políticas de cibersegurança. Manualmente é impossível proteger os ataques.
O laboratório da ESET, empresa líder em detecção proativa de ameaças, analisou recentemente novas ameaças de ciberataques e golpes para evitar que usuários sejam enganados na internet.
O novo golpe é feito por meio do WhatsApp e tem o objetivo de sequestrar contas de usuários do aplicativo. Tudo começa com uma mensagem através do app ou de um SMS por meio do qual um contato (também vítima do golpe) menciona que, sem querer, um código de verificação de seis dígitos (que, supostamente, não era dirigido a ela) foi enviado para o seu telefone e solicita que a mensagem seja reenviada com o código.
Neste caso, como a vítima não solicitou a recuperação de nenhum código, pode pensar que a mensagem, de fato, foi enviada por um contato que precisa recuperar o acesso a sua conta. O que, na realidade, estão fazendo os criminosos por trás desse golpe é entregar o código de verificação para registrar sua conta de WhatsApp em outro dispositivo.
Uma vez que se reenvia a mensagem com o código de verificação de seis dígitos: o cibercriminoso registrará o WhatsApp em outro celular com a combinação numérica (o número telefônico aparece no cabeçalho da mensagem recebida), enquanto a vítima apenas verá em sua tela uma mensagem que a informa ter perdido o acesso à sua conta, ainda que momentaneamente.
Nestes casos, geralmente, o cibercriminoso ativa a verificação em duas etapas dentro do WhatsApp, fazendo com que o usuário original da conta não consiga recuperá-la.
“A educação é um ponto-chave para evitar cair em golpes, já que a conscientização permite que, ao conhecer os riscos, se tomem as medidas necessárias para evitar ser vítimas de golpes. Ironicamente, o recurso de dupla verificação que leva adiante o cibercriminoso é (se já estiver implementado) o melhor aliado que os usuários têm para evitar cair nesse tipo de golpe que busca tomar o controle do serviço de mensagem mais utilizado atualmente”, comenta Luis Lubeck, especialista em Segurança Informática da ESET na América Latina.
Para ativar o recurso, primeiro é necessário acessar os Ajustes na parte superior direita da tela do dispositivo.
Neste momento, o usuário deve escolher uma senha de seis dígitos, que será solicitada na próxima vez que queira registrar o WhatsApp em qualquer dispositivo. É possível que, por segurança, a aplicação solicite a senha, de tempos em tempos, para evitar leituras não autorizadas das mensagens.
“Desta forma, a conta fica protegida ao estar associada não apenas ao número telefônico que fez a instalação, mas também a uma chave numérica e a um e-mail. Com essas medidas adicionais, se por algum motivo o usuário entrega a chave de registro do WhatsApp, as outras camadas de segurança impediriam que um terceiro se registrasse em outro celular”, menciona Luis Lubeck.
“A verificação em duas etapas segue sendo o método mais seguro para evitar acessos não autorizados às contas. Este tipo de camada de segurança se encontram, atualmente, na maioria das redes sociais, assim como nos sistemas de e-mail mais utilizados”.
O surgimento de novas tecnologias como 5G, Internet das Coisas (IoT), veículos autônomos e indústria 4.0 está levando ao aumento da demanda de profissionais de cibersegurança. Segundo estimativas da Cybersecurity Venture, líder mundial em pesquisas de cibereconomia global, o setor deverá gerar de 3,5 milhões postos de trabalho até 2021. Somado a esses fatores, a entrada em vigor em agosto da lei 13.709/18, conhecida por Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), contribuirá para o aumento da demanda no Brasil. Diante deste cenário, os engenheiros Marcos Simplicio e Raul Colcher, membros do IEEE, maior organização profissional dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade, acreditam na urgência da formação de profissionais neste setor para resolver problemas de segurança e privacidade de tecnologias existentes e emergentes.
Professor do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), Marcos Simplicio defende que haja profissionais cobrindo todo o ciclo e etapas de um sistema de segurança. “É importante ter um designer para criar um sistema robusto; um programador de segurança para evitar vulnerabilidades e um administrador de sistema para elaborar um ambiente seguro. Todas essas funções estão conectadas e a falha de uma delas pode prejudicar o sistema inteiro”, afirma.
