AEB Investe em projeto que aumenta a vida útil de satélite e naves espaciais

Nova câmara de vácuo instalada no LFP

Uma parceria entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Universidade de Brasília (Unb), por meio do programa Uniespaço, vai impulsionar nos próximos anos a área espacial brasileira. Trata-se do desenvolvimento de pesquisas de propulsores a plasma tipo Hall, que entre diversas funcionalidades, otimizam e aumentam a vida útil de satélites geoestacionários e naves espaciais.

As pesquisas são desenvolvidas no Laboratório de Física de Plasmas da UnB e os resultados aplicados no projeto científico voltado para a realização de trabalhos técnicos de professores e estudantes. O projeto tem o objetivo de integrar o setor universitário às metas do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), a fim de atender à demanda tecnológica do setor no desenvolvimento de produtos e processos, análises e estudos, para formar uma base sólida de pesquisa capazes de executar projetos de interesse da área espacial.

Precursor em universidades brasileiras, o LFP estuda também as aplicações dos plasmas para o aprimoramento de tecnologias ambientais, novos materiais, nanotecnologia e pesquisas relacionadas com a fusão termonuclear controlada.

De acordo com o coordenador do projeto, José Leonardo Ferreira, professor de Física da UnB, o estudo da propulsão espacial com plasmas é essencial para o aperfeiçoamento de missões espaciais de longa duração. O estudo da propulsão elétrica muito nos últimos 20 anos com a aplicação desses propulsores no controle de satélites de órbita baixa, média e geoestacionária, bem como de veículos espaciais em missões no sistema solar. Ele ressaltou ainda, que a expectativa é que a tecnologia de propulsores a plasma seja utilizada em missões tripuladas a Marte a partir de 2050.

Componente

O plasma é um gás ionizado composto por igual número de elétrons e de íons também conhecido como o quarto estado da matéria. Ele possui as mais altas temperaturas, é o componente principal das estrelas, nebulosas e galáxias e por isso constitui 99% da matéria do universo visível.

Segundo o professor Leonardo, na Terra o plasma precisa de condições especiais para ser produzido, por isso o desenvolvimento e teste de propulsores a plasma precisarem de recipientes a vácuo e de equipamentos especiais para produção de forma controlada.

Desenvolvido com a colaboração de pesquisadores da Rede Brasileira de Propulsão Elétrica, participam do projeto pesquisadores dos Laboratórios Associados de Plasma e de Combustão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Faculdades de Tecnologia da UnB (FT e FGA) com destaque para os laboratórios de propulsão Aeroespacial do recém-criado curso de Engenharia Aeroespacial da UnB.

Investimento

Para realizar pesquisas e testes dos propulsores a plasma no laboratório da UnB, a Agência Espacial investiu na instalação de equipamentos adequados e de uma nova câmara de vácuo, adquirida em janeiro de 2017. O equipamento deve contribuir em breve para a realização das pesquisas desenvolvidas por alunos dos cursos de Física e Engenharia, e também para realização de trabalhos de iniciação científica, estágios, mestrado e doutorado.

O laboratório desenvolve propulsores a plasma do tipo Hall designados como Phall. Já foram desenvolvidos os modelos Phall I Phall IIa, IIb e IIc. Eles possuem em comum um arranjo de imãs permanentes posicionados em um canal com geometria cilíndrica. A posição dos imãs e as dimensões do canal da corrente Hall são calculados a partir de simulação computacional para obter as características do plasma e dos campos magnéticos com maior eficiência do propulsor. O campo magnético obtido a partir de imãs permanentes produz uma substancial economia na potência elétrica do propulsor.

O Phall IIc é o propulsor que está sendo aperfeiçoado hoje na UnB. Um dos principais objetivos imediatos do projeto é tornar o Phall mais compacto para testá-lo no espaço em pequenos satélites, com potência inferior a 100 watts.

“Esperamos que no futuro seja possível desenvolver e testar propulsores a plasma do tipo Hall mais potentes que possam vir a serem utilizados em missões espaciais brasileiras a lua ou mesmo a planetas e pequenos corpos do sistema solar.

José Leonardo ressaltou ainda que o LFP tem participado de forma ativa nas ações propostas para o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro contribuindo com novas e desafiadoras missões espaciais, como por exemplo, a Missão ASTER (Missão a um asteroide triplo próximo utilizando propulsão elétrica), proposta para a AEB alavancar a primeira missão brasileira de espaço profundo.

A propulsão elétrica foi testada no espaço pela primeira vez na década de 1960, no lançamento dos satélites SERT I e II, ambos operados pela Agência Espacial Norte Americana (Nasa). Desde a época, missões espaciais que utilizam essa tecnologia têm como principal objetivo controlar altitude e órbita de satélites geoestacionários. A participação de empresas na área é cada vez maior, uma vez que esta tecnologia contribui significativamente para o aumento da vida útil desses satélites.

