Cinco chaves para alavancar a transformação digital com metodologias ágeis

Por Carla Coelho, vice-presidente de IBM Digital Sales para a América Latina

A transformação digital se tornou em uma aposta das organizações para criar ou manter uma vantagem competitiva duradoura, e nesse processo, tecnologias como a nuvem híbrida, inteligência artificial, internet das coisas, segurança de informação ou blockchain são um diferencial. No entanto, para realmente habilitar a transformação dos negócios, é necessário adotar uma cultura de inovação com um enfoque de ponta a ponta.

Um estudo da Forrester descobriu que os clientes que adotaram a abordagem de IBM Garage conseguiram gerar 10 vezes mais ideias inovadoras, levando-as à produção seis vezes mais rápido e ao mercado 67% mais rápido, obtendo 102% de retorno de investimento (ROI). Além disso, o estudo destaca cinco chaves que as empresas podem aplicar para acelerar suas transições rumo a inovação em escala, implementando metodologias de Garage:

1. Iniciar uma conversa sobre tecnologia. A conversa funciona quando se centra nos clientes, na inovação e nos resultados. Desta maneira, a tecnologia habilita a inovação com ênfase em suas capacidades e segurança, mas com a mente aberta para novas estratégias de teste e aprendizado, outros investimentos e diferentes tipos de fornecedores..

2. Utilizar os indicadores de negócio para eliminar os silos. Usar resultados reais para incentivar e reconhecer as a pessoas e as equipes de trabalho. A busca de melhorias nas métricas gera união entre as pessoas e departamentos para resolver os desafios. Trabalhar por um propósito comum, usando metodologias ágeis, é chave para o sucesso da inovação empresarial.

3. Definir como ponto de referência a experiência do cliente. Há uma razão pela qual a experiência do cliente deve ser seu principal pilar: clientes felizes compram mais, permanecem mais tempo e se tornam em seus embaixadores. Somar o conhecimento do time responsável pela experiência do cliente ao processo de inovação desde o começo, manterá a equipe focada na direção correta.

4. Aproveitar o poder da nuvem híbrida. As empresas têm em média entre 6-15 fornecedores de nuvem. A nuvem híbrida é uma realidade em qualquer empresa que busca aproveitar ao máximo sua experiência, seus sistemas existentes e deseja combiná-los com novas aplicações, tecnologias e serviços. Os enfoques de agilidade e inovação dos fornecedores de nuvem são uma fonte poderosa para a construção de novos negócios.

5. Incluir o ‘design thinking’ em cada passo da transformação. Sim, o design thinking é uma técnica importante para encontrar as necessidades e ideias que melhoram os produtos e as experiências dos clientes. Mas também é uma técnica poderosa para transformar as experiências dos funcionários, os processos de negócio e as relações com os parceiros.

Na IBM, ajudamos as empresas a acelerar seus processos de transformação e inovação, co-criando com equipes multidisciplinares através da IBM Garage, uma metodologia baseada em uma intensa colaboração que combina práticas ágeis com foco nas pessoas e no resultado desejado, para passar rapidamente das ideias à implementação.

Na América Latina, clientes como Conta Zap, CCAB, Elaw e Grupo Planetun transformaram seus negócios com a IBM, usando a metodologia IBM Garage.

Quando a inovação e a transformação se unem, os clientes podem se beneficiar de uma cultura de inovação e uma rápida adoção de novas tecnologias em questão de poucos trimestres, garantindo assim uma transformação real e duradoura.

Startup brasileira está entre finalistas no CODE_n CONTEST

Apresentado pela GFT, referência em tecnologias exponenciais para a transformação digital e projetos ágeis, a competição CODE_n, na Alemanha, selecionou uma empresa brasileira entre as 50 finalistas deste ano. A disputa será no new.New Festival, evento tecnológico internacional focado nas oportunidades da transformação digital, em Hanns-Martin-Schleyer-Halle, em Stuttgart, de 8 a 10 de outubro, onde finalistas apresentarão os seus modelos de negócios.

Com a seleção, a Nama, startup que une as inteligências humana e artificial para resolver comunicações complexas, terá um estande gratuito no festival por três dias e também poderá mostrar seus conceitos no palco do evento para o grande público. “Dado a relevância do new.New Festival e do CODE_n, é uma grande oportunidade para as startups poderem apresentar os seus trabalhos, os seus diferenciais, além de fazerem networking”, afirma Marco Santos, Marco Santos, managing director Latam da GFT. Os custos com a viagem e estadia do profissional da Nama serão de responsabilidade da GFT Brasil.