Para Raul Colcher, sócio e presidente da Questera Consulting, as habilidades necessárias para um profissional de cibersegurança são multidisciplinares e compreendem técnicas específicas do setor, como conhecimentos e treinamentos básicos sobre tecnologias e soluções emergentes que caracterizam o novo ambiente de redes, sistemas e serviços. Ademais precisam estar familiarizados com os problemas e as características dos setores e aplicativos que irão proteger. “Por fim, eles precisam de um entendimento sólido dos problemas administrativos, comportamentais e regulatórios que normalmente estão presentes em incidentes e ameaças de segurança e privacidade”, conclui.
São Paulo sedia, nos próximos dias 6 e 7 de novembro, o 2º Congresso Internacional de Proteção de Dados, que irá discutir as ações que as organizações precisam tomar a respeito da coleta, gestão e tratamento de dados pessoais, promovendo um profundo debate com autoridades e com os maiores especialistas do setor.
Realizado pela LEC Legal, Ethics & Compliance e pela Opice Blum Academy, o evento começa no dia 6, com o Workshop Day, inteiramente dedicado à abordagem prática sobre como lidar com os novos desafios da LGPD. Com três salas com conteúdos simultâneos, o evento permitirá aos congressistas escolher apenas os temas de seu interesse, criando uma experiência personalizada.
O segundo dia será dedicado às palestras, com a abertura feita pelo keynote Trevor Hughes, Presidente e CEO do IAPP (International Association of Privacy Professionals ), maior organização mundial na área de privacidade de dados pessoais. Anna Zeiter, Chief Privacy Officer na eBay; Steffen Augsberg, professor da Justus-Liebig-University; George de Lucena, advogado de privacidade para América Latina da Uber; além de demais especialistas do GDPR – regulamento europeu, que foi referência para a lei brasileira – também estarão presentes, proporcionando aos participantes o aprendizado com quem já enfrentou o mesmo desafio. Para ver a programação completa, acesse: http://www.congressodeprotecaodedados.com.br/agenda/.
“A entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em agosto de 2020, torna urgente o debate nas empresas sobre o uso seguro e ético de dados pessoais sob várias perspectivas, incluindo jurídica, tecnológica, de compliance, gestão de riscos e negócios”, Rony Vainzof, sócio do Opice Blum, Bruno, Abrusio e Vainzof Advogados. A inconformidade com a lei implicará em multa de até R$ 50 milhões. Todas as empresas em operação no Brasil terão de se adequar, independentemente do porte e segmento.
Com a nova demanda de governança em proteção de dados e o risco de multas altíssimas, as principais empresas que mantém operações no Brasil estarão no Congresso, assim como os grandes players do mercado de privacidade e proteção de dados. O evento é a oportunidade para aumentar o networking, trocar experiências e fechar negócios.
Com a expectativa para receber 400 pessoas, o Congresso é direcionado à profissionais das mais diversas áreas de atuação, como advogados, profissionais de compliance, DPO`s, CFO’s, CEO’s, CIO’s, CTO’s, controllers, auditores, consultores, funcionários públicos, integrantes de RH, suprimentos, marketing, controles internos, que têm como interesse comum a privacidade e a proteção de dados sob as mais diversas perspectivas, jurídica, de compliance, tecnologia, gestão, negócios, entre outras.
A FEBRABAN — Federação Brasileira de Bancos e 18 bancos associados promovem entre os dias 20 e 26 de outubro a Semana da Segurança Digital, com o objetivo de contribuir para a conscientização do uso seguro da internet e dos canais digitais. O setor bancário brasileiro, de forma inédita, se alinha a ações similares desenvolvidas durante todo o mês de outubro tanto nos Estados Unidos, desde 2003, como na Europa, desde 2012, e que envolvem vários setores da economia.
Embora as tentativas de golpes ou fraudes ocorram durante todo o ano, em determinadas épocas há um aumento, justamente quando crescem as oportunidades de os bandidos agirem, como ocorre em novembro com a Black Friday.