O LFP desenvolve propulsores elétricos do tipo Hall desde 2004, com o apoio de agências de fomento, como a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Aplicações espaciais

O LFP foi criado em 1995, sendo o desenvolvimento de fontes de plasma para aplicações espaciais iniciado em 2002, com a montagem do primeiro propulsor a plasma do tipo Hall com imãs permanentes, como o Phall I que serviu para demonstrar a viabilidade dessa nova tecnologia.

O projeto possibilita a elaboração e publicação de vários trabalhos técnico- científicos e a participação de estudantes e professores em congressos nacionais e internacionais, assim como a elaboração de cursos e disciplinas com foco na área espacial ministradas anualmente na UnB.

Embratel anuncia o novo satélite Star One D2

A Embratel Star One, a maior operadora de satélites do Brasil e da América Latina, anuncia a construção do seu décimo segundo satélite reforçando sua liderança de mercado. O Star One D2, o maior já fabricado pela empresa, deverá ser lançado ao final de 2019. Até outubro deste ano serão anunciados os fornecedores internacionais contratados para sua fabricação e lançamento.

O Star One D2 terá Banda Ka para atender às demandas de backhaul de telefonia celular. Também será equipado com as bandas C e Ku, complementando as ofertas de capacidade para demandas de dados, vídeo e Internet de clientes corporativos, além de ampliar as redes de backhaul celular existentes em Banda Ku.

“Estamos muito felizes com o anúncio desse novo satélite de nossa frota e com a expansão constante da Embratel Star One”, afirma José Formoso, CEO da Embratel, destacando que a meta é continuar acelerando o processo de expansão de backhaul celular e Banda Larga no Brasil e reforçar a posição de liderança como uma das maiores empresas operadora de satélites.

O Star One D2 terá uma potência estimada de 19.280 KW, e massa de lançamento estimada em 7 toneladas. Será construído para ter uma vida útil de mais de 15 anos. Terá 28 transponders (receptores e transmissores de sinais) em Banda C, 24 transponders em Banda Ku e 20 Gbps de capacidade em Banda Ka.

Será o segundo satélite da frota de quarta geração, denominada família D. Complementará a cobertura de Banda Ka do Star One D1, ampliando as ofertas de Internet e Banda Larga e abrangendo as Regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste do Brasil. Também viabilizará o aumento de serviços de dados corporativos para órgãos do Governo e empresas dos mais diversos setores.

O Star One D2 ocupará a posição orbital de 70° W e também garantirá a continuidade dos serviços em Banda C e Ku do Star One C2. Com a Banda Ku, o satélite irá garantir o fornecimento de capacidade para dados, vídeos e Internet para órgãos do Governo e grandes empresas que atuam nas Américas do Sul e Central, incluindo o México. Também possibilitará a transmissão de sinais para as ofertas de TV por Assinatura. Já a Banda C garantirá a manutenção e crescimento das ofertas de sinais de TV Aberta por utilizar a hot position de 70° W.

“Com o Star One D2, vamos ampliar nossa presença territorial com mais capacidade satelital para o mercado celular, corporativo e de vídeo”, diz Gustavo Silbert, Diretor Executivo da Embratel.

O novo satélite será controlado a partir do maior e mais moderno centro de operações de satélites do Brasil e da América Latina, localizado em Guaratiba (Rio de Janeiro) e operado por uma equipe altamente especializada. Fará parte das ofertas da Embratel Star One para atender clientes como as maiores empresas do Brasil, as principais emissoras de TV, canais independentes, bancos e governo, recebendo e transmitindo sinais de televisão, rádio, telefonia, Internet e dados para atividades empresariais e aplicações de entretenimento, telemedicina e tele-educação.

Como líder e precursora de soluções via satélite na América Latina, a Embratel Star One foi a primeira empresa no mundo a receber o certificado ISO 9001:2000 pelo serviço de controle de satélite a partir de seu centro. Essa certificação a coloca como uma das mais confiáveis dentre as operadoras de satélites devido à qualidade de seus sistemas e sua equipe altamente capacitada. A Embratel Star One também é credenciada de acordo com as normas do Inmetro (Brasil), da Ansi-Rab (Estados Unidos) e RVA (Holanda), além de participar ativamente na SDA (Space Data Association), principal instituição que presta serviços de vigilância espacial a Operadores de Satélites.

HUGHES participa do Congresso Latino-Americano de Satélites

A HUGHES, líder mundial em telecomunicações via satélite, anuncia sua participação na 17ª edição do Congresso Latino-Americano de Satélites. Durante o evento, a empresa vai apresentar palestra no painel O mercado para a banda Ka no Brasil após as primeiras iniciativas e depois do SGDC. O evento será promovido no Rio de Janeiro, em 31 de agosto e 1º de setembro.

A companhia será representada pelo CEO da HUGHES no Brasil, Délio Morais, em painel a ser realizado no dia 31, das 16h às 17h30. O encontro tem o objetivo de debater os próximos passos para o mercado de satélites com capacidade em banda Ka, além do que já deu certo e o que precisa ser ajustado para viabilizar a indústria nos próximos anos.