Um júri VIP irá selecionar os vencedores nas categorias “Melhor Modelo de Negócios”, “Melhor Inovação Tecnológica” e “Disruptor da Indústria”, além do vencedor geral no final do evento. Os Prêmios CODE_n têm um total de 30 mil euros em prêmios. Cerca de 313 startups de 42 nações se candidataram para o evento deste ano. Ao todo, 50 startups de 15 países, incluindo Brasil, África do Sul, EUA, Lituânia, Israel e Alemanha foram selecionadas como finalistas.

50 startups prontas para apresentar suas ideias inovadoras

As startups finalistas vão desde Beyond Reality e Inteligência de Máquina até a Confiança Criptográfica, temas que podem ser aplicados à indústria, setor móvel, saúde, educação e agricultura no futuro. As startups apresentarão soluções para a tecnologia de cibersegurança e blockchain e também apresentarão ideias para simplificar os processos industriais utilizando a realidade aumentada, inclusive no desenvolvimento de protótipos ou na manutenção de dispositivos técnicos.

‘A qualidade das startups candidatas este ano foi tão alta que, muitas vezes, foram apenas os detalhes que fizeram a diferença final no ranking e na seleção das top 50. Estou ansioso para receber as 50 finalistas no início de outubro aqui em Stuttgart. Todas elas fazem jus ao nosso lema de “explorar o DNA da inovação digital” e temos certeza de que o evento mais uma vez produzirá muitas colaborações e investimentos bem-sucedidos”, afirma Moritz Gräter, Managing Director do CODE_n.

Stefanini investe em ofertas que mesclam Digital, ADS e processo Ágil

A Stefanini, uma das mais importantes provedoras globais de soluções de negócios baseadas em tecnologia, aposta em projetos inovadores combinando Digital e ADS com processo ágil. O principal objetivo é reforçar a atuação da multinacional no processo de transformação digital das empresas, além de desenvolver aplicações, customização e implementação de soluções para os diversos setores da economia, tais como varejo, finanças, indústria e governo.

O modelo de negócios chamado ADS (Application Development Services) baseia-se em um conjunto de recursos, processos e metodologias, que utiliza as melhores práticas criadas para o processo de desenvolvimento, testes e manutenções dos softwares. A finalidade é construir soluções que alavanquem dados de todas as fontes possíveis para antecipar e entregar as funcionalidades adequadas e o conteúdo apropriado, de acordo com as necessidades do cliente.

“Temos como foco ser a ponte estratégica entre usuário e tecnologia. Para nós, não basta mais só entender as necessidades e expectativas dos nossos clientes, precisamos também ajudá-los, por meio de inovação, dinâmicas e benchmark, a entender como atingir de forma eficiente o mercado e usuário final. Isso é fundamental para criarmos uma solução digital relevante, de fácil usabilidade, intuitiva e que atinja os objetivos de negócio”, afirma Leonardo Camargo, Diretor de Serviços e Desenvolvimento de Aplicações da Stefanini.

Já o processo denominado Ágil é utilizado quando não há tempo para definir – com detalhes suficientes – uma boa parte dos requisitos do projeto, antes do desenvolvimento e entrega parcial. A ideia é começar o trabalho antes de finalizar o plano por completo e ir adaptando ao longo do caminho por meio de entrega e feedback constante. Costuma ser mais eficaz quando a equipe, cliente e fornecedor contam com experiência em projetos com essa abordagem e conseguem estabelecer, ao longo do tempo, um processo de colaboração que acaba gerando entregas rápidas e eficientes.

O processo sustenta que a melhor forma de atender às necessidades dos clientes é por meio da colaboração de um grupo comprometido de pessoas, que se concentra na obtenção de resultados com rapidez, com o mínimo de sobrecarga possível. “Nossa gestão em ADS tem incorporado cada vez mais as práticas de desenvolvimento ágil. Atualmente, 70% dos nossos projetos utilizam essas metodologias. Queremos combinar Digital e ADS com processo ágil para ajudar nossos clientes a transformarem seu negócio digitalmente de forma disruptiva, oferecendo inovações digitais para que os mesmos aumentem a eficiência operacional e competividade.”, ressalta Camargo.

A Stefanini acredita em quatro passos para realização efetiva da transformação digital: inovação, estrutura digital, dados e soluções de negócios compatíveis com as necessidades do cliente. Desse modo, a base tecnológica desta revolução digital é a utilização dos sistemas ciberfísicos, internet das coisas e computação em nuvem, para que os processos de produção se tornem cada vez mais eficientes.