Pesquisa da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) revela que o e-commerce espera faturar R$ 3,45 bilhões na Black Friday deste ano, que acontece no dia 29 de novembro. Este montante é 18% superior ao ano passado. Outro levantamento, do Google com a consultoria Provokers, aponta que a intenção de compra para a Black Friday aumentou 58% neste ano, e mais de 60% dos consumidores declaram preferir o mundo digital para fazer suas aquisições.
O que faz dessa megaliquidação tão tradicional nos Estados Unidos e que caiu no gosto do brasileiro uma oportunidade para os bandidos? Quadrilhas aproveitam o momento de euforia com o grande volume de ofertas para aplicar golpes que causam grande prejuízo, especialmente usando a tática da engenharia social, que consiste na manipulação do usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais. O cliente é induzido a informar os seus códigos e senhas para os estelionatários, o que gera as fraudes e golpes.
“Atualmente, 70% das fraudes estão vinculadas à engenharia social”, adverte Adriano Volpini, diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da FEBRABAN. “Com a nossa ação de conscientização, queremos ajudar a criar uma forte cultura de proteção de dados em nosso país, auxiliando o consumidor no uso de suas informações de modo seguro no ambiente digital.”
Semana
Participam da Semana da Segurança Digital os bancos Agibank, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banese, Banestes, Banpará, Banrisul, Bradesco, Caixa, C6 Bank, Inter, Itaú, Pan, Santander, Semear, Sicoob, Sicredi, Tribanco e a FEBRABAN, cuja campanha irá acontecer até dezembro.
As instituições participantes usarão seus canais de comunicação para divulgar a Semana da Segurança Digital. Cada banco desenvolverá livremente suas ações de conscientização para seus clientes, usando as hashtags #SegurançaDigital/ #SemanadaSegurançaDigital / #CompartilheSegurançaDigital.
Na FEBRABAN, as informações estarão disponíveis no hot site antifraudes.febraban.org.br e nas redes sociais da Federação – Youtube, Facebook, Twitter e Linkedln.
Entre os principais temas que serão abordados na Semana da Segurança Digital estão golpes através do WhatsApp, Instagram e Facebook. No caso do WhatsApp, os criminosos enviam mensagens para os contatos da pessoa, fazendo-se passar por ela, pedindo dinheiro emprestado. Uma medida simples para evitar que o WhatsApp seja clonado, e que será ressaltada na Semana da Segurança Digital, é habilitar, no aplicativo, a opção “Verificação em duas etapas” (Configurações/Ajustes > Conta > Verificação em duas etapas). Desta forma, é possível cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente pelo app.
Outro esquema muito usado pelas quadrilhas envolve aplicativos e links maliciosos. O golpe começa com o envio de um e-mail suspeito com um link. Ao clicar, é instalado um vírus e os bandidos ganham acesso ao dispositivo do usuário. Com essa técnica, comumente chamada de phishing, eles conseguem solicitar dados, como nomes de usuário e números de cartão, para realizar transações.
A Semana da Segurança Digital também irá tratar de outros assuntos como privacidade de dados, boletos de cobrança, promoções imperdíveis que resultam em fraudes e o golpe do motoboy.
Investimentos em tecnologia e parcerias
Além de ações como a Semana da Segurança Digital, os bancos brasileiros atuam em várias frentes com o objetivo de contribuir para o combate aos golpes e fraudes. As instituições investem cerca de R$ 2 bilhões em sistemas de tecnologia da informação voltados para segurança, valor que corresponde a cerca de 10% dos gastos totais do setor com essa área. Além disso, os bancos também atuam em estreita parceria com governos, polícia e com o Poder Judiciário, para combater os crimes e propor novos padrões de proteção.
Entre as tecnologias de ponta usadas pelos bancos voltadas à segurança das transações bancárias e a prevenção as fraudes, Adriano Volpini destaca as aplicações de biometria, aliadas à análise de dados, e o uso da inteligência artificial, que contribuem para processos seguros de validação de usuários, controle de ações e monitoramento de compras. “Também destaco a tecnologia avançada dos chips, que continua sendo a solução mais segura que existe para o mercado de cartões de crédito e débito”, afirma. O Brasil é um dos mercados mais seguros do mundo, tendo sido um dos primeiros mercados mundiais a implementar o chip”, complementa.