Desde julho do ano passado, a HUGHES oferece no País a HughesNet, internet de banda larga via satélite que opera na banda Ka. A solução oferece conexão de alta qualidade em locais que não possuam acesso à internet ou que tenham conexão de qualidade inferior à disponível na HughesNet.

Nos Estados Unidos, a HughesNet ocupa o primeiro lugar no ranking dos principais provedores de internet, por cumprir a performance divulgada aos consumidores, segundo o relatório anual Measuring Broadband America 2016¹, da Federal Communications Commission (FCC)².

Considerado o principal e mais relevante evento para o setor na América Latina, o congresso ainda contará com outras palestras e painéis a respeito de temas em evidência no setor, tais como: diversificação da oferta de serviços pelas operadoras; novas tecnologias; atendimento ao mercado residencial e backhaul por banda Ka; comunicações embarcadas; aplicações empresariais e corporativas; futuro do DTH e dos serviços de vídeo; e novos modelos regulatórios.

17º Congresso Latino-Americano de Satélites

Data: 31 de agosto e 1º de setembro de 2017

Horário: das 13h às 20h

Local: Hotel Royal Tulip Rio de Janeiro

Endereço: Av. Aquarela do Brasil, 75, São Conrado – Rio de Janeiro, RJ

Entrada: até 11 de agosto, R$ 3.145,00; a partir de 12 de agosto, R$ 3.700,00

Informações: (11) 3138-4619, ou http://satelitesbrasil.com.

Conferência de Radiocomunicações Mundial (WRC) decide que Espectro do Satélite é Central para a Conectividade Global

Durante a Conferência de Radiocomunicações Mundial 2015 (WRC-15), governos de todo o mundo reafirmaram a importância dos serviços de satélite ao preservar e ampliar o espectro para uso de comunicações via satélite. Para a SES, operadora mundial de satélites, a decisão é bastante positiva, uma vez que reforça a relevância dessa tecnologia em áreas como transmissão de dados, vídeo e conectividade em áreas remotas ou para vítimas de catástrofes naturais.

“A decisão do WRC-15 pode ser considerada um marco fundamental no reconhecimento do valor dos satélites”, relata Jurandir Pitsch, Vice-Presidente de Vendas da SES para América do Sul. “A escolha de preservar e expandir o espectro disponível para essa tecnologia é fundamental para trazer estabilidade e expansão a diversos mercados como mobilidade e a transmissão de televisão, sempre de forma confiável”, afirma o executivo.

Entre as decisões do WRC 2015 estão a reconfirmação do uso da Banda C, a ampliação da banda Ku para os serviços FSS (Fixed Satellites Services) e a exclusão da faixa de 27.5 a 29.5 GHz (banda Ka) dos estudos para sistemas futuros do IMT (Banda Larga Móvel). No caso da banda C, a decisão é importante para a manutenção de serviços como a transmissão de vídeos, a conectividade de locais remotos e com dificuldades climáticas, além de operações de salvamento em caso de catástrofes. Em relação à banda Ka, isto protege os investimentos que estão sendo feitos nesta banda em satélites para uso de banda larga e mobilidade.

“Na faixa de frequência da Banda C operam sinais de milhares de estações associadas à redes que fornecem serviços críticos para instituições públicas (segurança, desastres naturais, programas sociais de educação à distância, serviços de governo eletrônico, entre outros), que beneficiam milhões de cidadãos. Além disso, ela também é utilizada por operadores comerciais de redes públicas (DTH, internet, VOIP, backhaul de redes celulares), com milhões de usuários domésticos”, ressalta Pitsch.

Impactos da decisão no Brasil

Em relação à região 2, na qual o Brasil está incluído, a WRC-15 decidiu preservar a Banda C porém mantendo a faixa de 3.4-3.6 GHz ao serviço móvel, como já havia sido definido em 2007. Desta forma, nenhum impacto negativo é esperado para os negócios de satélites na região brasileira.

Sobre a SES

SES é a operadora de satélites líder no mundo que possui uma frota de mais de 50 satélites geoestacionários. A empresa fornece serviços de comunicação via satélite para emissoras e provedoras de serviços de conteúdo e Internet, redes de operadoras de telefonia fixa e móvel, assim como para empresas e organizações governamentais no mundo todo.

A SES representa relacionamentos comerciais duradouros, serviço de alta qualidade e excelência no setor de transmissão e difusão. As equipes regionais culturalmente distintas da SES estão localizadas em todo o mundo e trabalham conjuntamente com os clientes para atender às suas necessidades específicas de serviço e de largura de banda de satélite.

SES (NYSE Euronext Paris e Bolsa de Valores de Luxemburgo: SESG) detém participações na O3b Networks, uma nova geração de satélites que combina o alcance do satélite com a velocidade de fibra ótica. Mais informações em: www.ses.com.

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