Nova realidade das corporações

A transformação digital é a nova realidade das corporações. Desse modo, a mobilidade deve facilitar o dia a dia, as plataformas devem ser seguras e eficientes e tudo deve ser on-line e fácil. Atualmente, a Stefanini conta com uma estrutura robusta para implementar mudanças importantes para que os clientes se preparem para a era da Internet das Coisas e da Indústria 4.0.

Como é feito o processo digital combinado com ADS

• Imersão: consiste em compreender as necessidades do cliente por meio de um cenário com informações dos usuários finais, estudos e tendências que proporcionem a geração de ideias eficientes.

• Insight: com o conhecimento dos usuários e clientes em mãos, novas ideias são geradas para atender aos desejos do usuário e objetivos do cliente.

• Prototipação: após a ideação, protótipos são desenvolvidos representando a melhor forma de apresentação das ideias levantadas, incluindo os testes de aderência, que visam a concretização esperada.

• Validação: para implementar o melhor produto, protótipos são testados e validados pelo cliente. Sempre que necessário, a geração de ideias é reiniciada para atender da melhor maneira a expectativa do cliente.

Scrum ou PMBOK, qual o melhor para minha empresa?

Os projetos podem ser definidos como um conjunto de ações temporárias com o objetivo de criar um produto, serviço ou algum tipo de resultado único. Ele é tido como temporário, pois tem um início e fim definidos. Além disso, é considerado único já que não se trata de uma operação de rotina, mas um conjunto específico de operações destinadas a atingir um objetivo específico.

Como tudo na vida, um projeto precisa de organização e parâmetros. Por isso, existem algumas práticas que definem a melhor forma de conduzir um trabalho, ou seja, o projeto. Duas dessas formas são o SCRUM e o PMBOK. Vamos ao conceito de cada um.

SCRUM

O Scrum é uma metodologia ágil usada para a gestão dinâmica de projetos. Ele é uma ferramenta que permite controlar as atividades, potencializando as equipes que trabalham em prol de um objetivo em comum. Nessa metodologia, os projetos são divididos em ciclos (Sprints). Esse último representa um Time Box dentro do qual um conjunto de atividade deve ser executado. As metodologias ágeis de desenvolvimento dividem o trabalho em iterações, que são chamadas de Sprints no caso do Scrum. Esta metodologia é essencial para muitas empresas atualmente, porque não apenas facilita a definição de objetivos, como também ajuda a cumprir os prazos estabelecidos.

PMBOK

O guia para o conjunto de conhecimentos de gerenciamento de projetos (PMBOK) pode ser considerada como um divisor de águas na história da gestão de projetos. De autoria do Project Management Institute (PMI) tem por objetivo abranger os principais aspectos contidos no gerenciamento de um projeto. O PMBOK faz uma padronização que identifica e conceitua processos, áreas de conhecimento, ferramentas e técnicas. Não é considerado uma metodologia, mas como já dito, um guia com as melhores práticas para atingir o bom desenvolvimento de um projeto.

Mas quando e qual a melhor forma de utilizar cada um no meu projeto?

Isso vai depender do escopo e do tamanho do seu projeto. Mas, antes de responder essa pergunta, vamos falar um pouco sobre o conceito de escopo.

O escopo descreve todos os seus produtos de um projeto, bem como, os serviços necessários para realizá-los e os resultados finais esperados. Além disso, o escopo descreve o que é preciso fazer para que alcance os objetivos. O escopo de um projeto divide-se em escopo do produto (descreve as características do produto final) e escopo do projeto (descreve o trabalho necessário para que seja entregue com as características especificadas). Em outras palavras, o escopo possui a abrangência das atividades do projeto e lista dos produtos ou entregas a serem fornecidos.

A administração do Escopo compreende o planejamento, a execução e o controle dos produtos ou entregáveis do projeto, ou seja, a administração do escopo define até onde o trabalho vai. O processo de planejar o escopo é feito em duas etapas: declaração (enunciado sucinto dos produtos que serão fornecidos) e detalhamento (relação minuciosa dos produtos que serão fornecidos).

Agora que já temos um embasamento sobre escopo, podemos responder quando utilizar o SCRUM ou o PMBOK de acordo com o tamanho e o tipo de escopo que tem o seu projeto.

Quando se fala em gestão de projetos , a referência não se atém apenas ao controle das ações e gerenciamento das equipes dentro de uma empresa, mas vai além, pois consiste em planejar, definir metas, acompanhar, dar suporte a equipe, mapear performances e identificar quais são os pontos que podem melhorar durante a execução do processo. A boa gestão de projetos depende da implantação de uma metodologia consistente de gerenciamento, metodologia essa que pode influenciar positivamente todos os setores da empresa, gerando resultados satisfatórios em todos os níveis organizacionais.

Mas, qual a melhor ferramenta de gestão para eu aplicar em minha empresa? Isso vai depender da sua realidade, do seu ramo de negócio e de vários outros aspectos. Sendo assim, quem pode responder qual a melhor ferramenta de gestão de projetos é o próprio gestor. A empresa deve definir sua metodologia, independente da escola (SCRUM ou PMBOK) e adotar as ferramentas que julgar importantes.

Fonte: netproject

Coaching para TI: ferramenta ideal para melhorar desempenho de empresas

A área de Tecnologia da Informação tem foco em solução e o coaching também. É um casamento perfeito. Quem afirma é a Master e Team Coach Renata Frank, diretora da Integralidade Desenvolvimento Humano e Corporativo.

Com 23 anos de experiência em TI, dez anos na área de qualidade de software, a Integralidade apresenta ao mercado uma metodologia de team coaching com o ambiente de TI. “É o que chamo de transformação integral”, afirma Renata. “Com essa bagagem, consigo, hoje, casar as metodologias de gestão mais atuais do mercado de TI, sejam tradicionais ou ágeis, combinando com a metodologia de aplicação de team coaching ou coaching em grupo nas empresas. É possível entender a expectativa da empresa no trabalho com uma equipe de alto desempenho, ter mais qualidade nas entregas de software ou no desenvolvimento de produtos”, explica.

“No mercado de TI, já é uma tendência trabalhar com todas as áreas dentro das empresas: mapear as competências de cada um, saber quem tem melhor comunicação, quem está mais adequando para trabalhar com determinado tipo de cliente, acompanhar um resultado que possa impactar e agregar valor. Hoje, o processo de coaching com um time, acelera , no mínimo, em sete vezes o alcance de metas. Trabalha-se comunicação acertiva em uma equipe, trabalho em conjunto, foco em uma meta única, com todos olhando para um mesmo resultado”, completa Renata Frank.

O processo é acompanhado de acordo com um diagnóstico feito na empresa para o alcance de um determinado resultado. É feita uma avaliação de quais são os valores, as competências necessárias para os profissionais que vão participar desse processo. A partir do diagnóstico do time todo, é montado um processo de capacitação. Se uma empresa precisa melhorar sua liderança, deixar mais coesa, mais participativa, colaborativa, são passadas ferramentas, recursos para o time ter mais conhecimento sobre liderança. Depois, vem a fase do team coaching, de social learning, para acompanhar como está sendo aplicado o conhecimento no dia a diaem busca do resultado esperado pela empresa. Há também o aprendizado por experiência: como está o trabalho, qual resultado está sendo obtido. “Há indicadores para os resultados, não é somente observação”, acrescenta Renata. “E tem as lições aprendidas. O que é importante nesse processo é acelerar resultados, impactar a empresa e os clientes de forma positiva, levando valor para o time, sem que o conhecimento se perca com a saída de um funcionário, como acontece em muitos casos após simples treinamentos. Cria-se uma cultura”, destaca Renata Frank.

A master coach também orienta sobre a contratação desse tipo de serviço. “Para procurar um bom coach, é importante ver a experiência que ele tem, a base de formação dele, metodologia de trabalho. O coach não precisa saber de tudo sobre a empresa em que vai atuar, mas deve saber trabalhar a mudança das suas crenças, provocar a fazer diferente. Não é pensar fora da caixa, é não existir mais caixa. É um processo de desenvolvimento de pessoas, busca de resultados com foco em solução: como você está hoje, onde você quer estar e o caminho para chegar lá porque o que te trouxe até aqui não te leva para o futuro”, explica Renata Frank.

Metodologias ágeis trazem novos insights para indicadores de compras – Por Carlos Campos

Dois gestores do departamento de compras se encontram. Um deles pergunta: “Olá, tudo bem com você?”. O outro responde: “Estou bem preocupado por conta do meu spend”. Esta conversa aconteceu na noite desta quinta-feira, dia 7 de julho, na sede da Nimbi onde reunimos 13 executivos responsáveis pelos departamentos de compras de grandes empresas como Nokia, LATAM, Heinz, Vigor, Claro, Eurofarma, Walmart e reforça a importância dos indicadores para a área de suprimentos.

Esses profissionais são bombardeados por dados e relatórios que analisam a performance obtida em cada negociação. Contudo, quais informações são mais relevantes? Para responder a essa pergunta, nossa aposta é fugir do modelo tradicional e recorrer às metodologias ágeis.

Atualmente, as metodologias ágeis não dizem respeito apenas ao desenvolvimento de softwares, mas também à gestão do negócio. Até 2018, por exemplo, 75% das empresas de tecnologia estarão utilizando esses processos, de acordo com pesquisa da consultoria Gartner.

A exigência do ambiente corporativo é fazer mais com menos, ao mesmo tempo em que é promovida a troca de conhecimento entre todos os parceiros. Foi esta ideia que nos motivou a criar o Centro de Excelência em Gestão de Suprimentos (CEGS), a primeira iniciativa deste tipo na América Latina.

Por isso, reunimos estes profissionais ligados aos departamentos de compras de grandes empresas para fomentar o debate e trocar experiências – sempre com foco na inovação e na busca por ferramentas que auxiliem ainda mais a nossa rotina. Recorremos ao método MoSCoW para refletir quais indicadores são, de fato, importantes para a área.

Essa técnica consiste na divisão de quatro pilares: Must, que engloba os conceitos básicos e essenciais (e que, em tese, poderiam ser usados em todos os segmentos), Should, com os que são importantes e agregam benefícios para a gestão, Could, que consiste naqueles que são desejáveis, mas não são tão importantes, e Won’t, com indicadores que não deveriam ser utilizados com tanta frequência. Assim, conseguiríamos promover a reflexão sobre a funcionalidade e eficácia de cada indicador utilizado atualmente.

Divididos em duas equipes, os participantes levantaram as análises mais utilizadas e, na sequência, participaram de um excelente debate para atingir um denominador comum. Após mais de uma hora de debate, chegamos a seguinte conclusão:

Must (Essenciais)

* Prazos de pagamentos e fluxo de caixa: refere-se às condições financeiras de cada compra realizada

* Savings: o conceito engloba os ganhos obtidos na comparação com uma negociação anterior e, em nossa discussão, compreende também o PPV (variação do preço de compra), estoque, entre outros pontos.

* Homologação dos fornecedores: avalia a qualidade do serviço prestado pelos parceiros.

* SLA interno ligado ao lead time: qualidade do serviço interno da empresa, principalmente no que envolve o ciclo do produto.

* OTIF: indicador que analisa a entrega dentro do prazo e que atende as especificações do comprador.

* Produtividade: dados que meçam a eficiência dos processos e dos profissionais envolvidos no departamento de compras.

* Single Source: quantidade de compras realizadas apenas com um parceiro.

Should (Importantes)

* TCO: é o custo total de propriedade e mede os custos envolvidos ao longo do ciclo do produto.

* IIR e LTIR: indicadores de segurança e confiabilidade dos fornecedores.

* Supply Chain Performance Management: análise de desempenho de todo o setor de supply chain.

* Consolidação de Fornecedores: número de fornecedores que realizam negócios com frequência.

* Acuracidade Forecast: porcentagem de “previsões certas” em cima das negociações realizadas.

Could (Diferenciais)

* E-procurement: porcentagem de compras feitas de forma automática pela Internet.

* Compras fora do contrato: quantidade de negociações feitas fora do contrato com o fornecedor.

* Spend por FTE: análise das despesas feitas em cima do tempo do profissional em cada negociação.

Won’t (Coadjuvantes)

* PTAX: taxa de câmbio vigente (a instabilidade econômica faz com que o dólar oscile bastante e impeça um planejamento a longo prazo).

Evidentemente não podemos considerar como verdade absoluta essa divisão – tampouco era este objetivo. O plano era traçar métricas e análises que façam sentido para o mercado de cada empresa. No debate, por exemplo, tivemos uma dúvida sobre cost avoidance (economia obtida em uma compra após o valor já ter sido orçado).

Um grupo considerou esse ponto como essencial, enquanto outros defenderam como diferencial – certamente é um tema que será pensado e debatido posteriormente. Contudo, se é impossível chegar a uma unanimidade, certamente essa proposta pode ser a luz que abre caminhos na área de suprimentos.

Carlos Campos é Sócio Diretor da Nimbi, empresa especializada em soluções para a cadeia de suprimentos. A fornecedora de tecnologia para supply chain management no Brasil atualmente conta com 50 clientes, no entanto almeja terminar 2016 com 150 empresas parceiras. Em 2015 a plataforma foi responsável por aproximar mais de 30 mil empresas, controlar 3,5 milhões de cotações e pedidos e transacionar R$ 10,6 bilhões.